A espingarda do meu pai, de Hiner Saleem
Herdado do meu pai pela minha irmã, que o emprestou ao Tê nas férias de verão depois de o ter lido (entre nós ficou acordado que os livros do pai são para ir circulando à medida das vontades de cada uma).
Conta a história de um jovem curdo durante os anos 70/80, numa aldeia que se situa no Iraque - entre governo curdo e ocupação pelo governo de Sadam Hussein, acordos de paz, guerrilha, resistência, oposição, exílio, campos de refugiados, e esperança na reconquista de um território curdo que se encontra na fronteira entre 4 países (Turquia, Síria, Iraque e Irão). Muitas vezes a história e geografia do Médio Oriente é confusa aos nossos olhos, há tantos povos diferentes, tantas minorias, e tantas fronteiras territoriais que parecem não fazer sentido.
Neste livro ficamos a saber um pouco mais sobre os curdos, um povo sem território, mas com uma língua, uma identidade, uma cultura próprias.
O livro está escrito com uma grande simplicidade, numa linguagem muito acessível, e vamos acompanhando os acontecimentos do jovem e da sua família ao longo dos anos, desde a infância até à idade adulta de Azad.
Dei 4 estrelas e recomendo muito. Um dia quero que os meus filhos o leiam também.
Sim, adorei e acho que ajuda a perceber muito do que se passa naquela complicada regão, ou das relações complicadas que têm lugar naquela região
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