quarta-feira, 21 de junho de 2023

Nova onda

 Conheço muitos sintomas de envelhecimento (ou crescimento), mas ficar com o cabelo (ainda mais) encaracolado não conhecia.

A verdade é que o meu cabelo foi mudando ao longo do tempo.
Nasci com caracóis apertados, que se mantiveram até aos 4 anos.
Dos 4 até à adolescência tive cabelo liso - com direito a corte de franja à Beatriz Costa e tudo.
Da adolescência até agora, ou seja durante mais de 30 anos, tive o cabelo ondulado. Começou timidamente pelos 14 ou 15 e assim se manteve, numas fases mais e noutras menos, consoante o corte, e consoante o grau de humidade - mas sempre ondulado, sempre rebelde, sempre a fazer o que lhe apetece.

Pois que desde há um ano mais coisa menos coisa ele deu de apertar o caracol novamente, e foi apertando e apertando até ficar mesmo mesmo com caracóis, sem nenhuma parte ondulada.

Deixem-me que vos diga, a vocês que têm cabelo liso, que ter caracóis dá um trabalhão!
Não posso meter-lhes um pente, tenho uma quantidade infinita de produtos para os definir, já não o posso apanhar sempre que me apetece, e depois de o lavar há todo um ritual que requer tempo e paciência - que como se sabe são dois bens de primeira necessidade mas bastante escassos por aqui.

Desde adolescente que assumi os meus cabelos como são - nunca os pintei, nunca fiz nenhum alisamento - sempre tratei o meu cabelo com respeito, deixando-o ser como ele quiser.
É o que acontece quando damos liberdade aos nossos filhos, por vezes as coisas saem do controlo e temos de aceitar e lidar.

Pode ser que na velhice volte o cabelo liso, e eu possa voltar a ter uma franja à la Mia Wallace em branco.
Aguardemos.

E chegou o verão!

 Os mais velhos de férias (um com boas notas e outra com notas excelentes - orgulhos da sua mãe!) a mais nova ainda com escola, mas já depois da sua festa de "finalista" - do Jardim de Infância, imagine-se...
Já atafulhei o frigorífico com comida, e tenho feito refeições para um batalhão, pois agora há mais almoços em casa.

O mais velho já se passou para o outro lado (da adolescência) e já passa os dias em programas com amigos (e as noites por vontade dele também!).

A do meio vai alternando saídas com o ATL e dias a descansar em casa.

Eu ao contrário do costume não vejo o ritmo de trabalho a abrandar (sim, eu sei, muito trabalho é bom!) por isso estou basicamente sem mãos a medir - novas exposições, novos públicos, novos desafios.
Os fins de semana revelam-se cheios de programas e com pouca praia, ou a trabalhar (claro...). Os feriados foram passados a estudar (e a chover, menos mal, que se é para estar ao computador pelo menos que chova).

Pelo caminho há greve de comboios; obras nas linhas de metro; chuva de manhã e calor abrasador à tarde; sardinhas assadas e bailarico.

Hoje é o dia mais longo do ano, e eu desejo a todos o melhor verão possível.



terça-feira, 13 de junho de 2023

Livro 7/2023

 

Não é só sangue, de Patrícia Lemos

Descobri a autora quando a minha cunhada ofereceu um livro que ela escreveu à minha do meio, explicando o período às meninas.
Passei a segui-la na sua página de Instagram Círculo Perfeito, onde tenho aprendido imenso, e desde então (há mais de 2 anos) ando em busca deste livro - esteve esgotado em todo o lado muito tempo, no ano passado esteve da feira do livro mas não consegui comprar, este ano aconteceu o mesmo, até que adquiri a sua versão digital.
E tal como previa, quando estamos a ler o que queremos mesmo e o que temos interesse, lemos num instante.
Acho que é um livro obrigatório para percebermos de facto como funciona o nosso corpo, e para podermos tomar as nossas decisões de forma informada.
Passei anos a tomar a pílula sem saber de facto o que acontece quando a tomamos, e não deveria ser assim.
Além do mais é um livro escrito com enorme respeito por todas as pessoas que menstruam (ou não) - porque este não um assunto só de mulheres.
Dei 5 estrelas e acho obrigatório.

segunda-feira, 12 de junho de 2023

Livro 6/2023


 O Acontecimento, de Annie Ernaux
Enviado pela Tella como presente de anos, o meu primeiro livro lido no Kobo (e-reader).
Anda toda a gente à minha volta a descobrir esta autora prémio Nobel, e sim, foi uma excelente estreia.
É um valente murro do estômago, escrito de uma forma simples mas sincera, recordando um acontecimento da sua vida que a marcou profundamente, e que poderia ser escrito por tantas outras mulheres.
Dei 5 estrelas e recomendo.

E-leitor

 Os 44 trouxeram-me dificuldades de visão, estou cada vez mais e ver menos ao perto (coisa que ainda me faz alguma confusão, confesso).
Entre isso e as dificuldades em ir à biblioteca, mais impulsionada pelas leitoras mais próximas, pois que aos 45 recebi (a meu pedido) um e-reader - que é como quem diz, um leitor eletrónico.

Não sendo bem a mesma coisa que ler um livro, traz tantas vantagens que é difícil resistir: podemos escolher o tipo e (mais importante) o tamanho de letra que queremos ler, é leve como um telemóvel, podemos levar para todo o lado, cabe em qualquer lado, e permite guardar uma biblioteca inteira.
Tudo junto acaba por se sobrepor à vontade de ter um livro físico, páginas para virar e o cheirinho do papel.

A quantidade de livros que já tenho dá-me para ter leitura até ao fim do ano, e só com esses já teria pago o valor do e-reader (sendo que não paguei porque sim, há todo um mercado negro de e-livros, como de tudo o resto!).

A grande diferença: estar a ler os livros que me apetecem mesmo, que ando à procura há imenso tempo sem encontrar, e não aquele livro que está ali na estante e que leio por não ter mais nada disponível no momento. 

Por isso recomendo, e aviso que os próximos livros serão lidos neste formato.

quinta-feira, 1 de junho de 2023

Milão

 1ª viagem oficial com filhos mais crescidos, de avião - e a certeza de que estão com a idade certa para viajar, para conhecer novos lugares.
Aguentam-se bem, são divertidos (e parvos), desanuviam o ambiente de stress (estão na fase em que só gozam connosco!), e tirando a fome constante e as mil idas ao wc diria que são os companheiros de férias perfeitos!

Milão também esteve à altura do acontecimento - cidade prática, pequena, com poucas coisas para ver., comida boa e barata, e gelados deliciosos.

Já estamos a pensar na próxima - há lá coisa melhor que viajar?

45 voltas ao sol

 Uma idade redonda, da qual me orgulho profundamente.

Digo-o muitas vezes, não voltava atrás no tempo para fase nenhuma da minha vida, tem sido sempre a melhorar, de uma forma ou de outra.

Foi um dia bom, e simples.
Podem vir mais 45, um ano de cada vez.