1)
Tinham-me falado de um filme que está no cinema Rialto chamado Manufactured não sei quê, que supostamente desmascara o Michael Moore. Ao ver a programação na net, pergunta-me o T. "Manufactured Landscapes?", perfeito! Bilhetes comprados, a beber um café no bar antes da sessão chegamos à brilhante conclusão que íamos ver o filme errado! Quais são as probabilidades de haver dois filmes chamados "Manufactur" qualquer coisa num mesmo cinema independente de bairro?? Havia. Em vez de Manufacturing Dissent íamos ver Manufactured Lanscapes.
Este filme é, de um modo geral, sobre o modo como o homem altera a paisagem, tornando-a tudo menos natural. Não pretende ser exaustivo, mas sob um ponto de vista estético de um fotógrafo acaba por nos mostrar uma realidade que todos conhecemos mas que como tanta coisa, nos passa ao lado. Um exemplo: complexos industriais da China e as montanhas de desperdícios e de lixo do 1º Mundo ali despejados (Km e Km a perder de vista de blocos de metal prensado, peças de telefones, chips de computador, pneus, uma infinidade de porcarias que todos deitamos fora...). Fiquei triste ao pensar que trabalho numa empresa que tem uma fábrica na China, e que também envia para países de 3º mundo todo o lixo electrónico para supostamente ser destruído ou reciclado. É o mundo do desperdício e do lixo. Despojos à escala mundial.
O do Michael Moore ficou para a próxima.
2)
Veio o Rebelo buscar as coisas do G. Agora sim, nem parece que um dia cá vivemos os três. O Rebelo é o verdadeiro tuga, que faz as contas no papel e molha a ponta do lápis para escrever o resultado. Mas depois vai introduzir os dados no seu GPS para poder entregar tudo nos conformes. Espero que corra tudo bem, e espero poder usufruir dos seus serviços quando chegar a altura.
3)
Missão Impossível: comprar um vestido para o casamento. Dois dias lindos de sol e eu enfiada nas lojas até à exaustão. Como num jogo de futebol há dias em que a bola não entra na baliza, há dias de compras que não há NADA para comprar. Atenção, eu já nem estava a falar em preço nem em padrões (cheguei a experimentar vestidos de flores roxas - olha o desespero!) apenas falava de elegância e conforto. Pois que não. Experimentei vestidos de todos os feitios e cores e tamanhos e desde parecer um quadrado ou uma bola, ou a não poder respirar, a ter as meninas da loja quase a meter-se comigo na cabine (estamos em Amsterdam, há-que desconfiar sempre que nesta terra há mais homo que hetero, adiante), a ter meninas da loja que me trazem TODOS os vestidos possíveis e imaginários, aconteceu-me de tudo um pouco. Não houve loja em que eu não entrasse. Despi-me e vesti-me literalmente 500 vezes, sem ninguém que me vá buscar o tamanho acima ou abaixo quando necessário. Também com o mau feitio com que eu estava foi melhor assim, não comprei nenhum vestido mas ao menos não perdi uma amiga. Um perfeito desastre comercial.
Hoje 2ª feira foi dado o golpe de misericórdia aos meus "shopping days": uma saia-preta-justa-básica para levar com o top dos casamentos de 2005 (as calças, essas, já eram!). Sapato de presilha de verniz e meia de rede e siga para bingo!
4)
Limpezas em casa e arrumações da roupa que estava a secar há dias. Questão que se coloca/dúvida/problema - como solucionam as famílias a questão meias??
Nós dizemos mal da nossa vida de cada vez que há que lavar/estender/dobrar meias... Será melhor tê-las todas diferentes para as distinguir, ou todas iguais para não haver a questão dos pares?? Nenhuma das tácticas resultou connosco e temos uma amálgama de meias pretas iguais, outras pretas ligeiramente diferentes (pareciam iguais quando comprámos) que demoramos horas a distinguir, e uma quantidade de meias coloridas que nunca encontramos o par. E somos só dois...
5)
Bolinhos da avó já só há 2...
Adorei o post! Fartei-me de rir com a descrição da compra do (eventual) vestido e com a questão das meias. Sem falar que o filme me pareceu deveras interessante. Continua a relatar e a escrever assim para nós nos deliciarmos deste lado. Boa semana!
ResponderEliminarlol! escreveste tudo aquilo que eu tb penso sobre meias... Há algum tempo que acho que as meias têm o dom de desaparecer qd querem... elas têm vida própria, só assim se explica o facto de terms cá em casa 20 meias sem o respectivo par!
ResponderEliminarTella
Meias, o eterno problema.Escrevi sobre o mesmo este mês, parece que andamos com problemas sincronizados.
ResponderEliminarBjs
Sofia
Não devemos dar à meias mais importânca do que elas têm. As meias usam-se debaixo das botas (indiferente se são iguais ou não) lavam-se penduram-se vão para um cesto. De manhã quando queremos vesti-las vamos ao cesto à pesca. A única pessoa lá em casa que dobra meias é a minha mãe quando lá vai. Demasiado conservadora para aceitar que as meias não são para guardar nas gavetas.
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