Apesar de ser uma cirurgia do mais simples que há, com um risco mínimo de complicações, aquele momento em que vemos o amor da nossa vida a ir para a sala de operações, a dizer piadolas com o médico e a anestesista, é por demais enervante.
E aqueles momentos depois da operação, mesmo depois de saber que correu bem, mas antes de o ver como deve ser, também se dispensavam.
Posso viver mais 100 anos que não esqueço o momento em que o vi, o meu melhor amigo, pai dos meus filhos, pilar central onde baseio a estrutura da minha vida, deitado no recobro, todo ele tubos e monitores, sem dar acordo de si.
Sim, estava tudo bem, sim, eu sabia que não era nada de mais, mas aquela imagem de total vulnerabilidade ficou-me gravada.
Apanhei o verdadeiro cagaço, e só descansei quando o ouvi dizer coisas com nexo.
Não é por mais nada, só que nós temos combinado ver os netos a crescer juntos, e cheira-me que sozinha não tem metade da graça.
É sempre uma sensação de impotência...
ResponderEliminarO meu mais novo já foi duas vezes ao bloco e ficamos com o coração "parado" até que ele acorde e confirmamos que está tudo bem.
As melhoras!
BJs.
Um filho, sejamos sinceros, é bem pior.
ResponderEliminarEstava ao nosso lado no recobro uma criança que não devia ter mais de 2 anos (não o vi, apenas ouvi, e percebi que foi ao colo da enfermeira para o bloco), e só de a ouvir chorar eu estava toda arrepiada. De vez em quando acordava aos berros e tentar arrancar os tubos, e a mãe a tentar acalmar...
Enfim, mais valia espetar facas no coração da mãe, que com certeza doí menos...
Obrigada!
Pois se a malta está longe e tinha braboletas no estomago só de pensar nele assim... imagino tu!! Linda declaração de amor!
ResponderEliminarMuito bonito este post.
ResponderEliminar"Posso viver mais 100 anos que não esqueço o momento em que o vi, o meu melhor amigo, pai dos meus filhos, pilar central onde baseio a estrutura da minha vida"
ResponderEliminarQuando ele estiver mal, mostra-lhe esta parte, fica logo bom!!