sexta-feira, 30 de abril de 2021

A Noite Passada (um post que não é sobre trabalho!)


... mas sobre música, para variar!
Sobre a capacidade que a música tem de nos transportar no tempo e no espaço para outros momentos da nossa vida.
Neste caso, apesar de tudo, é uma viagem bastante recente, até ao confinamento de 2020, em que os meus filhos viram a série Conta-me como foi de uma ponta à outra, episódio atrás de episódio. Se bem se lembram, esta é a música do romance entre a Isabel e o Vítor (o padre da paróquia que entretanto deixa de o ser).
E só vos digo que quando a ouço sinto verdadeiramente uma onda de nostalgia - não no sentido negativo, curiosamente - do confinamento, e desses dias de profunda incerteza, de medo, de cansaço, de exaustão, mas ao mesmo tempo de união entre nós (pois, que remédio!), do momento em que a minha vida parou e me dediquei a eles e só a eles - depois de um ano em que, deixem-me recordar-vos, mal os vi tantos dias, entre o trabalho e os hospitais com o meu pai.
Há uma memória bastante agridoce associada a esses dias, que já não se repetiu neste segundo confinamento (nem poderia, ele há coisas que não se repetem mesmo...). Aquele momento em que eles paravam finalmente (depois da ginástica, e das idas ao campo, e das caminhadas e das aulas online e tudo e tudo), e ficavam deitados no chão da sala, a vibrar com as aventuras do Carlitos e a sonhar com uma infância mais livre (em tempos de ditadura, o paradoxo!)
E no meio disso tudo, a voz inconfundível do Sérgio Godinho e esta música maravilhosa.
Desfrutem.

quinta-feira, 29 de abril de 2021

Mais um sobre trabalho

 Há também neste constante aprender e reinventar uma sensação latente que não se explica racionalmente, mas que está lá: tenho sempre a sensação de que os colegas sabem mais/estão mais dentro do assunto/melhor preparados do que eu para determinada tarefa.
Sei que nunca nos devemos comparar - ainda mais na minha área, onde as pessoas têm percursos profissionais tão diferenciados - mas não é uma comparação negativa (apesar de parecer): sinto-me sempre motivada para correr atrás e tentar acompanhar.

No entanto, é um bocado cansativo, devo dizer.
Sinto sempre que há tanto mais que eu poderia dar se tivesse efectivamente foco em uma só coisa de cada vez.
Entre os mil projetos e a gestão familiar estou eu (algures bem perdida lá no meio!), a tentar equilibrar os pratos.

domingo, 25 de abril de 2021

O meu coração de mãe blogger rejubila!

 A minha do meio decidiu ter, ela própria, um blog!!!

(saltinhos de excitação!)

Ora espreitem:

https://blogmaantos.blogspot.com/

terça-feira, 20 de abril de 2021

Regresso ao museu II

 Sábado de manhã os astros alinharam-se e conseguimos arrancar os 5 para a primeira visita cultural em família de 2021.
Fomos ao Museu de Arqueologia  - porque eu precisava de lá ir - sítio onde queria ir com os miúdos há anos, na certeza que iam adorar.

Não me enganei.
Ainda está por conhecer o miúdo que não fique fascinado com a cultura egípcia da Antiguidade.
Sejamos sinceros, ver um sarcófago ao vivo é uma experiência inesquecível! (para qualquer idade)
E uma múmia envolta em faixas de linho, em que até conseguimos ver bocados de osso - é verdadeiramente imbatível!

No fim, eu ainda consegui assistir a uma visita a uma exposição temporária - para celebrar o Dia dos Monumentos e Sítios havia várias atividades a decorrer. Enquanto isso eles foram para o jardim.
Foi um excelente regresso à vida cultural e uma manhã muito bem passada (e sem gastar um tostão).

segunda-feira, 19 de abril de 2021

Nova semana

 E aqui a hamster vai tentar uma nova abordagem a ver se consegue ir além da rodinha.

Como sempre e como tudo, onde é que podemos ir roubar horas?? Ao sono!
Dormir é muuuuito importante (não me interpretem mal!), tem é de se ajustar os horários.

Bora lá!

sexta-feira, 16 de abril de 2021

Ainda o trabalho

 Desculpem a monotonia do tema, mas de facto tem sido aquilo que me preenche a cabeça (e ainda bem, só não preenche é a conta bancária, mas isso já se sabe, adiante...).

Os projetos sucedem-se, e que bom e gratificante que é - não só porque são giros e interessantes, mas também por saber que confiam em mim e no meu trabalho para os desenvolver - mas isto de estar em casa, caramba, já eu o dizia há mais de 10 anos, é difícil.

Onde é que fica a linha?

Na altura tinha horário fixo, ou seja, à hora marcada estava ligada ao telefone e computador e melhor ou pior aquelas eram as horas de trabalho.
Agora estou aqui a gerir o meu tempo, e fica difícil saber onde se separa o trabalho da casa e a casa do trabalho, tanto no tempo como no espaço.

Sei que este ano, mais do que sempre, vocês compreendem perfeitamente a que me refiro.

Isto tudo para dizer, que não consigo ver um raio de sol sem ir fazer uma máquina da roupa, independentemente das aulas por preparar ou catálogos por ler.
Estúpida! (eu sei!)

Sinto-me mais uma vez o hamster na rodinha, a tentar correr sem sair do lugar.

(mas vou ter de encontrar aqui uma saída, puf!)

terça-feira, 13 de abril de 2021

Trabalho em 2021

Ou esta coisa gira e glamourosa de "abraçar novos projetos" trocada por miúdos - ou ainda esta necessidade que uma pessoa que trabalhava em cultura e turismo tem de se reinventar e fazer o que estiver à mão.

Basicamente é trabalhar 8 horas, mas receber apenas por 3.

É mesmo isso.

segunda-feira, 12 de abril de 2021

Regresso ao Museu

 No outro confinamento fiz questão de ir a um museu no dia em que abriram - na altura fez-me muita confusão ter os museus fechados  e quis mesmo celebrar a sua reabertura. Fui com os miúdos que não me deixaram falar sobre nenhuma peça (oh vida...) e no fim passeamos no jardim.

Entretanto lá estiveram os museus fechados outra vez, mas a minha disponibilidade agora é bem diferente, pelo que não pude repetir o programa.
No sábado tive uma visita por parte dos comissários a uma exposição à qual vou fazer visitas (assim haja público!) e foi assim que celebrei a reabertura dos museus e que bem que me soube este reencontro!
(no entanto a essa hora o museu estava fechado, pelo que não sei se contou...). 

Pormenores à parte, os museus são dos meus espaços favoritos, e o seu encerramento é sempre um momento muito triste - até porque tenho a certeza que não são locais de contágio (sem multidões e sem podermos mexer em nada, mas adiante) - mas poder regressar é motivo de festejo.

Em breve, uma visita com os miúdos (que vão refilar e chatear o tempo todo), para um regresso em pleno.

terça-feira, 6 de abril de 2021

10 anos

 10 anos, caramba, 10!
Duas mãos cheias, dois dígitos da nossa miúda gira, que há 10 anos veio fazer do trio quarteto, e encher a vida de cor de rosa.
É uma fixe, uma miúda querida de quem todos querem ser amigos. Não discrimina, é incapaz de fazer mal a alguém, e é principalmente a criança mais empática que eu conheço: está sempre atenta ao que os outros estão a sentir, consegue perfeitamente por-se na pele dos outros, e eu acho uma coisa maravilhosa vê-la a ser assim - é mesmo um super poder!
Inteligente, meiga, independente, sem querer ser o centro das atenções.
Muito madura e responsável, é o meu braço direito (e esquerdo!) tantas vezes - para a História fica aquela vez em que se não fosse ela, nos tínhamos esquecido da mais nova em casa de uns amigos!
É assim uma espécie de mãe de nós todos, e tenho a certeza que vai ser a cola que une os irmãos - aquela pessoa que reune as que estão à sua volta.

Digo tudo isto sem ponta de orgulho, porque nada foi herdado nem de mim nem do pai.
Aliás, não fosse a sua farta cabeleira loura e um certo mau feitio (e ferver em pouca água!) e podia jurar que a tinham trocado na maternidade.

segunda-feira, 5 de abril de 2021

Para memória futura - confinamento 2.0

 Porque um dia tudo isto estará para trás das costas, e falaremos de confinamentos e pandemias no pretérito imperfeito, e sem memória daquilo por que passamos:

Neste confinamento apercebi-me que a minha casa é pequena - e é. É pequena para 5 pessoas 24/7 ainda mais no inverno, andamos a tropeçar uns nos noutros, e o que me afeta mais, vá, é que eu não tenho um sítio calmo onde possa ir sem ninguém me chatear - no mínimo falta-me uma cadeira boa no cantinho do quarto, com um candeeiro para poder ler (nem pedia mais!). Vindo o bom tempo a casa cresce um bocadinho, temos varandas, e tirando um ou dois elementos de casa tudo se torna mais suportável. Mas aquela coisa de ter brinquedos em todo o lado e não ter para onde fugir (não gosto de estar em cima da cama), desta vez, foi uma das coisas que me custou.

Mesmo sem sair de casa, confinamento com chuva é 100 vezes pior... fica a casa escura, temos de acender luzes, há um desconforto no ar (e roupa a secar nos aquecedores). Não é fixe.

Fiz pão, foi o confinamento do pão - com e sem glúten, chegaram a sair mais de uma fornada por semana. Apanhei-lhe o jeito, apanhei uma receita fácil, e fica tão bom.

Ter começado a dar apoio e explicações através do zoom foi uma lufada de ar fresco, e foi o que salvou a minha sanidade mental neste confinamento - o que acaba por ser quase um contrasenso, pois andava a fugir de ser professora dos meus filhos, para ser professora dos filhos dos outros, mas se pensarem bem toda a gente me compreende - não há pior alunos que os nossos filhos, não fazem nada do que mandamos e não nos acham graça nenhuma!

Houve semanas em que me senti mal e chateada com isto tudo, e achei que não aguentava mais - mais do que da outra vez - mas se pensar bem, foi menos intenso.

Vou vivendo mais ou menos bem com tudo fechado, menos as escolas. Espero que sejam sempre as últimas a fechar.
E que isso nunca volte a acontecer!