- as contracções são iguais às dores do período
- a força que se faz para o bebé sair é a igual à de fazer cocó (ninguém disse que parir era bonito!), mas muito mais forte
- ajudou muito ter ido às aulas de preparação e fazer pilates - apesar de andar meses a treinar e depois fazer força mal durante um bocado, mas pelo menos deu para corrigir
- foi essencial ter feito o parto com a minha médica
- ainda mais essencial foi ter a minha tia pediatra também ao meu lado. No momento em que o bebé ia a sair ela resolveu ir ver, e eu senti logo a falta dela ao meu lado - estive para lhe dizer para voltar ao seu lugar, mas não tive força!
- o parto decorreu na mesma sala da dilatação, em clima de total descontracção. A única pessoa com cara de parto era a médica, que estava artilhada com touca, máscara, luvas e bata; de resto, a minha tia tinha a bata normal de médica, e o Tê estava mesmo com a roupa da rua
- aquela ideia romantica de que o pai não vê nada do parto, e que a zona crítica está tapada com panos e o pai apenas fica ao lado da mãe é treta. O Tê viu basicamente tudo, andou perdido pela sala até lhe indicarem a sua colocação e lhe atribuirem a função de me empurrar a cabeça para a frente, até lá viu tudo e mais alguma coisa, e no final ainda ajudou a segurar a minha perna enquanto a médica me coseu (a anestesia não pegou, o que é sempre agradável, e eu estava portanto a fechar a perninha como se compreende...). Podemos agora dizer que temos uma relação sem segredos, e que se sobrevive a isto, há-de sobreviver a tudo!
- foi o Tê que cortou o cordão umbilical, que pelos vistos é mais duro do que parece, e só à 3ª foi de vez
- o meu cordão umbilical era curto, não chegava para o bebé ser colocado em cima da minha barriga sem o cortar
- no final de tudo ainda me estava reservada uma surpresa - a placenta não estava a querer sair. Depois do bebé sair, não sei muito bem qual era a sua ideia para ali ficar, mas a verdade é que passada meia hora do parto ainda estava ali a dar luta à médica. Lá acabou por sair, mas custou! E assim fiquei a conhecer um termo novo: dequitadura manual.
- depois fui gozada pela médica e pela minha tia porque pedi para ver a minha placenta - achei importante ver o sítio onde esteve o meu filho durante estes meses, e que pelos vistos estava apegada a mim.
- passados poucos minutos dele nascer juntou-se uma pequena multidão de avós e tios à porta da urgencia, tudo na amena confraternização (já que não havia visitas). Tiveram sorte porque os avós ainda conseguiram vê-lo e pegar ao colo nos corredores da MAC, e a tia pediatra foi mostrar o menino à montra da sala de espera para os restantes elementos curiosos - diz que foi um momento digno de ser filmado, que vai ficar para a história! Para mim, estando do lado de dentro, foi muito importante saber que toda a gente lá esteve, mesmo sabendo que o mais provavel seria ninguém o conseguir ver. Foi uma bela comissão de boas-vindas!
- como já disse foi o dia mais feliz da minha vida, e foi tão giro, mas tão giro, que voltava a vive-lo todo outra vez (dores incluídas), e sinto mesmo nostalgia quando vejo as fotos desse dia.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Factos soltos ainda sobre o parto (contém pormenores que podem ferir suscetibilidades!)
Mary
A comissão de boas vindas delirou quando viu o menino através do vidro! Lindo, perfeitinho!
ResponderEliminarClaro que foi, fomos lá para estar perto do acontecimento (à bom tuga) e para confraternizar uns com os outros num sítio apetecível e confortável (o passeio e a rua). Mas afinal ainda consegui ver-te e dar-te uma beija a ti e ao Henrique, tão querido e pequenino. Só tenho pena que não tenha ficado registado para a posteridade. Mas ninguem fotografa a fotógrafa, raios...
ResponderEliminarFiz parte dos que acomapnharam via tlm a comissão de boas vindas!!!
ResponderEliminare sendo que a nostalgia aperta, é caso para dizer: NEXT!!!!