Ou bem que aprendo a voar rapidamente, ou esborracho-me(nos) lá em baixo em menos de nada.
Mas teve de ser.
Trabalhar em casa já não estava a ser opção, e só vos digo que desde que tomei esta decisão e a comecei a partilhar, já me surgiram várias oportunidades. Por muito que procurasse, ao estar em casa as oportunidades não vinham ter comigo. E não vieram mesmo. Foi preciso sair e ir ter com elas, estar disposta a recebê-las.
Se tudo correr como o previsto espero nunca mas mesmo nunca mais mesmo ter de:
- trabalhar a partir de casa com horário fixo
- trabalhar ao telefone
- trabalhar sentada à secretária/ao computador 8 horas por dia
Recordo o que senti quando entrei na empresa pela primeira vez, de sentir que queria tanto trabalhar ali, do que senti quando finalmente me chamaram, do deslumbramento com a equipa totalmente internacional... era um ambiente fantástico, e fiz ali grandes amigos, entre as reuniões e os almoços de sanduiches as viagens de comboio, os after-work drinks, as noitadas à 6ª feira.
Ter a oportunidade de regressar tantas vezes para reviver tudo outra vez, foi uma oportunidade fantástica.
Mas as viagens ocasionais não substituem o trabalho presencial, e estar aqui em casa dia após dia após dia... chateia, cansa e aborrece. Muito.
Agora, se lá voltar, será apenas como turista, como velha amiga.
O cordão umbilical amsterdamiano é hoje oficialmente cortado.
A partir de aqui estou por mim.
Não tenho empresa, não tenho patrão, não tenho horários nem tenho salário. Está nas minhas mãos procurar, ir em busca, agarrar as oportunidades.
Dizer que sou freelancer dá-me imenso estilo (eu sei que sim), mas saber que não tenho ordenado nem subsídios já não é assim tão glamouroso...
Apesar de ser uma boa dose de loucura (boaaa doooooose mesmo!) não foi uma decisão tomada de ânimo leve. Mas se pensássemos muito mais, não saíamos do mesmo lugar...
Por agora estou super entusiasmada com o que o futuro tem para mim.
Vamos ver se daqui a um ano continuo a achar que foi a decisão correcta.
Go mary go!
ResponderEliminarEstou a torcer taaaanto por ti!
Beijos
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarFoi a opção correta, sim. Vais passar momentos complicados? Vais. Mas pensa que a tua mana anda nisso há muitos anos e apesar de se sentir um pouco a pobretona da família, apesar de ter muitos dias em que o dinheiro não entra e o futuro preocupa, temos conseguido educar 4 crianças de forma equilibrada, ou seja, temos garantido o essencial. Se fizemos bem, o tempo o dirá e eu não consigo garanti-lo já... Apesar de tudo, o que penso é: nos dias em que o dinheiro não entra, faço tudo para que também não saia. É possível, muito mais do que possamos pensar. Se quiseres dicas, eu dou-tas mas como odeio pessoas que espargem dicas e fazem blogs porque são muita boas,ou perfeitas!, só mesmo se mas pedires. Call me selfish... Dá Graças a Deus por teres pais que te deram todas as ferramentas para te atirares de cabeça para a vida. U've got what it takes. Use it. And U've got sisters too! to count on, rely on or cry on... Love U! Proud of U! Ok, now wipe those tears out and get yourself to work!!NOW!
ResponderEliminarP.S.- Sorry, mãe de 3, parece que ando a oferecer os teus ombros e serviços psicossociais, mas é por uma boa causa...
Boa MaryQA!!!
ResponderEliminarLá por casa essa decisão foi tomada em Junho, foi assustadora ao princípio, custosa e óbvio que também nos preocupamos. Os tempos não estão para um salário em casa, pensavamos nós e pensavamos sempre nos nossos filhos.
Passado 4/5 meses, a decisão foi melhor em todos os aspectos mesmo, psicológico,familiar, financeiro!!! (não sei se daqui por 12 meses podemos dizer o mesmo... mas para já).
Estamos contigo!!
Nota 1- (tudo isto para concluir que as oportunidades só apareceram quando se largou o anterior trabalho...até lá nada acontecia)
ResponderEliminarolha estou na mesma....deixei o que tina e estou à procura....livre mas sem salário, o qeu dá jeito.
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