quarta-feira, 29 de julho de 2020

Formação feita...

... e uma ideia que se instala:

E se eu voltasse a estudar? 

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Haja trabalho...

Na semana antes de ir de férias, e contrariando a tendência dos últimos 4 meses, estarei (finalmente!) a trabalhar.
É um projeto pontual que acontece só nas férias dos miúdos, mas já não é nada mau.
Também calhou - claro - ser a apresentação final do trabalho da formação em que me meti este mês.
Tem sempre de ser tudo ao mesmo tempo.

Esta questão da pandemia veio alterar as coisas de tal maneira, que pelo menos no futuro próximo não vou poder trabalhar nos mesmos moldes.
É muito angustiante pensar nisso, principalmente porque eu adoro o que faço, e adorava a minha vida profissional de há 4 meses atrás - insegura, sim (como se pode ver...), mas muito variada e animada, sem monotonia, sempre de um lado para o outro.
É uma grande frustração.
E ainda não sei bem como é que me vou safar no próximo ano lectivo...

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Livro 18/53



Comédias para se ler na escola, de Luís Fernando Veríssimo

Estou a ler um livro (bastante mais sério) emprestado por uma amiga, e não gosto de levar para a praia livros dos outros (porque sei que não tenho cuidado nenhum e os meus ficam cheios de areia - e pronto, ficam a saber que livros emprestados por mim podem ir à praia sem problema), pelo que fui buscar este à estante (herdado do meu pai, já se sabe) por ser pequenino e leve.

É perfeito para o efeito pretendido - leitura leve, de Verão, para ler na praia enquanto deitamos o olho aos miúdos (que têm sido pelo menos 4, entre filhos e sobrinhos).
São histórias curtas, de duas páginas ou pouco mais, sobre os mais variados assuntos, escritas com aquele açúcar que só os brasileiros têm...
Chorei, literalmente, a rir em algumas delas.
Só apetece ler alto para quem está ao lado, porque tem mesmo muita piada.
Dei 5 estrelas, porque cumpriu (e bem!) o seu propósito.

quinta-feira, 9 de julho de 2020

Livro 17/53

A Conspiração Contra a América - Livro - WOOK



A Conspiração contra a América, de Philip Roth

Temos cá em casa há anos, em inglês (do Tê, que depois de o ler comprou a Mancha Humana, que eu adorei). Nunca me chamou.
Até acho estranho como é que nunca tinha lido nada deste autor até ao ano passado - tem tanta coisa escrita, e coisas tão diferentes, não sei como me foi passando ao lado.
Este exemplar em português foi herdado do meu pai, e completamente aprovado por ele. Não sei porquê mas nunca lhe peguei, nas inúmeras vezes que lhe pedi livros emprestados, e tantas vezes ele o recomendou. Talvez me assustasse o número de páginas, ou o facto de ser uma historia hipotética sobre um assunto que eu não domino (política dos Estados Unidos).
Fosse o que fosse, foi agora o momento.
Curiosamente apanhei a meio um recibo do meu pai com data de Julho 2019, pelo que ele o terá lido por esta altura há um ano atrás (fase aliás em que devorava livros à velocidade de um por dia ou quase, porque estava em casa a recuperar de cirurgias).

Ora então temos os Estados Unidos nos anos 40, e temos uma história de como a História teria sido diferente se por lá houvesse um presidente anti-semita e apoiante do Hitler. O narrador é um menino de 9 anos, judeu.
Está muito bem construída e é arrepiante nos tempos que correm ler uma ficção que sabemos que pode tornar-se realidade em menos de nada - basta uma campanha bem conseguida e todos votamos na pessoa errada sem fazer ideia.
Há algumas partes mais políticas que tornam a leitura menos agradável, até porque as personagens são todas reais (mas algumas eu não faço ideia quem sejam, por isso no final há uma biografia de cada um), e houve ali pormenores no final que me pareceram um bocadinho forçados - mas de resto, está impecável.
Dei 4 estrelas e recomendo.

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Sobre Julho de 2020

Costuma ser um mês bem rentável, com muito trabalho por estes lados.
Quis o destino que este ano assim não fosse.
Resolvi tirar alguma coisa positiva de toda esta situação e meter-me a fazer uma formação que estou para fazer há anos (desde 2014, precisamente), agora totalmente online. São 90 horas, nunca na vida estando a trabalhar me iria meter num centro de formações ao fim do dia, foi mesmo de aproveitar esta oportunidade - acredito que seja a coisa positiva desta pandemia, este boom de conferências, formações, cursos, palestras, tudo do conforto do sofá - já assisti a algumas (muito poucas, confesso) com gente de todo o lado que nunca aconteceria presencialmente, e que interessante que foi!
Assim sendo este Julho vai ser dedicado à formação - já fiz trabalhos, tpc, fóruns e até testes. No fundo, é um regresso à escola.

Os miúdos normalmente saltitam de atl em atl... Este ano entre a pandemia e o pandemónio que vai na conta bancária vão ficar em família. Esta semana estão os mais velhos no Alentejo a viver aventuras debaixo de 48 graus (e ficam a falar nisso o ano inteiro!).

O fim do mês talvez traga uma luz ao fundo do túnel para o meu trabalho, mas ainda sem grandes certezas.

Até lá fizemos a candidatura da mais nova ao pré-escolar, tivemos uma odisseia a matricular as crianças no portal online, fomos devolver os manuais à escola e depois recebemos um mail a dizer que afinal teremos de os ir recolher, e recebemos as notas fantásticas dos nossos meninos - que este período, como sabem, são a dividir com os pais.

2020 já vai a mais de meio, malta.
Já não falta tudo.

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Fim das (j)aulas

Custou.
Não foi fixe.
Eu não gostei e os meus miúdos detestaram.

Para memória futura ficam frases como "eu pagava para ir para a escola!" e "eu ia para a escola ao sábado e domingo se fosse possível!" do mais velho; e da do meio ontem (de férias, portanto) suspirava que queria era ir para a escola.
Escola é muito mais do que matéria e conteúdos, escola são todas as pessoas que fazem parte dela, e reduzir a escola às tarefas através do computador foi um sacríficio para todos cá em casa.

Enquanto mãe e de certa forma ligada à educação, confirmei aquilo que já sabia: os pais não podem ser professores dos filhos, e as crianças precisam do apoio de um adulto a orientar o trabalho, coisa que nem todos os paisa tinham disponibilidade para fazer. Não há nada que substitua o contacto directo com o professor e os colegas e ponto final!

Portanto, genericamente não correu mal, mas por cá não ficamos nada fãs deste tipo de ensino.

Coisas boas:
A do meio desenvolveu imensas capacidades para lidar com o computador - era uma infoexcluída e lá aprendeu a fazer as coisas todas que era preciso. Também se organizou muito bem a trabalhar - o professor mandava os trabalhos todos da semana, e eles é que geriam o que faziam - portanto ganhou ali uma grande autonomia.
O mais velho aprendeu também a trabalhar com algumas ferramentas, como o power point e o word, e permitiu-nos perceber que tem autonomia zero e que temos de andar em cima dele se não ele não faz o que quer que seja...
Ambos ficaram a valorizar a escola como nunca!

Coisas más:
Desmotivação geral e total dos dois.
Vontade de aprender zero, de se sentar dia após dia após dia ao computador para fazer os trabalhos (coisa que eu também percebo...).

Por mim nunca imaginei que as escolas fechassem.
Quando fecharam achei que iriam reabrir depois das férias da Páscoa, e andei ali até ao dia 4 de Maio (tinham dito que era o limite) a ver se as escolas iriam reabrir.
Jamais imaginei que íamos mesmo fazer um período inteiro em casa, e no entanto, fizemos.
Foi uma experiência única!
Espero mesmo que tenha sido a única vez e que não se volte a repetir...