domingo, 18 de agosto de 2019

Livro 26/40

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A Mancha Humana, de Philip Roth

A Tella deu 5 estrelas no Goodreads e de repente eu percebi que tinha o livro cá em casa há que tempos (numa edição diferente com esta capa horrorosa, comprado pelo Te depois de ter lido o A Conspiração contra a América do mesmo autor). Não lhe teria pegado, como nunca lhe peguei nestes anos, mas a verdade é que há alturas em que os livros parece que vêm ter connosco.
É um livro que, sendo fácil de ler e deixando - nos sempre com vontade de ler mais, nos faz pensar e reflectir sobre tanta coisa.
A questão da identidade, do peso do nosso passado e da nossa herança, daquilo que somos afinal mal nascemos e ao qual não podemos fugir. A questão da guerra, e os efeitos que provoca em quem combate, em especial a guerra do Vietname com o choque que foi para aqueles combatentes regressar a casa. A questão racial de brancos e negros na América de ontem e de hoje também. A expectativa que os nossos pais depositam em nós, e até que ponto as nossas decisões são cruciais para a vida que os nossos filhos terão. O escândalo do Bill Clinton e da Mónica Lewinsky e o impacto que teve na comunicação social (até hoje eu consigo ouvir a voz dele no depoimento "I did not had sexual relations with that woman. Miss Lewinsky").
E podia continuar.
Este autor é duro e escreve as vezes de uma forma tão crua. Já tinha percebido isso com o Património, e confirmo.
Também eu lhe dei 5 estrelas.

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