Poucos meses depois deste post, mais uma partida de alguém novo demais.
Uma querida colega de trabalho, que partiu em menos de um fósforo, sem nos dar tempo sequer de nos apercebermos que estava doente - as pessoas são o que são, e enfrentam a vida como enfrentam a morte, e a nossa Joaninha sempre foi aquela pessoa discreta, que não levanta ondas, que detesta chamar a atenção sobre si.
Foi das colegas que mais me apoiou quando o meu pai esteve doente - mesmo sem saber o que se passava, viu um dia que eu estava em baixo e nunca mais deixou de mandar mensagens uma e outra vez, sem pressionar, mas a deixar o seu apoio.
Foi a última colega com quem estive antes da pandemia, naquela fatídica semana de Março 2020, na última vez que fui ao Palácio da Pena (penso que ela também). Foi a primeira pessoa que vi depois da pandemia, à porta do Palácio da Ajuda, com quem falei sobre esta incerteza da vida, do trabalho a recibos, da instabilidade, do importante que é fazermos tudo pela nossa felicidade - aproveitarmos a vida, no fundo.
Espero que ela o tenha feito.
Resta-nos a nós fazer o mesmo, por ela.
Um beijo grande
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