quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

A questão do calendário do Advento

Aprendida a lição do ano passado* este ano voltei a fazer o calendário básico, com atividades, sim, mas só aos dias de semana, e que se fazem à mesa de jantar  - além de fazer a árvore e a carta ao Menino Jesus, vai haver cantar canções de Natal, partilhar um momento engraçado do dia, ou pensar numa boa acção para o dia seguinte. Tudo muito soft e educativo, e prático que é o que se quer.
Sem pressões, fazemos as outras coisas giras. Aliás, algumas até já começamos no fim de semana passado, sem stress.
Não quero que o Natal da infância deles se resuma ao dia 24 e 25, é uma época especial e há que aproveitar o melhor que conseguimos.
Vamos lá ver se no fim disto tudo eles se vão lembrar de alguma coisa ou se lhes vai passar ao lado...
Aguardemos 10 anos para lhes perguntar...

(* o que me ri com a caixa de comentários, senhores...)

5 comentários:

  1. Eu comecei o Advento com o pé esquerdo, valha-me Deus!! Resolvi contar uma história de Jesus por dia para puxar mais a brasa á sardinha do menino dos anos nesta época... Ele pegou na Bíblia das Crianças ao acaso e detém-se na Páscoa, ficando intrigadíssimo com a cena da paixão de Cristo. Associou logo à imagem do Senhor dos Passos que vê na missa e começámos por aí. Nunca traumatizei nenhum dos outros com estas histórias mas com este não tive sorte. Ficou horrorizado, por muito que eu dourasse a pílula e lhe falasse no aspeto positivo da ressurreição. Enfim, de noite chorou gritando «não aparafusem as mãos do Jesus!» e o meu marido ficou passado comigo e com a violência do episódio. Já durante o dia ele se lembrava de vez em quando e se indignava : Que maus aqueles que fizeram mal a Jesus, mereciam uma sova e um saco cheio de doces para ficarem com muitas dores nos dentes!(extraordinário que uma criança de 4 anos encare como castigo um saco de doces!)

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  2. Ahahah, Cartuxa! Adoro esse acordar a meio da noite... imagino o esposo!
    Mas que azar no Natal ele ir logo pegar na Páscoa.

    Bjs,

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  3. Ahahah tão bom!!!
    Mas nenhum dos outros com essa idade já tinha tido de aceitar/digerir/processar a morte de alguém querido...e isso faz toda a diferença. Estes netos mais novos já crescem com outra perspectiva da vida e da morte.
    Imagino os meus muito horrorizados também.

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  4. Ora aí está, faz toda a diferença...Tinham uma perspetiva da vida muito mais...nem sei como definir. Alegre? Segura? Não sei bem, mas era uma plenitude que estes mais novos já não têm, e bem sentem a falta desta avó tão especial.

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