quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Pés ao léu

Não se se alguma vez já aqui partilhei que eu tenho uma espécie de fobia-controlada por pés.
Detesto, odeio, não gosto mesmo nadinha de nada de pés.
(e nisto não sou a única, ao longo da vida encontrei várias pessoas que não gostam de pés, e outras que sentem repugnancia por outras partes do corpo, como o umbigo, por exemplo)
Já foi pior, muito pior, ao ponto de não conviver nada bem com os meus próprios pés, entretanto a coisa suavizou-se e agora gosto muito dos meus queridos pés e não tenho qualquer problema em andar com eles ao léu (se bem que nunca o fiz em contexto de trabalho, nunca levei sandálias quando trabalhava fora de casa, hoje talvez o fizesse, não sei).
Mas sou incapaz - IN-CA-PAZ - de tocar no pé de seja quem for, excepção feita ao amor da minha vida que aliás é a única pessoa que toca nos meus pés também - as raras situaçoes de pedicure (1 vez única quando estava tão grávida que nem me conseguia mexer) ou massagens (2 vezes na vida) não me deixaram nada confortável.
Então e os pés dos bebés, que são tão fofinhos?
De bebés sim, claro que sim, seja de que bebé for.
Pés de crianças já começo a fazer a distinção entre sobrinhos (tudo OK) e não sobrinhos, mas chegando ao turning point dos 9-10 anos, meus amigos, já só mexo nos pés dos meus queridos sobrinhos se tiver mesmo (MESMO) de ser. A ver vamos como será com os pés dos meus babies.
Não tenho nojo nem repugnancia só de ver os pés dos outros ao léu - nada disso. O maior problema é a possibilidade de esses pés quase descalços me tocarem - arghhhh.
Contextos de perigo são por exemplo a esplanada com pés de sandália todos debaixo da mesa, e claro, a praia - se estiver sentada ou deitada onde possa haver algum tipo de contacto com o pé de outrem fico imediatamente tensa até alguém mudar de posição e o perigo passar.
Lembro-me de fazer aulas de natação há uns anos atrás quase em panico com a possibilidade de levar um pontapé.
Nunca, nunquinha, provei sequer o gelado da Olá em forma de pé (mas que raio se lembra a alguém, sinceramente!).
E por muito que goste desta música, quando vi o vídeo com aqueles pés feiosos no início, nunca mais a ouvi da mesma maneira.
No inverno a coisa passa completamente despercebida, pois pé que esteja calçado não me incomoda, mas no verão começa o martírio.
Nesta altura no ano entre maio e outubro proliferam nas blogoesferas e FB desta vida fotos de pés ao léu de unhaca pintada na praia, à beira-mar, cruzados ao por-do-sol, you name it. Não há dia que não apareça uma foto nova de uns chulés em grande plano.
Nada contra, como já disse, sempre e quando o pé não me toque, eu cá fico na minha.
Mas que já apaguei uma "amiga" (conhecida) do FB cuja foto de perfil eram uns pés ao léu feios como tudo que teimavam em aparecer várias vezes no historial, lá isso não tenho como negar.
Tive mesmo de... lhe dar com os pés.

3 comentários:

  1. Só uma palavra: divã!

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  2. Ah ah ah!
    Aposto que tu tens pancadas destas também.

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  3. Eu tenho exactamente a mesma fobia. Acho que melhorou com a idade. Vou de Birken e sandálias para o trabalho. Mas sim, odeio o toque dos outros pés, sobretudo de estranhos (insuportável). Tolero e gosto dos pés do meu marido e dos meus filhos. Amo de paixão os pés do meu filho mais velho que já calça 40, e acho que talvez tenha sido esse pé a crescer desmesuradamente e muito rapidamente que me "relaxou" um bocadinho em relação a pés que não são de bebé. Mas atenção que também durante muito tempo não era capaz de usar botas. Tanto não gostava de mostrar e sentir o pé à vontade e mercê de qualquer toque imprevisto como não era capaz de o abafar numa bota até ao joelho. Lembro-me de ter que desatar as tiras das alpergatas de corda porque me atrofiavam... Mas são águas passadas, não preciso do divã!

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