Essas malditas que se manifestam, às vezes, de forma tão surpreendente.
De um dia para o outro senti a falta de ler jornais em papel. Desde sempre que em casa dos meus pais havia todos os jornais possíveis. Semanários e diários, ao meu pai não escapava nenhum, a que se juntavam as revistas da atualidade (Visão e Sábado!), pelo que os lanches de fim de semana incluíam sempre uma vista de olhos pelos jornais e revistas, e também suplementos culturais.
Leio o jornal (um só) todos os dias - no telemóvel, praticamente só as letras gordas. São notícias principalmente, é uma outra coluna de opinião.
Comecei a sentir a falta do papel, das entrevistas com artistas, das reportagens, coisas para ler com um café na esplanada, ou pelo menos no sofá depois de jantar.
E com isso senti uma enorme falta do meu pai.
Aquela presença constante, sentado depois do almoço de fim de semana, a fumar e a por a leitura em dia.
Que saudades, caramba…. De tudo, incluindo esta presença constante de papel.
Tenho comprado um jornal por semana, atenuar a falta.
E não é que quase sinto o cheiro a fumo de cachimbo?
Que bonito.
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