- pela primeira vez em quase dois anos, a mais nova começou a (quase) adormecer sozinha na sua cama. Sempre disse e continuo a dizer que ela é mesmo o melhor bebé do mundo, mas a verdade é que a hora de adormecer sempre foi crítica, desde que nasceu. Depois de muitas manobras andávamos a experimentar adormecer na cama mas comigo ao lado, coisa que podia demorar entre 3 e 45 minutos. Pois que às tantas já sem paciência resolvi dizer-lhe que ia só ali à casa-de-banho, e ela ainda refilou mas acabou por adormecer sozinha. Fui repetindo a fórmula a cada dia, e a verdade é que passou a adormecer na sua caminha, de luz acesa, é certo, mas sem ser preciso eu ficar ali parada no escuro a dar a mão.
- O mais velho tinha consulta marcada para tirar o gesso e os ferros que tem no braço para promover a consolidação do osso. Chegados ao hospital somos informados que o médico se encontra de férias, e que tinham tentado ligar a desmarcar a consulta! Podem imaginar a minha reacção, depois de ter feito toda uma ginástica para poder estar ali àquela hora, e a reacção dele que estava na expectativa de se ver livre do gesso... Foi dito que não havia outro ortopedista disponível, mas perante a minha indignação lá nos mandaram para as urgências, e de lá uma administrativa andou a bater de porta em porta para nos arranjar uma solução. Passou quase uma hora a andar para trás e para a frente, mas lá arranjaram um ortopedista disponível (pois, afinal ao que parece havia uma solução!). Fez o raio X e o dr acabou por achar que o braço ainda não está bom. Mais duas semanas de ferros, de banho de braço no ar, mais duas semanas sem poder fazer desporto (que tanta falta lhe faz...). Enfim.
- Consulta de rotina com os dois mais velhos, e confirmou-se o excesso de peso da minha do meio. Não foi uma novidade, a miúda tem mesmo tendência para engordar, mas a verdade é que quando vemos as coisas no papel é que nos apercebemos da gravidade da situação. A fazer uma alimentação equilibrada (em casa), e a comer praticamente o mesmo que o irmão (que é magro e está no percentil 25/50 de peso), tem 6kg a mais do que o máximo recomendado para a sua altura. Por enquanto temos conseguido puxar o assunto para a questão da saúde e não da beleza. Em nenhum momento fazemos referência a ser bonito ou feio - até porque ela é linda de morrer - mas pelo facto da barriga poder ficar doente. Peso a mais não faz bem a ninguém, e a médica foi muito clara neste aspecto - temos de travar o aumento de peso agora, antes da mudança da idade. É um processo que vai ter de passar por ela, porque a comida de casa é saudável, o problema são as "excepções" que ocorrem com frequência (festas de anos, jantares e almoços de família, o raio dos saquinhos dos doces que os meninos que fazem anos levam para a escola e que chegam a casa já comidos sem eu poder fazer nada...). Tem mesmo de passar por ela ser capaz de dizer não e ter consciência que só pode ser uma vez por semana. O irmão usa óculos e gostava de não usar, o primo usa aparelho e não pode comer gomas nem pastilhas, eu mesma não posso comer glúten, todos temos as nossas limitações, e eu espero que ela entenda as dela. Muito difícil esta questão das filhas e do peso a mais, muito delicado este equilíbrio entre saúde e beleza, entre cuidado e anorexia. Puf!
- esta semana foi dia de me estrear num museu novo, completamente fora da minha zona de conforto - arte contemporânea. Correu muito bem e eu adorei, apesar dos nervos. Curiosamente a primeira vez que tive intenção de fazer visitas lá corria o ano de 2002! Desde então esteve dentro e fora dos meus objectivos, mas sempre lá mais ou menos presente. 16 anos depois, objectivo concretizado. Há que saber esperar, sem dúvida. O que é nosso às nossas mãos virá parar.
domingo, 11 de novembro de 2018
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