Em Agosto de 2005, mais precisamente dia 14, foi o concerto mais esperado dos últimos tempos, aquele pelo qual eu dormi num carro numa bomba de gasolina, aquele pelo qual eu era capaz de dar uma fortuna - o concerto dos U2.
Os U2 são a minha banda de eleição há anos, e o Bono é o meu ídolo da adolescência e idade quase adulta. Tenho uma enorme admiração por ele, acho-o giro e sexy que farta, adoro aquela voz, e admiro tudo aquilo que ele faz enquanto figura pública.
Na altura do concerto havia por aí em diversas lojas de discos e livros uma figura de papelão do Bono em tamanho quase natural. Ora, estando o Guilherme a trabalhar numa livraria na altura, não é difícil adivinhar que me trouxe um Bono para eu ter em casa (coisa que o Tê nunca achou muita piada, mas pronto).
Também não é difícil adivinhar as parvoíces que fizemos com o Bono de papelão... pusemo-lo na janela para enganar os vizinhos (o Bono frequenta a minha casa!), pusemos o Bono a fumar e a beber, tirámos fotografias de grupo com o Bono no meio, e até houve uma vez um jantar em que tirámos fotografias a alguns elementos que adormeceram ao lado do Bono (na cama com o Bono, basicamente).
O Bono fez, durante uns meses, parte daquela casa, assistiu a muitos jantares de anos, a muitas noites de caipirinhas, a muitos encontros de amigos.
Chegada a hora de ir para a Holanda, muitas das minhas coisas, nomeadamente coisas de casa, foram guardadas na casa dos pais do Tê. Lá ficaram inúmeras caixas dentro do armário, e também uma estante com livros.
No dia em que lá fomos buscar as caixas qual não é o meu espanto quando de trás da estante salta o nosso amigo Bono em tamanho quase natural!
Eu nem queria acreditar!
Não só pelo insólito de no meio das coisas aparecer uma personagem da minha altura em papelão, como também pelo insólito de essa mesma personagem ter sido guardada religiosamente para o futuro como um objecto útil (a par dos livros, candeeiros e coisas de cozinha)!
Eu não sei, sinceramente, onde estava com a cabeça!
Em que é que eu estava a pensar quando decidi guardar o Bono? Tipo, vou emigrar para a Holanda, não sei quando volto, tenho de ocupar espaço numa casa que não é minha nem dos meus pais, MAS o Bono fica cá à minha espera!
E aquilo que ainda mais me surpreende (até me dá vergonha!) é a minha cara de pau perante a mãe do Tê! Se eu um dia for sogra e a minha nora quiser guardar uma figura de papelão gigante de seja quem for eu não sei bem qual será a minha reacção!
Estaria eu louca na altura?
Por um lado deixei tudo organizadinho e tal, por outro estava claramente no limiar da loucura e ninguém me avisou...
E pronto, isto para dizer que o Bono, depois de dois anos atrás da estante, levou o rumo que já devia ter levado, e foi deixado à beira do ecoponto. Quando regressámos a casa umas horas depois estavam uns miúdos a brincar com ele, e a levá-lo para casa todos contentes.
Fiquei feliz por saber que o Bono vai permanecer por aí...
segunda-feira, 30 de junho de 2008
domingo, 29 de junho de 2008
A festa da Mana...
...foi em grande!
Com direito a música, karaoke, fado personalizado, canções ao som da viola, comboiada, comida e bebida da boa e sobremesas do melhor!
Também houve direito a situações desconfortáveis (porque elas eram amigas! eh eh eh*), novas amizades, parabéns à porta da casa-de-banho, e claro, conversas bloguísticas.
As saudades que eu tinha de uma noite assim...
* esta é uma private...
Com direito a música, karaoke, fado personalizado, canções ao som da viola, comboiada, comida e bebida da boa e sobremesas do melhor!
Também houve direito a situações desconfortáveis (porque elas eram amigas! eh eh eh*), novas amizades, parabéns à porta da casa-de-banho, e claro, conversas bloguísticas.
As saudades que eu tinha de uma noite assim...
* esta é uma private...
quinta-feira, 26 de junho de 2008
A viagem da cama
Este post vem com alguns dias de atraso, mas o assunto merece.
Quando chegámos da Holanda a família Santos tinha organizado um quarto na casa da mana Alex para nós, com direito a cómoda, mesas de cabeceira e cama.
A cama, apesar de não ter sido escolhida por nós, adaptava-se perfeitamente ao nosso gosto, com direito a arrumações por baixo e tudo, que dá um grande jeitaço a quem como nós não é um primor da arrumação.
A cama foi comprada a título provisório, apenas para que nós não ficássemos a dormir com o colchão no chão, mas a verdade é que lá em casa não era necessária, e a nós, claro, dava-nos jeito não ter de comprar uma.
No fundo não havia razão para não trazermos a dita para a casa nova - e assim ficou decidido que aquela seria mesmo a nossa cama, pelo menos nos próximos (muitos) tempos.
Esta coisa dos móveis do Ikea tem a sua piada e tal. Quando os senhores vêm entregar, ou quando os vamos buscar, vem tudo em caixinhas planas que é um mimo. Cabem em todo o lado.
A porca torce o rabo na hora de mudar de lugar uma vez montados...
Não estamos a falar de uma cama tipo cabeceira, pés e estrado. Estamos a falar de um sommier, leia-se cama formada por uma caixa com fundo e revestida a tecido, e com um estrado com um sistema de abertura que permite guardar coisas debaixo do colchão (como antigamente!), tudo com um sistema super inteligente de cliques e claques, puxa para cima e empurra para baixo e está feito. Ouvimos dizer que para a montar da primeira vez foi uma tarde. Resolvemos pegar nas instruções e dar uma vista de olhos de trás para a frente (para ver o processo de desmontagem).
Agora que penso nisso isto já deve estar a roçar a fobia, porque a verdade é que só a ideia de desmontar aquilo tudo e voltar a montar cá em casa já me estava a pôr os nervos em franja... Não passava um dia em que não falássemos nisso...
Desmontar tudo passo por passo e trazer a cama em peças?
Tentar trazer a cama como está assim mesmo? Passa nas escadas? Não passa?
Alugar uma carrinha e dois senhores que nos ajudem?
Ignorar a cama e deixá-la ficar no sítio onde está e ir comprar uma nova?
Tudo nos passou pela cabeça...
Sabe quem esteve em Amsterdam que as escadas típicas são estreitas e em caracol. Sei eu, que vi com estes olhos, que a dupla Tê e Guilherme foi capaz de subir as nossas escadas com um mega sofá de 3 lugares (que a meio ficou empancado e nem para cima nem para baixo, por pouco não ficámos com um sofá preso nas escadas para sempre, mas adiante) e que depois voltou a descer.
Ao pé das nossas escadas de Amsterdam as escadas da casa da Alex são um salão de baile (e as nossas o Pavilhão Atlântico!).
Com esta confiança na famosa dupla propus não desmancharmos a cama e tentar trazê-la o mais inteira possível.
Na 1ª tentativa retirámos apenas o estrado e respectivo mecanismo de sobe e desce. Arrasta a caixa da cama até à entrada. Horizontal, vertical, esquerda, direita. Dá a curva. Desce mais um lanço. Não dá a curva. Horizontal, vertical, esquerda, direita. Confirma - não dá a curva. Meia volta/volver e volta a subir a escada com a cama no lombo. De volta à casa de partida. Resolvemos retirar o fundo para lhe dar flexibilidade. E deu. Horizontal, vertical, esquerda, direita umas quantas vezes e a cama estava cá em baixo.
Now what?
Como levar uma mega caixa de cama de um sítio ao outro?
Ainda experimentámos pôr em cima do carro, mas a estabilidade era pouca e o perigo muito, e a brincar a brincar a nossa casa fica em frente à polícia...
Assim sendo foi tomada a decisão unânime (primeiro foi sugerido a brincar, mas depois tomada a sério) de a cama ser levada à pata de uma casa para a outra.
E assim foi...
Os pais Santos seguiram de carro com o estrado e respectivo mecanismo de sobe e desce no tejadilho. Eu com as placas do fundo da caixa na mala do carro. A Alex levou um garrafão de água para refrescar (claro que neste dia não havia garrafas de água pequenas em lado nenhum) e fez de carro de apoio. O Tê e o Guilherme encheram-se de coragem, respiraram fundo e puseram pernas ao caminho a acartar com a caixa da cama.
E assim vieram, um à frente e outro atrás por essa Parede fora. O que vale é que o trajecto não é comprido.
No final, claro, tiveram de a subir pelos nossos 3 andares, desta vez sem perigo de encalhar a meio.
E foi assim que nessa noite o Tê e eu voltámos a dormir numa cama de verdade.
Quando chegámos da Holanda a família Santos tinha organizado um quarto na casa da mana Alex para nós, com direito a cómoda, mesas de cabeceira e cama.
A cama, apesar de não ter sido escolhida por nós, adaptava-se perfeitamente ao nosso gosto, com direito a arrumações por baixo e tudo, que dá um grande jeitaço a quem como nós não é um primor da arrumação.
A cama foi comprada a título provisório, apenas para que nós não ficássemos a dormir com o colchão no chão, mas a verdade é que lá em casa não era necessária, e a nós, claro, dava-nos jeito não ter de comprar uma.
No fundo não havia razão para não trazermos a dita para a casa nova - e assim ficou decidido que aquela seria mesmo a nossa cama, pelo menos nos próximos (muitos) tempos.
Esta coisa dos móveis do Ikea tem a sua piada e tal. Quando os senhores vêm entregar, ou quando os vamos buscar, vem tudo em caixinhas planas que é um mimo. Cabem em todo o lado.
A porca torce o rabo na hora de mudar de lugar uma vez montados...
Não estamos a falar de uma cama tipo cabeceira, pés e estrado. Estamos a falar de um sommier, leia-se cama formada por uma caixa com fundo e revestida a tecido, e com um estrado com um sistema de abertura que permite guardar coisas debaixo do colchão (como antigamente!), tudo com um sistema super inteligente de cliques e claques, puxa para cima e empurra para baixo e está feito. Ouvimos dizer que para a montar da primeira vez foi uma tarde. Resolvemos pegar nas instruções e dar uma vista de olhos de trás para a frente (para ver o processo de desmontagem).
Agora que penso nisso isto já deve estar a roçar a fobia, porque a verdade é que só a ideia de desmontar aquilo tudo e voltar a montar cá em casa já me estava a pôr os nervos em franja... Não passava um dia em que não falássemos nisso...
Desmontar tudo passo por passo e trazer a cama em peças?
Tentar trazer a cama como está assim mesmo? Passa nas escadas? Não passa?
Alugar uma carrinha e dois senhores que nos ajudem?
Ignorar a cama e deixá-la ficar no sítio onde está e ir comprar uma nova?
Tudo nos passou pela cabeça...
Sabe quem esteve em Amsterdam que as escadas típicas são estreitas e em caracol. Sei eu, que vi com estes olhos, que a dupla Tê e Guilherme foi capaz de subir as nossas escadas com um mega sofá de 3 lugares (que a meio ficou empancado e nem para cima nem para baixo, por pouco não ficámos com um sofá preso nas escadas para sempre, mas adiante) e que depois voltou a descer.
Ao pé das nossas escadas de Amsterdam as escadas da casa da Alex são um salão de baile (e as nossas o Pavilhão Atlântico!).
Com esta confiança na famosa dupla propus não desmancharmos a cama e tentar trazê-la o mais inteira possível.
Na 1ª tentativa retirámos apenas o estrado e respectivo mecanismo de sobe e desce. Arrasta a caixa da cama até à entrada. Horizontal, vertical, esquerda, direita. Dá a curva. Desce mais um lanço. Não dá a curva. Horizontal, vertical, esquerda, direita. Confirma - não dá a curva. Meia volta/volver e volta a subir a escada com a cama no lombo. De volta à casa de partida. Resolvemos retirar o fundo para lhe dar flexibilidade. E deu. Horizontal, vertical, esquerda, direita umas quantas vezes e a cama estava cá em baixo.
Now what?
Como levar uma mega caixa de cama de um sítio ao outro?
Ainda experimentámos pôr em cima do carro, mas a estabilidade era pouca e o perigo muito, e a brincar a brincar a nossa casa fica em frente à polícia...
Assim sendo foi tomada a decisão unânime (primeiro foi sugerido a brincar, mas depois tomada a sério) de a cama ser levada à pata de uma casa para a outra.
E assim foi...
Os pais Santos seguiram de carro com o estrado e respectivo mecanismo de sobe e desce no tejadilho. Eu com as placas do fundo da caixa na mala do carro. A Alex levou um garrafão de água para refrescar (claro que neste dia não havia garrafas de água pequenas em lado nenhum) e fez de carro de apoio. O Tê e o Guilherme encheram-se de coragem, respiraram fundo e puseram pernas ao caminho a acartar com a caixa da cama.
E assim vieram, um à frente e outro atrás por essa Parede fora. O que vale é que o trajecto não é comprido.
No final, claro, tiveram de a subir pelos nossos 3 andares, desta vez sem perigo de encalhar a meio.
E foi assim que nessa noite o Tê e eu voltámos a dormir numa cama de verdade.
Puzzles
Qual é o fenómeno do pessoal ver um móvel do Ikea por montar e se sentir impelido a pegar no martelo ou naquela chavinha??
Não é que não goste de montar. Até gosto, e acho que até tenho jeito para ver os desenhos e tudo. Mas se vir um amontoado de tábuas no chão não sinto aquele formigueiro para ver a coisa montada - caso contrário já tinha montado muita coisa cá em casa...
Esta citação define a reacção de muita gente quando entra cá em casa:
"Um amontoado de caixas e de material pelo chão. Só de ver isto dá-me logo vontade de pegar nas instruções e nos martelos e pregos e começar a montar mobiliário! Estarei louca? Lol!"
(in Olhares que Falam)
Deve ser um gosto por puzzles reprimido...
Não é que não goste de montar. Até gosto, e acho que até tenho jeito para ver os desenhos e tudo. Mas se vir um amontoado de tábuas no chão não sinto aquele formigueiro para ver a coisa montada - caso contrário já tinha montado muita coisa cá em casa...
Esta citação define a reacção de muita gente quando entra cá em casa:
"Um amontoado de caixas e de material pelo chão. Só de ver isto dá-me logo vontade de pegar nas instruções e nos martelos e pregos e começar a montar mobiliário! Estarei louca? Lol!"
(in Olhares que Falam)
Deve ser um gosto por puzzles reprimido...
quarta-feira, 25 de junho de 2008
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Ainda em mudanças
E domingo foi dia de, entre outras coisas que terão direito as post no futuro, trazer as famosas caixas embaladas em Dezembro de 2005 que estavam guardadas no quarto do Tê em casa dos pais.
Ainda não abri todas, nem sei quando o farei, mas já deu para ter algumas (muitas) surpresas.
A primeira de todas é a minha super-mega-hiper organização! Nem me reconheço! Todas as caixas têm identificado por fora aquilo que têm dentro, e tudo lá dentro vem bem embalado e guardado! Os talheres vêm mesmo dentro do seu próprio tabuleiro embrulhado em película aderente! Se eu quisessem bastava abrir e meter dentro da gaveta.
Criam-se situações de incredulidade quando leio certos objectos por fora das caixas, que não tinha nem ideia que tinha - como por exemplo "açucareiro". Açucareiro? Desde quando é que alguma vez tive um açucareiro??Pois tinha. Isto é como desembrulhar presentes no Natal. De repente recebo coisas que de verdade nem me lembrava.
Presentes oferecidos pela Mary de 2005 à Mary de 2008.
Em todas as caixas há também molduras embrulhadas em papel (com a devida identificação por fora, claro), que eu devo ter metido nas caixas nos espacinhos que sobravam - entre uma saladeira e uns pratos de sopa, entre os panos de tabuleiro e os livros de cozinha. É cómico ler por fora do embrulho - as três com a mãe; eu em pequena; as 4 amigas... como se eu me lembrasse de que fotos são só por ler por fora...
Muito cómico foi também ver a caixa dos álbuns, com fotografias minhas exactamente na época em que usava estes objectos. Há uma muito especial que tirei no 1º dia que fui lá a casa, sou eu sozinha sentada no meu mega sofá em L. Lembro-me tão bem. E a sensação que tenho é de que era uma miúda. E uma miúda feliz na sua casa nova.
O tempo passa, de facto...
Ainda não abri todas, nem sei quando o farei, mas já deu para ter algumas (muitas) surpresas.
A primeira de todas é a minha super-mega-hiper organização! Nem me reconheço! Todas as caixas têm identificado por fora aquilo que têm dentro, e tudo lá dentro vem bem embalado e guardado! Os talheres vêm mesmo dentro do seu próprio tabuleiro embrulhado em película aderente! Se eu quisessem bastava abrir e meter dentro da gaveta.
Criam-se situações de incredulidade quando leio certos objectos por fora das caixas, que não tinha nem ideia que tinha - como por exemplo "açucareiro". Açucareiro? Desde quando é que alguma vez tive um açucareiro??Pois tinha. Isto é como desembrulhar presentes no Natal. De repente recebo coisas que de verdade nem me lembrava.
Presentes oferecidos pela Mary de 2005 à Mary de 2008.
Em todas as caixas há também molduras embrulhadas em papel (com a devida identificação por fora, claro), que eu devo ter metido nas caixas nos espacinhos que sobravam - entre uma saladeira e uns pratos de sopa, entre os panos de tabuleiro e os livros de cozinha. É cómico ler por fora do embrulho - as três com a mãe; eu em pequena; as 4 amigas... como se eu me lembrasse de que fotos são só por ler por fora...
Muito cómico foi também ver a caixa dos álbuns, com fotografias minhas exactamente na época em que usava estes objectos. Há uma muito especial que tirei no 1º dia que fui lá a casa, sou eu sozinha sentada no meu mega sofá em L. Lembro-me tão bem. E a sensação que tenho é de que era uma miúda. E uma miúda feliz na sua casa nova.
O tempo passa, de facto...
Fim-de-semana de Verão
Com direito a dia de praia, a ver o pôr do sol com as amigas à beira-mar, a gelado do Santini, a esplanada de dia e de noite.
O Verão é de facto imbatível!
O Verão é de facto imbatível!
sexta-feira, 20 de junho de 2008
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Pequenas coisas
Foi estranho abrir a caixa das coisas de cozinha que trouxemos da Holanda.
Foi estranho mas bom reencontrar os ímanes de frigorífico, os panos de cozinha, os tupperwares comprados no Blocker, a caixa do chá, as chávenas de café com flores, as facas Icel, até as fronhas das almofadas do Hema (uma surpresa dentro da caixa da cozinha), todos objectos que fazem parte da minha vida, todos eles tão familiares, mas que por outro lado pertencem a uma outra realidade.
Pertencem a outras cozinhas.
Foi só há 3 meses que embalei as coisas naquela mesma caixa!
Foi noutra vida.
(giro giro vai ser mesmo abrir as caixas de antes de ir para a Holanda, embaladas desde Janeiro de 2006 - além de muitas surpresas prevejo uma bela sessão nostalgia...ai ai...)
Foi estranho mas bom reencontrar os ímanes de frigorífico, os panos de cozinha, os tupperwares comprados no Blocker, a caixa do chá, as chávenas de café com flores, as facas Icel, até as fronhas das almofadas do Hema (uma surpresa dentro da caixa da cozinha), todos objectos que fazem parte da minha vida, todos eles tão familiares, mas que por outro lado pertencem a uma outra realidade.
Pertencem a outras cozinhas.
Foi só há 3 meses que embalei as coisas naquela mesma caixa!
Foi noutra vida.
(giro giro vai ser mesmo abrir as caixas de antes de ir para a Holanda, embaladas desde Janeiro de 2006 - além de muitas surpresas prevejo uma bela sessão nostalgia...ai ai...)
Se cá nevasse...
Estou há dois dias na casa nova, e por isso já não estou a 2 minutos do escritório onde trabalho em part-time, mas sim a 10.
A minha casa é numa ponta da Parede, o escritório é na outra.
Vou de manhã, bebo um café, passo nos Correios se for preciso, e passo pelo centro da Parede até chegar. São 10 minutos a andar, contados pelo relógio (para depois saber fazer as contas das horas a que devo sair de casa)
A estupidez profunda é que eu tenho a certeza, mas a certezinha absoluta, de que se eu tivesse carro, já não ia a pé.
De facto ia chegar muito mais rápido, mas não era uma estupidez?
Agora a minha pergunta é, quantas pessoas não poderiam também ir a pé para o trabalho e não vão, não porque lhes custe, mas porque se habituaram a levar o carro e nem põem outra hipótese?
A minha casa é numa ponta da Parede, o escritório é na outra.
Vou de manhã, bebo um café, passo nos Correios se for preciso, e passo pelo centro da Parede até chegar. São 10 minutos a andar, contados pelo relógio (para depois saber fazer as contas das horas a que devo sair de casa)
A estupidez profunda é que eu tenho a certeza, mas a certezinha absoluta, de que se eu tivesse carro, já não ia a pé.
De facto ia chegar muito mais rápido, mas não era uma estupidez?
Agora a minha pergunta é, quantas pessoas não poderiam também ir a pé para o trabalho e não vão, não porque lhes custe, mas porque se habituaram a levar o carro e nem põem outra hipótese?
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Zon
Et voilá...já temos internet, televisão e telefone Zon!
E agora este blog é escrito à velocidade da luz! Uma internet superzónica! eh eh eh
E agora este blog é escrito à velocidade da luz! Uma internet superzónica! eh eh eh
Lição nº1 para quem vive num 3º andar sem elevador
Antes de sair de casa pensar muito bem no que se vai levar - casaco, chaves, o que for.
Chegar lá abaixo e lembrar de algo esquecido não é agradável (mas com o tempo a coisa vai lá...).
Chegar lá abaixo e lembrar de algo esquecido não é agradável (mas com o tempo a coisa vai lá...).
Educação, cobardia ou cinismo?
A propósito do insólito Yorn que vivemos ontem (e que não tem lugar neste blog) lembrei-me de que há situações em que queremos dizer Não, mas optamos por não o fazer. Dizemos "é pá vou ver isso", "vou pensar", "depois vemos isso" o que quer que seja mas não dizemos aquilo que corresponde à verdade:
"Não estou interessada, muito obrigada, mas não vou participar porque...(seguia-se a explicação)"
Em vez disso ficamos com uma falsa cara de interesse (por vezes mal disfarçado), enrolamos a conversa e não damos a nossa opinião frontalmente para acabar com o assunto ali e já está e amigos como dantes.
Isto leva-me à pergunta do título.
Quando não damos a nossa resposta frontal, o nosso redondo NÃO fazemo-lo por educação, por cobardia ou mesmo por cinismo?
"Não estou interessada, muito obrigada, mas não vou participar porque...(seguia-se a explicação)"
Em vez disso ficamos com uma falsa cara de interesse (por vezes mal disfarçado), enrolamos a conversa e não damos a nossa opinião frontalmente para acabar com o assunto ali e já está e amigos como dantes.
Isto leva-me à pergunta do título.
Quando não damos a nossa resposta frontal, o nosso redondo NÃO fazemo-lo por educação, por cobardia ou mesmo por cinismo?
Dia D
E ontem foi a nossa 1ª noite na casa nova!
Estamos oficialmente mudados, apesar da confusão em que se encontram ambas as casas (a casa de partida e a casa de chegada).
Viva o acampamento!
Ontem, depois de roupas embaladas e sacos feitos, lá partimos para levar as coisas essenciais à casa nova (a viagem não é grande, o que é bom), gavetas, cómoda do Tê, malas de viagem, e mais 1002 sacos e saquinhos e sacolas que fomos levando e subindo ao longo dos 3 andares sem elevador (um ponto fraco na casa nova).
Para levar o colchão ainda foi preciso pedir a ajuda do Guilherme e Alexandra, mais o carro do pai Santos, e como connosco as coisas costumam ser assim ainda tivemos um momento insólito Yorn, mais uma viagem de colchão no tejadilho, mais um carro sem bateria, mas no fim lá conseguimos pôr o colchão no chão e dormir no nosso quarto novo!
E começa uma nova fase...
Estamos oficialmente mudados, apesar da confusão em que se encontram ambas as casas (a casa de partida e a casa de chegada).
Viva o acampamento!
Ontem, depois de roupas embaladas e sacos feitos, lá partimos para levar as coisas essenciais à casa nova (a viagem não é grande, o que é bom), gavetas, cómoda do Tê, malas de viagem, e mais 1002 sacos e saquinhos e sacolas que fomos levando e subindo ao longo dos 3 andares sem elevador (um ponto fraco na casa nova).
Para levar o colchão ainda foi preciso pedir a ajuda do Guilherme e Alexandra, mais o carro do pai Santos, e como connosco as coisas costumam ser assim ainda tivemos um momento insólito Yorn, mais uma viagem de colchão no tejadilho, mais um carro sem bateria, mas no fim lá conseguimos pôr o colchão no chão e dormir no nosso quarto novo!
E começa uma nova fase...
terça-feira, 17 de junho de 2008
Preconceito
Ontem fomos abrir conta na Zon, para termos uma super internet, televisão e telefone na casa nova.
Quando chegámos estavam algumas pessoas na fila, e havia três balcões de atendimento com três rapazes a atender.
Chegada a nossa vez reparamos que nos foi designado um balcão lateral que eu nem tinha reparado que existia, e tínhamos à nossa espera para nos atender uma jovem loura, com a franja da moda e cara de quem não percebe nada deste assunto.
Ora bolas, pensei eu, com tantos rapazes com cara de técnicos e logo me tinha de calhar a Barbie de serviço! Isto porque nós tínhamos muitas perguntas a fazer uma vez que, se tudo correr bem, a nossa vida vai depender muito na nossa ligação à internet (este assunto terá direito a seu post quando for conveniente).
Pois que a nossa Barbie não só se mostrou mais do que à altura das nossas questões como estava também a esclarecer as dúvidas aos colegas-com-cara-de-técnicos. Era, no fundo, quem percebia mais do assunto ali dentro.
Um pouco (muito) estúpida a minha primeira (e involuntária) reacção.
Eu, que ainda para mais também sou loura e também já trabalhei num apoio técnico, deveria saber que não é o nosso aspecto que define as nossas capacidades.
Eu, que já fui inúmeras vezes vítima de preconceito não deveria ter sido preconceituosa.
Foi uma lição aprendida. (e um sapo engolido, também...)
Quando chegámos estavam algumas pessoas na fila, e havia três balcões de atendimento com três rapazes a atender.
Chegada a nossa vez reparamos que nos foi designado um balcão lateral que eu nem tinha reparado que existia, e tínhamos à nossa espera para nos atender uma jovem loura, com a franja da moda e cara de quem não percebe nada deste assunto.
Ora bolas, pensei eu, com tantos rapazes com cara de técnicos e logo me tinha de calhar a Barbie de serviço! Isto porque nós tínhamos muitas perguntas a fazer uma vez que, se tudo correr bem, a nossa vida vai depender muito na nossa ligação à internet (este assunto terá direito a seu post quando for conveniente).
Pois que a nossa Barbie não só se mostrou mais do que à altura das nossas questões como estava também a esclarecer as dúvidas aos colegas-com-cara-de-técnicos. Era, no fundo, quem percebia mais do assunto ali dentro.
Um pouco (muito) estúpida a minha primeira (e involuntária) reacção.
Eu, que ainda para mais também sou loura e também já trabalhei num apoio técnico, deveria saber que não é o nosso aspecto que define as nossas capacidades.
Eu, que já fui inúmeras vezes vítima de preconceito não deveria ter sido preconceituosa.
Foi uma lição aprendida. (e um sapo engolido, também...)
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Feira do Livro
Na sexta à noite foi dia de ir à Feira do Livro - como verdadeiros tugas fomos quase quase no último dia.
Já tinha saudades da Feira, de quem era frequentadora assídua antes de ir para a Holanda. Durante dois anos falhei, porque me ficava um bocado fora de mão, mas este ano não podia perder.
Deu para ver a família Tanaka nas suas bancas, conhecer as novidades ao nível dos policiais, ver uma cara (ou focinho) conhecido na capa de um livro, ver o famoso pavilhão da Leya e comer uma fartura.
E como estamos em época de vacas magras só deu mesmo para comprar este livro, mas foi numa boa promoção.
Para o ano há mais!
Já tinha saudades da Feira, de quem era frequentadora assídua antes de ir para a Holanda. Durante dois anos falhei, porque me ficava um bocado fora de mão, mas este ano não podia perder.
Deu para ver a família Tanaka nas suas bancas, conhecer as novidades ao nível dos policiais, ver uma cara (ou focinho) conhecido na capa de um livro, ver o famoso pavilhão da Leya e comer uma fartura.
E como estamos em época de vacas magras só deu mesmo para comprar este livro, mas foi numa boa promoção.
Para o ano há mais!
domingo, 15 de junho de 2008
Dia 10
Fita isoladora totalmente arrancada. Retoques dados onde foi preciso. Pingos de tinta limpos do chão. Portas lavadas. Armário da entrada lavado por dentro e por fora.
Primeiros caixotes já transportados.
Aos poucos a coisa vai (muito devagar para meu gosto, mas pronto).
Primeiros caixotes já transportados.
Aos poucos a coisa vai (muito devagar para meu gosto, mas pronto).
sexta-feira, 13 de junho de 2008
Dia 8
Ontem foi dia de arrancar a fita isoladora e limpar os restos de tinta do quarto, escritório e hall da casa-de-banho.
O quarto está impecável, de facto, nada como o branco sobre branco para ser garantido. O hall também ficou bem. O escritório, que como bem sabeis, era às cores é que foi mais complicado. Começou com o roda-pé a descascar, que foi preciso pintá-lo de branco outra vez (mal e porcamente mas adiante), e quando retirei a fita da sanca ficou uma risca pêssego em cima. Ai que neeervos! Aquela cor persegue-me! É como o pêlo do cão! Que raiva! Só me apetecia mandar tudo pela janela do 3º andar e esquecer o assunto. Mas não, o que eu fiz foi mesmo pegar no escadote (para quem não sabe eu tenho medo de alturas e detesto escadotes) e ir retocando a bela risca cor de pêssego. Sobe escadote, retoca, desce escadote, arrasta escadote, sobe novamente, and so on and so on. Enfim...
Já estou farta destes arranjos, nunca mais mudamos!
O quarto está impecável, de facto, nada como o branco sobre branco para ser garantido. O hall também ficou bem. O escritório, que como bem sabeis, era às cores é que foi mais complicado. Começou com o roda-pé a descascar, que foi preciso pintá-lo de branco outra vez (mal e porcamente mas adiante), e quando retirei a fita da sanca ficou uma risca pêssego em cima. Ai que neeervos! Aquela cor persegue-me! É como o pêlo do cão! Que raiva! Só me apetecia mandar tudo pela janela do 3º andar e esquecer o assunto. Mas não, o que eu fiz foi mesmo pegar no escadote (para quem não sabe eu tenho medo de alturas e detesto escadotes) e ir retocando a bela risca cor de pêssego. Sobe escadote, retoca, desce escadote, arrasta escadote, sobe novamente, and so on and so on. Enfim...
Já estou farta destes arranjos, nunca mais mudamos!
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Cores
Como o tempo está a aquecer e o Verão está à porta resolvi deixar por uns tempos alguns azuis e verdes do blog e substituí-los por cores mais quentes.
Crise
Há quem tenha a opinião de que isto do futebol é como o "pão e circo", que os portugueses até se vão esquecer da crise durante o Euro e que está tudo preocupado é com a condição física do Cristiano Ronaldo e não com o preço dos alimentos ou combustíveis.
Eu acho, sinceramente, que ainda bem.
Ainda bem que há o futebol ou o que quer que seja para animar o país, já que a crise estará à nossa espera quando o Euro acabar no fim do mês. Ainda bem que pelo menos durante um tempo deixamos de nos queixar para viver as emoções e agitar bandeiras e cachecóis na janelas do carro.
Foi assim na Expo 98 e no Euro 2004, momentos raros na nossa história recente em que andamos com a moral em alta, com energia positiva, com um sorriso na cara. Pagámos caro a Expo 98? Pagámos sim senhor. Pagámos caro o Euro 2004, com os seus 10 estádios, alguns deles sem utilidade nenhuma? Pagámos sim senhor. Mas todos recordamos com saudade esses momentos vividos, e só por isso já vale a pena. São memórias que nos saem do pêlo e da carteira, mas que não esquecemos.
A questão é que neste momento parece que nem o futebol nos faz esquecer a crise.
As bombas de gasolina estão cheias, com filas de km, ou estão já sem combustível. As prateleiras do supermercado vazias. Os santos populares avizinham-se sem sardinhas.
Assim não há bandeiras na janela nem Cristianos Ronaldos que nos valha!
Ou há uma grande prestação da nossa selecção, daquelas cheias de golos marcados e penaltys defendidos ou temo que seja desta que não haja circo para nos fazer esquecer a falta de pão.
Eu acho, sinceramente, que ainda bem.
Ainda bem que há o futebol ou o que quer que seja para animar o país, já que a crise estará à nossa espera quando o Euro acabar no fim do mês. Ainda bem que pelo menos durante um tempo deixamos de nos queixar para viver as emoções e agitar bandeiras e cachecóis na janelas do carro.
Foi assim na Expo 98 e no Euro 2004, momentos raros na nossa história recente em que andamos com a moral em alta, com energia positiva, com um sorriso na cara. Pagámos caro a Expo 98? Pagámos sim senhor. Pagámos caro o Euro 2004, com os seus 10 estádios, alguns deles sem utilidade nenhuma? Pagámos sim senhor. Mas todos recordamos com saudade esses momentos vividos, e só por isso já vale a pena. São memórias que nos saem do pêlo e da carteira, mas que não esquecemos.
A questão é que neste momento parece que nem o futebol nos faz esquecer a crise.
As bombas de gasolina estão cheias, com filas de km, ou estão já sem combustível. As prateleiras do supermercado vazias. Os santos populares avizinham-se sem sardinhas.
Assim não há bandeiras na janela nem Cristianos Ronaldos que nos valha!
Ou há uma grande prestação da nossa selecção, daquelas cheias de golos marcados e penaltys defendidos ou temo que seja desta que não haja circo para nos fazer esquecer a falta de pão.
terça-feira, 10 de junho de 2008
10 de Junho de 2006
Curiosamente há dois anos atrás também foi o nosso primeiro dia de praia. E foi o nosso primeiro e único 10 de Junho, Dia de Portugal, longe de Portugal, já que há um ano estávamos por cá.
As fotos desse dia chamam-se "1º dia de praia" porque na altura achávamos que ia haver muitos mais dias de praia. Não houve. Houve apenas 2.
Neste dia estava bastante calor e fomos para S'Cheveningen em Den Haag. Não tem nada a ver. É uma praia completamente urbana, com grandes hotéis e restaurantes, mas sem aquele toque, sem aquele calor que temos por cá. A água era completamente gelada, a mais fria onde alguma vez tomei banho, e castanha. Agradável.
Mas no geral foi um dia bom.
No outro dia de praia fomos para Hoek van Holland, essa sim uma praia mais selvagem e natural. O único senão era que se via o porto de Rotterdam ao fundo, o que não é simpático. O outro senão (afinal não era só 1) foi que perdemos o último comboio de regresso e tivemos de vir a pé até à próxima estação.
A Holanda não é de facto um destino para fazer praia. Por muito que digam nos guias e venha nos mapas e tudo. Acreditem. Fiquem-se pelas cidades que vão melhor servidos.
Praia
Hoje fui pela primeira vez do ano à praia.
A primeira de muitas, espero eu, já que essa foi uma das razões pelas quais abdicámos do nosso salário holandês.
Que saudades... a brincar a brincar não faço praia a sério desde 2005 - nunca os meus bikinis duraram tanto tempo, coitados, alguns deles nem os vejo desde essa altura...
Foi óptimo mergulhar no mar, ficar a secar ao sol, a sentir o corpo a aquecer devagarinho na toalha... adoro.
No entanto, a memória é de facto selectiva, e foram tantas as vezes que na Holanda lembrámos os prazeres da praia com saudade e inveja de quem cá estava, que nunca nos lembrámos dos pontos negativos da praia... estacionamento atulhado que foram precisas voltas e mais voltas até arranjar lugar para o carro (vamos mesmo arranjar as bicicletas!), praia à pinha que nem dava para estender a toalha, e o pior de tudo foram uns amigos brasileiros com música muito alta a fazerem a festa e a obrigarem-nos a todos a ter de deixar de ouvir o mar para ouvir um reaggeton manhoso.
Ainda assim, o saldo é mais que positivo!
Adoro praia!
Dia 7
Acho que desta vez acabámos a sessão de pintura.
Como ficar ficou, que isto com o barulho das luzes não se nota e de qualquer modo a casa não é nossa nem nada e o que é preciso é andar para a frente e começar a mudança propriamente dita senão nunca mais.
Isto porque a porcaria da cor de pêssego teima em vir ao de cima, e parece que por muitas demãos que leve nunca vai ficar 100% bem. Há umas partes que parece que a tinta não agarra, por muito que se passe com o rolo ou pincel. Devíamos se calhar ter sido mais cuidadosos quando demos o primário ou ter lixado as paredes antes de pintar ou ter dado uma demão de tinta branca ou qualquer outra coisa...
Mas o resultado final é altamente satisfatório, e quem não sabe é como quem não vê.
Hoje demos a 3ª e espero última demão nas paredes que eram pêssego. As outras, tanto as que eram brancas como as que eram amarelas, não precisavam.
Esta história das cores é muito gira e tal, mas quando queremos regressar ao branco, ou neste caso ao marfim, a coisa complica-se. Fica aqui o conselho a quem estiver a pensar pintar uma parede de uma cor forte mas não tem ainda a certeza.
O melhor é pensar bem antes de pintar, e escolher mesmo uma cor que se goste muito, porque depois o caminho inverso é complicado, e regressar a uma cor clara depois de uma cor forte pode dar algumas dores de cabeça. Uma solução é pintar mesmo a divisão toda e não apenas uma parede - porque assim mal por mal ao menos ficam as paredes todas iguais.
Que não seja por falta de aviso.
Como ficar ficou, que isto com o barulho das luzes não se nota e de qualquer modo a casa não é nossa nem nada e o que é preciso é andar para a frente e começar a mudança propriamente dita senão nunca mais.
Isto porque a porcaria da cor de pêssego teima em vir ao de cima, e parece que por muitas demãos que leve nunca vai ficar 100% bem. Há umas partes que parece que a tinta não agarra, por muito que se passe com o rolo ou pincel. Devíamos se calhar ter sido mais cuidadosos quando demos o primário ou ter lixado as paredes antes de pintar ou ter dado uma demão de tinta branca ou qualquer outra coisa...
Mas o resultado final é altamente satisfatório, e quem não sabe é como quem não vê.
Hoje demos a 3ª e espero última demão nas paredes que eram pêssego. As outras, tanto as que eram brancas como as que eram amarelas, não precisavam.
Esta história das cores é muito gira e tal, mas quando queremos regressar ao branco, ou neste caso ao marfim, a coisa complica-se. Fica aqui o conselho a quem estiver a pensar pintar uma parede de uma cor forte mas não tem ainda a certeza.
O melhor é pensar bem antes de pintar, e escolher mesmo uma cor que se goste muito, porque depois o caminho inverso é complicado, e regressar a uma cor clara depois de uma cor forte pode dar algumas dores de cabeça. Uma solução é pintar mesmo a divisão toda e não apenas uma parede - porque assim mal por mal ao menos ficam as paredes todas iguais.
Que não seja por falta de aviso.
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Totós
Porque é que há uma personagem de uma telenovela qualquer da TVI (único canal que dá cá em casa, agora ainda pior desde que o Tê partiu a segunda vareta da antena, adiante...) que usa totós?
Totós?
Já nem digo por ser adulta, ok, siga, mas pelo que já deu para perceber pelo que tenho visto ela anda sempre de totós.
Mas quem é que com 30 anos ou 25 ou o que for anda sempre de totós??
Deve ser mesmo uma verdadeira totó.
Totós?
Já nem digo por ser adulta, ok, siga, mas pelo que já deu para perceber pelo que tenho visto ela anda sempre de totós.
Mas quem é que com 30 anos ou 25 ou o que for anda sempre de totós??
Deve ser mesmo uma verdadeira totó.
domingo, 8 de junho de 2008
Dia 6 - domingo ou o Grande Dia das Pinturas II
... e nada como a experiência para uma equipa funcionar na perfeição.
De manhã demos a 1ª demão de marfim (que é tão giro!) na sala, hall e quarto-que-vai-ser-escritório-e-era-às-cores.
À tarde demos a 2ª demão nos mesmos espaços - em metade do tempo, estamos uns cromos.
Tirando alguns pormenores ficou lindo!
A cor é linda de morrer, exactamente como eu queria, e o resultado final é mesmo giro!
Mas...ainda não acabou!
Ficámos a saber também que se um dia quisermos/precisarmos podemos fazer uma empresa familiar de pinturas porque temos futuro!
E a grande surpresa do fim-de-semana foi o Guilherme, que de todos nós é o que tem mais hipóteses de sucesso na área (contrariamente às minhas expectativas, I have to admit, o rapaz tem mesmo jeito e destaca-se do resto da malta pela perfeição dos resultados).
De manhã demos a 1ª demão de marfim (que é tão giro!) na sala, hall e quarto-que-vai-ser-escritório-e-era-às-cores.
À tarde demos a 2ª demão nos mesmos espaços - em metade do tempo, estamos uns cromos.
Tirando alguns pormenores ficou lindo!
A cor é linda de morrer, exactamente como eu queria, e o resultado final é mesmo giro!
Mas...ainda não acabou!
Ficámos a saber também que se um dia quisermos/precisarmos podemos fazer uma empresa familiar de pinturas porque temos futuro!
E a grande surpresa do fim-de-semana foi o Guilherme, que de todos nós é o que tem mais hipóteses de sucesso na área (contrariamente às minhas expectativas, I have to admit, o rapaz tem mesmo jeito e destaca-se do resto da malta pela perfeição dos resultados).
Dia 5 - sábado ou o Grande Dia das Pinturas I
Sábado foi, além do primeiro dia da época balnear com tempo de praia, o Grande Dia das Pinturas I!
Só mesmo a família Santos e o Guilherme para abdicarem de um merecido descanso e virem ajudar os ex-emigrantes a pintar a casa! E foi muito cómico!
Demos uma segunda demão de primário nas paredes de cor e pintámos o quarto de branco.
Ainda apanhámos um susto quando resolvemos experimentar a tinta marfim e nos pareceu muito aguada - afinal estava só mal mexida.
Isto é sempre a aprender:
- a tinta de águas sai mesmo bem com água e limpa-se facilmente
- o primário é essencial para transformar cor em branco
- convém pintar no mesmo sentido e o melhor possível desde o início
- apesar do ponto anterior, "isto com mais uma demão vai lá" pelo que também não é preciso ser perfecionista.
Dia 4 - sexta-feira
Foi dia de , finalmente!, acabar a mega-limpeza da cozinha - irra que nunca mais acabava.
Ao fim do dia foi a vez de começar os preparativos para o grande fim-de-semana da pintura: com a ajuda da família Santos isolámos a casa toda com fita, e demos uma demão (de-mão? de mão? adiante...) de primário das paredes de cor - uma parede da sala que estava num lindíssimo tom pêssego, e o quarto-que-vai-ficar-escritório que tinha duas paredes pêssego e duas paredes amarelo canário.
Ao fim do dia foi a vez de começar os preparativos para o grande fim-de-semana da pintura: com a ajuda da família Santos isolámos a casa toda com fita, e demos uma demão (de-mão? de mão? adiante...) de primário das paredes de cor - uma parede da sala que estava num lindíssimo tom pêssego, e o quarto-que-vai-ficar-escritório que tinha duas paredes pêssego e duas paredes amarelo canário.
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Será que é desta...
...que o sol veio para ficar? Já estava com umas saudades de dias assim...
Adenda (depois de ir verificar o site do tempo):
diz que sim, diz que sim!
IHAAAA!
Adenda (depois de ir verificar o site do tempo):
diz que sim, diz que sim!
IHAAAA!
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Dia 3
A limpeza da cozinha nunca mais acaba... Hoje foi dia de armários de cima, exaustor, esquentador e azulejos envolventes. Confirma-se a presença de pêlo de cão onde quer que haja um pouco de gordura agarrada. Que seca!
Dois cortes nas mãos, um pulso aberto e um galo na testa são as novidades do dia...
(eu e o meu jeitinho para estas coisas...enfim...)
Dois cortes nas mãos, um pulso aberto e um galo na testa são as novidades do dia...
(eu e o meu jeitinho para estas coisas...enfim...)
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Baby boom
E da geração 2008 já só falta nascer mais um.
Depois do bebé Fontes e do bebé Miguel (para nomear só os mais importantes) hoje foi dia de nascer mais um bebé.
Ao contrário dos outros bebés os pais não sabiam ainda o sexo, e ao contrário dos outros bebés, este nasceu em casa, e não no hospital.
É um rapaz, e recebeu o nome do seu pai (que é também o nome do meu pai!).
E a tradição da família - apesar de já não ser o que era - persiste.
Depois do bebé Fontes e do bebé Miguel (para nomear só os mais importantes) hoje foi dia de nascer mais um bebé.
Ao contrário dos outros bebés os pais não sabiam ainda o sexo, e ao contrário dos outros bebés, este nasceu em casa, e não no hospital.
É um rapaz, e recebeu o nome do seu pai (que é também o nome do meu pai!).
E a tradição da família - apesar de já não ser o que era - persiste.
Dia 2
Limpeza e desinfecção da despensa e de uma parede da cozinha. Era suposto ser pelo menos metade da cozinha, mas foi o que se arranjou.
O pêlo de cão continua a perseguir-me por toda a parte, até na caixa dos estores!
Comprada a tinta, rolo, tabuleiro e fita isoladora para o grande fim-de-semana da pintura!
E depois de muito pensar, meditar, reflectir, pesar os prós e os contras, comparar preços, imaginar e inventar conseguimos finalmente escolher a cor da sala e do hall (que são um e o mesmo espaço).
Marfim.
(que chique!)
O pêlo de cão continua a perseguir-me por toda a parte, até na caixa dos estores!
Comprada a tinta, rolo, tabuleiro e fita isoladora para o grande fim-de-semana da pintura!
E depois de muito pensar, meditar, reflectir, pesar os prós e os contras, comparar preços, imaginar e inventar conseguimos finalmente escolher a cor da sala e do hall (que são um e o mesmo espaço).
Marfim.
(que chique!)
terça-feira, 3 de junho de 2008
Dia 1
Casa totalmente aspirada - viva o Rainbow! Quanto pêlo de cão é possível ter numa casa? Muito. Imenso. Que nervos. Se tivesse a pensar ter cão desistia já. Mas não estou. Mesmo.
Casa-de-banho pronta a usar. Limpa e desinfectada de uma ponta à outra. Provavelmente o mais limpa que alguma vez vai estar.
Casa-de-banho pronta a usar. Limpa e desinfectada de uma ponta à outra. Provavelmente o mais limpa que alguma vez vai estar.
Here we go again...
...e hoje começa novamente a saga das mudanças!
Vira o disco e toca o mesmo, e o mesmo e o mesmo...
Estou muito contente com a casa nova, mas também estou com uma falta de coragem...
Espero que seja a última vez nos próximos anos.
Nisto de facto somos todos diferentes, que eu bem sei que há quem mude de casa com mais frequência, mas para mim 5 vezes em 4 anos é suficiente...
Junho 2004 - minha casa da Parede
Janeiro 2006 - casa do Sul de Rotterdam
Agosto 2006 - casa do centro de Rotterdam
Fevereiro 2007 - casa de Amsterdam
Abril 2008 - casa da Alexandra (aqui não foi bem uma mudança, mas também conta)
Junho 2008 - casa do centro da Parede
Já referi que me falta a coragem? Já sim senhor.
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Rescaldo
30 anos em grande!
Sentir que a vida começa agora é mais do que tudo uma força de expressão, porque a minha vida já começou mesmo há 30 anos, e ainda bem!
Apesar do meu entusiasmo com os 30 a verdade é que o primeiro impacto foi difícil de digerir. Estávamos no jantar da Catarina, no meio dos seus abraços e beijinhos a agradecer o presente (lindo de morrer) que lhe oferecemos quando alguém reparou que já era meia-noite. Ela própria foi a primeira (devia estar mortinha!) a chamar-me "trintona" e de repente estavam todos a cantar-me os parabéns no seu bolo. Olhar para o bolo e ver o número 30 foi digamos que... complicado. Demorei ainda uns segundos a apagar as velas.
No dia seguinte, tive estes 3 bolos e deixem-me que vos diga, ó vintonas e vintões que lêem este blog, nem por isso foi mais fácil. Não me lembro nada de sentir o mesmo quando fiz 20, e sei que é profundamente estúpido e psicológico e tudo o que quiserem, mas faz confusão.
Uma coisa é ver os bolos dos outros, mas de repente estarem todos a cantar e ser mesmo para mim... enfim...
Agora já passou, e venham muitos mais como estes 30 e ainda melhores!
Sentir que a vida começa agora é mais do que tudo uma força de expressão, porque a minha vida já começou mesmo há 30 anos, e ainda bem!
Apesar do meu entusiasmo com os 30 a verdade é que o primeiro impacto foi difícil de digerir. Estávamos no jantar da Catarina, no meio dos seus abraços e beijinhos a agradecer o presente (lindo de morrer) que lhe oferecemos quando alguém reparou que já era meia-noite. Ela própria foi a primeira (devia estar mortinha!) a chamar-me "trintona" e de repente estavam todos a cantar-me os parabéns no seu bolo. Olhar para o bolo e ver o número 30 foi digamos que... complicado. Demorei ainda uns segundos a apagar as velas.
No dia seguinte, tive estes 3 bolos e deixem-me que vos diga, ó vintonas e vintões que lêem este blog, nem por isso foi mais fácil. Não me lembro nada de sentir o mesmo quando fiz 20, e sei que é profundamente estúpido e psicológico e tudo o que quiserem, mas faz confusão.
Uma coisa é ver os bolos dos outros, mas de repente estarem todos a cantar e ser mesmo para mim... enfim...
Agora já passou, e venham muitos mais como estes 30 e ainda melhores!