segunda-feira, 10 de junho de 2019

Livro 19/19

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Mais uma vez aquela questão da gestão de expectativas.
É o livro sensação do momento, pelo menos no círculo (literário) em que me movo - as amigas do Goodreads, os blogues de malta que lê, clubes de leitura em que não participo mas conheço quem o faça - anda tudo doido com a Eliete.
Tanto é o entusiasmo que fui perguntar por ele na biblioteca, e ainda não o tinham - o livro é mesmo muito recente, foi lançado em Novembro passado - e como não tinham acabei por ler o Tudo são Histórias de Amor, da mesma autora, que adorei.
Os ingredientes estavam todos lá para eu dar 5 estrelas a este livro. Mas dei só 4.
Adorei de facto a 1ª metade, mas gostei menos da 2ª. E fiquei sempre naquela de ver se a 1ª parte voltava, mas não voltou.
Não se deixem enganar, o livro está soberbamente bem escrito, esta autora é mesmo imperdível, só que em comparação com o anterior e com tanta crítica positiva, esperava mais.
No entanto é um livro maravilhoso, ainda mais porque a Eliete, além de ser apenas uns meses mais nova que a minha irmã, viveu aqui na zona de Cascais toda a vida, e andou pelos mesmos espaços que eu exactamente: a Rua Direita, o paredão, o Tchipepa, o Oxford, até (caramba!) a fábrica de bolos que abria clandestinamente ao sábado à noite para vender bolos, onde acabaram as minhas noitadas invariavelmente durante anos, até ao dia em que com apenas duas ou três pessoas na fila à minha frente a polícia apareceu e nunca mais houve venda de bolos clandestina para ninguém.
A Dulce Maria Cardoso descreve espaços e situações como ninguém, desde as do passado às mais recentes, e é sem dúvida uma autora que vou continuar a ler.
Apesar de não dar 5 estrelas (que dei ao Tudo são Histórias de Amor) porque de facto o livro a certa altura perdeu um bocado o encanto, recomendo.

2 comentários:

  1. Hahah, a gestão de expetativas é lixada!! Mas tenho muita curiosidade de ler o retorno, que já ouvi dizer muito bem!

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