segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Conversas à vinda do Bas
O Bas é o supermercado tipo Lidl, que em Rotterdam se chama Bas e aqui se chama Dirk mas para nós ficou Bas por força do hábito.
Quando vamos ao supermercado há sempre dois temas de conversa no regresso. Normalmente é de noite, cada um em sua bicicleta, eu sempre com o mega saco do Netto (que é outro supermercado, este no sul de Rotterdam, e o saco foi oferecido às meninas em Abril 2006 e ainda cá anda - muito útil, toda a semana vai à rua e regressa na minha grade de trás), ele com sacos do Albert Hein pendurados no guiador (e faz-nos falta o terceiro elemento, que insistia em vir mais carregado que todos, com a mochila a rebentar e o papel higiénico debaixo do braço - que saudades!)
Anyway, no regresso do Bas há sempre dois temas de conversa que não nos escapam:
1) "O Mafaldo está vazio/fechado/a olhar para o boneco"
O Mafaldo é um pronto a comer com comida mediterrânica que nos chamou a atenção pelo nome original: Mafaldo. Ora, o Mafaldo, desgraçadamente está sempre sempre sempre vazio, mas houve uma vez que lá passámos (uma vez!) e o Mafaldo estava cheio de gente! Era gente de pé à espera da sua vez, gente ao balcão, gente por todos os lados. Como é fácil de imaginar até hoje continuamos a fazer filmes acerca da noite em que o Mafaldo estava cheio - quem eram as pessoas? era o aniversário do Mafaldo? era a família? estavam a dar comida? era um grupo de amigos grande? era um grupo de colegas que ficou a trabalhar até tarde e foram ali todos jantar? A imaginação não tem limites, e claro, sempre que lá passamos o Mafaldo continua vazio, e nós continuamos a tecer teorias sobre o que se terá passado naquela noite.
2) "Aquele candeeiro é mesmo giro"
Há uma casa que tem um candeeiro mesmo giro. É igual ao nosso da sala (quem conhece fica a saber) mas em tamanho gigante. Não há vez que passemos por ali que não haja referencia ao candeeiro giro. Normalmente vimos no caminho ainda a comentar o Mafaldo e o assunto acaba quando passamos na casa do candeeiro giro. Talvez por isso nunca tenhamos chegado a nenhuma conclusão.
Já que estou aqui a falar do supermercado aqui ficam dois pormenores curiosos em relação aos meus companheiros desta vida (eu provavelmente também tenho os meus pontos fracos, mas guess what? o blog é meu, e quem quer que deixe comentários - hihihihi)
O G. cedo descobriu o meu mau feitio e esta minha mania de estar sempre em "dieta" e não comprar porcarias, pelo que desenvolveu estratégias infalíveis no supermercado para esconder os doces no carrinho de modo a eu apenas os ver quando já estavam pagos. Na hora de pôr as compras nos sacos surgiam Nutelas e bolachas de chocolate atrás do leite e da alface - o pior é que muitas vezes fui eu que os comi, e não ele... Hoje quando estávamos a pôr as compras no saco, o T. comentou - "Não trazemos guloseimas!" - e aposto que sentiu a falta de quando éramos três!
Um clássico dos clássicos nas idas ao Bas é o T., na hora de pôr as coisas na passadeira, dizer: "acho que exagerámos, não vamos conseguir levar isto tudo" e "isto não vai caber tudo, acho melhor comprar outro saco!" - até agora nunca foi preciso, mas ele não se convence.
Mary
hi..hi..hi..?! Cá em casa é mais na base « Acho que exagerámos, não vamos conseguir... pagar isto tudo!!!» Mas olha, tem chegado! Sempre com a preocupação de multiplicar as alfaces e dividir os nutellas! The same problem in two very different parts of the world. After all, we're close sisters! Mas eu sou a que acorda bem-disposta...
ResponderEliminarAchei muito cómico o truque do G. no supermercado, porque é o que eu faço quando vou às compras com o F. Escondo os chupa-chups atrás do maior item que houver na passadeira, e as gomas debaixo do pacote do arroz ou da massa. Depois quando a senhora da caixa passa o item proibido no leitor óptico... olho para o F. com um sorriso de orelha a orelha e digo "é só desta vez"...
ResponderEliminarEstava aqui a ler-te e já com algum saudosismo. Vou sentir saudades destes relatos da vida em Amesterdão. Eu sei que não tem nada a ver com o assunto abordado no post, mas quando o li bateu-me esta saudade.
ResponderEliminarMas vamos começar a fazer tertúlias nas nossas casas e a conversar no café e na praia! E vai ser bem melhor!
esqueci-me de assinar...Maria João
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