sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

2021 em livros (com base no Goodreads)

Fiquei a 68% do meu objetivo de leitura, que eram 35 livros este ano.
Não aconteceu, mas em nenhum momento me senti a falhar um objetivo, pois não incluí na lista tudo o que li ligado ao trabalho, pois se o fizesse, entre catálogos e artigos chegava facilmente ao fim com saldo positivo.

Aqui vão os dados:

23 livros
6 927 páginas

Livro mais curto: A Metamorfose (96)
Livro mais longo: O Bisavô (784)

Mais popular: A História de uma serva (3138 610 de leitores)
Menos popular: Segredos de Lisboa (38 leitores)

Média de pontuação: 4.1 estrelas

Este ano marcou algumas diferenças em relação aos anteriores - li muitos livros que cá tinha (herança), mas comprei alguns novos (o que é novidade), e no fim do ano regressei à biblioteca que é coisa que me dá enorme prazer, devo dizer. Deixei livros a meio (de momento só me ocorre um, do Charles Bukowsky mas acho que houve mais), e li dois livros em simultâneo (um em casa outro nos transportes) sem problema nenhum.
Tive alguma preocupação de trazer alguma diversidade de género e raça de autores: sair um pouco do escritor homem caucasiano, ler mais mulheres e pessoas de outras origens - nem sempre consegui, fica a intenção para 2022.

Penso que no geral foi um ano morno de livros, não li nada de espetacular, nem apanhei grandes secas como já aconteceu. Também não persegui o objetivo dos 35 livros, nem andei a ler livros pequenos para o conseguir atingir (coisa que já aconteceu).
Foi um ano intelectualmente exigente, em que a leitura foi feita mesmo por prazer, e sem poder ser algo muito complexo, que para isso bastou o trabalho.
Sinto que ainda assim, poderia ter lido mais, e estado menos nas redes sociais - fica esta intenção também para 2022.
Resta pensar qual será o objetivo para o próximo ano - tenho de pensar sobre isso!

Boas leituras, queridos leitores!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Pontos nos ii - o trabalho em 2021

 Muitas vezes falei nele este ano, no quão desafiante foi e nos não sei quantos projetos em que me meti, e acho que foi um ano tão marcante profissionalmente (sendo que acaba como começa, que isto na minha área não é uma escada, é só um labirinto!), mas foi tão marcante que merece que seja esmiuçado ponto por ponto:

Fevereiro: apoio pedagógico online
Que é como quem diz, explicações por zoom. Vi o anúncio na net e mandei o CV, coisa que aliás fiz um sem número de vezes ao longo destes anos. Uma resposta e uma entrevista via zoom, e a informação de que a minha falta de experiência seria compensada pela criatividade - pelo fazer as coisas fora da caixa, como tenho feito enquanto educadora artística. Foi daqueles desafios em que tive de pensar antes de aceitar, porque se por um lado foi uma tábua de salvação em pleno confinamento, sabia que me estava a meter em terreno completamente desconhecido. E lá fui. Tive um total de 8 ou 9 alunos, todos de 1º ciclo. O conceito do centro seria ajudar os miúdos com a escola online, tirando aos pais essa responsabilidade (esse papel duplo de pais e professores, que já se sabe não acaba bem). Adorei os miúdos, sinto que conesegui fazer a diferença na vida deles, mas caramba, que trabalho tão exigente! Cada aula era um desafio diferente, eles todos a aprender coisas diferentes, com situações familiares únicas (e sim, eu estive em casa de todos eles, vi as mães, pais, os manos e animais de estimação e tudo e tudo), para 1 hora de aula eram uma data de horas de preparação. E o mais dificil de tudo: a matemática! Nunca investi tanto a tentar perceber matemática como este ano, e confirmei que já temia: fui mesmo para fora de pé!
Foi uma experiência para lá de enriquecedora, que me salvou do tédio em pleno confinamento, que me deu que fazer e pensar, que me obrigou mesmo a fazer o impensável - se não tivesse havido mais nada de insólito este ano, eu a dar explicações de matemática já era suficiente!

Junho: exposição Tudo o que eu quero

A exposição abriu em Junho, mas antes disso houve meses de preparação, reuniões etc. Foi uma honra participar neste projeto, e um prazer enorme fazer visitas nesta exposição. Foi uma pena não estar patente durante o ano letivo, só apanhámos poucas escolas, mas foram meses intensos e muito preenchidos, que me fizeram mergulhar no mundo das artistas, ler mais sobre feminismo, pensar de forma crítica sobre o difícil que ainda é ser mulher no século XXI. Super apaixonante.

Setembro: Museu do Dinheiro
Fui à entrevista para colaborar com o Museu do Dinheiro corria o ano de 2016 - estava com uma grande barriga de grávida, fui aceite e fiz a formação já de 8 meses, com um banquinho atrás para me ir sentando pelo caminho (e toda a gente se lembra de mim!). Entretanto aquilo passou por um processo de reformulação e a minha colaboração ficou em águas de bacalhau. Até agora. É um tema diferente, fora da minha praia também, mas o projeto é aliciante, a equipa é muito porreira, e é um sítio onde me senti muito valorizada e bem recebida. Tem um horário fixo, daí que tenha ocupado muitos dos meus fins de semana, o que me custa pelos miúdos, mas não posso dizer que me custe pelo trabalho. Vou sempre feliz da vida.



Setembro: Ídolos - Olhares Milenares


Comecei a colaborar com o Museu de Arqueologia corria o mês de Março de 2020. Tinha feito só uma visita quando estalou a pandemia, e achei sinceramente que uma relação tão fresca não iria durar. No entanto a responsável do Serviço Educativo não me deixou para trás, e também me incluíu na preparação desta exposição - fui à conferência de imprensa ainda no fim de 2020, e à pré-inauguração logo no dia a seguir à primeira dose da vacina, nem sei bem onde tinha a cabeça. Foi um projeto megalómano, uma exposição muito bem conseguida, e um tema que não tem nada a ver com o que costumo trabalhar, pelo que foi um enorme desafio - que infelizmente não se traduziu num número espetacular de visitas, mas pronto, penso que isso também marca este ano: muito trabalho e pouco rendimento. Acredito que nada se perde, e o que estudei para esta exposição servirá para outras no futuro.

Setembro: D. Maria II de Princesa brasileira a Rainha de Portugal

Outra exposição de que muito me orgulho de ter feito parte, e outro desafio gigante. Esta senhora teve uma vida curta, mas tão intensa, que foi também preciso uma enorme preparação para fazer visitas. Sendo uma exposição com muita informação e textos de parede (ao contrário das outras), acho que as visitas ajudavam bastante a digerir tudo e contar a história desta rainha que eu fiquei a admirar de sobremaneira. Uma miúda de 15 anos no trono de um reino falido, politicamente instável, que governou durante 19 anos estando sempre grávida ou com um recém-nascido - e conseguiu de forma tão hábil conciliar a vida profissional com a familiar, tendo uma relação próxima com os filhos, coisa que não era nada habitual na época.

Novembro: Formação de Professores - Artistas Portuguesas
No seguimento da exposição Tudo o que eu quero, fomos contactadas para realizar uma formação para professores na área da cidadania e igualdade de género. Outro desafio, outra novidade, pois nunca tinha feito nada parecido. Correu muito bem, e é de facto muito compensador ver os projetos implementados, pensar que há alunos em todo o país que vão ter contato com artistas tão importantes na nossa História com base no que foi falado nesta formação. Super enriquecedor, e muito stressante também, que nestas coisas há sempre mil burocracias a ter em conta...

Em linhas gerais foram estas as novidades que 2021 me trouxe, a juntar aos sítios onde já colaborava (menos os palácios de Sintra, que não contactaram ninguém depois da pandemia, coisa que me entristece profundamente, que ninguém merece ser assim tratado mas são ossos do ofício...).
2022 já começa com um novo desafio, mas sobre isso falarei no próximo ano.

2021 foi marcante, desafiante, foi um balde de água fria e um teste à minha resiliência. 
Acho que passei a prova.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Livro 23/35 2021

 

Os Grandes Faraós do Antigo Egito, de Luís Manuel Araújo

Lido meio por trabalho e meio por prazer, trazido da biblioteca e lido ao mesmo tempo que o anterior.
Não é preciso ser mestre em egiptologia para conhecer o nome do autor - é só o maior entendido no assunto em Portugal.
Sendo um livro técnico, é facilmente lido por quem é apaixonado pelo tema.
A meio da leitura e estando a caminho do Museu de Arqueologia recebi fotografias de uma colega que tinha acabado de regressar de lá - se a inveja matasse eu tinha ficado logo ali...
É mesmo uma civilização apaixonante, e estranha ao mesmo tempo.
Dei 5 estrelas.

Livro 22/35

 

Contos de São Petersburgo, de Nicolai Gógol

Recomendado por uma colega de trabalho, e comprado na Feira do Livro deste ano.
É um clássico da literatura russa, talvez não tivesse sido a melhor altura para ler (por uma questão de atenção e ou falta dela, vá).
Gostei, mas não adorei. É diferente de tudo o que li antes, gostei dos contos e do sentido de humor do autor, da falta de senso (como se traduz nonsense?) de alguns pormenores.
Dei 4 estrelas, mas sei que não me marcou.

Muitos posts em atraso por aqui

 Já que o mês de Dezembro foi mesmo o culminar de um trimestre tão intenso de trabalho, que nem soube muito bem por onde me virar...
Isto de trabalhar aos fins de semana e fim do dia, quando se tem três filhos, não é fácil. Não é não senhor.
Foram sábados e sábados a chegar a casa às 19h30 e dias de semana com formação até às 21h, com tudo o resto que costuma acontecer a essa hora a ficar em stand by (roupa, jantares etc, mas principalmente o meu descanso que tanta falta me faz!).
Sobrevivemos.

Na última semana tivemos 4 dias de oficinas que foram mesmo de levar ao limite. Ao contrário do que sempre acontece tivemos um grupo exclusivamente de rapazes, vários já bem crescidos, e ainda para mais calhou chover a semana toda! Além disso estávamos a trabalhar na sala em frente onde estava a decorrer o concelho de ministros extraordinário (e consequente conferência de imprensa), a ser adiada hora após hora, e os miúdos a ter de ficar em silêncio. Foi mesmo, mesmo, um filme!
Também sobrevivemos.

Por fim conseguimos ter um Natal com tudo a que temos direito! Foram 3 dias de celebração - 24, 25 e 26 - a destacar o único encontro com irmãs e sobrinhos todos em 2021 (ao longo do ano faltou sempre alguém...).

Sim, agora estamos todos confinados, porque claro que os casos andam a pipocar à nossa volta, mas por agora posso dizer que valeu a pena - assim não haja casos graves.
Havemos de sobreviver!

Boas festas, malta!

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Do trabalho

 2021 ficará marcado sem dúvida como o ano em que mais coisas fiz, e desafios novos enfrentei.
Achei que já estavamos a acabar mas afinal em Dezembro ainda havia tempo para entrar em mais um museu. Irei fazer um post sobre isto, porque de facto foi um ano com tanta coisa interessante e diferente, que merece ser partilhado - e guardado para ler daqui a um tempo se isto tudo fechar outra vez e para quando eu achar que não há solução para a minha vida profissional.
Há que manter a resiliência, a força de vontade, a motivação e o amor à camisola (às muitas camisolas que temos de vestir!). mas caramba que não há profissão melhor que esta!

Mediadora artística e cultural para sempre!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

O 1º post de Natal de 2021

 Para que fique registado:

Dia 1 fizemos a árvore - e como em tudo na nossa família por insistência da nossa ritualista/tradicionalista/entusiasta do Natal, que é a nossa filha do meio (e a mais nova por enquanto também). O pai não fez frete nem refilou de ir buscar as coisas à arrecadação (ponto para ele), e eu acedi a montar a dita depois de um dia de trabalho longo e cansativo, a chegar a casa às 19h30 (fins de semana e feriados há menos comboios e tenho de sair mais cedo e chegar mais tarde, sem comentrários - e ponto para mim). O mais velho esteve de trombas e sem vontade nenhuma, claro, até meio do processo, depois lá lhe passou.

Dia 6 comprei os primeiros presentes.

Não há grande volta a dar, acho que o espírito de Natal me atinge lá para dia 10, e por muito que tente (não foi o caso) ir adiantando as coisas e despachar o que pode estar despachado, nunca acontece. E verdade seja dita, com mais ou menos stress, no dia certo está sempre tudo pronto. É o que vale.

A grande incógnita é mesmo onde e como vamos passar o Natal, se regressamos às tradições de sempre ou se ainda temos restrições este ano...

Ho ho ho, queridos leitores. 
Que comece o Natal.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Mais de 20 anos a usar e-mails...

 ... e continuamos na saga do Reply to all (ou Responder a todos, conforme o caso).

Porquê, senhores?
...que canseira de pessoas, pá.