Ainda não me tinha apercebido, mas foram bastantes. Eu sei que ainda faltam 20 dias para o fim do ano, mas a lista pode sempre ser actualizada. A ordem é completamente aleatória (ligeiramente cronológica):
- quando soube que a M. vinha para casa - saber que ela já conseguia respirar e comer fora da caixinha transparente, dos fios e das máquinas, e que podia ir para casa como todos os bebés, e claro, poder fazê-lo antes do meu regresso, com direito a vir para o meu colo. Poder cheira-la aninhada nos meus braços foi o meu melhor momento de 2007.
- quando peguei ao colo ao A. pela primeira vez - tive uma sensação super estranha: estava cheia de saudades dele, apesar de nunca o ter visto. Se eu acreditasse nessas coisas diria que ele já foi meu sobrinho noutras vidas. De certeza que aquele momento foi um reencontro.
- o dia em que o V. nasceu - o V. povoa o meu imaginário desde a infância, porque é filho da minha amiga mais antiga, desde a 4ª classe. Nunca fomos muito de brincar às mães (era mais aos escritórios - sempre modernaças e independentes!), mas volta e meia tínhamos conversas sobre o futuro e falávamos dos nomes que poríamos aos nossos filhos, e o filho dela seria sempre V. E é. Num dia estamos a convencer as nossas mães para nos deixar ir dormir a casa uma da outra, e no outro ela é casada e é mãe.
- a minha chegada surpresa nos anos da A. - a minha primeira amiga a fazer 30 anos. Ouvir a vozinha dela "Mary" quando abriu a porta.
- a festa-surpresa da A. - e saber que todos juntos conseguimos fazer uma surpresa a sério. Aqueles minutos de pura expectativa às escuras antes da chegada. Foi mesmo giro.
- quando a C. chegou de surpresa -não só ver a reacção do T. quando viu a irmã no aeroporto, mas vê-la depois a correr em direcção ao G. - não me esqueço dessa imagem, momentos antes do reencontro, parecia um filme (até acho que se ouviu música e tudo, mas se calhar foi só mesmo na minha cabeça).
- quando nos mudámos para Amsterdam - para esta casa linda que eu adoro e que se pudesse levava comigo para qualquer parte do mundo. Vir para Amsterdam foi uma nova etapa, foi um mundo novo que se abriu.
- quando o T. começou a trabalhar - a recompensa depois de vários meses de procura.
- o dia do casamento do D. - a minha memória mais antiga, a primeira coisa de que tenho uma recordação é de estar na casa na Manta Rota, junto ao portão, com o D. na cadeirinha de bebé, à espera de ver passar os "memés". Quando entrei na igreja e o vi no papel do noivo senti um nó na garganta...mas ele pediu "não chores, por favor!" (que nestas coisas é efeito dominó, começa um e vem tudo atrás), e eu fiz o melhor que pude (chorei quando não estava com ele!).
Ironia do destino, descubro que tens um blog apenas na véspera de chegares, gloriosamente, a Portugal.
ResponderEliminarConfesso que digeri toda esta informação em poucas horas, com umas saudades brutais.
Parei neste post. Não fazia a mais pequena ideia que eu era, ou fazia parte, da tua recordação mais antiga!
Li isto duas vezes; ontem em casa, com a Bárbara (desculpa lá a devassa, mas o Pipos descaiu-se ao jantar sobre o blog!) e disfarçámos umas lágrimas.
Tento novamente hoje no escritório. Volto a fazer como tu naquele dia tão especial: consegui fazê-lo sem que ninguém visse!
Infelizmente não sei qual é a recordação mais antiga que tenho tua. Mas a mais recente é a do dia do meu casamento, com a B. a entrar na igreja, os musculos da minha cara a contorcerem-se à velocidade de uma montanha russa, mas a topar-te pelo canto do olho, tu como quem assitia a um jogo de ténis, olha para o noivo, olha para a noiva, e por aí fora, sempre à espersa que eu fizesse aquilo que te pedi para não fazeres!!
Mais ninguém percebe, mas espero que tu sim!
Por todos os motivos mais óbvios, e agora também por este, foi mesmo um grande dia.
Não sei se e quando vais ler este comentário, mas aqui fica; espero que não ponhas o blog de parte, mesmo que reajustado a esta nova realidade.
Um grande beijinho,
D.