- férias em Julho. Depois do almoço (na praia) jogavamos às cartas. Depois, uma sesta a 3. Eu acordava ao fim de 1 hora, eles ainda dormiam. Eu aproveitava para fazer uma caminhada (longa) pela praia. No fim, dava um mergulho e umas braçadas valentes. Quando regressava ao chapéu de sol eles estavam a acordar ou já a lanchar, e eu sentia-me mais do que renovada.
- 20 de Outubro de 2014, pouco depois das 17h30. Acabada de dar a minha primeira aula, que 5 dias antes não fazia parte do meu plano ou sonho mais louco. Acabei a aula - que correu mal, mal, mal - saí da escola e meti-me no carro cheia de adrenalina ainda sem saber muito bem o que me tinha acontecido. Arranquei, virei à esquerda, à direita e depois outra vez à esquerda e dou de caras com a marginal e o mar, azul intenso e brilhante. Respirei fundo, sorri e pensei "é o início de uma grande aventura!". Os dias sentada à secretária e a trabalhar em casa estavam definitivamente para trás.
quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
O melhor de 2014
E com isto...
... desejo o melhor 2015 para todos os meus queridos leitores.
Cá vos espero no ano novo.
Cá vos espero no ano novo.
As lições de 2014
- a felicidade também é uma escolha. Tu podes escolher ser feliz agora, não esperar por aquele momento perfeito do futuro em que vais ser feliz (quer seja numa fila de trânsito ou na vida em geral, tu podes sempre escolher)
- não vale a pena esperar que a tempestade passe, mais vale aproveitar cada momento
- baixar as expectativas em relação a festas de anos, eventos, férias - não canalizar a nossa felicidade para apenas esses momentos, sob pena de criarmos demasiada pressão. Quanto menor a expectativa melhor o resultado.
- tu és capaz e muito mais do que imaginas, o ser humano é capaz de suportar coisas extraordinárias.
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
2014, o ano intenso
Foi mesmo.
Provavelmente, o ano que mais me transformou até agora. Olho para as fotos de há 1 ano atrás e quase nem me reconheço.
Fiz coisas que nunca pensei fazer, vi coisas que nunca pensei ver, senti aquilo que nunca quis sentir.
Há 1 ano atrás, mais concretamente no dia 6 de Janeiro, tivemos a confirmação de que o cancro da minha mãe era mais sério do que parecia, e que ela teria de fazer quimioterapia intravenosa (já estava a fazer oralmente).
E a partir de aqui, o nosso mundo mudou.
A estirpe que a atacou é super rara, aparece apenas a uma pequena percentagem de doentes oncológicos, e por isso está menos estudada, e os tratamentos são menos eficazes. E é mau, muito, muito, muito mau mesmo. E não se deixem enganar, o cancro é uma doença do caraças... aliás eu nem sei porque falamos em cancro e não em cancros, porque cada caso é um caso e as especificidades são tantas que basicamente, tudo pode acontecer.
E foi assim que passámos do "vai correr tudo bem, vai correr tudo bem!" para o "isto não está nada a correr bem!" para o "vai correr tudo mal" para o "vai correr como tiver de correr", que é o que sinto agora. Só quero o que seja melhor para ela, só não quero é vê-la sofrer.
E já chorei muito (tanto) a fazer 1001 filmes do que pode acontecer daqui a X tempo, entretanto já me deixei disso e já não faço planos. Passámos o Natal todos juntos, quantas famílias já não podem dizer o mesmo... Cada dia é um dia, e o único dia que interessa é o de hoje. Amanhã já é demasiado longe.
Gostava muito de poder dizer que esta foi a única coisa negativa do ano, e já teria sido mais que suficiente, mas infelizmente não...
No entanto, cada coisa trouxe uma lição, e quando o caso não é de saúde, à partida tudo tem solução, ou pelo menos eu gosto de acreditar que sim.
Este ano, e passando agora para o lado positivo, foi também marcado pela minha mudança profissional. Toda esta transformação interior que fui sentindo fez-me ter cada vez mais a certeza de que estar a fazer uma coisa que não gosto só pelo dinheiro acaba por não compensar. Mais vale viver com menos e mais feliz. E a verdade é que eu passei anos e anos à procura, bati em inúmeras portas e em todas o mesmo discurso de que já não trabalhava na área há demasiado tempo, de que não há dinheiro, que isto e aquilo. De repente, quase a ferros, mas lá consegui entrevista com uma empresa para quem o facto de ter estado 8 anos atrás de uma secretária não tem importância nenhuma, onde me senti muito bem vinda e apoiada por todos. E nem o facto de ter de vestir uma farda me importa minimamente! Uso a farda e a etiqueta com o meu nome com o maior orgulho! A empresa não é perfeita, que não é, mas bolas, abriu-me a porta quando toda a gente me virou as costas, e isso para mim vale ouro. Antes disso fiz voluntariado num museu onde conheci gente muito interessante, e colaborei com uma empresa giríssima, num projecto de investigação que me deu imenso gozo fazer e que foi uma lufada de ar fresco para mim. Depois disso, e porque parece que as boas energias puxam mais boas energias, surgiu a oportunidade de dar uma AEC numa escola aqui perto, num projecto super interessante, com uma equipa fantástica e alunos que me dão cabo do juízo, mas pronto, esse é o seu papel...
Cá em casa mudaram algumas rotinas, as manhãs ficaram mais calmas e os fins de dia mais curtos, mas tudo se leva bem.
O mais velho entrou para a escola pública e adaptou-se bem, a mais nova está muito bem integrada na sua nova sala também.
Fizemos umas férias a 4 deliciosamente simples, que queremos repetir em 2015.
Fomos a Amsterdam os 2 em Fevereiro, e tão cedo não voltamos com certeza, mas aproveitámos ao máximo.
Num plano mais pessoal, este ano marca também o início da minha vida sem açucar. Muita gente não acreditou que eu fosse capaz, e muita gente continua a achar que não é capaz, mas é. Da mesma forma que há fumadores que ao fim de 40 anos conseguem deixar de fumar, também qualquer um consegue deixar de ingerir açucar. E não, não custa muito, pelo menos não durante muito tempo. Mas cautela, que o açúcar mal nos apanha desprevenido ataca de novo...
Fiz ouras alterações na minha alimentação, deixei os processados e os não integrais para as ocasiões especiais, fiz dos frutos secos e das sementes poderosos aliados contra a fome.
Foi também em 2014 que descobri que tenho alergia às gramínias e à relva, e ando medicada para ter uma qualidade de vida como deve ser. Tirem-me o meu anti-alérgico e eu fico fora de mim...
Foi este ano que descobri a corrida, que espero me acompanhe por muitos anos.
Em Maio vivi um dia muito emocional, com lágrimas de alegria e de tristeza ao mesmo tempo, no culminar de uma semana muito complicada, mas um dia de festa e felicidade que me encheu as medidas.
2015 vai-me trazer coisas boas, eu sei que sim, mas também sei que me vai trazer coisas más, o que faz com que não esteja com vontadinha nenhuma de o conhecer.
2014 foi intenso, muito intenso, foi mau, foi péssimo, foi óptimo, foi espetacular, e foi acima de tudo muito surpreendente. Foi um ano que me marcou profundamente.
Vamos ver o que nos traz 2015...
Provavelmente, o ano que mais me transformou até agora. Olho para as fotos de há 1 ano atrás e quase nem me reconheço.
Fiz coisas que nunca pensei fazer, vi coisas que nunca pensei ver, senti aquilo que nunca quis sentir.
Há 1 ano atrás, mais concretamente no dia 6 de Janeiro, tivemos a confirmação de que o cancro da minha mãe era mais sério do que parecia, e que ela teria de fazer quimioterapia intravenosa (já estava a fazer oralmente).
E a partir de aqui, o nosso mundo mudou.
A estirpe que a atacou é super rara, aparece apenas a uma pequena percentagem de doentes oncológicos, e por isso está menos estudada, e os tratamentos são menos eficazes. E é mau, muito, muito, muito mau mesmo. E não se deixem enganar, o cancro é uma doença do caraças... aliás eu nem sei porque falamos em cancro e não em cancros, porque cada caso é um caso e as especificidades são tantas que basicamente, tudo pode acontecer.
E foi assim que passámos do "vai correr tudo bem, vai correr tudo bem!" para o "isto não está nada a correr bem!" para o "vai correr tudo mal" para o "vai correr como tiver de correr", que é o que sinto agora. Só quero o que seja melhor para ela, só não quero é vê-la sofrer.
E já chorei muito (tanto) a fazer 1001 filmes do que pode acontecer daqui a X tempo, entretanto já me deixei disso e já não faço planos. Passámos o Natal todos juntos, quantas famílias já não podem dizer o mesmo... Cada dia é um dia, e o único dia que interessa é o de hoje. Amanhã já é demasiado longe.
Gostava muito de poder dizer que esta foi a única coisa negativa do ano, e já teria sido mais que suficiente, mas infelizmente não...
No entanto, cada coisa trouxe uma lição, e quando o caso não é de saúde, à partida tudo tem solução, ou pelo menos eu gosto de acreditar que sim.
Este ano, e passando agora para o lado positivo, foi também marcado pela minha mudança profissional. Toda esta transformação interior que fui sentindo fez-me ter cada vez mais a certeza de que estar a fazer uma coisa que não gosto só pelo dinheiro acaba por não compensar. Mais vale viver com menos e mais feliz. E a verdade é que eu passei anos e anos à procura, bati em inúmeras portas e em todas o mesmo discurso de que já não trabalhava na área há demasiado tempo, de que não há dinheiro, que isto e aquilo. De repente, quase a ferros, mas lá consegui entrevista com uma empresa para quem o facto de ter estado 8 anos atrás de uma secretária não tem importância nenhuma, onde me senti muito bem vinda e apoiada por todos. E nem o facto de ter de vestir uma farda me importa minimamente! Uso a farda e a etiqueta com o meu nome com o maior orgulho! A empresa não é perfeita, que não é, mas bolas, abriu-me a porta quando toda a gente me virou as costas, e isso para mim vale ouro. Antes disso fiz voluntariado num museu onde conheci gente muito interessante, e colaborei com uma empresa giríssima, num projecto de investigação que me deu imenso gozo fazer e que foi uma lufada de ar fresco para mim. Depois disso, e porque parece que as boas energias puxam mais boas energias, surgiu a oportunidade de dar uma AEC numa escola aqui perto, num projecto super interessante, com uma equipa fantástica e alunos que me dão cabo do juízo, mas pronto, esse é o seu papel...
Cá em casa mudaram algumas rotinas, as manhãs ficaram mais calmas e os fins de dia mais curtos, mas tudo se leva bem.
O mais velho entrou para a escola pública e adaptou-se bem, a mais nova está muito bem integrada na sua nova sala também.
Fizemos umas férias a 4 deliciosamente simples, que queremos repetir em 2015.
Fomos a Amsterdam os 2 em Fevereiro, e tão cedo não voltamos com certeza, mas aproveitámos ao máximo.
Num plano mais pessoal, este ano marca também o início da minha vida sem açucar. Muita gente não acreditou que eu fosse capaz, e muita gente continua a achar que não é capaz, mas é. Da mesma forma que há fumadores que ao fim de 40 anos conseguem deixar de fumar, também qualquer um consegue deixar de ingerir açucar. E não, não custa muito, pelo menos não durante muito tempo. Mas cautela, que o açúcar mal nos apanha desprevenido ataca de novo...
Fiz ouras alterações na minha alimentação, deixei os processados e os não integrais para as ocasiões especiais, fiz dos frutos secos e das sementes poderosos aliados contra a fome.
Foi também em 2014 que descobri que tenho alergia às gramínias e à relva, e ando medicada para ter uma qualidade de vida como deve ser. Tirem-me o meu anti-alérgico e eu fico fora de mim...
Foi este ano que descobri a corrida, que espero me acompanhe por muitos anos.
Em Maio vivi um dia muito emocional, com lágrimas de alegria e de tristeza ao mesmo tempo, no culminar de uma semana muito complicada, mas um dia de festa e felicidade que me encheu as medidas.
2015 vai-me trazer coisas boas, eu sei que sim, mas também sei que me vai trazer coisas más, o que faz com que não esteja com vontadinha nenhuma de o conhecer.
2014 foi intenso, muito intenso, foi mau, foi péssimo, foi óptimo, foi espetacular, e foi acima de tudo muito surpreendente. Foi um ano que me marcou profundamente.
Vamos ver o que nos traz 2015...
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
As actividades do calendário do Advento
Ora então aqui fica uma lista de algumas actividades, que fizemos e não fizemos, este ano:
Ainda assim, mesmo depois de eu "desistir" do calendário, eles (principalmente ela) continuou sempre a querer ler a frase cada manhã - mesmo que fosse algo totalmente despropositado.
Acabámos por fazer na mesma as actividades, mas fora dos dias correctos - acho que só não fizemos os enfeites em massa de sal, e eu não entreguei todos os postais (shame on me...), nem tiramos fotografias na árvore.
Para o ano, vou voltar ao formato antigo, o calendário na cozinha com actividades mais simples, e o resto, faz-se na mesma quando houver oportunidade.
- Fazer a árvore de Natal
- Fazer a carta ao Menino Jesus/Pai Natal
- Fazer postais de Natal para a família e amigos
- Ajudar alguém que precise da nossa ajuda (a tia ia fazer mudanças neste dia)
- Ver um filme de Natal
- Fazer enfeites de Natal em massa de sal
- Entregar os postais de Natal que fizemos
- Cantar uma canção de Natal ao pé da árvore
- Tirar fotografias ao pé da árvore de Natal
- Vamos comer um doce de Natal
- Ver as luzes de Natal na rua
- Fazer bolachinhas de Natal
- Ler histórias de Natal
- Fazer flocos de neve de papel
- Vamos dar um abraço!
- Cada um diz o que mais gosta nos outros
- Fazer um piquenique na sala
Ainda assim, mesmo depois de eu "desistir" do calendário, eles (principalmente ela) continuou sempre a querer ler a frase cada manhã - mesmo que fosse algo totalmente despropositado.
Acabámos por fazer na mesma as actividades, mas fora dos dias correctos - acho que só não fizemos os enfeites em massa de sal, e eu não entreguei todos os postais (shame on me...), nem tiramos fotografias na árvore.
Para o ano, vou voltar ao formato antigo, o calendário na cozinha com actividades mais simples, e o resto, faz-se na mesma quando houver oportunidade.
domingo, 28 de dezembro de 2014
Já dá para fazer um post resumo de 2014?
Ou ainda é cedo? Em 3 dias, senhores, muita coisa pode acontecer...
É que eu nem sei por onde começar...
É que eu nem sei por onde começar...
Limpeza ao roupeiro
Estive aqui a pensar e de certeza que há uma maneira cool e gira de chamar às arrumações de roupa, mas agora não me ocorre.
Pois é, nada como os últimos dias do ano para organizar a casa, cheios de boas intenções.
Eu por cá ando numa fúria organizadora, e já mandei fora vários sacos de roupa - e que bem que sabe...
Ora eu, que estou sempre a dizer que tenho pouca roupa, imaginem que fui descobrir por trás de um monte de roupa de verão, uma data de roupa de inverno que não chegou a ver a luz do dia no inverno passado... Algumas peças tinham deixado de me servir, outras foram pura e simplesmente esquecidas - e acreditem, é a pior coisa que me pode acontecer, acho a maior futilidade ter a roupa e não a usar (muito), e ainda pior, esquecer-me que tenho as coisas e não as usar.
Entre outras coisas desencantei duas calças/calções e uma saia do tempo da Holanda, que estava com dúvidas se ainda estariam na moda (estamos a falar de peças com mais de 7 anos, só...). Vai que resolvi pedir a opinião à minha sobrinha-fashion advisor de 13 anos, que me informou que os calções pelo joelho estavam na moda, sim, mas com sapatos de salto alto (que eu não uso...).
Ontem resolvi vesti-los para experimentar e gostei tanto de me ver que resolvicagar ignorar os conselhos fashion e sair com eles à rua - vestir o que me dá na gana é a melhor coisa de já não ser adolescente, e de ainda não ter uma filha adolescente que manda bitaites sobre o que eu visto (e eu com a minha sorte vai-me calhar uma dessas, mas pronto).
Por isso, e porque tenho algumas dúvidas sobre algumas outras peças de que ainda gosto mas não vesti nos últimos anos, os próximos dias serão para experimentar a ver se ainda gosto assim tanto e se as vou manter. Ontem foram os tais calções/calças de 2007, hoje umas calças de ganga tipo pata de elefante de 2005.
Tudo giro e bom, tudo para manter.
E de repente o meu roupeiro está mais vazio e mais cheio ao mesmo tempo.
Ponto para mim.
Pois é, nada como os últimos dias do ano para organizar a casa, cheios de boas intenções.
Eu por cá ando numa fúria organizadora, e já mandei fora vários sacos de roupa - e que bem que sabe...
Ora eu, que estou sempre a dizer que tenho pouca roupa, imaginem que fui descobrir por trás de um monte de roupa de verão, uma data de roupa de inverno que não chegou a ver a luz do dia no inverno passado... Algumas peças tinham deixado de me servir, outras foram pura e simplesmente esquecidas - e acreditem, é a pior coisa que me pode acontecer, acho a maior futilidade ter a roupa e não a usar (muito), e ainda pior, esquecer-me que tenho as coisas e não as usar.
Entre outras coisas desencantei duas calças/calções e uma saia do tempo da Holanda, que estava com dúvidas se ainda estariam na moda (estamos a falar de peças com mais de 7 anos, só...). Vai que resolvi pedir a opinião à minha sobrinha-fashion advisor de 13 anos, que me informou que os calções pelo joelho estavam na moda, sim, mas com sapatos de salto alto (que eu não uso...).
Ontem resolvi vesti-los para experimentar e gostei tanto de me ver que resolvi
Por isso, e porque tenho algumas dúvidas sobre algumas outras peças de que ainda gosto mas não vesti nos últimos anos, os próximos dias serão para experimentar a ver se ainda gosto assim tanto e se as vou manter. Ontem foram os tais calções/calças de 2007, hoje umas calças de ganga tipo pata de elefante de 2005.
Tudo giro e bom, tudo para manter.
E de repente o meu roupeiro está mais vazio e mais cheio ao mesmo tempo.
Ponto para mim.
sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
O Amor
Casados há mais de 40 anos.
Ela de cama, com um cancro terminal.
Ele arranja-lhe o jantar. O tabuleiro com um pano por cima, corta-lhe a carne, arranja a medicação.
Descasca uma tangerina para a sobremesa, e dispõe os gomos um a um no prato, a formar o desenho de uma cara feliz.
O amor é isto.
Ela de cama, com um cancro terminal.
Ele arranja-lhe o jantar. O tabuleiro com um pano por cima, corta-lhe a carne, arranja a medicação.
Descasca uma tangerina para a sobremesa, e dispõe os gomos um a um no prato, a formar o desenho de uma cara feliz.
O amor é isto.
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
Joy to the world...
.... la la la la....
Feliz Natal aos leitores mais queridos de toda a blogoesfera!
Feliz Natal aos leitores mais queridos de toda a blogoesfera!
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
Coisas que detesto
Programas de talentos com crianças.
Odeio.
Quer seja a cantar ou a cozinhar, seja o que for, competições de talentos na tv só devia existir de adultos. Ponto.
Odeio.
Quer seja a cantar ou a cozinhar, seja o que for, competições de talentos na tv só devia existir de adultos. Ponto.
sábado, 20 de dezembro de 2014
A melhor festa de Natal
No início do ano lectivo as educadoras da minha mais nova lançaram o desafio de serem os pais a fazer uma festa de Natal para os filhos.
Achei a ideia - na teoria - excelente. Os meus filhos detestam estar no palco, e assistir às festas de Natal era sempre uma tortura...
Na prática... enfim. Surgiram logo algumas ideias, e algumas mães entusiastas arregaçaram logo as mangas e começaram a entupir as caixas de e-mails com imensas ideias novas. (suspiro)
Ficou decidido que íamos cantar algumas canções infantis e de Natal com letra adaptada à escola e aos meninos.
Houve um primeiro ensaio, mas nós não pudemos ir.
O feedback foi que a coisa estava mais ou menos alinhavada. Excelente.
No segundo ensaio, que seria o último, as mães entusiastas resolveram pedir ao professor de música para nos ajudar. O rapaz entusiasmou-se também, e vai de dar imeeeeeensas ideias novas, mudar músicas, incluir coreografia, adereços e sei lá mais o quê...
A coisa estava a ficar tão exigente que às tantas eu comentei "mas calma, o público tem entre 3 e 4 anos..." E foi um daqueles momentos embaraçosos, em que se faz silêncio na sala e fica tudo a olhar para mim... Durante o resto do ensaio lá fui percebendo que havia outros pais e mães a pensar o mesmo que eu, mas pronto...
No último ensaio o discípulo do La Feria não apareceu, e nós pegamos em algumas ideias dele (que eram de facto engraçadas), e fizemos à nossa maneira.
Ontem chegou o dia da actuação, e foi tão mas tão giro...
Os miúdos pensavam que iam ver um teatro-surpresa, feito por "uns senhores".
Nos bastidores estávamos todos na maior excitação, cheios de nervoso miudinho...
E pronto, todo o tempo "perdido" nos ensaios é compensado quando vemos as carinhas deles, tão fofos, super surpreendidos de ver as mães e pais a actuar...
Valeu bem a pena, por tudo. Pelo convívio com outros pais, por ser uma festa diferente, por não termos de os ver vestidos de anjinhos ou pastores do presépio mais uma vez...
No fim, eles tinham feito bolo-rei (para os "senhores do teatro") e acabámos todos na amena cavaqueira, também com os avós que foram assistir. E isso sim, é o mais importante numa festa de Natal.
E já estamos a combinar o que vamos fazer na festa de final de ano...
Achei a ideia - na teoria - excelente. Os meus filhos detestam estar no palco, e assistir às festas de Natal era sempre uma tortura...
Na prática... enfim. Surgiram logo algumas ideias, e algumas mães entusiastas arregaçaram logo as mangas e começaram a entupir as caixas de e-mails com imensas ideias novas. (suspiro)
Ficou decidido que íamos cantar algumas canções infantis e de Natal com letra adaptada à escola e aos meninos.
Houve um primeiro ensaio, mas nós não pudemos ir.
O feedback foi que a coisa estava mais ou menos alinhavada. Excelente.
No segundo ensaio, que seria o último, as mães entusiastas resolveram pedir ao professor de música para nos ajudar. O rapaz entusiasmou-se também, e vai de dar imeeeeeensas ideias novas, mudar músicas, incluir coreografia, adereços e sei lá mais o quê...
A coisa estava a ficar tão exigente que às tantas eu comentei "mas calma, o público tem entre 3 e 4 anos..." E foi um daqueles momentos embaraçosos, em que se faz silêncio na sala e fica tudo a olhar para mim... Durante o resto do ensaio lá fui percebendo que havia outros pais e mães a pensar o mesmo que eu, mas pronto...
No último ensaio o discípulo do La Feria não apareceu, e nós pegamos em algumas ideias dele (que eram de facto engraçadas), e fizemos à nossa maneira.
Ontem chegou o dia da actuação, e foi tão mas tão giro...
Os miúdos pensavam que iam ver um teatro-surpresa, feito por "uns senhores".
Nos bastidores estávamos todos na maior excitação, cheios de nervoso miudinho...
E pronto, todo o tempo "perdido" nos ensaios é compensado quando vemos as carinhas deles, tão fofos, super surpreendidos de ver as mães e pais a actuar...
Valeu bem a pena, por tudo. Pelo convívio com outros pais, por ser uma festa diferente, por não termos de os ver vestidos de anjinhos ou pastores do presépio mais uma vez...
No fim, eles tinham feito bolo-rei (para os "senhores do teatro") e acabámos todos na amena cavaqueira, também com os avós que foram assistir. E isso sim, é o mais importante numa festa de Natal.
E já estamos a combinar o que vamos fazer na festa de final de ano...
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
Macaco de imitação
O mais velho está com a mania (que me irrita, claro) de volta não volta por-se a imitar a irmã.
Tudo o que ela diz, ele repete, mais ou menos no mesmo tom.
No início ela achou graça, depois rapidamente se começou a irritar e agora arranjou uma maneira que eu acho muito engenhosa de contornar a situação.
Quando ele começa com as imitações ela sai-se com frases embaraçosas para ele, e depois fica a gozar o prato.
Alguns exemplos:
"Eu gosto da ti"
"Sou uma menina!"
"Sou uma princesa!"
Claro que ele rapidamente desiste...
Se esta miúda com 3 anos e meio tem esta capacidade de encontrar soluções, vai longe de certeza...
Tudo o que ela diz, ele repete, mais ou menos no mesmo tom.
No início ela achou graça, depois rapidamente se começou a irritar e agora arranjou uma maneira que eu acho muito engenhosa de contornar a situação.
Quando ele começa com as imitações ela sai-se com frases embaraçosas para ele, e depois fica a gozar o prato.
Alguns exemplos:
"Eu gosto da ti"
"Sou uma menina!"
"Sou uma princesa!"
Claro que ele rapidamente desiste...
Se esta miúda com 3 anos e meio tem esta capacidade de encontrar soluções, vai longe de certeza...
quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
A família
A sala do meu mais velho fez um trabalho sobre a família - um desenho e algumas frases que a educadora escreveu.
Havia imensos relatos fofinhos, de famílias fofinhas que brincam juntas e dão beijinhos.
O relato do meu filho - que no desenho incluiu também o primo - era mais ou menos assim:
"Vou ao parque com a minha família. Também vamos às casas dos outros. Vou à casa nova da tia - a tia mudou de casa porque estava farta da outra casa".
E é isto.
A malta cria memórias, rituais, afectos, vínculos, verbaliza sentimentos, conta histórias ao fim do dia e o diabo a sete, mas no fim de contas, o importante foi a mudança de casa da tia.
Está certo.
Havia imensos relatos fofinhos, de famílias fofinhas que brincam juntas e dão beijinhos.
O relato do meu filho - que no desenho incluiu também o primo - era mais ou menos assim:
"Vou ao parque com a minha família. Também vamos às casas dos outros. Vou à casa nova da tia - a tia mudou de casa porque estava farta da outra casa".
E é isto.
A malta cria memórias, rituais, afectos, vínculos, verbaliza sentimentos, conta histórias ao fim do dia e o diabo a sete, mas no fim de contas, o importante foi a mudança de casa da tia.
Está certo.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
Pronúncia que não é do Norte
Esta nunca tinha ouvido, foi uma estreia.
Uma professora açoriana pergunta-me de onde sou - respondo que sou de Lisboa.
Diz ela "ah vê-se logo pela pronúncia, só podia ser de Lisboa!"
Pronúncia de Lisboa?
Então mas não é o resto do país que tem pronúncia e nós aqui não??
Uma professora açoriana pergunta-me de onde sou - respondo que sou de Lisboa.
Diz ela "ah vê-se logo pela pronúncia, só podia ser de Lisboa!"
Pronúncia de Lisboa?
Então mas não é o resto do país que tem pronúncia e nós aqui não??
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
Passar das marcas
7 anos de blog, resmas e paletes de leitores, ou pelo menos uma boa meia dúzia muito mesmo muito fiel, e nunca marca nenhuma se dignou a mandar-me o que quer que seja.
Acho mal.
E depois é ver esses posts por essa blogoesfera fora, ah tal obrigada pelos cremes, pelas bolachas, pelas roupas para a criançada...
Marcas: eu também sou mãe, também consumo e também tenho fiéis seguidores (certo?) faxavor de se chegarem à frente e de me tentarem comprar com ofertas generosas.
Prometo post de agradecimento em que não me engano no vosso nome.
Acho mal.
E depois é ver esses posts por essa blogoesfera fora, ah tal obrigada pelos cremes, pelas bolachas, pelas roupas para a criançada...
Marcas: eu também sou mãe, também consumo e também tenho fiéis seguidores (certo?) faxavor de se chegarem à frente e de me tentarem comprar com ofertas generosas.
Prometo post de agradecimento em que não me engano no vosso nome.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
A idade é um posto
Na semana passada, no jantar de Natal da empresa onde sou guia desde há 1 mês, tive aquela célebre sensação de "a idade é um posto".
Pensei que demorasse mais a chegar lá, confesso.
Conhecendo ainda muito pouca gente da equipa, equipa de malta mais nova que eu, que se dá muito bem entre si, todos cheios de "private jokes" e histórias engraçadas que eu não acompanho, não me senti minimamente incomodada nem intimidada por isso.
Há 8 anos atrás lembro-me de ir sair pela primeira vez com os colegas da empresa (na Holanda), fomos beber um copo a Amsterdam, e lembro-me de os ver todos super à vontade uns com os outros, e de achar o máximo, e de querer imenso fazer parte daquilo tudo, sentir-me integrada no grupo.
Agora, continuo a achar o máximo que toda a gente seja porreira, mas nem por um minuto tive qualquer problema em ficar a apanhar do ar quando dizem piadas, e até vim embora antes de toda a gente porque estava genuinamente cansada. Não havia lugar para mim na mesa, tivemos de nos apertar todos, o que gerou uns segundos de desconforto, mas nem aí eu me importei. Se tivesse de ficar noutra mesa, ficaria sem problema nenhum.
Podem continuar todos super amigos, e eu posso continuar a nunca fazer parte do "gang", que não me interessa mesmo nada.
Com o tempo com certeza que farei os meus amigos, ou se calhar não, mas desde que a coisa corra bem profissionalmente, é o que me interessa.
O resto virá por acréscimo.
E que fixe que é ser crescida o suficiente para pensar assim!
Pensei que demorasse mais a chegar lá, confesso.
Conhecendo ainda muito pouca gente da equipa, equipa de malta mais nova que eu, que se dá muito bem entre si, todos cheios de "private jokes" e histórias engraçadas que eu não acompanho, não me senti minimamente incomodada nem intimidada por isso.
Há 8 anos atrás lembro-me de ir sair pela primeira vez com os colegas da empresa (na Holanda), fomos beber um copo a Amsterdam, e lembro-me de os ver todos super à vontade uns com os outros, e de achar o máximo, e de querer imenso fazer parte daquilo tudo, sentir-me integrada no grupo.
Agora, continuo a achar o máximo que toda a gente seja porreira, mas nem por um minuto tive qualquer problema em ficar a apanhar do ar quando dizem piadas, e até vim embora antes de toda a gente porque estava genuinamente cansada. Não havia lugar para mim na mesa, tivemos de nos apertar todos, o que gerou uns segundos de desconforto, mas nem aí eu me importei. Se tivesse de ficar noutra mesa, ficaria sem problema nenhum.
Podem continuar todos super amigos, e eu posso continuar a nunca fazer parte do "gang", que não me interessa mesmo nada.
Com o tempo com certeza que farei os meus amigos, ou se calhar não, mas desde que a coisa corra bem profissionalmente, é o que me interessa.
O resto virá por acréscimo.
E que fixe que é ser crescida o suficiente para pensar assim!
Amigo invisível séc. XXI
Sabem a troca de presentes do amigo invisível?
Sabem aquela coisa de escrever os nomes todos em papelinhos e cada um tira um?
Pois então fiquem sabendo que se pode fazer já tudo electronicamente!
Inserem-se os nomes e os e-mails, e cada um recebe no seu e-mail o nome da pessoa a quem dar o presente - sendo que o programa até cria suspense na hora de revelar o nome e tudo! E ainda podemos fazer uma lista do que queremos receber que vai directamente para a pessoa que nos vai dar o presente a nós!
Muito à frente!
Sabem aquela coisa de escrever os nomes todos em papelinhos e cada um tira um?
Pois então fiquem sabendo que se pode fazer já tudo electronicamente!
Inserem-se os nomes e os e-mails, e cada um recebe no seu e-mail o nome da pessoa a quem dar o presente - sendo que o programa até cria suspense na hora de revelar o nome e tudo! E ainda podemos fazer uma lista do que queremos receber que vai directamente para a pessoa que nos vai dar o presente a nós!
Muito à frente!
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
Sobre o calendário do Advento
A ideia é gira e fofinha, mas eu esqueço-me é que não mando na minha vida, e há sempre 1000 imprevistos.
Resultado: temos aproximadamente 7 actividades em atraso.
Para o ano escrevo cada actividade no próprio dia, a ver se corre melhor.
E eu respeitei mais ou menos os dias e os ritmos, mas ainda assim, o calendário do ano passado que se compunha apenas de canções de Natal, abraços colectivos, conversas sobre os doces preferidos e a verdadeira história do Natal, correu bastante melhor. Actividades que se fazem à mesa de jantar, que por estes dias continua a ser a única rotina que se vai mantendo cá em casa (durante a semana).
E claro que a esta altura já nem me lembro o que escrevi para os dias que aí vêm, mas neste momento só me dá vontade de rir...
Onde é que eu estava com a cabeça, mesmo?
* lá mais para a frente partilho as actividades todas - as que fizemos e as que ficaram por fazer...
Hoje é tirar fotografias junto à árvore de Natal - de manhã a mais nova fez uma mega birra e não quis, logo à noite não jantamos em casa... enfim.
Resultado: temos aproximadamente 7 actividades em atraso.
Para o ano escrevo cada actividade no próprio dia, a ver se corre melhor.
E eu respeitei mais ou menos os dias e os ritmos, mas ainda assim, o calendário do ano passado que se compunha apenas de canções de Natal, abraços colectivos, conversas sobre os doces preferidos e a verdadeira história do Natal, correu bastante melhor. Actividades que se fazem à mesa de jantar, que por estes dias continua a ser a única rotina que se vai mantendo cá em casa (durante a semana).
E claro que a esta altura já nem me lembro o que escrevi para os dias que aí vêm, mas neste momento só me dá vontade de rir...
Onde é que eu estava com a cabeça, mesmo?
* lá mais para a frente partilho as actividades todas - as que fizemos e as que ficaram por fazer...
Hoje é tirar fotografias junto à árvore de Natal - de manhã a mais nova fez uma mega birra e não quis, logo à noite não jantamos em casa... enfim.
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
A brincar às lojas
... virtuais.
Os meus filhos são tão séc. XXI que brincam às lojas com ela a fazer de cliente que compra online, e ele e o carteiro que entrega os produtos. Era maquilhagem, já agora.
São tão evoluídos, pá!
Os meus filhos são tão séc. XXI que brincam às lojas com ela a fazer de cliente que compra online, e ele e o carteiro que entrega os produtos. Era maquilhagem, já agora.
São tão evoluídos, pá!
domingo, 7 de dezembro de 2014
Fim de semana...
...com mais momentos insólitos do ano.
E ainda não acabou. Vamos ver o que nos espera amanhã...
E ainda não acabou. Vamos ver o que nos espera amanhã...
quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
Ainda a foto
Resolvi procurar melhor, não achei normal em 11 meses não haver mais do que uma só foto minha sozinha.
Há mais sim senhora, mas incluem-se nestas duas categorias:
1) foram tiradas pelos meus filhos - leia-se estão desfocadas, e vistas de baixo
2) foram tiradas na nossa última viagem à Holanda, em fevereiro, e tenho sempre um gorro enfiado na cabeça
Resolvi então descobrir fotos em que esteja acompanhada, mas que dê para cortar.
Não dá. Estou sempre com uma cara tão sorridente, que não se adequa a uma rede social profissional.
Enfim, lá terei de vestir o blaser (não tenho) e tirar fotografias decentes, sem espinafres nos dentes, caretas, ou um sorriso de orelha a orelha. Ou cara de parva, claro.
Há mais sim senhora, mas incluem-se nestas duas categorias:
1) foram tiradas pelos meus filhos - leia-se estão desfocadas, e vistas de baixo
2) foram tiradas na nossa última viagem à Holanda, em fevereiro, e tenho sempre um gorro enfiado na cabeça
Resolvi então descobrir fotos em que esteja acompanhada, mas que dê para cortar.
Não dá. Estou sempre com uma cara tão sorridente, que não se adequa a uma rede social profissional.
Enfim, lá terei de vestir o blaser (não tenho) e tirar fotografias decentes, sem espinafres nos dentes, caretas, ou um sorriso de orelha a orelha. Ou cara de parva, claro.
Calendário do Advento #4
Durante o advento há 3 pessoas chegadas que fazem anos, nesses dias a actividade do calendário diz que lhes devemos dar os parabéns.
É o caso de hoje, em que o meu afilhado mais crescido faz 13 anos (13??) e por isso é dia de lhe telefonar.
A piada é que o meu mais velho ficou por demais surpreendido por o calendário saber que o primo faz anos! Mas eu nunca escondi que fui eu que fiz o calendário, e até está escrito com a minha letra! Mas isso não interessa nada, a magia do Natal está no ar, e se a carta ao Menino Jesus/Pai Natal foi levada magicamente durante a noite, pois que também o calendário foi escrito magicamente de propósito para eles.
Maravilha!
É o caso de hoje, em que o meu afilhado mais crescido faz 13 anos (13??) e por isso é dia de lhe telefonar.
A piada é que o meu mais velho ficou por demais surpreendido por o calendário saber que o primo faz anos! Mas eu nunca escondi que fui eu que fiz o calendário, e até está escrito com a minha letra! Mas isso não interessa nada, a magia do Natal está no ar, e se a carta ao Menino Jesus/Pai Natal foi levada magicamente durante a noite, pois que também o calendário foi escrito magicamente de propósito para eles.
Maravilha!
Calendário do Advento #3
Afinal há dias em que não posso partilhar o que fizemos/vamos fazer.
Lamento.
Lamento.
terça-feira, 2 de dezembro de 2014
Calendário do Advento #2
Hoje vamos fazer a carta ao Menino Jesus/Pai Natal.
(eu bem que tento incutir o Menino Jesus, mas às tantas sinto-me a remar contra a maré... eles que escolham, pronto)
(eu bem que tento incutir o Menino Jesus, mas às tantas sinto-me a remar contra a maré... eles que escolham, pronto)
Calendário do Advento #1
Hoje vamos fazer a árvore de Natal.
(post's roubados à Tella, mas fui inspirar-me nos posts dela do ano passado e dá jeito ter aqui o relatório... Não prometo partilhar todos, mas ficam aqui alguns)
(post's roubados à Tella, mas fui inspirar-me nos posts dela do ano passado e dá jeito ter aqui o relatório... Não prometo partilhar todos, mas ficam aqui alguns)
A foto
Resolvi actualizar o meu perfil de Linkedin, e para tal fui procurar uma foto minha à pasta de fotografias de 2014.
De todas as pastas, de todos os meses, há apenas e só 1 fotografia minha sozinha. Uma.
E estou, claro, com cara de parva.
De todas as pastas, de todos os meses, há apenas e só 1 fotografia minha sozinha. Uma.
E estou, claro, com cara de parva.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
Ho ho ho
Árvore de Natal: check.
Calendário do Advento: check
Só falta ouvir o Last Christmas I gave you my heart e dou por oficialmente aberta a época natalícia.
Calendário do Advento: check
Só falta ouvir o Last Christmas I gave you my heart e dou por oficialmente aberta a época natalícia.
Então Mary QA, o que é que nunca falta na tua lista de supermercado?
Iogurtes?
Cereais?
Papas?
Bolachas?
Nada disso. Aliás, não compro nada disso cá para casa.
Resposta certa é... passas.
Sim, passas de uva.
Pacotes e pacotes, e parece que nunca chega.
Cereais?
Papas?
Bolachas?
Nada disso. Aliás, não compro nada disso cá para casa.
Resposta certa é... passas.
Sim, passas de uva.
Pacotes e pacotes, e parece que nunca chega.
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
1 hora por dia
É o tempo que passo com os meus alunos dentro da sala.
E por vezes saio de lá a perguntar como é que as professoras deles ficam o dia todo.
Senhores, se em 60 minutos eles me sugam a energia quase toda, imagino durante 6 ou 7 horas...
Credo... acho que saía de gatas...
E por vezes saio de lá a perguntar como é que as professoras deles ficam o dia todo.
Senhores, se em 60 minutos eles me sugam a energia quase toda, imagino durante 6 ou 7 horas...
Credo... acho que saía de gatas...
terça-feira, 25 de novembro de 2014
Trabalhar com crianças
... ou no fundo, fazer o que se gosta:
Quando corre mal, corre mesmo muuuuito mal (e ficamos de rastos); quando corre bem, corre mesmo muuuuito bem (e vamos ao céu).
Quando corre mal, corre mesmo muuuuito mal (e ficamos de rastos); quando corre bem, corre mesmo muuuuito bem (e vamos ao céu).
Cenas fixes
Ter os dias todos diferentes.
Sim, eu sei que ainda agora comecei, e daqui a nada já estou que nem posso de andar de um lado para o outro, mas por enquanto, aquela coisa de pegar na agenda e dizer "ora deixa cá ver o que vai ser o meu dia amanhã"... adoro!
Sim, eu sei que ainda agora comecei, e daqui a nada já estou que nem posso de andar de um lado para o outro, mas por enquanto, aquela coisa de pegar na agenda e dizer "ora deixa cá ver o que vai ser o meu dia amanhã"... adoro!
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
1 mês de aulas
Já fez 1 mês que estou a dar aulas.
É tão estranho pensar que comecei há tão pouco tempo... que há pouco mais de 1 mês ainda estava sentada à secretária a definhar.
Achava eu que ia ficar uns 2 ou 3 meses sem fazer nada, até tinha bastantes planos para esses dias - arrumar o escritório, os roupeiros da casa, organizar os armários da cozinha e coisas que tais - mas afinal o destino tinha outros planos para mim.
E que fixe que está a ser.
É tão estranho pensar que comecei há tão pouco tempo... que há pouco mais de 1 mês ainda estava sentada à secretária a definhar.
Achava eu que ia ficar uns 2 ou 3 meses sem fazer nada, até tinha bastantes planos para esses dias - arrumar o escritório, os roupeiros da casa, organizar os armários da cozinha e coisas que tais - mas afinal o destino tinha outros planos para mim.
E que fixe que está a ser.
domingo, 23 de novembro de 2014
Cenas fixes
Ir jantar a casa de uma amiga cheia de estilo e que veste o mesmo número (a única, penso eu) e sair de lá com 2 casacos e um vestido novos, quase a estrear.
Tia maior de idade
O meu sobrinho mais velho fez esta semana 18 anos.
Exactamente a idade que eu tinha quando ele nasceu.
Foi o primeiro tudo, primeiro filho, neto, sobrinho, bisneto, sobrinho-neto, e foi por isso muito, muito especial. E continua a ser, claro.
Ser tia, para quem não sabe, é a melhor coisa do mundo. Melhor mesmo. E ser tia antes de ser mãe, é mesmo ouro sobre azul.
Acho que foi (e é) o papel que melhor desempenho.
Entre filha, mãe, mulher, amiga, ser tia é aquele em que eu acho que faço melhor figura.
Ter os melhores sobrinhos, se calhar, também ajuda...
Exactamente a idade que eu tinha quando ele nasceu.
Foi o primeiro tudo, primeiro filho, neto, sobrinho, bisneto, sobrinho-neto, e foi por isso muito, muito especial. E continua a ser, claro.
Ser tia, para quem não sabe, é a melhor coisa do mundo. Melhor mesmo. E ser tia antes de ser mãe, é mesmo ouro sobre azul.
Acho que foi (e é) o papel que melhor desempenho.
Entre filha, mãe, mulher, amiga, ser tia é aquele em que eu acho que faço melhor figura.
Ter os melhores sobrinhos, se calhar, também ajuda...
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
Ainda os meus dilemas no mundo da moda
Trabalhar num sítio frio como tudo de manhã, e quente como tudo à tarde, para uma pessoa como eu, cujo guarda-roupa não é abundante, tem sido um desafio constante.
Quem diz desafio diz dor de cabeça.
Quem diz desafio diz dor de cabeça.
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
Ir dormir
A minha mais nova está tão chata mas tão chata para ir dormir, que só me ocorre uma frase que li no FB há uns tempos: espero que aos 18 anos continue assim tão difícil mete-la na cama.
Caraças mais à miúda, pá!
Caraças mais à miúda, pá!
terça-feira, 18 de novembro de 2014
Percebes que algo mudou
... quando começas a marcar as coisas na agenda em função da hora da corrida.
(having said that, esta semana não sei como vou arranjar tempo... veremos.)
(having said that, esta semana não sei como vou arranjar tempo... veremos.)
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
domingo, 16 de novembro de 2014
sábado, 15 de novembro de 2014
A optimista
A minha afilhada de 7 anos que veio cá dormir hoje.
"Amanhã vamos à praia?"
Na semana passada também veio, e trouxe mesmo o fato de banho.
"Amanhã vamos à praia?"
Na semana passada também veio, e trouxe mesmo o fato de banho.
A auto-estima
Diz o meu mais velho perante um desenho do tio designer, ilustrador e caricaturista profissional:
"Ah! Mas eu desenho melhor do que isso!"
"Ah! Mas eu desenho melhor do que isso!"
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
Dúvida de moda (para mães)
As mães que aderem a esta moda dos coletes e casacos de pêlo, nunca tiveram filhos com piolhos, certo?
Dúvida doméstica
Na máquina de lavar: roupa branca vai com roupa branca, roupa clara vai com roupa clara, roupa escura vai com roupa escura.
OK
Ora então digam-me lá: e a roupa às riscas pretas e brancas?
OK
Ora então digam-me lá: e a roupa às riscas pretas e brancas?
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
Fora de moda
Na minhas tentativas de seguir as tendências da moda (ahaha - para quem não me conhece, estou a ser irónica) resolvi fazer "gosto" numa página sugerida pelo fb.
E acho tudo muito bem, tudo muito bonito, mas era se eu percebesse alguma coisa do que lá se escreve.
Num artigo sobre roupa para trabalhar, encontrei:
"Camisa branca larga com calças de ganga também largas e uns pump pretos"
"Saia comprida, plissada ou não que fica perfeita com uns brogues com mini meias! Por cima uma t-shirt básica e um bom bomber ou casaco de ganga."
Pump? Brogues? Bomber? Bom bomber, não vá acharem que é um bomber qualquer...
Está tudo louco?
Desde quando é que para ver um site de moda é preciso dicionário??
Afinal isto de ser estilosa dá mas é uma grande trabalheira.
Deixa-me lá googlar estas coisas para não morrer estúpida, pelo menos.
Para quem quiser, a página é esta.
E acho tudo muito bem, tudo muito bonito, mas era se eu percebesse alguma coisa do que lá se escreve.
Num artigo sobre roupa para trabalhar, encontrei:
"Camisa branca larga com calças de ganga também largas e uns pump pretos"
"Saia comprida, plissada ou não que fica perfeita com uns brogues com mini meias! Por cima uma t-shirt básica e um bom bomber ou casaco de ganga."
Pump? Brogues? Bomber? Bom bomber, não vá acharem que é um bomber qualquer...
Está tudo louco?
Desde quando é que para ver um site de moda é preciso dicionário??
Afinal isto de ser estilosa dá mas é uma grande trabalheira.
Deixa-me lá googlar estas coisas para não morrer estúpida, pelo menos.
Para quem quiser, a página é esta.
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
Do sono
Uma pessoa sabe que quem tem filhos tem que os respeitar, e que cada um é como cada qual e que eles não têm de ser iguais em tudo, mas isto de ter filhos com ritmos de sono diferentes dá cabo de mim.
Caraças mais às birras de sono e mais às vindas para a nossa cama a meio da noite!
Chiça!
Caraças mais às birras de sono e mais às vindas para a nossa cama a meio da noite!
Chiça!
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
Post inspiracional
(ou mete-nojo, depende de quem o ler)
Hoje fui correr debaixo de chuva.
No fim alonguei e fiquei a sentir-me para lá de espetacular.
Hoje fui correr debaixo de chuva.
No fim alonguei e fiquei a sentir-me para lá de espetacular.
domingo, 9 de novembro de 2014
A insustentável leveza
Sim, eu sei que não vai ser sempre assim, que ainda é novidade, mas nunca na minha vida o trabalho me cansou tanto e tão pouco ao mesmo tempo.
Porque é um cansaço bom, de ter a cabeça a trabalhar e o corpo em movimento, não por estar horas e horas no computador como antes.
Esta altura do ano costuma ser a pior, a mais cansativa, com o mau tempo, a chuva, os dias pequeninos, noite às cinco da tarde, mas eu ando numa leveza que só visto.
Foi a melhor altura para dar o salto.
Porque é um cansaço bom, de ter a cabeça a trabalhar e o corpo em movimento, não por estar horas e horas no computador como antes.
Esta altura do ano costuma ser a pior, a mais cansativa, com o mau tempo, a chuva, os dias pequeninos, noite às cinco da tarde, mas eu ando numa leveza que só visto.
Foi a melhor altura para dar o salto.
sexta-feira, 7 de novembro de 2014
Tu e você
Após 8 anos a trabalhar em ambiente internacional pois que regresso ao trabalho em contexto nacional em diversos ambientes ao mesmo tempo.
E a questão que se coloca é: por tu ou por você?
(já parece a dúvida da adolescência em que nunca sabíamos se a pessoa dava só um beijinho ou dois - sou menina da linha, não se esqueçam)
Na escola a coordenadora trata todos pot tu, pelo que entre colegas (que também se tratam por "colega", tipo "oh colega quando é que temos reunião?" adiante) acabamos por nos tratar também por tu. É uma maravilha, não há enganos para ninguém. Já na agencia que me contratou, que eu achava que também era tu cá tu lá, pois que não, nos e-mails é tudo corrido a você.
Depois faço visitas guiadas, e vi que as pessoas se tratam também por tu. Excelente, vamos embora. Vou a sair de uma e um rapaz à entrada, 1º emprego de certeza, toca de me tratar por você - e é aquele momento constrangedor em que tu percebes (ou você percebe, como queiram) que ele se sente na obrigação de te tratar por você por ser mais novo. E que tu o tratas por tu porque queres ser cool, o que não é o caso, mas pronto.
No outro dia fui ao escritório de uma empresa para quem fiz investigação este verão. Tive sempre mais contacto com o sócio inglês, mas desta vez falei mais com o português. Olha, quando dei por ela já estava a trata-lo por tu, e só depois fiquei a pensar - será que nos tratamos por tu desde o início, ou foi só agora? Enfim...
Há o você, a senhora/o senhor, o você subentendido mas que não se diz verdadeiramente, o tu.
Que nervos senhores... português gosta de complicar mesmo...
E a questão que se coloca é: por tu ou por você?
(já parece a dúvida da adolescência em que nunca sabíamos se a pessoa dava só um beijinho ou dois - sou menina da linha, não se esqueçam)
Na escola a coordenadora trata todos pot tu, pelo que entre colegas (que também se tratam por "colega", tipo "oh colega quando é que temos reunião?" adiante) acabamos por nos tratar também por tu. É uma maravilha, não há enganos para ninguém. Já na agencia que me contratou, que eu achava que também era tu cá tu lá, pois que não, nos e-mails é tudo corrido a você.
Depois faço visitas guiadas, e vi que as pessoas se tratam também por tu. Excelente, vamos embora. Vou a sair de uma e um rapaz à entrada, 1º emprego de certeza, toca de me tratar por você - e é aquele momento constrangedor em que tu percebes (ou você percebe, como queiram) que ele se sente na obrigação de te tratar por você por ser mais novo. E que tu o tratas por tu porque queres ser cool, o que não é o caso, mas pronto.
No outro dia fui ao escritório de uma empresa para quem fiz investigação este verão. Tive sempre mais contacto com o sócio inglês, mas desta vez falei mais com o português. Olha, quando dei por ela já estava a trata-lo por tu, e só depois fiquei a pensar - será que nos tratamos por tu desde o início, ou foi só agora? Enfim...
Há o você, a senhora/o senhor, o você subentendido mas que não se diz verdadeiramente, o tu.
Que nervos senhores... português gosta de complicar mesmo...
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
Filho de peixe
O meu mais velho adora jogar futebol, é do Benfica e faz qualquer desporto com facilidade. E pode agradecer ao pai por tudo isso.
Mas agora deu-lhe para gostar de escrever, senhores!
5 anos acabados de fazer e vai que pega num papel e desata a copiar palavras e frases ou a escrever letras ao acaso e a pedir-me para ler o que escreveu.
E eu incho de orgulho.
Mas agora deu-lhe para gostar de escrever, senhores!
5 anos acabados de fazer e vai que pega num papel e desata a copiar palavras e frases ou a escrever letras ao acaso e a pedir-me para ler o que escreveu.
E eu incho de orgulho.
terça-feira, 4 de novembro de 2014
Mês e meio depois...
...e o meu mais velho profere a frase que dizia todo o santo dia na escola antiga:
"Mãe, amanhã podes vir buscar mais tarde?"
(e eu vou às 18h senhores, noite fechada e para ele, ainda assim, não é suficiente.)
"Mãe, amanhã podes vir buscar mais tarde?"
(e eu vou às 18h senhores, noite fechada e para ele, ainda assim, não é suficiente.)
Run to the hills - report
Ao contrário de todas as expectativas - to-das! - sou bem capaz de ser menina para me viciar na corrida. Tenho ido dia sim, dia não, e não tenho feito sacrifício nenhum.
Hoje até levei com chuva e não me importei nem um bocadinho.
E pela primeira vez levei música. É agradável, mas não essencial.
Fosse eu uma fashion victim e postava aqui as fatiotas, os ténis, os 1001 acessórios cromos.
Descansem - não sou, não tenho nada disso e não uso. Sorte a vossa.
Deixo-vos a minha companhia de hoje.
Hoje até levei com chuva e não me importei nem um bocadinho.
E pela primeira vez levei música. É agradável, mas não essencial.
Fosse eu uma fashion victim e postava aqui as fatiotas, os ténis, os 1001 acessórios cromos.
Descansem - não sou, não tenho nada disso e não uso. Sorte a vossa.
Deixo-vos a minha companhia de hoje.
domingo, 2 de novembro de 2014
Pão por Deus
Falei aos meus alunos desta tradição, que é a nossa, por ser portuguesa e por ser típica dos arredores de Lisboa (além de outras zonas do país).
Percebi que nunca tinham ouvido falar nisso. Ouviram agora, não faz mal.
Sei de escolas que organizam o pão por deus, com os meninos em fila com os seus sacos de pano (decorados por eles), uma vez que agora já não é feriado.
Moro nesta casa há 4 anos, e este ano, pela primeira vez, vieram ao pão por deus no dia 1 de manhã. Primeiro um rapaz e uma rapariga. Depois três meninas, que reconheceram o meu mais velho da escola! Adorei (e assim se foi o pote das guloseimas, onde guardo as doces dos saquinhos das festas de anos). À tarde também nos cruzámos com alguns bandos de miúdos na rua.
Não sei se foram os pais a incentivar, se foi na escola que aprenderam, se apenas perceberam que podem fazer "trick or treat" durante o dia, mas acho que esta tradição é capaz de não morrer tão cedo.
Para o ano calha um domingo, e nós iremos também.
Percebi que nunca tinham ouvido falar nisso. Ouviram agora, não faz mal.
Sei de escolas que organizam o pão por deus, com os meninos em fila com os seus sacos de pano (decorados por eles), uma vez que agora já não é feriado.
Moro nesta casa há 4 anos, e este ano, pela primeira vez, vieram ao pão por deus no dia 1 de manhã. Primeiro um rapaz e uma rapariga. Depois três meninas, que reconheceram o meu mais velho da escola! Adorei (e assim se foi o pote das guloseimas, onde guardo as doces dos saquinhos das festas de anos). À tarde também nos cruzámos com alguns bandos de miúdos na rua.
Não sei se foram os pais a incentivar, se foi na escola que aprenderam, se apenas perceberam que podem fazer "trick or treat" durante o dia, mas acho que esta tradição é capaz de não morrer tão cedo.
Para o ano calha um domingo, e nós iremos também.
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
Aquele momento...
... em que chegamos à escola do meu mais velho e percebemos que... há imensos miúdos mascarados. Carnaval em Outubro? Pois, parece que sim.
Mega desilusão por parte do miúdo, mas lá lhe disse que deviam ser só os meninos do 1º ciclo.
E eram. Na sala dele eram poucas as bruxas e vampiros (miúdos com irmãos mais velhos, calculo eu), e os melhores amigos dele, menos mal, estavam à civil.
Feliz dia, bruxas!
Mega desilusão por parte do miúdo, mas lá lhe disse que deviam ser só os meninos do 1º ciclo.
E eram. Na sala dele eram poucas as bruxas e vampiros (miúdos com irmãos mais velhos, calculo eu), e os melhores amigos dele, menos mal, estavam à civil.
Feliz dia, bruxas!
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
Os conselhos da sucessora da Hannah Montana
Que, como toda a gente sabe, é a Violetta.
A Panini achou boa ideia ir oferecer cadernetas da Violetta no infantário da minha mais nova, onde não há meninos com mais de 5 anos - penso que o target da personagem não é este, mas pronto, estão a investir no futuro.
Ora, no meu tempo as cadernetas serviam para colar cromos, mas isso era antes. Agora a caderneta vem também com conselhos.
Para quem? Para as meninas de 7 ou 8 anos? Para as suas mães?
Deixo-vos com algumas pérolas, e tirem vocês as conclusões:
Ironia nas relações, muitos amigos no fb, lantejoulas e maquilhagem, para meninas que nem idade têm para usar soutien.
Está certo.
A Panini achou boa ideia ir oferecer cadernetas da Violetta no infantário da minha mais nova, onde não há meninos com mais de 5 anos - penso que o target da personagem não é este, mas pronto, estão a investir no futuro.
Ora, no meu tempo as cadernetas serviam para colar cromos, mas isso era antes. Agora a caderneta vem também com conselhos.
Para quem? Para as meninas de 7 ou 8 anos? Para as suas mães?
Deixo-vos com algumas pérolas, e tirem vocês as conclusões:
- Muda de tática. Se tu e o teu namorado tiverem um pequeno mal entendido, tenta enfrentar a questão de forma positiva, talvez até com um pouco de ironia. (adorei esta! ironia aos 7 ou 8 anos, quero ver isso! já para não falar da existência do namorado...adiante)
- [se queres ser cantora] Cria o teu perfil nas redes sociais. É a forma mais rápida de te dares a conhecer a um público numeroso. (hein?)
- Todos os dias veste pelo menos uma coisa alegre e colorida. Talvez um par de sapatos de lantejoulas a combinar com calças pretas. (hã? eu sei que percebo pouco de moda infantil, mas lantejoulas? really?)
- Tenho maquilhagem mas não se vê! (...) Eis alguns conselhos para criares uma maquilhagem que se adapte a ti. (wtf?)
Ironia nas relações, muitos amigos no fb, lantejoulas e maquilhagem, para meninas que nem idade têm para usar soutien.
Está certo.
Run to the hills 2
O meus leitores mais atentos e antigos sabem (ou deviam saber) que este não é o primeiro post deste blog com este título.
Encontram o anterior aqui.
A frase vem de um filme de guerra, já não sei qual, mas é uma private que usamos cá em casa há anos.
E pronto, isto tudo para dizer que esta blogger que vos escreve decidiu, ao fim de quase 3 anos, voltar a tentar correr.
E só vos digo que está a correr (passo a redundância) muito bem.
Fui no domingo, supostamente ia só caminhar mas decidi arriscar. E fui hoje também, sendo que consegui correr mais de 5 minutos de seguida, sem ter a tentação de olhar para o relógio.
Se nos últimos anos andei aqui vai não vai para inscrever no ginásio, agora, com a minha nova situação profissional, gastar esse dinheiro está completamente fora de questão.
Vamos ver se temos aqui uma maratonista, ou é só fogo de vista.
Encontram o anterior aqui.
A frase vem de um filme de guerra, já não sei qual, mas é uma private que usamos cá em casa há anos.
E pronto, isto tudo para dizer que esta blogger que vos escreve decidiu, ao fim de quase 3 anos, voltar a tentar correr.
E só vos digo que está a correr (passo a redundância) muito bem.
Fui no domingo, supostamente ia só caminhar mas decidi arriscar. E fui hoje também, sendo que consegui correr mais de 5 minutos de seguida, sem ter a tentação de olhar para o relógio.
Se nos últimos anos andei aqui vai não vai para inscrever no ginásio, agora, com a minha nova situação profissional, gastar esse dinheiro está completamente fora de questão.
Vamos ver se temos aqui uma maratonista, ou é só fogo de vista.
terça-feira, 28 de outubro de 2014
E em 2014 o mundo descobriu as romãs
E como tal decidiu partilhar em tudo quanto é rede social, várias vezes, a melhor forma de as comer/descascar.
Não sei como anda o vosso mural, mas no meu já partilharam trezentos vídeos de como descascar romãs. E os dias passam, e há sempre alguém a quem parece boa ideia partilhar mais uma vez.
E melancias também, que diz que as andamos a cortar mal toda a vida.
Não fosse o FB e que seria de nós? Tudo a cortar fruta à lá gardére, está visto.
Não sei como anda o vosso mural, mas no meu já partilharam trezentos vídeos de como descascar romãs. E os dias passam, e há sempre alguém a quem parece boa ideia partilhar mais uma vez.
E melancias também, que diz que as andamos a cortar mal toda a vida.
Não fosse o FB e que seria de nós? Tudo a cortar fruta à lá gardére, está visto.
Passo a passo
A minha (nova) vida profissional vai ganhando forma, e hoje dei mais um passo importante nesse sentido.
Mais uma colaboração, num sítio maravilhoso, e a fazer uma coisa de que gosto muito.
Grão a grão a vida laboral vai-se compondo, pelo menos por enquanto.
E o trabalho em casa, sentada à secretária, já parece que foi noutra vida.
Mais uma colaboração, num sítio maravilhoso, e a fazer uma coisa de que gosto muito.
Grão a grão a vida laboral vai-se compondo, pelo menos por enquanto.
E o trabalho em casa, sentada à secretária, já parece que foi noutra vida.
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
Desafio não superado
Não, não consegui ir 1 semana trabalhar sem repetir nenhuma roupa, pelo na 5ª repeti a t-shirt de 2ª (devidamente lavada), combinada com outras calças.
Se esta semana estiver menos calor, talvez consiga sacar 5 toillettes ao meu armário, mas se o calor continua... temos vira-o-disco-e-toca-o-mesmo.
Ou como se diz nos dias de hoje muda-a-faixa-da-playlist-e-toca-o-mesmo...
Se esta semana estiver menos calor, talvez consiga sacar 5 toillettes ao meu armário, mas se o calor continua... temos vira-o-disco-e-toca-o-mesmo.
Ou como se diz nos dias de hoje muda-a-faixa-da-playlist-e-toca-o-mesmo...
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
oh não...
... eles estão de volta......
(senhores, tanta série gira e boa que acaba ao fim de 2 temporadas, e esta... raiosparta os mortos-vivos que não morrem de vez!)
(senhores, tanta série gira e boa que acaba ao fim de 2 temporadas, e esta... raiosparta os mortos-vivos que não morrem de vez!)
Um post sobre roupa
Ando aqui numa ginástica para conseguir ir trabalhar 5 dias seguidos sem repetir o outfit.
Não é que tenha algum mal repetir roupas - que é o que eu faço 350 dias por ano - mas logo na 1ª semana também acho demais. Vai daí que, ainda para mais com este calor, a coisa tem sido complicada.
Ontem lá fui eu para a escola com um dos meus outfit-chave de qualquer ocasião informal - vestido preto básico, tipo t-shirt comprida, cinto largo, leggings de riscas pretas e brancas. Gosto muito do conjunto porque tenho um fétiche por riscas p/b e porque gosto muito de usar vestidos com leggings.
Fui conhecer uma turma nova, de 3º ano.
Ainda não tinham entrado todos os miúdos e vira-se uma menina e diz-me "oh professora, a professora está muito gira!".
Fixe, pensei eu. Toda a gente sabe que nestas coisas as miúdas é que sabem, são a voz do futuro em termos de moda. Uma primeira impressão é sempre importante, e fiquei contente por ela achar a minha roupa cool - meio caminho andado para me achar cool também.
Passado um bocado, a meio de um jogo, ouço outra miúda a comentar para a do lado: "mas aquilo são collants ou calças? Parece que está vestida de bruxa!"
Não se pode agradar a gregos e troianos, certo?
Mas olha que vestir de bruxa no primeiro dia de aulas também pode ter bons resultados...
Não é que tenha algum mal repetir roupas - que é o que eu faço 350 dias por ano - mas logo na 1ª semana também acho demais. Vai daí que, ainda para mais com este calor, a coisa tem sido complicada.
Ontem lá fui eu para a escola com um dos meus outfit-chave de qualquer ocasião informal - vestido preto básico, tipo t-shirt comprida, cinto largo, leggings de riscas pretas e brancas. Gosto muito do conjunto porque tenho um fétiche por riscas p/b e porque gosto muito de usar vestidos com leggings.
Fui conhecer uma turma nova, de 3º ano.
Ainda não tinham entrado todos os miúdos e vira-se uma menina e diz-me "oh professora, a professora está muito gira!".
Fixe, pensei eu. Toda a gente sabe que nestas coisas as miúdas é que sabem, são a voz do futuro em termos de moda. Uma primeira impressão é sempre importante, e fiquei contente por ela achar a minha roupa cool - meio caminho andado para me achar cool também.
Passado um bocado, a meio de um jogo, ouço outra miúda a comentar para a do lado: "mas aquilo são collants ou calças? Parece que está vestida de bruxa!"
Não se pode agradar a gregos e troianos, certo?
Mas olha que vestir de bruxa no primeiro dia de aulas também pode ter bons resultados...
terça-feira, 21 de outubro de 2014
Adenda a estes últimos posts
Muitas vezes nas revistas cor-de-rosa aparecem figuras públicas, sempre giras e magras, a falar dos seus inúmeros projectos. Ele é ex-modelos, actrizes, apresentadoras, que têm sempre projectos e convites giríssimos, para RP numa discoteca ou hotel, para ser DJ, para dar a cara por um restaurante.
Eu sei que as vidas desta malta não são nada cor-de-rosas, e que todos têm os seus problemas, mas aquela coisa dos projectos cairem assim do céu, quando tanta gente anda à procura de trabalho, sempre foi coisa que mexeu com o meu nervo (principalmente quando estava no meu trabalho antigo - aquele tão antigo que acabou há 3 dias, mas adiante).
Quero com isto dizer, para quem me lê, que o meu novo projecto de "professora" quase parece que me caiu no colo, dado o timing em que a coisa se passou, mas tal não é verdade. Encontrei-o, como aliás outro projecto que tive este ano - num site de emprego, como toda a gente.
Andava há 1 ano a receber porcarias no e-mail, e estive para remover a minha inscrição inúmeras vezes, mas acabei por nunca o fazer... Vi o anúncio a primeira vez e achei que não era para mim. Depois arrependi-me e mandei o CV. Nada. Voltei a ver o anuncio passado umas semanas, e desta vez mandei a candidatura directamente pelo site. A fé era mesmo muito pouca. Dois dias depois ligaram a dizer as condições e a marcar entrevista.
Isto para dizer que não é só aos outros que acontece, e que, ao contrário do que eu acreditava, encontra-se mesmo (algum) trabalho nos sites de emprego. True story.
Eu sei que as vidas desta malta não são nada cor-de-rosas, e que todos têm os seus problemas, mas aquela coisa dos projectos cairem assim do céu, quando tanta gente anda à procura de trabalho, sempre foi coisa que mexeu com o meu nervo (principalmente quando estava no meu trabalho antigo - aquele tão antigo que acabou há 3 dias, mas adiante).
Quero com isto dizer, para quem me lê, que o meu novo projecto de "professora" quase parece que me caiu no colo, dado o timing em que a coisa se passou, mas tal não é verdade. Encontrei-o, como aliás outro projecto que tive este ano - num site de emprego, como toda a gente.
Andava há 1 ano a receber porcarias no e-mail, e estive para remover a minha inscrição inúmeras vezes, mas acabei por nunca o fazer... Vi o anúncio a primeira vez e achei que não era para mim. Depois arrependi-me e mandei o CV. Nada. Voltei a ver o anuncio passado umas semanas, e desta vez mandei a candidatura directamente pelo site. A fé era mesmo muito pouca. Dois dias depois ligaram a dizer as condições e a marcar entrevista.
Isto para dizer que não é só aos outros que acontece, e que, ao contrário do que eu acreditava, encontra-se mesmo (algum) trabalho nos sites de emprego. True story.
Hey, teacher, leave the kids alone!
1º dia como professora na escola primária - isto dito assim parece uma coisa muito oficial, mas é só 1 hora por dia, ao fim do dia, nas chamadas AEC, se não sabem é porque não têm filhos no ensino oficial - e as minhas dúvidas eram:
1) o livro de ponto ainda existe em formato físico?
2) se sim, posso bater com ele na mesa para mandar os miúdos calar?
3) posso atirar o apagador à cabeça dos miúdos se me chatearem muito?
4) posso atirar giz aos que chateiam menos?
5) ir de Birkenstock no 1º dia - sim ou não?
6) onde raio escrevo o sumário?
7) como se mexe no quadro interactivo?
8) agora que sou professora tenho mesmo de deixar de escrever interactivo e passar a escrever interativo?
Consultei com algumas amigas prof's (são bastantes) e fiquei a saber que:
1) depende das escolas, algumas têm outras não, e tens de escrever o sumário nos primeiros 15 minutos de aula se não levas falta - stress. Na minha escola existe livro físico sim, mas não sai da sala de prof's, nós é que vamos lá escrever o sumário. Queres bater na mesa bates com as mãos e vais com sorte.
2) resposta na pergunta anterior
3) não sei se o apagador ainda se chama assim
4) não há giz!!! Só há caneta e quadro branco! Que falta de graça... o que é que os putos podem gamar para desenhar sirumbas e macacas no recreio? É que ninguém pensa nestas coisas, pá.
5) achei melhor não, não pelo código de vestir da escola (super informal) mas porque achei que ficava logo muito exposta na 1ª aula. Fui de ténis.
6) resposta na pergunta 1
7) diz que há um vídeo no youtube, tenho de ver
8) parece que sim, mas não confirmei
Primeira aula correu bem, bem pior do que eu imaginava, pois com a minha auto-confiança achava que ia ser chegar e ter os miúdos todos aos meus pés. Mas com tempo e jeito a coisa vai lá...
(quem andou na escola comigo sabe que os pontos 2, 3 e 4 são só traumas de infância...)
1) o livro de ponto ainda existe em formato físico?
2) se sim, posso bater com ele na mesa para mandar os miúdos calar?
3) posso atirar o apagador à cabeça dos miúdos se me chatearem muito?
4) posso atirar giz aos que chateiam menos?
5) ir de Birkenstock no 1º dia - sim ou não?
6) onde raio escrevo o sumário?
7) como se mexe no quadro interactivo?
8) agora que sou professora tenho mesmo de deixar de escrever interactivo e passar a escrever interativo?
Consultei com algumas amigas prof's (são bastantes) e fiquei a saber que:
1) depende das escolas, algumas têm outras não, e tens de escrever o sumário nos primeiros 15 minutos de aula se não levas falta - stress. Na minha escola existe livro físico sim, mas não sai da sala de prof's, nós é que vamos lá escrever o sumário. Queres bater na mesa bates com as mãos e vais com sorte.
2) resposta na pergunta anterior
3) não sei se o apagador ainda se chama assim
4) não há giz!!! Só há caneta e quadro branco! Que falta de graça... o que é que os putos podem gamar para desenhar sirumbas e macacas no recreio? É que ninguém pensa nestas coisas, pá.
5) achei melhor não, não pelo código de vestir da escola (super informal) mas porque achei que ficava logo muito exposta na 1ª aula. Fui de ténis.
6) resposta na pergunta 1
7) diz que há um vídeo no youtube, tenho de ver
8) parece que sim, mas não confirmei
Primeira aula correu bem, bem pior do que eu imaginava, pois com a minha auto-confiança achava que ia ser chegar e ter os miúdos todos aos meus pés. Mas com tempo e jeito a coisa vai lá...
(quem andou na escola comigo sabe que os pontos 2, 3 e 4 são só traumas de infância...)
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
Dúvida de moda II
Para perceberem a piada têm de ler este post primeiro.
Se comprarmos um macacão curto numa loja chinesa, estamos a comprar um macaquinho do chinês?
Se comprarmos um macacão curto numa loja chinesa, estamos a comprar um macaquinho do chinês?
domingo, 19 de outubro de 2014
5 anos
Depois da emoção de 5ª feira, na 6ª o meu mais velho completou a mágica idade - aquela que eu não queria fazer - de 5 anos.
Uma mão cheia de anos.
Tantos e tão poucos ao mesmo tempo.
Uma mão cheia de anos.
Tantos e tão poucos ao mesmo tempo.
Nova fase
Não sou nada fã destas frases feitas que nos impingem no FB, mas a verdade é que esta tem surgido na minha cabeça nestes últimos dias. É o meu novo mantra.
Desde o último post, muita coisa aconteceu.
Na 4ª feira foi o meu último dia a trabalhar em casa, na empresa que me acolheu nos últimos 8 anos.
Na 5ª à tarde tive uma entrevista de emprego, que foi quase surreal. Fui a achar que era para uma coisa num determinado sítio, a 2/3 da entrevista é que percebi para o que era realmente. Quando cheguei ao fim, à espera de ouvir o clássico "então pronto, nós depois ligamos" ouvi um "então, quando é que pode começar?". E pronto, em menos de nada estava a apresentar-me na escola onde estarei a trabalhar, na sala de professores, em reunião com outros professores. Todo um cenário totalmente novo para mim, e que me deixou para lá de nervosa primeiro, quase a hiperventilar, depois pouco a pouco fui descendo à terra, vi alguns dos miúdos com que vou ficar e lá voltei a respirar novamente.
Mega desafio, mesmo.
É só (mais) um part-time a juntar aos outros, não me vai fazer ficar rica, e a segurança, já se sabe, é a de um recibo verde, mas vai-me obrigar a pensar, a ser criativa, a inventar, e eu estou para lá de entusiasmada com isto.
Com medo também, claro, mas lá terá de ser.
Desde o último post, muita coisa aconteceu.
Na 4ª feira foi o meu último dia a trabalhar em casa, na empresa que me acolheu nos últimos 8 anos.
Na 5ª à tarde tive uma entrevista de emprego, que foi quase surreal. Fui a achar que era para uma coisa num determinado sítio, a 2/3 da entrevista é que percebi para o que era realmente. Quando cheguei ao fim, à espera de ouvir o clássico "então pronto, nós depois ligamos" ouvi um "então, quando é que pode começar?". E pronto, em menos de nada estava a apresentar-me na escola onde estarei a trabalhar, na sala de professores, em reunião com outros professores. Todo um cenário totalmente novo para mim, e que me deixou para lá de nervosa primeiro, quase a hiperventilar, depois pouco a pouco fui descendo à terra, vi alguns dos miúdos com que vou ficar e lá voltei a respirar novamente.
Mega desafio, mesmo.
É só (mais) um part-time a juntar aos outros, não me vai fazer ficar rica, e a segurança, já se sabe, é a de um recibo verde, mas vai-me obrigar a pensar, a ser criativa, a inventar, e eu estou para lá de entusiasmada com isto.
Com medo também, claro, mas lá terá de ser.
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
É hoje
Como já devem ter percebido, depois de muito ponderar, pensar, pesar, contar, decidi(mos) largar o meu emprego fixo e basicamente, mandar-me de cabeça para um precipício de incerteza.
Ou bem que aprendo a voar rapidamente, ou esborracho-me(nos) lá em baixo em menos de nada.
Mas teve de ser.
Trabalhar em casa já não estava a ser opção, e só vos digo que desde que tomei esta decisão e a comecei a partilhar, já me surgiram várias oportunidades. Por muito que procurasse, ao estar em casa as oportunidades não vinham ter comigo. E não vieram mesmo. Foi preciso sair e ir ter com elas, estar disposta a recebê-las.
Se tudo correr como o previsto espero nunca mas mesmo nunca mais mesmo ter de:
Recordo o que senti quando entrei na empresa pela primeira vez, de sentir que queria tanto trabalhar ali, do que senti quando finalmente me chamaram, do deslumbramento com a equipa totalmente internacional... era um ambiente fantástico, e fiz ali grandes amigos, entre as reuniões e os almoços de sanduiches as viagens de comboio, os after-work drinks, as noitadas à 6ª feira.
Ter a oportunidade de regressar tantas vezes para reviver tudo outra vez, foi uma oportunidade fantástica.
Mas as viagens ocasionais não substituem o trabalho presencial, e estar aqui em casa dia após dia após dia... chateia, cansa e aborrece. Muito.
Agora, se lá voltar, será apenas como turista, como velha amiga.
O cordão umbilical amsterdamiano é hoje oficialmente cortado.
A partir de aqui estou por mim.
Não tenho empresa, não tenho patrão, não tenho horários nem tenho salário. Está nas minhas mãos procurar, ir em busca, agarrar as oportunidades.
Dizer que sou freelancer dá-me imenso estilo (eu sei que sim), mas saber que não tenho ordenado nem subsídios já não é assim tão glamouroso...
Apesar de ser uma boa dose de loucura (boaaa doooooose mesmo!) não foi uma decisão tomada de ânimo leve. Mas se pensássemos muito mais, não saíamos do mesmo lugar...
Por agora estou super entusiasmada com o que o futuro tem para mim.
Vamos ver se daqui a um ano continuo a achar que foi a decisão correcta.
Ou bem que aprendo a voar rapidamente, ou esborracho-me(nos) lá em baixo em menos de nada.
Mas teve de ser.
Trabalhar em casa já não estava a ser opção, e só vos digo que desde que tomei esta decisão e a comecei a partilhar, já me surgiram várias oportunidades. Por muito que procurasse, ao estar em casa as oportunidades não vinham ter comigo. E não vieram mesmo. Foi preciso sair e ir ter com elas, estar disposta a recebê-las.
Se tudo correr como o previsto espero nunca mas mesmo nunca mais mesmo ter de:
- trabalhar a partir de casa com horário fixo
- trabalhar ao telefone
- trabalhar sentada à secretária/ao computador 8 horas por dia
Recordo o que senti quando entrei na empresa pela primeira vez, de sentir que queria tanto trabalhar ali, do que senti quando finalmente me chamaram, do deslumbramento com a equipa totalmente internacional... era um ambiente fantástico, e fiz ali grandes amigos, entre as reuniões e os almoços de sanduiches as viagens de comboio, os after-work drinks, as noitadas à 6ª feira.
Ter a oportunidade de regressar tantas vezes para reviver tudo outra vez, foi uma oportunidade fantástica.
Mas as viagens ocasionais não substituem o trabalho presencial, e estar aqui em casa dia após dia após dia... chateia, cansa e aborrece. Muito.
Agora, se lá voltar, será apenas como turista, como velha amiga.
O cordão umbilical amsterdamiano é hoje oficialmente cortado.
A partir de aqui estou por mim.
Não tenho empresa, não tenho patrão, não tenho horários nem tenho salário. Está nas minhas mãos procurar, ir em busca, agarrar as oportunidades.
Dizer que sou freelancer dá-me imenso estilo (eu sei que sim), mas saber que não tenho ordenado nem subsídios já não é assim tão glamouroso...
Apesar de ser uma boa dose de loucura (boaaa doooooose mesmo!) não foi uma decisão tomada de ânimo leve. Mas se pensássemos muito mais, não saíamos do mesmo lugar...
Por agora estou super entusiasmada com o que o futuro tem para mim.
Vamos ver se daqui a um ano continuo a achar que foi a decisão correcta.
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Banda sonora do momento
Já não ouvia Beck há anos. Em 2000/2001 ouvi-o até à exaustão, durante o Erasmus. Depois disso, nunca mais.
O meu guru musical recomendou-o e, como sempre, acertou em cheio.
E tem sido a banda sonora do momento, nestes últimos dias de trabalho sozinha em casa.
Nada a ver com o registo de há 13 anos atrás.
Crescemos todos.
O meu guru musical recomendou-o e, como sempre, acertou em cheio.
E tem sido a banda sonora do momento, nestes últimos dias de trabalho sozinha em casa.
Nada a ver com o registo de há 13 anos atrás.
Crescemos todos.
Sobre os TPC
Já aqui falei abertamente sobre a minha aversão aos TPC, e sobre como a vida seria muito melhor sem eles. No geral sem nenhuns, se for mesmo necessário, o melhor seria ser só de vez em quando. Adiante.
Hoje o meu mais velho levou para a escola os convites da sua 1ª festa de anos com amigos da escola.
Quis escrever os nomes de cada um em cada convite. Menos mal que eram só 6 ou 7.
Não me interpretem mal, até correu muito bem. O rapaz, desde que usa óculos, até tem destreza para a coisa, e sabe algumas letras de cor, outras copia na perfeição.
Quem se porta mal sou eu, que o vejo sentado à secretária de caneta em punho a de-mo-rar hooooraaaaaas a escrever um nome (coisa normal, tem 4 anos, bolas) e começo a hiperventilar. Ai que deusoproteja de mim quando estiver a fazer os TPC.
Não vou ter paciência, senhores...
Fim-de-semana de vindima
Para celebrar o outono em beleza.
Que maravilha.
Cortei uvas e ensinei a cortar uvas (inspirada no texto do post abaixo, claro), também acartei baldes e ensinei a acartar baldes. Depois eu mantive-me nas uvas e eles correram e brincaram no campo, chafurdaram na lama, andaram de tractor, deram de comer às galinhas e ao cão.
Também apanhámos tomates, pimentos, couves, figos, e não há nada que bata estes sabores, ainda para mais acabados de apanhar.
E ouvimos o silêncio e o sino a tocar ao longe.
Confirmámos que no campo o tempo passa mais devagar. O sábado rendeu tanto que deu para tudo.
E voltámos com o carro cheio de coisas boas.
Que pena ser tão longe...
Que maravilha.
Cortei uvas e ensinei a cortar uvas (inspirada no texto do post abaixo, claro), também acartei baldes e ensinei a acartar baldes. Depois eu mantive-me nas uvas e eles correram e brincaram no campo, chafurdaram na lama, andaram de tractor, deram de comer às galinhas e ao cão.
Também apanhámos tomates, pimentos, couves, figos, e não há nada que bata estes sabores, ainda para mais acabados de apanhar.
E ouvimos o silêncio e o sino a tocar ao longe.
Confirmámos que no campo o tempo passa mais devagar. O sábado rendeu tanto que deu para tudo.
E voltámos com o carro cheio de coisas boas.
Que pena ser tão longe...
Acham que já acabou mesmo a época balnear?
Já é para ir buscar as roupas de inverno à arrecadação ou ainda é cedo?
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
Basicamente, é isto...
"Juro
ter os meus filhos penteados, limpos, bem vestidos, unhas cortadas,
vacinas a tempo. Juro brincar com eles, ser uma mãe divertida, não andar
em cima deles, ter vida própria. Juro garantir que aprendem e fazem os
trabalhos de casa. Juro esclarecer dúvidas, nunca ir buscá-los depois
das seis, dar recados na escola, receber recados da escola, fazer os
poemas que a escola pede, fazer os fatos de Carnaval biodegradáveis que a
escola pede, mandar dinheiro para o planetário, falar com os
professores, falar com as educadoras, festejar aniversários no dia com
bolos sem creme (como a escola pede), festejar outro aniversário, noutro
dia animado e divertido, com convites, balões à entrada, chapelinhos,
bolos com Smarties. Juro comprar presentes para colegas aniversariantes,
levá-los às festas, esperar duas horas na rua, voltar a buscá-los. Juro
saber lidar com as birras, controlar as birras, inscrevê-los num
desporto, acompanhá-los ao desporto, ter um cartão para o desporto,
vesti-los para o desporto, ver o desporto, tomar conta do bebé durante o
desporto, bater palmas ao desporto, pagar o desporto. Juro escrever
cartas ao Pai Natal, escrevê-las com canetas coloridas, estrelinhas à
volta, mascarar-me de Pai Natal, deixar bolachinhas para alimentar o Pai
Natal, de manhã limpar as migalhas deixadas pelo Pai Natal. Juro dar
banho todos os dias, pôr creme todos os dias, mudar camas encharcadas,
esfregar colchões encharcados, deixá-los ao sol, não gritar com crianças
que encharcam camas, acordar às sete da manhã aos Domingos, ter
antiderrapante na banheira, lavar dentes, ensinar a lavar dentes, cortar
bifes, ensinar a cortar bifes, tirar cotovelos de cima da mesa, atar
sapatos, ensinar a atar sapatos, tirar cebola do arroz, ter babetes
impermeáveis, ler histórias, fazer vozes, ensinar músicas, ♪ põe o ovo
lá no buraquinho ♪, explicar as instruções dos jogos, ir aos baloiços,
empurrar os baloiços, ensinar a não ter medo dos baloiços, ♪ raspam,
raspam, raspam ♪. Juro comprar trotinetas, bicicletas com rodas,
bicicletas sem rodas, ténis com rodinhas, skates, lanternas, Cds do
Panda, Barbies executivas, calças rotas. Juro dar semanadas, ensinar a
gerir, ser justa, transmitir valores, valorizá-los, promover bons
sentimentos, alimentar a criatividade, fazer aerossóis, e mais
aerossóis, outra vez aerossol, ter Ventilan, conseguir atestado médico
para voltarem à escola, evitar o excesso de televisão e chocolates. Juro
não gritar, não lhes bater, não perder a cabeça, ir a sítios giros,
estar atenta às companhias, fazer uma alimentação variada, cozer
legumes, ensiná-los a gostar de legumes, verificar se puxam o
autoclismo, ensinar a limpar o rabo, verificar se o rabo está limpo,
ensinar a limpar o pingo, a pôr a tampa para baixo, a assoar. Juro pôr
casacos quentes, gorros, limpar ouvidos, ter os brinquedos arrumados,
ter os brinquedos por caixas, ter as caixas por temas, ter os temas
actualizados, fazê-los cumprimentar as pessoas, garantir que não gritam,
que fazem amigos, pô-los no penico, com amor.
Juro fazer bem o meu trabalho, evoluir profissionalmente, ser humilde, almoçar com colegas, rir com colegas, ter espírito de equipa, ser útil, prestável, ter presença, ter uma presença agradável.
Juro ter a casa arrumada a cheirar a limpo, aquecida, moderna, com design, velas de cheiro, centro de mesa, plantas, regar as plantas, ter quadros na parede, ter os quadros direitos na parede. Juro amar a minha casa, aproveitar a minha casa, ter gosto em cozinhar, surpreender, ter pão fresco, regar as plantas. Juro convidar amigos, saber receber, fazer tudo numa hora, quase sem se reparar, aperitivos, Ervas da Província, chão limpo, cantos limpos, sumos, sobremesas, chocolate quente para pôr em cima, cozinha impecável, abrir o vinho uma hora antes, Nespresso. Juro ser leve, despachada, não fazer dramas. Juro ter o frigorífico arrumado, sal e abrilhantador, fruta, iogurtes com pedaços, nunca deixar faltar leite, detergente, maçãs. Juro ter uma boa pessoa lá a trabalhar, que trate bem as crianças, que as lave atrás das orelhas, que passe a ferro num ápice, mal paga, um bom negócio.
Juro ser sexy, gira, estar gira, vestir-me bem, ter um rabo brasileiro, fazer sexo, comprar algemas. Juro ser companheira do meu marido, ser jovem para o meu marido, ser fresca para o meu marido, seduzir o meu marido, pôr batom para o meu marido, estar sempre pronta, botas leopardo, ter aperitivos para o meu marido, ignorar os seus gritos com os miúdos, ver o canal de notícias. Juro dançar, pintar as unhas, ter charme, ser fiel, ter o cabelo sedoso, pele brilhante, dentes brancos, comer saladas, beber água, fumar pouco, só para o estilo, conhecer a forma mais moderna de fazer um rabo-de-cavalo, pôr creme nos cotovelos, ter soutiens sem alças, soutiens com as alças juntas para certos tops, soutiens com alças giras quando é para se verem, calças brancas que não sejam transparentes, camisas transparentes que não sejam ordinárias, saias ordinárias que só pareçam modernas. Juro controlar o humor antes da menstruação, ter classe, viajar, ser uma boa companhia, visitar os meus avós, aprender com eles, levar-lhes os bisnetos, jantar nos meus pais, não me importar que dêem sombrinhas de chocolate ao netos, não me importar que os deixem jantar de prato no colo. Juro ter tempo, não me queixar, ser divertida, boa amiga, conciliadora, ouvir desabafos, desabafar, chorar só quando é preciso. Juro não ser parvinha, embirrenta, ciumenta, mole. Juro ser feliz, ter graça, inovar, sair com amigos, ler, ser culta, esperta, rápida, solidária, bem-disposta, optimista, interessante.
Juro solenemente."
NÃO HÁ FAMÍLIAS PERFEITAS, Marta Gautier
Juro fazer bem o meu trabalho, evoluir profissionalmente, ser humilde, almoçar com colegas, rir com colegas, ter espírito de equipa, ser útil, prestável, ter presença, ter uma presença agradável.
Juro ter a casa arrumada a cheirar a limpo, aquecida, moderna, com design, velas de cheiro, centro de mesa, plantas, regar as plantas, ter quadros na parede, ter os quadros direitos na parede. Juro amar a minha casa, aproveitar a minha casa, ter gosto em cozinhar, surpreender, ter pão fresco, regar as plantas. Juro convidar amigos, saber receber, fazer tudo numa hora, quase sem se reparar, aperitivos, Ervas da Província, chão limpo, cantos limpos, sumos, sobremesas, chocolate quente para pôr em cima, cozinha impecável, abrir o vinho uma hora antes, Nespresso. Juro ser leve, despachada, não fazer dramas. Juro ter o frigorífico arrumado, sal e abrilhantador, fruta, iogurtes com pedaços, nunca deixar faltar leite, detergente, maçãs. Juro ter uma boa pessoa lá a trabalhar, que trate bem as crianças, que as lave atrás das orelhas, que passe a ferro num ápice, mal paga, um bom negócio.
Juro ser sexy, gira, estar gira, vestir-me bem, ter um rabo brasileiro, fazer sexo, comprar algemas. Juro ser companheira do meu marido, ser jovem para o meu marido, ser fresca para o meu marido, seduzir o meu marido, pôr batom para o meu marido, estar sempre pronta, botas leopardo, ter aperitivos para o meu marido, ignorar os seus gritos com os miúdos, ver o canal de notícias. Juro dançar, pintar as unhas, ter charme, ser fiel, ter o cabelo sedoso, pele brilhante, dentes brancos, comer saladas, beber água, fumar pouco, só para o estilo, conhecer a forma mais moderna de fazer um rabo-de-cavalo, pôr creme nos cotovelos, ter soutiens sem alças, soutiens com as alças juntas para certos tops, soutiens com alças giras quando é para se verem, calças brancas que não sejam transparentes, camisas transparentes que não sejam ordinárias, saias ordinárias que só pareçam modernas. Juro controlar o humor antes da menstruação, ter classe, viajar, ser uma boa companhia, visitar os meus avós, aprender com eles, levar-lhes os bisnetos, jantar nos meus pais, não me importar que dêem sombrinhas de chocolate ao netos, não me importar que os deixem jantar de prato no colo. Juro ter tempo, não me queixar, ser divertida, boa amiga, conciliadora, ouvir desabafos, desabafar, chorar só quando é preciso. Juro não ser parvinha, embirrenta, ciumenta, mole. Juro ser feliz, ter graça, inovar, sair com amigos, ler, ser culta, esperta, rápida, solidária, bem-disposta, optimista, interessante.
Juro solenemente."
NÃO HÁ FAMÍLIAS PERFEITAS, Marta Gautier
Tal como a primeira semana de aulas...
... as duas últimas semanas de trabalho também custam a passar.
Caraças que o tempo passa tão rápido, mas este mês de Outubro não há maneira de avançar.
Caraças que o tempo passa tão rápido, mas este mês de Outubro não há maneira de avançar.
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
Um apontamento de moda
Por cá a tendência tem sido usar cada vez menos acessórios.
Este ano, não me perguntem porquê, mas deixei de usar brincos.
Pulseiras quase nunca, aneis raramente.
Colares, pouco, e sempre o mesmo.
Só os lenços se mantêm - dependendo da altura do ano.
Hoje de manhã olhei para mim e percebi que o único acessório que levava era o cinto (que não se vê). Tendo em conta que o cinto serve para segurar as calças, não me parece nada acessório, mas sim essencial.
Simplificar é o que está a dar.
Este ano, não me perguntem porquê, mas deixei de usar brincos.
Pulseiras quase nunca, aneis raramente.
Colares, pouco, e sempre o mesmo.
Só os lenços se mantêm - dependendo da altura do ano.
Hoje de manhã olhei para mim e percebi que o único acessório que levava era o cinto (que não se vê). Tendo em conta que o cinto serve para segurar as calças, não me parece nada acessório, mas sim essencial.
Simplificar é o que está a dar.
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
E a semana começa...
... com um espalhanço nas ruas de Sintra.
A chover, pois claro.
Não sei se alguém viu, mas não se ouviram gargalhadas. Só as minhas, claro.
A chover, pois claro.
Não sei se alguém viu, mas não se ouviram gargalhadas. Só as minhas, claro.
domingo, 5 de outubro de 2014
Festa de Natal
E pronto, a contagem decrescente para o Natal já começou...
Este ano na escola da minha mais nova vai haver uma novidade na festa de Natal. Em vez de serem as crianças a representar para os pais, vão ser os pais a representar para os filhos (mas sssshhhh não digam nada porque é segredo).
Ora... muitas coisas me vieram à cabeça.
Em primeiro lugar, acho que faz todo o sentido. Detesto a ideia dos macaquinhos de circo a fazer coisas giras para os papás verem, principalmente porque já assisti a várias crises de choro do meu mais velho nestas situações, e mesmo quando não choram eu sei que eles estão ultra desconfortáveis por estar ali. Tudo bem.
No entanto, se não é para ver a minha filha fofinha vestida de anjo ou de árvore de Natal, o que raio vou eu fazer à escola na festa de Natal? Pois.
E depois vem a pior parte. É que é suposto sermos nós, pais, a organizar a festa. Se é teatro, se é fantoches, se são canções de Natal.
E pronto, já temos aqui um e-mail entre todos os pais, uns que surgem com ideias giras, outros que só querem complicar a coisa e fazer 1001 coisas XPTO (quando digo pais vocês sabem que são as mães que estão todas no excitex com isto, não sabem?)
E andamos nisto. Dia 5 de Outubro e a malta toda animada a planear o Natal. Oh well...
O que é que eu respondo?
"Peço desculpa, mas sofro de um mal que é a ultimadahorite aguda, pelo que só lá para o dia 1 de Dezembro (quando começa de facto o Natal) é que vou ter uma ideia genial."
Acham muito mal??
Este ano na escola da minha mais nova vai haver uma novidade na festa de Natal. Em vez de serem as crianças a representar para os pais, vão ser os pais a representar para os filhos (mas sssshhhh não digam nada porque é segredo).
Ora... muitas coisas me vieram à cabeça.
Em primeiro lugar, acho que faz todo o sentido. Detesto a ideia dos macaquinhos de circo a fazer coisas giras para os papás verem, principalmente porque já assisti a várias crises de choro do meu mais velho nestas situações, e mesmo quando não choram eu sei que eles estão ultra desconfortáveis por estar ali. Tudo bem.
No entanto, se não é para ver a minha filha fofinha vestida de anjo ou de árvore de Natal, o que raio vou eu fazer à escola na festa de Natal? Pois.
E depois vem a pior parte. É que é suposto sermos nós, pais, a organizar a festa. Se é teatro, se é fantoches, se são canções de Natal.
E pronto, já temos aqui um e-mail entre todos os pais, uns que surgem com ideias giras, outros que só querem complicar a coisa e fazer 1001 coisas XPTO (quando digo pais vocês sabem que são as mães que estão todas no excitex com isto, não sabem?)
E andamos nisto. Dia 5 de Outubro e a malta toda animada a planear o Natal. Oh well...
O que é que eu respondo?
"Peço desculpa, mas sofro de um mal que é a ultimadahorite aguda, pelo que só lá para o dia 1 de Dezembro (quando começa de facto o Natal) é que vou ter uma ideia genial."
Acham muito mal??
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
A Solange
Pois aqui está ela, a Solange do Vale Tudo, de 1988 ou 89.
Era jornalista, moderna e gira, vivia com um amigo e tratavam-se por "cherrie", era independente, tinha imenso estilo e... usava uma franja recta, bem por cima das sobrancelhas.
Desde então, franja à Solange é isso - toda a direito e bem curtinha.
Fica a explicação.
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
O dilema
O meu mais velho tem um amigo na escola nova que gosta de touradas.
E diz-me:
"oh mãe, eu também gosto de touradas, mas não se atacam animais, pois não?"
E diz-me:
"oh mãe, eu também gosto de touradas, mas não se atacam animais, pois não?"
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
terça-feira, 30 de setembro de 2014
A galinha
Galinha que é galinha gosta de chegar à escola nova e de ver o filho a brincar com outros meninos. Gosta de o ver integrado, a fazer novos amigos.
Galinha que é galinha também gosta de ver o sobrinho, que também está numa escola nova, a fazer novos amigos. E até solta um "ah, que amor!" quando vê o sobrinho a atravessar a rua com os colegas novos à vinda da praia.
Mesmo que esse sobrinho seja barbudo e tatuado e tenha 18 anos.
É que já me vejo a achar o máximo ele ir almoçar com os colegas de trabalho aos 30 anos.
Só me falta é cacarejar, senhores. Acreditem.
(e eu que achava que era tãããoooo cool. Não sou, pá. Mesmo.)
Galinha que é galinha também gosta de ver o sobrinho, que também está numa escola nova, a fazer novos amigos. E até solta um "ah, que amor!" quando vê o sobrinho a atravessar a rua com os colegas novos à vinda da praia.
Mesmo que esse sobrinho seja barbudo e tatuado e tenha 18 anos.
É que já me vejo a achar o máximo ele ir almoçar com os colegas de trabalho aos 30 anos.
Só me falta é cacarejar, senhores. Acreditem.
(e eu que achava que era tãããoooo cool. Não sou, pá. Mesmo.)
Ser um modelo para os nossos filhos
Estou de manhã a beber um café e diz-me a mais nova:
"Quando eu for grande como tu também vou beber café. E também vou cozinhar naquela mánica (máquina = yammi). E também vou andar de carro e vou ao centro comercial."
Really?
De todas as coisas absolutamente fantásticas que eu sou, ela escolhe cozinhar na yammi e ir ao centro comercial??
Eu leio, tenho conversas interessantes, faço caminhadas, vou a museus, farto-me de fazer actividades giras com eles e pois que é isto que ela retem.
Bonito.
(eu nem sabia que ela conhecia o conceito de centro comercial. Sou tããããooo inocente)
"Quando eu for grande como tu também vou beber café. E também vou cozinhar naquela mánica (máquina = yammi). E também vou andar de carro e vou ao centro comercial."
Really?
De todas as coisas absolutamente fantásticas que eu sou, ela escolhe cozinhar na yammi e ir ao centro comercial??
Eu leio, tenho conversas interessantes, faço caminhadas, vou a museus, farto-me de fazer actividades giras com eles e pois que é isto que ela retem.
Bonito.
(eu nem sabia que ela conhecia o conceito de centro comercial. Sou tããããooo inocente)
Trabalhar com companhia II
(continuação deste post)
Os de hoje fazem menos barulho (porque já estão a pintar), mas falam numa lingua estranha e eu não percebo nada.
Pensando bem se calhar até é melhor.
Os de hoje fazem menos barulho (porque já estão a pintar), mas falam numa lingua estranha e eu não percebo nada.
Pensando bem se calhar até é melhor.
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
Pais de 4 por um dia
E conseguimos sair de casa para ir para a praia o dia todo antes das 10h da manhã.
Somos os máiores.
E, coincidência ou não, havia várias famílias com mais de 3 filhos (ou sobrinhos, não sei) na praia a essa hora.
Na véspera foram dormir quase à meia-noite, e de manhã acordaram lá para as 7h da matina. Fomos para a praia o dia todo e quando começou a chegar a hora da birra porque estavam podres, foi hora de devolver duas crias às respectivas progenitoras.
Ficámos a aturar as birras de 2, e voltámos à normalidade.
Foi giro e sobrevivemos (todos). Podemos repetir.
Somos os máiores.
E, coincidência ou não, havia várias famílias com mais de 3 filhos (ou sobrinhos, não sei) na praia a essa hora.
Na véspera foram dormir quase à meia-noite, e de manhã acordaram lá para as 7h da matina. Fomos para a praia o dia todo e quando começou a chegar a hora da birra porque estavam podres, foi hora de devolver duas crias às respectivas progenitoras.
Ficámos a aturar as birras de 2, e voltámos à normalidade.
Foi giro e sobrevivemos (todos). Podemos repetir.
sábado, 27 de setembro de 2014
Pre-teen?
"Ainda bem que tens cá uma adolescente para te ajudar."
Diz a minha afilhada de 7 anos.
Sete.
Diz a minha afilhada de 7 anos.
Sete.
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
Generation gap
Há uma franja muito pequena que reconhece esta frase, que acerta em cheio na minha geração - pouco mais velhos e pouco mais novos já não fazem ideia do que estou a falar.
Lembrei-me dela por causa de um grupo que supostamente está na berra, os D.A.M.A., e claro, em casa dos meus pais com irmãs mais velhas, primas e sobrinhos mais novos, fiquei a rir sozinha de mim mesma. Ninguém percebeu. Nem o Tê.
E a célebre frase era:
"Tens Levis de dama?"
Não me deixem ficar mal, malta! Quem se lembra?
Lembrei-me dela por causa de um grupo que supostamente está na berra, os D.A.M.A., e claro, em casa dos meus pais com irmãs mais velhas, primas e sobrinhos mais novos, fiquei a rir sozinha de mim mesma. Ninguém percebeu. Nem o Tê.
E a célebre frase era:
"Tens Levis de dama?"
Não me deixem ficar mal, malta! Quem se lembra?
Uma questão de segurança
Foi um tema que surgiu nas férias com as minhas irmãs, e que agora está a dar que falar na blogoesfera - a questão do risco/segurança com que estamos a educar as nossas crianças.
Sendo mãe de crianças pequenas ainda não posso falar muito, não sei se vou conseguir deixar as minhas crias irem sozinhas para a escola, ou brincar longe da minha vista num espaço público. Mas sei que as minhas memórias de infância mais fixes passam exactamente por esses momentos longe da vista dos adultos.
Sobre este assunto, um verdadeiro "eye opener" para mim foi este artigo: The overprotected kid .
O filho de uma amiga deu este verão um passo em frente na sua liberdade/responsabilidade, e passou a ir à mercearia da terra sozinho.
O João Miguel Tavares no seu Pais de Quatro tem lançado um debate interessante, neste post, neste, neste e neste e também na caixa de comentários. Leiam e vejam os vídeos.
Nunca fui mãe de ir atrás quando caem, nem de ficar aflita quando se magoam, por outro lado acho que se tiver de lhes acontecer alguma coisa (porque não os podemos proteger de tudo) que não seja por algo que eu pudesse evitar.
Até onde o que é melhor para eles é também o melhor para mim?
Sendo mãe de crianças pequenas ainda não posso falar muito, não sei se vou conseguir deixar as minhas crias irem sozinhas para a escola, ou brincar longe da minha vista num espaço público. Mas sei que as minhas memórias de infância mais fixes passam exactamente por esses momentos longe da vista dos adultos.
Sobre este assunto, um verdadeiro "eye opener" para mim foi este artigo: The overprotected kid .
O filho de uma amiga deu este verão um passo em frente na sua liberdade/responsabilidade, e passou a ir à mercearia da terra sozinho.
O João Miguel Tavares no seu Pais de Quatro tem lançado um debate interessante, neste post, neste, neste e neste e também na caixa de comentários. Leiam e vejam os vídeos.
Nunca fui mãe de ir atrás quando caem, nem de ficar aflita quando se magoam, por outro lado acho que se tiver de lhes acontecer alguma coisa (porque não os podemos proteger de tudo) que não seja por algo que eu pudesse evitar.
Até onde o que é melhor para eles é também o melhor para mim?
Nomes da moda
O meu pai em conversa com o meu mais velho, a tentar adivinhar os nomes dos meninos da escola nova.
Há algum Ricardo? E Vanessa? Sandra? Patrícia?
Parece-me que alguém parou de tentar adivinhar nomes nos anos 80.
Há algum Ricardo? E Vanessa? Sandra? Patrícia?
Parece-me que alguém parou de tentar adivinhar nomes nos anos 80.
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
Trabalhar com companhia
Uma das coisas que me queixo de trabalhar em casa é o estar sempre sozinha.
Queixo? Queixava!
Pois que estão a pintar o nosso prédio, e desde 2ª feira que tenho sempre 1 ou 2 homens enfiados aqui na varanda a fazer buracos, tapar buracos e coisas que tais. E fazem um barulho desgraçado, e quando não fazem barulho assobiam e andamos nisto.
E sinto-me assim uma espécie de peixinho no aquário, a trabalhar muito quietinha em frente ao computador, e eles a assistir.
E só queria era estar sozinha outra vez, claro...
Queixo? Queixava!
Pois que estão a pintar o nosso prédio, e desde 2ª feira que tenho sempre 1 ou 2 homens enfiados aqui na varanda a fazer buracos, tapar buracos e coisas que tais. E fazem um barulho desgraçado, e quando não fazem barulho assobiam e andamos nisto.
E sinto-me assim uma espécie de peixinho no aquário, a trabalhar muito quietinha em frente ao computador, e eles a assistir.
E só queria era estar sozinha outra vez, claro...
terça-feira, 23 de setembro de 2014
Mãe
Mas que mania têm as pessoas que tomam conta dos meus filhos, de me tratarem por mãe?
Entro na escola "olá mãe", vou busca-lo ao ATL "boa tarde, mãe", já na maternidade as enfermeiras me tratavam por mãe!
Mãe? Está tudo doido?
Ainda que fosse mãe do A ou do B, ou mãe Mary, ainda vá mas só mãe acho ridículo.
E não me venham com histórias de que são muitas mães e muitos meninos e é mais prático, porque eu sei que não andam lá a tratar as crianças todas por "filho".
Entro na escola "olá mãe", vou busca-lo ao ATL "boa tarde, mãe", já na maternidade as enfermeiras me tratavam por mãe!
Mãe? Está tudo doido?
Ainda que fosse mãe do A ou do B, ou mãe Mary, ainda vá mas só mãe acho ridículo.
E não me venham com histórias de que são muitas mães e muitos meninos e é mais prático, porque eu sei que não andam lá a tratar as crianças todas por "filho".
domingo, 21 de setembro de 2014
E ao fim de 5 dias na escola...
... o rapaz aparece com piolhos pela primeira vez.
Enfim.
(e quem conseguiu ler este post sem coçar a cabeça ganha o prémio!)
Enfim.
(e quem conseguiu ler este post sem coçar a cabeça ganha o prémio!)
quinta-feira, 18 de setembro de 2014
Poucas são as coisas que invejo nos outros
...(ah ah ah esta frase dita assim é tão politicamente correcta, claro que invejo mil coisas nos outros, mas é tudo inveja da boa, não se preocupem)
... dizia eu que são poucas as coisas que eu invejo nos outros, principalmente nas outras mães, mas há uma que foge à regra: invejo profundamente a capacidade e possibilidade de acordar antes de toda a gente, e fazerem coisas com calma e terem tudo pronto quando a casa desperta e poderem tratar dos filhos em exclusivo porque o resto, lá está, já foi tratado antes.
Para começar sou tudo menos uma morning person, admito. Mas até faria um esforço, porque acho que compensaria, mas depois tenho uma filhachata de sono leve, que acorda ao mínimo som que ouça pela casa, e claro, vem ter comigo toda rabugenta porque não dormiu tudo.
E o duche tranquilo com a casa em silencio transforma-se no duche em stress com uma miúda aos berros que quer colo do outro lado da cortina.
Enfim.
... dizia eu que são poucas as coisas que eu invejo nos outros, principalmente nas outras mães, mas há uma que foge à regra: invejo profundamente a capacidade e possibilidade de acordar antes de toda a gente, e fazerem coisas com calma e terem tudo pronto quando a casa desperta e poderem tratar dos filhos em exclusivo porque o resto, lá está, já foi tratado antes.
Para começar sou tudo menos uma morning person, admito. Mas até faria um esforço, porque acho que compensaria, mas depois tenho uma filha
E o duche tranquilo com a casa em silencio transforma-se no duche em stress com uma miúda aos berros que quer colo do outro lado da cortina.
Enfim.
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
A tecnologia
A estudar para o meu novo desafio profissional e dou por mim a usar em simultâneo o tablet, o portátil e ainda vou deitando o olho ao telemóvel.
Quando fiz o mestrado - para não falar na licenciatura que foi há mais tempo - nem tinha ligação à internet em casa...
(sou mesmo dinossáurica, pá...)
Quando fiz o mestrado - para não falar na licenciatura que foi há mais tempo - nem tinha ligação à internet em casa...
(sou mesmo dinossáurica, pá...)
A pressa do tempo
As semanas de férias passam a correr, as semanas passam normalmente a correr, mas não esta primeira semana de escola nova.
Parece que entrou há séculos, e ainda só lá foi 3 dias...
(e eu cá, estava pronta para ir de férias outra vez)
Parece que entrou há séculos, e ainda só lá foi 3 dias...
(e eu cá, estava pronta para ir de férias outra vez)
Pais de 1ª viagem
A gente pensa que lá por já sermos pais há quase 5 anos até estamos a ficar experientes nestas coisas da parentalidade, mas depois... somos uns verdadeiros maçaricos.
O mais velho entrou na escola pública, e na reunião deram-nos a lista do material. Meia dúzia de coisecas, nada de especial, tudo dentro dos conformes. O rapaz precisava ainda de uma lancheira, para levar o lanche para a escola, claro está, e precisavamos também de comprar um presente para uma sobrinha.
Sábado ao final do dia, lembro que estava um dia de chuva, lá fomos nós cantando e rindo, a um centro comercial.
Tudo ok, nem parecia estar muito cheio.
Até entrarmos no continente e nos depararmos com um fenómeno que desconheciamos por completo e que se chama: REGRESSO ÀS AULAS!!! Assim, em maiúsculas e tudo.
Parecia Natal. Ou pior que Natal.
Meio continente está atulhado de tudo quanto há para a escola dos petizes. Livros, mochilas, canetas, réguas de todos os tipos, e gente, senhores, gente e mais gente por todos os lados. E como se trata de escolher o material, o que faz esta gente (como nós - ah que inocentes!)? Leva os putos atrás para escolherem as cenas. E os putos, como se sabe, fazem birras, e correm, e gritam, e remexem em tudo.
O horror, senhores. O ho-rr-o-r.
Foi entrar, dar meia volta e sair outra vez.
E ao sair, de mãos a abanar, só pensavamos "como é que fomos cair nesta?".
A sério... como se só o nosso filho tivesse começado a escola. Só nós é que tinhamos uma lista de material para comprar.
Que verdinhos...
Sempre a aprender, malta. Sempre.
O mais velho entrou na escola pública, e na reunião deram-nos a lista do material. Meia dúzia de coisecas, nada de especial, tudo dentro dos conformes. O rapaz precisava ainda de uma lancheira, para levar o lanche para a escola, claro está, e precisavamos também de comprar um presente para uma sobrinha.
Sábado ao final do dia, lembro que estava um dia de chuva, lá fomos nós cantando e rindo, a um centro comercial.
Tudo ok, nem parecia estar muito cheio.
Até entrarmos no continente e nos depararmos com um fenómeno que desconheciamos por completo e que se chama: REGRESSO ÀS AULAS!!! Assim, em maiúsculas e tudo.
Parecia Natal. Ou pior que Natal.
Meio continente está atulhado de tudo quanto há para a escola dos petizes. Livros, mochilas, canetas, réguas de todos os tipos, e gente, senhores, gente e mais gente por todos os lados. E como se trata de escolher o material, o que faz esta gente (como nós - ah que inocentes!)? Leva os putos atrás para escolherem as cenas. E os putos, como se sabe, fazem birras, e correm, e gritam, e remexem em tudo.
O horror, senhores. O ho-rr-o-r.
Foi entrar, dar meia volta e sair outra vez.
E ao sair, de mãos a abanar, só pensavamos "como é que fomos cair nesta?".
A sério... como se só o nosso filho tivesse começado a escola. Só nós é que tinhamos uma lista de material para comprar.
Que verdinhos...
Sempre a aprender, malta. Sempre.
terça-feira, 16 de setembro de 2014
O dia sem rede
Literal e metaforicamente.
No mesmo dia que dei mais um passo (o mais definitivo até agora) para me lançar no precipício sem rede que vai ser a minha vida profissional, veio o senhor retirar as redes das varandas cá de casa (porque vão pintar o prédio).
Dá assim uma certa sensação de liberdade.
Literal e metaforicamente.
quinta-feira, 11 de setembro de 2014
Roleta russa das amêndoas
A minha alteração de hábitos alimentares inclui a ingestão de frutos secos em determinadas ocasiões.
Esta semana comprei amêndoas na feira aqui da zona (numa banca que vende tudo, todas as sementes, bagas, frutos secos que possam imaginar). Havia nacional e importada, e eu, claro, optei pela nacional. O senhor alertou-me que ambas eram boas, mas que na nacional poderá haver uma ou outra amêndoa amarga. Eu, que gosto de viver perigosamente, aceitei o desafio.
E pronto, a hora do lanche é uma roleta russa, ganhou toda uma nova dimensão.
Parece que estou a comer "pimientos de Padrón, que unos pican y otros no".
Esta semana comprei amêndoas na feira aqui da zona (numa banca que vende tudo, todas as sementes, bagas, frutos secos que possam imaginar). Havia nacional e importada, e eu, claro, optei pela nacional. O senhor alertou-me que ambas eram boas, mas que na nacional poderá haver uma ou outra amêndoa amarga. Eu, que gosto de viver perigosamente, aceitei o desafio.
E pronto, a hora do lanche é uma roleta russa, ganhou toda uma nova dimensão.
Parece que estou a comer "pimientos de Padrón, que unos pican y otros no".
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
Sabes que a tua casa nunca, mas nunca entrará numa revista de decoração
Quando ao rever as fotografias do telemóvel páras numa que tiraste com certeza sem querer, e pensas:
"Que sítio para crianças seria este? Um ATL? Uma escolinha?".
E não.
Era mesmo a nossa sala.
"Que sítio para crianças seria este? Um ATL? Uma escolinha?".
E não.
Era mesmo a nossa sala.
1ª reunião de pais na escola pública
Foi ontem.
Conhecemos a directora pedagógica, a educadora e a auxiliar.
Conhecemos também alguns pais. Falam-nos do projecto educativo e das coisas práticas, a lancheira, dois chapéus, uma fotografia para por na sala.
Quanto ao resto, ao que é verdadeiramente importante... vamos ver ao longo do ano.
Não há escolas perfeitas, não há mesmo.
Espero que esta seja perfeita para ele.
Conhecemos a directora pedagógica, a educadora e a auxiliar.
Conhecemos também alguns pais. Falam-nos do projecto educativo e das coisas práticas, a lancheira, dois chapéus, uma fotografia para por na sala.
Quanto ao resto, ao que é verdadeiramente importante... vamos ver ao longo do ano.
Não há escolas perfeitas, não há mesmo.
Espero que esta seja perfeita para ele.
terça-feira, 9 de setembro de 2014
Coisas que não me fazem sentido
Por razões alheias à minha vontade, já aqui disse que este ano de 2014 está a ser rico em experiências... diferentes. Daquelas que nos mudam por dentro, mas que passavamos melhor sem elas (isto é para não dizerem que não sou optimista, caramba, até estou orgulhosa de mim pela maneira que encontrei de dizer que este ano está a ser uma grande bosta e que muito pouca coisa boa tem acontecido. Adiante).
Algumas dessas experiências incluem visitas mais ou menos frequentes ao serviço de oncologia do Hospital de Sta Maria - não, não é nada comigo, e por isso não falo mais neste assunto.
E pronto, é toda uma realidade paralela, o que ali se passa e se vê. E se me faz muita, muita confusão os senhores e senhoras que vejo, ainda maior confusão me faz ver jovens (porque ali não há crianças, que disso então nem se fala). E pior que jovens, jovens com deficiência. Ora bolas, caraças, um rapaz que não tem uma perna ou uma rapariga totalmente imobilizada da cintura para baixo, e com várias deficiências aparentes, não têm já a sua cota parte de sofrimento? É mesmo preciso passarem por isto?? E eu olho para aqueles pais, que nem consigo descrever o estado em que se encontram, e penso "isto é justo?".
Eu até me considero uma pessoa que vê sempre o copo meio cheio, mas caraças que esta vida às vezes é uma grande merda.
Algumas dessas experiências incluem visitas mais ou menos frequentes ao serviço de oncologia do Hospital de Sta Maria - não, não é nada comigo, e por isso não falo mais neste assunto.
E pronto, é toda uma realidade paralela, o que ali se passa e se vê. E se me faz muita, muita confusão os senhores e senhoras que vejo, ainda maior confusão me faz ver jovens (porque ali não há crianças, que disso então nem se fala). E pior que jovens, jovens com deficiência. Ora bolas, caraças, um rapaz que não tem uma perna ou uma rapariga totalmente imobilizada da cintura para baixo, e com várias deficiências aparentes, não têm já a sua cota parte de sofrimento? É mesmo preciso passarem por isto?? E eu olho para aqueles pais, que nem consigo descrever o estado em que se encontram, e penso "isto é justo?".
Eu até me considero uma pessoa que vê sempre o copo meio cheio, mas caraças que esta vida às vezes é uma grande merda.
domingo, 7 de setembro de 2014
Obrigada S.Pedro
Por, depois das 1000 previsões de chuva para este domingo, teres proporcionado uma manhã de praia fantástica, com a praia quase só para nós.
Tantas e tantas vezes que fazemos planos de ir à praia e depois afinal está a chover, que por uma vez acontecer o inverso soube mesmo bem.
Tantas e tantas vezes que fazemos planos de ir à praia e depois afinal está a chover, que por uma vez acontecer o inverso soube mesmo bem.
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
Mudanças
Eu na iminência de mudar de trabalho.
O mais velho a entrar numa escola nova.
O Tê vai (oficialmente) deixar de fumar.
Dizem os livros, e as pessoas que encontro na rua, que estava na altura da mais nova deixar a chucha, mas acho que vai ficar para depois.
Não é que ela não esteja preparada (que não está, mas pronto) mas é que tem de haver alguém a manter a sanidade mental cá em casa.
O mais velho a entrar numa escola nova.
O Tê vai (oficialmente) deixar de fumar.
Dizem os livros, e as pessoas que encontro na rua, que estava na altura da mais nova deixar a chucha, mas acho que vai ficar para depois.
Não é que ela não esteja preparada (que não está, mas pronto) mas é que tem de haver alguém a manter a sanidade mental cá em casa.
Decisões, decisões
Que os deuses me dêem clarividência para distinguir o certo do errado, o arriscado do estúpido, o possível do impossível.
E que depois me dêem força de seguir em frente, por mais errada, estúpida e impossível que seja a decisão tomada.
E que depois me dêem força de seguir em frente, por mais errada, estúpida e impossível que seja a decisão tomada.
Descoberta recente
Descobri-os através do spotify, nunca tinha ouvido falar nem falei com ninguém sobre estes Chvrches. O início da música, a parte instrumental, o tom de voz da menina não têm nada a ver comigo, mas no geral, gosto imenso desta música e de outras também.
Tudo uma questão de abertura de horizontes.
Tudo uma questão de abertura de horizontes.
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
1 de Setembro, 2ª feira
Se isto não é um dia propício a tomar boas resoluções, não sei o que será...
Hoje já 3 pessoas me comentaram que foram/vão retomar/iniciar o exercício físico (ginásio e corrida).
E vocês, de que estão à espera?
(e eu, que não preciso nada destes incentivos para tomar decisões importantes, até sou mulher para fazer uma Cindy Crawford - Shape your body ao fim do dia...)
Hoje já 3 pessoas me comentaram que foram/vão retomar/iniciar o exercício físico (ginásio e corrida).
E vocês, de que estão à espera?
(e eu, que não preciso nada destes incentivos para tomar decisões importantes, até sou mulher para fazer uma Cindy Crawford - Shape your body ao fim do dia...)
domingo, 31 de agosto de 2014
Soltas das férias
- baixar as expectativas continua a dar resultado. Foi tudo combinado à última, com o que se pode arranjar, e correu tudo muito bem.
- não se deixem enganar pelo que ouvem por aí - ainda há sítios do Algarve onde se consegue estar muito bem, a escassos metros da maior multidão - é um fenómeno que não percebo, mas pronto... estivemos numa das praias mais populosas do Algarve com vários metros de areal por nossa conta, apenas porque andámos uns 200 metros na areia depois de acabar a passadeira. Parece que as pessoas gostam é de andar em cima umas das outras, mesmo havendo opção.
- o meu mais velho, coisa mai linda, aprendeu a nadar quase quase oficialmente - à cão, mas com a cabeça de fora, que no fundo, é o que importa.
- ter primos da nossa idade é das melhores coisas que a vida tem para nos oferecer. Eu tenho muitos e com eles passei muitas férias, e é do melhor ver os meus filhos a ter essa oportunidade também.
- uma pessoa nota que tem uma certa idade quando dorme numa cama antiga com colchão de espuma e fica à rasca das costas
- ter sobrinhos adolescentes é outro dos presentes que a vida me deu (ou as minhas irmãs, vá) que permitem animação permanente nas férias: jogos ao serão (charadas e comédia à la carte), canções tocadas à viola, jogos de tabuleiro variados, cartas. Sim, eles também passam o seu tempo agarrados ao telemóvel, mas não todo o tempo.
- ficámos fãs de fazer férias mais repartidas, 1 semana em Julho e 2 em Agosto, em vez de 3 semanas seguidas como no ano passado
- dito isto, era bem capaz de voltar a ir de férias outra vez, mas pronto... para o ano há mais.
Regresso
O regresso das férias é sempre doloroso, mesmo quando a rentreé se avizinha com algumas mudanças.
Logo vos contarei, quando as mesmas se verificarem de facto.
Logo vos contarei, quando as mesmas se verificarem de facto.
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
Férias!!!
E pois que parece que estamos na altura delas outra vez!
Ora então fiquem bem e até ao meu regresso!
Poupo-vos às fotozinhas do pé descalço à beira mar, na borda da piscina, alçado na esplanada com um livro no regaço. Não digam que não sou vossa amiga.
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
Não se pode fugir ao que se é
Ai caraças, que isto é tão verdade...
Por um lado, andamos a vida toda a tentar descobrir quem somos e sem chegar a lado nenhum.
Coisas que detestávamos passamos a gostar, outras que nem imaginávamos passam a fazer parte do dia a dia.
Depois... há aquela coisa que nunca muda.
No meu primeiro dia da 1ª classe a professora mandou pintar um palhacinho em casa, eu esqueci-me e tive de o pintar à pressa já na hora de ir para a cama.
E assim se resume toda a minha vida escolar, até sair da faculdade - fazer tudo à pressa, na véspera de entregar. Nada, repito, nada planeado, feito com antecedência.
No mestrado, já mulher feita e a trabalhar - mais do mesmo.
10 anos depois, mãe de filhos, casa inteira para organizar, meto-me a fazer trabalho de investigação.
E quando é que faço as coisas? Isso mesmo madrugada fora, na véspera da entrega.
Ele há coisas que nunca mudam mesmo!
Por um lado, andamos a vida toda a tentar descobrir quem somos e sem chegar a lado nenhum.
Coisas que detestávamos passamos a gostar, outras que nem imaginávamos passam a fazer parte do dia a dia.
Depois... há aquela coisa que nunca muda.
No meu primeiro dia da 1ª classe a professora mandou pintar um palhacinho em casa, eu esqueci-me e tive de o pintar à pressa já na hora de ir para a cama.
E assim se resume toda a minha vida escolar, até sair da faculdade - fazer tudo à pressa, na véspera de entregar. Nada, repito, nada planeado, feito com antecedência.
No mestrado, já mulher feita e a trabalhar - mais do mesmo.
10 anos depois, mãe de filhos, casa inteira para organizar, meto-me a fazer trabalho de investigação.
E quando é que faço as coisas? Isso mesmo madrugada fora, na véspera da entrega.
Ele há coisas que nunca mudam mesmo!
segunda-feira, 11 de agosto de 2014
Ter um filho que gosta de números
É, além de deveras estranho, estar a trabalhar e tê-lo a contar ao meu lado.
158, 159, 160...
De vez em quando perde-se, depois encontra-se e continua.
É muito mau eu colocar os headphones??
158, 159, 160...
De vez em quando perde-se, depois encontra-se e continua.
É muito mau eu colocar os headphones??
domingo, 10 de agosto de 2014
Agosto, malta, estamos em A-gos-to
Eu sei que até tem estado de chuva, ou nevoeiro, e que este verão tem sido pouco veranesco mas hoje já me deparei com a) coleção regresso às aulas no continente (vómito) e b) ideias de decoração de halloween no fb (vómito maior).
Já me estou a preparar para os anúncios de Natal que devem estar aí a aparecer daqui a nada.
Já me estou a preparar para os anúncios de Natal que devem estar aí a aparecer daqui a nada.
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
Sair do quarto ao lado
Que é como um amigo meu chamou a esta nova fase, em que me preparo para deixar o emprego fixo em casa pela incógnita de ser free-lancer.
Tem-me feito tão bem. Os sítios onde já estive, as coisas que descobri e aprendi, e principalmente as pessoas com quem tenho tido contacto.
Desde o voluntariado no museu (que entretanto tive de abandonar), à formação que estou a fazer por um lado, ao trabalho de investigação que estou a fazer por outro, tenho sido tão bem recebida que só me faz lamentar não me ter metido nisto mais cedo.
Não fazia mal nenhum ser apenas isto que levo deste ano de 2014, mas não, quis o destino que este ano viesse carregadinho de coisas negativas para algumas pessoas muito próximas (e por isso não conto nada aqui, porque não é nada directamente comigo), mas isso ainda me faz dar mais valor a estas oportunidades.
Porque no meio desta confusão toda, eu estou mesmo contente com isto, caraças!
Tem-me feito tão bem. Os sítios onde já estive, as coisas que descobri e aprendi, e principalmente as pessoas com quem tenho tido contacto.
Desde o voluntariado no museu (que entretanto tive de abandonar), à formação que estou a fazer por um lado, ao trabalho de investigação que estou a fazer por outro, tenho sido tão bem recebida que só me faz lamentar não me ter metido nisto mais cedo.
Não fazia mal nenhum ser apenas isto que levo deste ano de 2014, mas não, quis o destino que este ano viesse carregadinho de coisas negativas para algumas pessoas muito próximas (e por isso não conto nada aqui, porque não é nada directamente comigo), mas isso ainda me faz dar mais valor a estas oportunidades.
Porque no meio desta confusão toda, eu estou mesmo contente com isto, caraças!
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
terça-feira, 5 de agosto de 2014
Nova fase
É mesmo oficial que temos o nosso mais velho no ensino público.
Não sabíamos bem onde ver as colocações, mas lá encontrámos a lista no site da câmara municipal.
Ver o nome dele no meio das centenas de outros meninos foi uma emoção. Pensar que aquele nome não existia há tão pouquinho tempo, e agora já está ele num site oficial, todo importante.
Ontem já recebemos a carta em papel, e a convocatória para a primeira reunião de pais.
Ele está feliz, porque vai para a escola dos crescidos, que tem um campo de futebol e onde anda o seu amigo mais antigo.
Eu só quero que ele apanhe uma boa educadora, que nesta fase é o que faz toda a diferença.
Vai ser toda uma nova realidade, à qual nos teremos de adaptar a partir de Setembro.
Não sabíamos bem onde ver as colocações, mas lá encontrámos a lista no site da câmara municipal.
Ver o nome dele no meio das centenas de outros meninos foi uma emoção. Pensar que aquele nome não existia há tão pouquinho tempo, e agora já está ele num site oficial, todo importante.
Ontem já recebemos a carta em papel, e a convocatória para a primeira reunião de pais.
Ele está feliz, porque vai para a escola dos crescidos, que tem um campo de futebol e onde anda o seu amigo mais antigo.
Eu só quero que ele apanhe uma boa educadora, que nesta fase é o que faz toda a diferença.
Vai ser toda uma nova realidade, à qual nos teremos de adaptar a partir de Setembro.
domingo, 3 de agosto de 2014
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Cumprimentos
A brincar, a brincar, já não trabalho (a sério) no mercado português há quase 9 anos.Durante esse tempo, trabalhei sempre em inglês ou espanhol.
Agora estou finalmente a dar os primeiros passos para voltar a trabalhar na minha área, o que tem implicado contactos profissionais via e-mail, em português.
E percebo que... não sei escrever e-mails profissionais na minha própria língua!
Para começar detesto usar o "Caro..." pelo que opto pelo "Bom dia" ou "Boa tarde", mas se calha (e calha muitas vezes) de escrever o e-mail à noite não me parece muito correcto escrever "Boa noite"...
Depois, não sei se me despeça com "melhores cumprimentos", se só com "cumprimentos". E quando passa essa barreira mais formal despeço-me como? Com "beijinhos"?? "Até breve"?
Fico mesmo sem saber...
Digam lá a esta ex-emigrante, como começam e terminam os vossos e-mails de trabalho??
Agora estou finalmente a dar os primeiros passos para voltar a trabalhar na minha área, o que tem implicado contactos profissionais via e-mail, em português.
E percebo que... não sei escrever e-mails profissionais na minha própria língua!
Para começar detesto usar o "Caro..." pelo que opto pelo "Bom dia" ou "Boa tarde", mas se calha (e calha muitas vezes) de escrever o e-mail à noite não me parece muito correcto escrever "Boa noite"...
Depois, não sei se me despeça com "melhores cumprimentos", se só com "cumprimentos". E quando passa essa barreira mais formal despeço-me como? Com "beijinhos"?? "Até breve"?
Fico mesmo sem saber...
Digam lá a esta ex-emigrante, como começam e terminam os vossos e-mails de trabalho??
terça-feira, 29 de julho de 2014
Um resumo das férias
Ou uma lista das coisas a reter para férias futuras.
(já disse o quanto adoro o verão? adoro mesmo, caraças!)
- Estas férias só os 4 são essenciais e prioritárias
- Uma semana em Julho sabe que nem ginjas, porque sabemos que em Agosto temos mais férias, e sabe mesmo mesmo bem
- Este ano, aprendendo comigo mesma em relação aos meus anos, resolvi baixar as expectativas ao mínimo - resultado: férias que superaram as expectativas ao máximo! Muito fixe! Não ia com a fisgada de fazer isto e aquilo e o outro, nem que iam ser os melhores dias do ano, e por isso consegui fazer mais coisas do que imaginava, e sim, foram os melhores dias do ano até agora.
- Ignorei o relógio completamente. Um grande factor de stress nas férias passadas era a pressa em ir para a praia, em ter tudo pronto para sair de casa e aproveitar a praia ao máximo. Esquece. O pequeno-almoço também são férias, o vestir e arranjar tudo também são férias, pelo que demorámos o tempo que quisemos e colámos cromos, fizemos pulseiras de elásticos, vimos tv os 4 e contámos histórias, sem olhar para o relógio. Resultado: nunca conseguimos ir para a praia de manhã (que verdade seja dita, devia estar maravilhosa), mas foi o preço a pagar por 0 stress. Balanço positivo.
- Simplifiquei na alimentação, e quebrei todas as regras vigentes durante o ano. Não fiz nem levei sopa (nós e a sopinha, é uma grande pancada...), durante o dia eles comeram o que quiseram, apenas ao jantar houve comida de jeito (prato e salada), de resto, quando quiseram bolachas comeram, houve bolas de berlim e gelados quando lhes apeteceu. Correu tudo muito bem, mas cheguei à conclusão que tenho de continuar com a mão de ferro na alimentação deles o resto do ano, porque principalmente o mais velho quanto mais doces come, mais doces quer, e mesmo ao fim de 7 dias de liberdade, continua a pedir doces ao mesmo ritmo - pensei que fosse acalmar ao tornar os doces banais, mas não.
- Tb resolvi dar liberdade quanto à tv - em casa vêem 10 minutos por dia, à noite, ali deixei-os ligar a tv de manhã e ver o que queriam até sairmos de casa. Tb aqui aprendi a lição de que tenho de continuar com a mão de ferro, pq apesar de se fartarem de ver, continuaram a querer ver mais e mais, e havia sempre uma mini-birra na hora de desligar a tv e ir para a praia...
- A compra das férias foi o corta-vento. Maravilhoso. Estávamos há anos para comprar mas nunca calhou, no primeiro dia de praia estava vento na hora do calor/da sesta, e eles, claro, sem conseguir dormir. Pegámos nas coisas e fomos à cidade comprar o dito (enquanto eles dormiam no carro). Melhor compra de sempre.
- Esta até parecia de principiante, mas esqueci-me totalmente de levar o repelente de mosquitos. Resultado: na primeira noite servimos todos de refeição a várias famílias de mosquitos... até eu, que costumo escapar, não me safei...
(já disse o quanto adoro o verão? adoro mesmo, caraças!)
segunda-feira, 28 de julho de 2014
O primeiro passo...
... para um novo começo. Foi hoje (e gostei tanto).
Agora depende de mim fazer com que as coisas se desenrolem e aconteçam.
(tão bom)
(e depois se voltem a desenrolar e a acontecer outra e outra vez, mas só se pode dar um passo de cada vez, certo?)
Agora depende de mim fazer com que as coisas se desenrolem e aconteçam.
(tão bom)
(e depois se voltem a desenrolar e a acontecer outra e outra vez, mas só se pode dar um passo de cada vez, certo?)
domingo, 27 de julho de 2014
Pronto, pronto...
... já cá estou.
Descansada, bronzeada, revigorada com os melhores mergulhos de sempre, mas com uma grande moca nesta cabeça, que isto de regressar de férias tem muito que se lhe diga.
(andamos a fazer tudo tão ao contrário, as férias deviam ser tão maiores... enfim.)
Descansada, bronzeada, revigorada com os melhores mergulhos de sempre, mas com uma grande moca nesta cabeça, que isto de regressar de férias tem muito que se lhe diga.
(andamos a fazer tudo tão ao contrário, as férias deviam ser tão maiores... enfim.)
sexta-feira, 18 de julho de 2014
Da passarada
Correram muito bem as entrevistas, e os pássaros já cá cantam!
Agora aguardo um período de formação, e depois se tudo correr bem hei-de lançar-me no precipício com os meus passarinhos na mão, e esperar que as asas tenham força para me fazer levantar voo.
Sim, nos dias que correm trocar um emprego estável com contrato permanente, ainda mais a partir de casa, pela incerteza constante de trabalhar como freelancer (sendo que não temos cá nenhuma herança nem poupança rechonchuda a forrar o fundo do precipício) pode ser considerado uma loucura. Mas chega a um ponto na nossa vida em que a nossa felicidade e sanidade mental vale mais do que o nosso salário.
E este foi o momento.
Trabalhar em casa foi bom, mas já não é há muito tempo.
Não nestes moldes, em que tenho horário fixo, não posso gerir o meu tempo nem sequer ficar com eles em casa quando estão doentes.
Foi bom e muito prático por muitas razões, mas chega um ponto em que o silêncio da casa, a solidão, aliados a um trabalho que não me preenche, tudo me começou a pesar cada vez mais e mais. E por muito tempo fui aguentando, e deixando-me estar, por preguiça, por conforto, por alguma incapacidade de sair da zona de conforto, lá está.
Eu mesma tento ensinar-me a minha própria lição de quando fui para a Holanda, de que somos donos do nosso destino, e que somos sempre capazes de mudar de rumo por muito que nos digam que não. Eu acredito muito nisto, mas uma coisa é ter 27 anos e outra é ter 36 e dois filhos... Com dois filhos pela mão fica mais difícil levantar voo - ou bem que as asas são mesmo fortes, ou bem que lá em baixo tem de haver uma rede de segurança.
Ou então, tem de haver uma grande fé de que vai correr tudo bem. E há.
E vai correr tudo bem.
Agora aguardo um período de formação, e depois se tudo correr bem hei-de lançar-me no precipício com os meus passarinhos na mão, e esperar que as asas tenham força para me fazer levantar voo.
Sim, nos dias que correm trocar um emprego estável com contrato permanente, ainda mais a partir de casa, pela incerteza constante de trabalhar como freelancer (sendo que não temos cá nenhuma herança nem poupança rechonchuda a forrar o fundo do precipício) pode ser considerado uma loucura. Mas chega a um ponto na nossa vida em que a nossa felicidade e sanidade mental vale mais do que o nosso salário.
E este foi o momento.
Trabalhar em casa foi bom, mas já não é há muito tempo.
Não nestes moldes, em que tenho horário fixo, não posso gerir o meu tempo nem sequer ficar com eles em casa quando estão doentes.
Foi bom e muito prático por muitas razões, mas chega um ponto em que o silêncio da casa, a solidão, aliados a um trabalho que não me preenche, tudo me começou a pesar cada vez mais e mais. E por muito tempo fui aguentando, e deixando-me estar, por preguiça, por conforto, por alguma incapacidade de sair da zona de conforto, lá está.
Eu mesma tento ensinar-me a minha própria lição de quando fui para a Holanda, de que somos donos do nosso destino, e que somos sempre capazes de mudar de rumo por muito que nos digam que não. Eu acredito muito nisto, mas uma coisa é ter 27 anos e outra é ter 36 e dois filhos... Com dois filhos pela mão fica mais difícil levantar voo - ou bem que as asas são mesmo fortes, ou bem que lá em baixo tem de haver uma rede de segurança.
Ou então, tem de haver uma grande fé de que vai correr tudo bem. E há.
E vai correr tudo bem.
quinta-feira, 17 de julho de 2014
Tanta roupa...
... e nada de jeito para vestir.
Com estas entrevistas e voluntariado em pleno Julho, reparo que não tenho roupa de trabalho de verão.
Na Holanda é sempre inverno, quando lá vou as calças de ganga adequam-se sempre. Agora, quando que as levo para Lisboa quase derreto...
Trabalhar em casa tem destas coisas.
Isto lembra-me um episódio que se passou há dois ou três verões.
Depois de um dia intensíssimo de trabalho com 40 graus à sombra, eu podre de cansada e cheia de stress, fui com a mais nova à pediatra.
Pergunta-me ela quando me vê "Ah! Está de férias??"
E eu com o ar mais alucinado, cansado e stressado do mundo disse que não e não percebi a pergunta.
Só depois reparei que estava de vestidinho de praia e havaianas...
Com estas entrevistas e voluntariado em pleno Julho, reparo que não tenho roupa de trabalho de verão.
Na Holanda é sempre inverno, quando lá vou as calças de ganga adequam-se sempre. Agora, quando que as levo para Lisboa quase derreto...
Trabalhar em casa tem destas coisas.
Isto lembra-me um episódio que se passou há dois ou três verões.
Depois de um dia intensíssimo de trabalho com 40 graus à sombra, eu podre de cansada e cheia de stress, fui com a mais nova à pediatra.
Pergunta-me ela quando me vê "Ah! Está de férias??"
E eu com o ar mais alucinado, cansado e stressado do mundo disse que não e não percebi a pergunta.
Só depois reparei que estava de vestidinho de praia e havaianas...
Coisas em que sou profundamente tuga
Férias requerem grelhador e jantares de peixe grelhado ou churrascada.
Coisas em que sou profundamente tradicional/conservadora (beta, vá) no que toca à criançada
- as meninas pequenas usam cabelo curto (acima dos ombros)
- os rapazes usam cabelo "à rapaz"
- as meninas até aos 8 ou 9 anos não se vestem de preto
- os rapazes até terem idade para escolher a roupa, não se vestem de cor-de-rosa
- os rapazes não usam sandálias
quarta-feira, 16 de julho de 2014
Ainda e sempre o co-sleeping (raios pá, que nunca mais acaba!)
Aquele momento em que já nem te apercebes quem está ou não está na cama. De repente estás a sonhar e dás um pontapé numa coisa, sem perceber o que é.
A coisa cai da cama abaixo, bate com a cabeça na mesa de cabeceira, e chora perdidamente.
E tu, mesmo sem saber bem o que aconteceu, só pensas "será que é desta que ela deixa de vir cá parar a meio da noite??"
Mas não.
A coisa cai da cama abaixo, bate com a cabeça na mesa de cabeceira, e chora perdidamente.
E tu, mesmo sem saber bem o que aconteceu, só pensas "será que é desta que ela deixa de vir cá parar a meio da noite??"
Mas não.
Liberté, égalité, fraternité
Mãe licenciada em História da Arte, e filho que adora ouvir histórias verdadeiras.
No dia 14 de Julho, contei-lhe a história da Revolução Francesa. De como o rei era tão, mas tão rico, e o povo (o polvo? não, o povo) era tão pobre, pobre, pobre que um dia decidiu que não aguentava mais e invadiu o palácio e matou o rei e a rainha!
Resposta-pergunta dele:
"E depois, mãe? O povo é que ficou Rei?"
(Ver estas cabeças a funcionar é para lá de delicioso!)
No dia 14 de Julho, contei-lhe a história da Revolução Francesa. De como o rei era tão, mas tão rico, e o povo (o polvo? não, o povo) era tão pobre, pobre, pobre que um dia decidiu que não aguentava mais e invadiu o palácio e matou o rei e a rainha!
Resposta-pergunta dele:
"E depois, mãe? O povo é que ficou Rei?"
(Ver estas cabeças a funcionar é para lá de delicioso!)
terça-feira, 15 de julho de 2014
O engate
Almoço numa esplanada de uma escola artística em Lisboa.
Ao meu lado um rapaz e uma rapariga em plena fase de engate.
Ele, feioso e gabarolas, de t-shirt de alças e barbicha mal amanhada, dizia umas piadolas secas e metia os pés pelas mãos de vez em quando.
Ela, mais caladinha e discreta, não percebi se estava a ir na conversa dele ou nem por isso.
Passado um bocado, entraram.
Quando fui pagar ele estava sentado ao piano, a tocar maravilhosamente.
Ela completamente a seus pés.
Nailed it.
Ao meu lado um rapaz e uma rapariga em plena fase de engate.
Ele, feioso e gabarolas, de t-shirt de alças e barbicha mal amanhada, dizia umas piadolas secas e metia os pés pelas mãos de vez em quando.
Ela, mais caladinha e discreta, não percebi se estava a ir na conversa dele ou nem por isso.
Passado um bocado, entraram.
Quando fui pagar ele estava sentado ao piano, a tocar maravilhosamente.
Ela completamente a seus pés.
Nailed it.
domingo, 13 de julho de 2014
sábado, 12 de julho de 2014
2 casamentos e 1 baptizado
... em menos de 1 mês, e o resultado é estarem os dois a brincar no quarto e a cantarolar:
"Hossana, hossana, hossana nas alturas..."
"Hossana, hossana, hossana nas alturas..."
Ainda a passarada
... que anda aqui a sobrevoar.
O resultado é que esta semana tenho não uma, mas duas entrevistas de emprego.
Duas entrevistas em menos de 24 horas é inédito.
(e o que eu aguardei que me chamassem, senhores)
Começar dois empregos na mesma semana é que já não é inédito.
Aconteceu-me na Holanda.
Comecei um trabalho em Rotterdam na 2ª feira, e na 3ª ligaram-me a dizer que uma empresa a que eu tinha ido à entrevista me aceitava. Vim embora na 3ª, na 4ª fiz anos (28), e na 5ª apresentei-me em Hoofddorp para começar na empresa onde estou até hoje. True story.
Portanto, esta semana toca a torcer aqui por esta vossa bloguista, que se tudo for pelo melhor este blog vai ser ainda mais interessante.
Aguardemos.
O resultado é que esta semana tenho não uma, mas duas entrevistas de emprego.
Duas entrevistas em menos de 24 horas é inédito.
(e o que eu aguardei que me chamassem, senhores)
Começar dois empregos na mesma semana é que já não é inédito.
Aconteceu-me na Holanda.
Comecei um trabalho em Rotterdam na 2ª feira, e na 3ª ligaram-me a dizer que uma empresa a que eu tinha ido à entrevista me aceitava. Vim embora na 3ª, na 4ª fiz anos (28), e na 5ª apresentei-me em Hoofddorp para começar na empresa onde estou até hoje. True story.
Portanto, esta semana toca a torcer aqui por esta vossa bloguista, que se tudo for pelo melhor este blog vai ser ainda mais interessante.
Aguardemos.
terça-feira, 8 de julho de 2014
A esperança é a última a morrer*
Pelo que se o meu marido diz que vai deixar de fumar, eu acredito e confio que sim.
Mesmo que ele tenha comprado um saco de 25 saquetas de filtros numa papelaria em liquidação total.
Cada saqueta tem à volta de 150 filtros.
Mas ele diz que vai deixar de fumar, e eu, pronto, acredito.
E aguardo, pacientemente.
*porque com certeza não fuma, claro.
Mesmo que ele tenha comprado um saco de 25 saquetas de filtros numa papelaria em liquidação total.
Cada saqueta tem à volta de 150 filtros.
Mas ele diz que vai deixar de fumar, e eu, pronto, acredito.
E aguardo, pacientemente.
*porque com certeza não fuma, claro.
Fingers crossed II
Um dos pássaros já o mandei ao ar a ver se ele volta.
Já não está nas minhas mãos. Agora é esperar a resposta.
Isto é quase a saca-rolhas, mas eu chego lá. E ainda este ano.
(que é para salvar a honra do convento de 2014 e concretizar a minha profecia de que este ano vai ser em grande!)
Já não está nas minhas mãos. Agora é esperar a resposta.
Isto é quase a saca-rolhas, mas eu chego lá. E ainda este ano.
(que é para salvar a honra do convento de 2014 e concretizar a minha profecia de que este ano vai ser em grande!)
segunda-feira, 7 de julho de 2014
Quase equivalente a ser vegetariano em 1995
No serviço educativo do museu onde faço voluntariado, uma rapariga que se ia embora resolveu comprar um bolo na cafetaria, para festejar o seu último dia.
Era um cheesecake com molho de frutos vermelhos, uma especialidade da casa, dizem que o melhor cheesecake de Lisboa e arredores.
E eu vivi aquele momento em que, com toda a gente em roda de prato e colher na mão, recuso uma fatia do famoso bolo, e sinto toda a gente a olhar para mim de soslaio. E quando explico que não como açucar habitualmente, senti-me o próprio do bicho raro na montra do zoo...
Não me alonguei em explicações exactamente porque estava toda a gente a enfardar bolo como se não houvesse amanhã, mas foi a primeira vez que senti na pele a estranheza no olhar dos outros de ser "aquela que não come açucar".
Era um cheesecake com molho de frutos vermelhos, uma especialidade da casa, dizem que o melhor cheesecake de Lisboa e arredores.
E eu vivi aquele momento em que, com toda a gente em roda de prato e colher na mão, recuso uma fatia do famoso bolo, e sinto toda a gente a olhar para mim de soslaio. E quando explico que não como açucar habitualmente, senti-me o próprio do bicho raro na montra do zoo...
Não me alonguei em explicações exactamente porque estava toda a gente a enfardar bolo como se não houvesse amanhã, mas foi a primeira vez que senti na pele a estranheza no olhar dos outros de ser "aquela que não come açucar".
quinta-feira, 3 de julho de 2014
Blogs na tv
Sendo eu uma blogger de sucesso desde 2007, pois que resolvi experimentar ver o programa "A Minha Vida dava um Blog".
Digo experimentar porque não consegui ver mais do que os primeiros minutos.
Que falta de interesse senhores. Só se for para angariar novos leitores que estejam alheios ao que se passa na blogoesfera porque para quem anda por aqui não houve nada de nada de novo.
Que falta de interesse, senhores.
Digo experimentar porque não consegui ver mais do que os primeiros minutos.
Que falta de interesse senhores. Só se for para angariar novos leitores que estejam alheios ao que se passa na blogoesfera porque para quem anda por aqui não houve nada de nada de novo.
Que falta de interesse, senhores.
Fingers crossed
Eu sei que mais vale um pássaro na mão que dois a voar, mas eu ando aqui com dois pássaros a voar (talvez três) e caraças se pelo menos um deles não me vem parar às mãos.
Podem vir os dois (ou três), que até se complementam bastante bem e eu chego para todos.
Podem vir os dois (ou três), que até se complementam bastante bem e eu chego para todos.
quarta-feira, 2 de julho de 2014
Quase adultos uma ova
Já tenho uma colega de trabalho nascida nos anos 90.
Sim, já tive outros colegas bem novinhos, até mais novos do que esta quando entraram na empresa, mas tinham todos nascido nos 80's...
Sim, já tive outros colegas bem novinhos, até mais novos do que esta quando entraram na empresa, mas tinham todos nascido nos 80's...
Aquele momento...
... em que vais ver um filme de adolescentes e já não te identificas com a adolescente, mas sim com a sua mãe.
terça-feira, 1 de julho de 2014
Dizer bem
Já aqui disse muito bem do SNS, que continuo a defender com unhas e dentes, mas hoje permitam-me dizer bem de um pormenor do grupo CUF.
Podia dizer bem de 1001 coisas, pois graças ao seguro de saúde temos várias consultas lá (oftalmologista, clínica geral, o Tê tirou lá o apêndice, para dar uns exemplos), mas o pormenor que faz toda a diferença a uma pessoa como eu é que mandam uma sms a lembrar que temos consulta - na véspera e no próprio dia.
Excelente.
Amanhã tenho consulta no alergologista, e garanto-vos que se não fosse o lembrete eu não ia aparecer.
Podia dizer bem de 1001 coisas, pois graças ao seguro de saúde temos várias consultas lá (oftalmologista, clínica geral, o Tê tirou lá o apêndice, para dar uns exemplos), mas o pormenor que faz toda a diferença a uma pessoa como eu é que mandam uma sms a lembrar que temos consulta - na véspera e no próprio dia.
Excelente.
Amanhã tenho consulta no alergologista, e garanto-vos que se não fosse o lembrete eu não ia aparecer.
segunda-feira, 30 de junho de 2014
Ainda o Mundial
Este ano, pela primeira vez em muitos anos, não vi nenhum jogo da selecção no Mundial.
Pura e simplesmente não me apeteceu, não achei que valesse a pena.
Sempre tinha ouvido que o país parava para ver os jogos da selecção, mas deixem-me que vos diga que tal não é verdade.
Fiz várias coisas durante os jogos achando que estariam às moscas... e nada.
Salas de espera do médico à pinha, filas no supermercado, trânsito na estrada.
E ninguém muito preocupado com isso.
Pura e simplesmente não me apeteceu, não achei que valesse a pena.
Sempre tinha ouvido que o país parava para ver os jogos da selecção, mas deixem-me que vos diga que tal não é verdade.
Fiz várias coisas durante os jogos achando que estariam às moscas... e nada.
Salas de espera do médico à pinha, filas no supermercado, trânsito na estrada.
E ninguém muito preocupado com isso.
terça-feira, 24 de junho de 2014
Eu no "A culpa (não) é sempre da mãe"
Pois, caros leitores, quem me segue há algum tempo sabe que uma das coisas que me acompanha desde o dia em que fui mãe pela 1ª vez (talvez antes, mesmo) é a culpa.
Toda a gente me falou das fraldas e das noites sem dormir, e das birras e da falta de tempo.
Ninguém me avisou da culpa.
E eu acho que tem sido das coisas com que mais me tem custado lidar.
Não sei se se lembram deste meu episódio, que é, até hoje, o meu post mais lido de todos.
Na altura o episódio virou entrevista pela mão da jornalista Sónia Morais Santos, e tive a oportunidade de contar a todo o país a história de como a minha obstinação fez com que o meu sonho caísse por terra (que é uma maneira bonita de dizer que andei a falar das minhas maminhas a todo o Portugal, mas pronto). Na altura a entrevista foi sob o ponto de vista do excesso de informação a que estamos sujeitos enquanto pais, e de como isso às vezes traz resultados desastrosos.
No entanto, a culpa que sinto em relação ao episódio - por minha culpa o meu filho não mamou até mais tarde, não tenham dúvidas disso - não passou despercebida e quando a Sónia resolveu escrever um livro sobre o tema voltou a contactar-me para poder incluir a minha história.
E é assim, meus amigos, que na página 66 têm a minha contribuição (pequenina) no pequeno-grande livro "A culpa (não) é sempre da mãe".
Se ainda não o leram não deixem de o fazer .
Lê-se num fôlego, e está tão, mas tão bem escrito.
Partindo da sua própria culpa de mãe, a Sónia vai dando exemplos de outras mães, como nós, que carregam a culpa nos ombros. E alterna os testemunhos mais leves (onde se inclui o meu), com outros de cortar a respiração. Isto de ser mãe tem mesmo muito que se lhe diga.
Eu só vos digo que ri, chorei e chorei a rir com o livro. Foi uma montanha russa de emoções.
E não consigo por em palavras o profundo orgulho que sinto por ver a minha pequenina história ao lado do testemunho de grandes mulheres, que viveram histórias incríveis mas souberam lidar com a culpa e ser mães excepcionais.
Que orgulho, senhores, que orgulho!
Um blog e uma revista até podem ser passageiros, mas um livro? Caramba, um livro fica para sempre!
Obrigada, Sónia. Um obrigada do tamanho da minha culpa :)
Toda a gente me falou das fraldas e das noites sem dormir, e das birras e da falta de tempo.
Ninguém me avisou da culpa.
E eu acho que tem sido das coisas com que mais me tem custado lidar.
Não sei se se lembram deste meu episódio, que é, até hoje, o meu post mais lido de todos.
Na altura o episódio virou entrevista pela mão da jornalista Sónia Morais Santos, e tive a oportunidade de contar a todo o país a história de como a minha obstinação fez com que o meu sonho caísse por terra (que é uma maneira bonita de dizer que andei a falar das minhas maminhas a todo o Portugal, mas pronto). Na altura a entrevista foi sob o ponto de vista do excesso de informação a que estamos sujeitos enquanto pais, e de como isso às vezes traz resultados desastrosos.
No entanto, a culpa que sinto em relação ao episódio - por minha culpa o meu filho não mamou até mais tarde, não tenham dúvidas disso - não passou despercebida e quando a Sónia resolveu escrever um livro sobre o tema voltou a contactar-me para poder incluir a minha história.
E é assim, meus amigos, que na página 66 têm a minha contribuição (pequenina) no pequeno-grande livro "A culpa (não) é sempre da mãe".
Se ainda não o leram não deixem de o fazer .
Lê-se num fôlego, e está tão, mas tão bem escrito.
Partindo da sua própria culpa de mãe, a Sónia vai dando exemplos de outras mães, como nós, que carregam a culpa nos ombros. E alterna os testemunhos mais leves (onde se inclui o meu), com outros de cortar a respiração. Isto de ser mãe tem mesmo muito que se lhe diga.
Eu só vos digo que ri, chorei e chorei a rir com o livro. Foi uma montanha russa de emoções.
E não consigo por em palavras o profundo orgulho que sinto por ver a minha pequenina história ao lado do testemunho de grandes mulheres, que viveram histórias incríveis mas souberam lidar com a culpa e ser mães excepcionais.
Que orgulho, senhores, que orgulho!
Um blog e uma revista até podem ser passageiros, mas um livro? Caramba, um livro fica para sempre!
Obrigada, Sónia. Um obrigada do tamanho da minha culpa :)
A ilusão da imagem
Mais uma vez esta coisa da imagem partilhada no FB, que é coisa que tem tanto que se lhe diga.
Uma ex-colega do colégio, que não vejo há 20 anos, praí.
Tal como eu, tem filhos com 1 ano e meio de diferença, tendo o mais novo agora 6 meses.
As fotos do 2º aniversário da filha mais velha parecem saídas de uma revista.
Ela linda. A festa impecável. Tudo a condizer, os meninos vestidos à altura do acontecimento. Ela, repito, linda, magra, bem penteada e maquilhada, com ar de ter tudo no lugar.
Eu, que já estive na situação (de ter filhos com estas idades) sei como me senti, e como estava eu nessa fase. Linda (como o sol), descabelada e gorda. (Mas muito feliz, atenção.)
Não partilhei fotos dos 2 anos do meu mais velho, porque não faz o meu estilo, mas eis o que iriam ver: eu gorda e esbaforida, a tentar adormecer a mais nova (que, guess what, não adormeceu até que todos saíssem de casa), a mais nova de pijama (porque ia dormir, lá está), o mais velho vestido impecavelmente mas de capacete do Noddy, o melhor bolo de chocolate do mundo (o verdadeiro, feito pela minha irmã) meio desfeito, com bonecos do Noddy espetados, todos os convidados com rosetas e suados porque a minha casa fica muito quente quando está muita gente, e a família, graçasaosdeuses, é grande.
E eu a sentir como se tudo me escapasse, a tentar ter controlo nas coisas, e a fingir que consigo ser tudo - mãe e anfitriã de festas - e sem conseguir fazer coisa nenhuma.
Será que ela também se sente assim?
Será que as fotos são no fundo, uma ilusão?
Será que eu se tivesses fotos assim, sem suor na testa nem pneu a sair das calças, nem miúdos despenteados, também as partilharia?
Fica a questão...
Uma ex-colega do colégio, que não vejo há 20 anos, praí.
Tal como eu, tem filhos com 1 ano e meio de diferença, tendo o mais novo agora 6 meses.
As fotos do 2º aniversário da filha mais velha parecem saídas de uma revista.
Ela linda. A festa impecável. Tudo a condizer, os meninos vestidos à altura do acontecimento. Ela, repito, linda, magra, bem penteada e maquilhada, com ar de ter tudo no lugar.
Eu, que já estive na situação (de ter filhos com estas idades) sei como me senti, e como estava eu nessa fase. Linda (como o sol), descabelada e gorda. (Mas muito feliz, atenção.)
Não partilhei fotos dos 2 anos do meu mais velho, porque não faz o meu estilo, mas eis o que iriam ver: eu gorda e esbaforida, a tentar adormecer a mais nova (que, guess what, não adormeceu até que todos saíssem de casa), a mais nova de pijama (porque ia dormir, lá está), o mais velho vestido impecavelmente mas de capacete do Noddy, o melhor bolo de chocolate do mundo (o verdadeiro, feito pela minha irmã) meio desfeito, com bonecos do Noddy espetados, todos os convidados com rosetas e suados porque a minha casa fica muito quente quando está muita gente, e a família, graçasaosdeuses, é grande.
E eu a sentir como se tudo me escapasse, a tentar ter controlo nas coisas, e a fingir que consigo ser tudo - mãe e anfitriã de festas - e sem conseguir fazer coisa nenhuma.
Será que ela também se sente assim?
Será que as fotos são no fundo, uma ilusão?
Será que eu se tivesses fotos assim, sem suor na testa nem pneu a sair das calças, nem miúdos despenteados, também as partilharia?
Fica a questão...
GPS
O meu mais velho, do alto dos seus 4 anos, tem um sentido de orientação muito, mas muito maior do que o meu.
O rapaz não perde o norte, esteja onde estiver.
Já eu, enfim, ou bem que sigo os caminhos de sempre ou então meus amigos, é ver-me a andar em círculos.
"Estamos a andar em círculos" já é, aliás, frase recorrente no carro.
Muitas vezes me perco no caminho, mas claro, acabo sempre por me encontrar. Ele, por enquanto, ainda fica maravilhado, "ena mãe, como fizeste esta magia? Nunca tinha estado nesta rua!"
Tão fofinho, e que jeito me vai dar este GPS daqui a um tempo.
Não dava para vir também com o chip da arrumação?
O rapaz não perde o norte, esteja onde estiver.
Já eu, enfim, ou bem que sigo os caminhos de sempre ou então meus amigos, é ver-me a andar em círculos.
"Estamos a andar em círculos" já é, aliás, frase recorrente no carro.
Muitas vezes me perco no caminho, mas claro, acabo sempre por me encontrar. Ele, por enquanto, ainda fica maravilhado, "ena mãe, como fizeste esta magia? Nunca tinha estado nesta rua!"
Tão fofinho, e que jeito me vai dar este GPS daqui a um tempo.
Não dava para vir também com o chip da arrumação?
segunda-feira, 23 de junho de 2014
Porreiro, pá
Uma pessoa tira 2 dias de férias no início do verão e leva com aviso amarelo em todo o território nacional.