quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Pedimos desculpa pela interrupção

A emissão segue dentro de momentos.

Imagens de Inverno

Estalactites na nossa varanda
(e estão assim há dias sem derreter)



Lagos do Rembrandtpark gelados
(este é o parque que eu atravesso todos os dias para ir para a estação)






Ora bem, isto em cima da bicicleta às 8h da manhã... até dói!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Sempre ouvi a minha mãe dizer "quem te deu licença para crescer?"

Agora apetece-me a mim dizer - ó sobrinhada da minha vida ( do meu sangue e do meu coração), quem vos deu licença para crescer assim??

Eu não fui.
Comecei a trabalhar no Museu já a J. estava um bocadinho grávida. Muitas vezes saí do Museu para a acompanhar ao médico ou às ecografias, ou para irmos aos saldos da roupa de bebé .

Amanhã a M. vai pela primeira vez participar nas actividades do Museu.
É um ciclo que se fecha, do qual eu estranhamente me excluí. Bonito bonito seria eu estar lá para a receber...
Não estou. Outros dias virão.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Resumo do dia

Stress, desilusões, muitos telefonemas, chamadas urgentes, falta de tempo, falta de paciência e mais stress, 1000 emails. Pasta caseira ao almoço, chocolates deliciosos a meio da tarde, umas boas gargalhadas, um GRANDE presente de Natal. Uma boleia para casa, trânsito, mais conversas, algum reconhecimento talvez.

E finalmente a paz. 2 graus negativos lá fora.
Sofá, manta quentinha, boa música, à espera do T.
Quando ele chegar vamos abrir o presente de Natal.

Afinal nem foi um dia mau de todo.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Graduados abandonam Portugal

Esta é a experiência do Alex.

Em breve a minha experiência na primeira pessoa.

Um excelente blog para quem pensa sair de Portugal.

FARTA

Estou mesmo FARTA de trabalhar numa empresa grande, onde o que interessa são lucros, vendas, segredos comerciais e sei lá mais o quê!
Não fui feita para isto!
Se eu quisesse saber dessas coisas tinha tirado economia, ou não??
BLAGH!

domingo, 16 de dezembro de 2007

Tentações de Natal


Poffertjes na Rembrandtplein
(panquecas pequeninas)

Wafels na Rembrandtplein


Oliebollen na Leidseplein
(tradução literal=bolas de óleo; farturas em forma de bola típicas do Natal e fim de ano holandês)

Inverno no Vondel






(esta árvore era assim há umas semanas atrás)

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Está assim digamos que frescote...

(confirmar aqui)

100

Este é o meu post nº 100!

Quem diria que eu ia ter 100 coisas para escrever, ãh?

Depois não digam que eu sou uma pessoa 100 assunto!
(cheia de sentido de humor - sexta-feira!)

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

E depois de um dia como o de ontem...

...recebo hoje por acaso um mail com esta frase:

"Today is the tomorrow you worried about yesterday. Was it worth it?"
Mahatma Gandhi

A minha resposta é: Não!

Lição aprendida e siga para bingo.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Apesar de tudo

...o meu dia até começou bastante bem.
Tem estado imenso frio, mas hoje de manhã quando passei pelo parque estava tudo branquinho. Não era neve mas geada, e tanta que o efeito geral era o mesmo. E havia assim uma neblina junto à superfície da água do lago.
Lindo.

Dia de cão

Uma mega asneirada no trabalho.
Só me apetecia desaparecer, fugir, dizer que estou doente. Sair dali.
Um dia daqueles...

Valeu chegar a casa, aninhar no sofá e ter a surpresa do T. que não só chegou mais cedo como passou no supermercado para comprar jantar.

Sabem aquelas crianças que se magoam e só choram em frente aos pais? Assim sou eu.
(como naquela tira da "Mafalda")

Sou assim, mas sou uma pessoa cheia de sorte. Tenho sempre um ombro quando preciso.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Constatação parva sobre o meu próprio blog

Gosto de escrever por tópicos.

Ficam a saber.

Natal II

Constatações parvas sobre o Natal:

  • o Natal é para sempre...o stress, as compras, os embrulhos: a tendência é para piorar ao longo dos anos. Ou eu muito me engano ou esta azáfama (adoro esta palavra) se vai repetir até ao fim da vida (espero chegar a uma altura em que vou ter alguém que se preocupe com isso por mim). A título meramente informativo aqui vai outra palavra que eu adoro e que tem tudo a ver com esta época também. "afazeres".
  • de onde vem a regra de que temos de ser nós mulheres a organizar/comprar/embrulhar os presentes? DE ONDE??? Se há casa onde as tarefas são divididas é esta, mas no que toca ao assunto Natal os dados andam viciados para o meu lado. E em todas as casas que eu conheço é igual, excepto, justiça seja feita, na casa dos meus pais onde a tarefa pode dizer-se que é bem dividida. De resto é SEMPRE a mulher que organiza, e quando o homem contribui foi porque a mulher orientou. Então e a paz e a solidariedade da época e tal e tal?
  • quem faz anos na altura do Natal leva com um presente não só embrulhado com papel de Natal (of course) mas também com uma etiqueta com o nome! No resto do ano não é preciso pôr etiqueta no presente de anos, mas nesta altura tem mesmo de ser - a diferença com o Natal é que na etiqueta está escrito Parabéns!
  • comprei dois papéis de embrulho lindos de morrer no Hema que além de caros são pequenos (3 presentes por rolo), e descubro agora que têm a capacidade de descolar a fita cola sozinhos. Fantástico. Este ano vão presentes com mega doses de fita cola, ok?
  • neste país não conheço nenhuma loja que faça embrulhos como deve ser... a mais simples caixa sai da loja com mega doses extra de papel desnecessário, fita-cola mal colada (que não é o mesmo que mega doses, que eu ponho muita mas bem coladinha que nem se nota), papel amachucado...um desastre. Minha opinião: fazem de propósito para ninguém embrulhar na loja. É que só pode. Parece que estão a gozar.
  • Um dispensador de fita cola é um objecto de primeira necessidade nestas alturas

Qual o seu momento mais feliz de 2007?

E inspirada nesta frase, que surgiu no msn há umas semanas atrás, arrisco fazer aqui um apanhado dos meus momentos felizes de 2007.
Ainda não me tinha apercebido, mas foram bastantes. Eu sei que ainda faltam 20 dias para o fim do ano, mas a lista pode sempre ser actualizada. A ordem é completamente aleatória (ligeiramente cronológica):
  • quando soube que a M. vinha para casa - saber que ela já conseguia respirar e comer fora da caixinha transparente, dos fios e das máquinas, e que podia ir para casa como todos os bebés, e claro, poder fazê-lo antes do meu regresso, com direito a vir para o meu colo. Poder cheira-la aninhada nos meus braços foi o meu melhor momento de 2007.
  • quando peguei ao colo ao A. pela primeira vez - tive uma sensação super estranha: estava cheia de saudades dele, apesar de nunca o ter visto. Se eu acreditasse nessas coisas diria que ele já foi meu sobrinho noutras vidas. De certeza que aquele momento foi um reencontro.
  • o dia em que o V. nasceu - o V. povoa o meu imaginário desde a infância, porque é filho da minha amiga mais antiga, desde a 4ª classe. Nunca fomos muito de brincar às mães (era mais aos escritórios - sempre modernaças e independentes!), mas volta e meia tínhamos conversas sobre o futuro e falávamos dos nomes que poríamos aos nossos filhos, e o filho dela seria sempre V. E é. Num dia estamos a convencer as nossas mães para nos deixar ir dormir a casa uma da outra, e no outro ela é casada e é mãe.
  • a minha chegada surpresa nos anos da A. - a minha primeira amiga a fazer 30 anos. Ouvir a vozinha dela "Mary" quando abriu a porta.
  • a festa-surpresa da A. - e saber que todos juntos conseguimos fazer uma surpresa a sério. Aqueles minutos de pura expectativa às escuras antes da chegada. Foi mesmo giro.
  • quando a C. chegou de surpresa -não só ver a reacção do T. quando viu a irmã no aeroporto, mas vê-la depois a correr em direcção ao G. - não me esqueço dessa imagem, momentos antes do reencontro, parecia um filme (até acho que se ouviu música e tudo, mas se calhar foi só mesmo na minha cabeça).
  • quando nos mudámos para Amsterdam - para esta casa linda que eu adoro e que se pudesse levava comigo para qualquer parte do mundo. Vir para Amsterdam foi uma nova etapa, foi um mundo novo que se abriu.
  • quando o T. começou a trabalhar - a recompensa depois de vários meses de procura.
  • o dia do casamento do D. - a minha memória mais antiga, a primeira coisa de que tenho uma recordação é de estar na casa na Manta Rota, junto ao portão, com o D. na cadeirinha de bebé, à espera de ver passar os "memés". Quando entrei na igreja e o vi no papel do noivo senti um nó na garganta...mas ele pediu "não chores, por favor!" (que nestas coisas é efeito dominó, começa um e vem tudo atrás), e eu fiz o melhor que pude (chorei quando não estava com ele!).

E a banda sonora do momento é...

Amy Winehouse em Back to Black.

Muito bom.

Quem não conhece clique aqui. Esta é uma das minhas preferidas.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Ainda sobre o Sinterklaas

Hoje é o dia de se ir embora.
Diz que as crianças cantam canções de despedida (e há mesmo quem chore).

Diz que o cavalo do Sinterklaas tem de ser branco.

Diz que os Zwarten Pieten são pretos porque:
a) são turcos (também não percebi esta)
b) são os meninos que se portaram mal e por isso ficaram pretos (altamente sugestivo)
c) estão sujos de passar na chaminé

Diz a tradição que no dia 5 se dão presentes pequenos e simbólicos, e feitos em casa, e que nesse dia se fazem poemas em família dedicados ao Sinterklaas.

Diz que aos holandeses lhes faz confusão chegar a Espanha e não haver Sinterklaas, nem nada que se pareça, nem que nunca ninguém tenha ouvido falar nele.

Diz também que ninguém sabe muito bem quais destas versões são correctas, no fundo ninguém sabe de onde veio a história e as suas personagens.
Diz que é um mistério que fica por resolver.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Hoje é dia de...

Sinterklaas!

O Sinterklaas, acompanhado pelos Zwarte Pieten, vem de Espanha de barco, e chega ao porto de Rotterdam a meados de Novembro. Vai visitando várias cidades da Holanda até ao dia 5 de Dezembro.

Hoje é o dia em que muitas crianças recebem os seus presentes no sapatinho - apenas as que se portam bem, pois as que se portam mal são metidas dentro do saco e levadas para Espanha até ao próximo ano (como a História destes países se cruza e se confunde!).

Os Zwarte Pieten são mouros e fazem diabruras , mas ajudam o Sinterklaas a dar os presentes.

Algumas famílias têm a tradição de deixar um presente no sapatinho desde hoje até ao Natal - pode ser apenas uma maçã ou uma mola da roupa, ou um brinquedo a sério, mas todos os dias há qualquer coisa.

A partir de amanhã já vai ser menos Natal nas lojas - deixa de haver o Natal-dos-presentes-e-das-crianças para haver apenas o Natal-das-decorações-e-da-festa.

Lamentavelmente não é feriado nacional, que esta malta não se deixa convencer com essas coisas... Sinterklaas sim, presentes sim, mas toca a ir para a escola e para o trabalho, que o país não pára por causa disso.

Para nós estrangeiros tudo isto é completamente estranho e pitoresco.
Os Zwarten Pieten parecem palhacinhos e são assustadores, e o Sinterklaas como tão bem descreveu o meu amigo L. "essa mistura de pai-natal com Bento XVI" não nos convence.
Temos pena...

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Nunca na minha vida como agora precisei tanto de FÉRIAS!

(ando podre, a arrastar-me pelos cantos e a pagar caro o facto de ter tido férias pela última vez em 2005 - eu sei, eu sei que há quem ande muito mais cansado e quem não tenha férias há 5 anos e quem não durma uma noite inteira há 10, whatever... não me faz sentir menos cansada)

Aquela história de que o sol dá energia? Trust me, é verdade.
Ah e tal e este ano até fui umas vezes a Portugal - salvo raras excepções o stress foi maior no regresso do que na ida. Curiosamente, ou talvez não, as últimas vezes foram menos stressantes - é a voz da experiência a fazer-se ouvir.

Anyway, como já só faltam 18 dias para as férias fica já aqui uma lista de planos que posso ir acrescentando conforme a lembrança
  • andar de patins no paredão de Oeiras
  • não me preocupar em ter de organizar nenhum jantar nem fora nem em casa de alguém
  • comer tudo aquilo que tenho vontade como se não houvesse amanhã (adoro esta expressão)
  • passear no paredão de Cascais
  • ler o jornal numa esplanada na praia
  • ir ao Museu Berardo
  • comer pastéis de Belém
  • ir à praia
  • o T. quer ir ver o Benfica (eu obviamente passo...)
Principalmente, quero poder fazer tudo isto sem pressa porque quero fazer outra logo a seguir!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Ginásio

Factos curiosos sobre o meu ginásio:
  • não sou eu que o pago (he he he)
  • os balneários parecem um hotel, com cacifos de madeira e alcatifa no chão
  • não sou a única loura, nem a mais branca, logo há sempre alguém mais vermelho que nem um tomate do que eu
  • cada máquina de cardio tem uma televisão própria, só temos de levar os nossos auriculares (de modos que lá vou vendo uns Sexo e a Cidade, Ally MacBeal e Seinfeld enquanto pedalo)
  • há várias grávidas que o frequentam, e que fazem os mesmos exercícios que todos nós (não deixa de ser estranho ver uma grávida a suar em bica nos steps, mas acontece)
  • nos balneários masculinos há um cartaz que diz "É proibido ter sexo nos balneários" (esta contaram-me), no das mulheres não há (cada um interprete como quiser)
  • há uma rapariga muçulmana que o frequenta, e vai de turbante, calças e vestido de algodão de manga comprida.
  • há uma creche onde se pode deixar os miúdos
  • cada pessoa tem uma espécie de pen drive com toda a informação armazenada que vai colocando em cada máquina para saber quantas repetições, que peso, que altura etc. Nessa chave também está guardado o plano de treino, os resultados de treinos anteriores, calorias gastas, pesos levantados, distância percorrida...
  • personagens famosas que o frequentam (ou sósias, ainda não percebi bem)
Rocky Balboa
(igual igual!)


ZZ Top (um dos barbudos)

Nate do Six Feet Under
(e é bem giro, o rapaz)




sábado, 1 de dezembro de 2007

Isto de andar de bicicleta é muito bonito e tal e tal mas é quando não está vento...
Puuuuuuuuuuuuuuuffffffffffff.
Estou mais morta que viva!
(e não comprei nem 1/10 do que queria)

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Natal


Este ano, não me perguntem porquê, mas sinto que estou com mais espírito natalício.

Nunca fui um exemplo de entusiasmo em relação ao Natal. Aquele entusiasmo das luzes nas ruas, de começar a ver as lojas decoradas, a pressa em fazer a árvore de Natal sempre resultou mais numa reacção tipo "Já? Outra vez?" do que uma do tipo "Ihaaa, já cheira a Natal". Em minha casa a árvore de Natal era montada já bem perto do Natal, às vezes até no dia 23 de Dezembro. Nunca tive aquela expectativa de pensar em decorar a casa e de esperar ansiosamente pelo dia 1 para o fazer.

A nossa árvore de Natal tem mais de 30 anos, são apenas uns paus verdes com muito poucas folhas, de cada vez que a montamos (um banco de madeira, um cesto dos papéis cheio de livros policiais, o pau da árvore equilibrado no meio dos livros, uma toalha castanha ou verde a tapar) pensamos que será a última vez devido à quantidade cada vez maior de fitinhas verdes que ficam no chão. Mas ela lá vai resistindo. Sempre decorada com bolas de várias cores e uns anjinhos feitos por mim em cartolina, mais tarde com decorações em madeira pintadas pelas manas, numa amálgama de estilos e mãos, e sempre sempre sempre com chocolates (árvore de Natal sem chocolates não é árvore que se apresente).


Este ano não sei o que me deu. Acho que é do frio. Ou talvez dos efeitos das luzes de Natal a dar nos canais (no ano passado as decorações em Rotterdam eram tão pobrezinhas), mas sabe-me bem ir fazer compras de Natal de bicicleta com o frio a bater na cara (às vezes até parece que cheira a neve), entrar nas lojas quentinhas, regressar a casa com os sacos já de noite.
Este fim de semana vou pôr esta casa com ar de Natal.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Incrível como apesar de termos vivido em países diferentes há coisas que são iguais em todo o lado... e é bom descobrir estes pontos em comum do passado!

Ontem de manhã no escritório deu na rádio o What a Feeling. A R. e eu começamos logo a relembrar o filme - as roupas, os cabelos, as coreografias, os exercícios dela em casa, aqueles pormenores que marcaram a infância/pré adolescência.


Combinámos logo uma sessão nostalgia em casa da L. (outra italiana, que tem uma mega televisão em casa!)
Devo dizer que o Flashdance perdeu um pouco o encanto. De um modo geral, não é um filme bem feito (o que para mim foi uma total novidade). Eles são maus actores, ele é feio e há pormenores que não lembram a ninguém. Valem as coreografias e a banda sonora...essa banda sonora inesquecível que provocou inúmeras coreografias em frente ao espelho!

Conversa puxa conversa resolvemos fazer sessão dupla com outro grande clássico dos 80, que marcou também pela banda sonora e suscitou inúmeras coreografias e sonhos com o príncipe encantado...


Este devo dizer que não desiludiu... as músicas, ela que é tão gira e tão normal, ele que nunca me disse nada mas tem um corpinho que vale a pena rever, eles a dançar tão bem, ela a aprender, a cena da água, a entrada dele no último baile... tudo aquilo continua dar vontade de dançar assim!
Acho que é por isto que eu me considero quase adulta - enquanto eu continuar a gostar do Dirty Dancing é porque ainda não cresci tudo (o que provavelmente não vai acontecer!).

Na próxima sessão vamos ver o Footloose.

domingo, 25 de novembro de 2007

Fados

Ontem fomos ver este filme.

Pensávamos obviamente que das duas uma, o seríamos os únicos na sala de cinema, ou seríamos nós e mais meia dúzia de tugas vindos ali dos Lusitanos (que não ficam longe). Bem enganados que estávamos - a sala estava bem composta e tugas éramos mesmo só nós.

Não faço ideia o que pensaram os holandeses sobre o filme. É uma espécie de documentário apenas expositivo de vários tipos de fado e música portuguesa com raiz no fado mas também com outras influencias - o fado de cabo verde, o fado no hip hop, o fado nas mornas da Lura, o fado no flamenco.

Talvez um dia eu consiga descrever a sensação de estar longe de Portugal, num cinema em plena Amsterdam, a ouvir o Carlos do Carmo com imagens de Lisboa (cacilheiros no Tejo, pátios de Alfama, escadarias, roupa estendida nas janelas), ver imagens do 25 de Abril (Liberdade! Liberdade!) ao som do Zeca Afonso, ouvir o Caetano Veloso cantar no nosso português o Estranha forma de Vida, e acabar com a Mariza:

Ó gente da minha terra
Agora é que eu percebi
Esta tristeza que trago
Foi de vós que recebi


Arrepiante.

Não é um filme perfeito, mas é nosso.
Tal como Portugal.

sábado, 24 de novembro de 2007

Desafio

Recebi este desafio do blog da Sofia (é o primeiro desafio que recebo!), que o passou à Mary de Amesterdão. Assim sendo vou escrever 10 coisas que ainda não escrevi aqui sobre a Mary de Amesterdão, e não sobre a Mary em geral:

1) A ideia inicial era ir para Londres, mas depois ficámos com medo de ser um salto demasiado no escuro. As histórias que ouvíamos de Londres eram sempre de vidas difíceis. Resolvemos vir para a Holanda porque pelo menos tínhamos cá alguém conhecido que nos podia dar uma mão.

2) viemos a primeira vez a Amsterdam em 1999 no inter rail, e quando cá cheguei identifiquei-me de imediato com a cidade, e lembro-me de pensar "gostava de criar os meus filhos aqui". 8 anos depois, com idade e possibilidade para ter filhos, não os quero ter aqui. No entanto, todos os dias passo por uma escola no meio do parque, com muitas bicicletas pequeninas estacionadas no gradeamento do recreio. As crianças devem mesmo ser felizes aqui.

3) as primeiras pessoas que nos vieram visitar foi a A. e o E. Posso viver 100 anos que nunca me vou esquecer da sensação de os ver em frente à florista na estação. Tivemos outros reencontros emocionantes, mas este foi o primeiro e foi muito especial.
A despedida que mais me custou foi a da minha maninha e sobrinhada. Depois de uma semana insólita em que tudo aconteceu (eu arranjei 2 empregos, fiz 28 anos, fomos à Holanda dos pequeninos, a Antuérpia e a Bruxelas, vieram inspectores ver a nossa casa e o Tony pôs a casa à venda), vê-los partir deixou-me um vazio imenso.

4) aqui tudo me parece volátil - nada tem uma base sólida (em sentido figurado e real também, que esta terra não tem mesmo uma base sólida). As amizades, as pessoas, as casas, os empregos tudo está constantemente a mudar. Tudo é de passagem. Sabemos que nada aqui é definitivo.

5) gosto dos mercados, dos parques, das bicicletas, das lojas, dos canais, das casas, dos museus, das pessoas que vivem e deixam viver, da multiculturalidade.

6) não gosto da chuva, do tempo sempre cinzento, das pessoas frias, da falta de sangue na guelra desta gente, da comida.

7) tenho saudades do sol, do mar, do bom tempo, da praia, do café, da comida. Da família, dos amigos, da vida em geral, do centro da Parede, do Chiado.

8) uma coisa que mudou em mim desde que chegámos (apesar de eu achar que se calhar ia acontecer quer tivéssemos vindo ou não) foi que comecei a gostar de cheirinhos (leia-se velas aromáticas, ambientadores, queimadores, até perfumes). Nunca gostei nada dessas coisas, mas quando mudámos para a nossa 1ª casa no sul de Rotterdam a presença dos anteriores inquilinos era ainda bastante evidente, pelo que comprámos umas velas aromáticas para dar cheiro à casa. Foi um novo mundo que se abriu. De cada vez que íamos ao Ikea era às dezenas de velas de alfazema, marinhas, morango, laranja (os copos são ainda os nossos copos da cozinha). Uma das vezes que fui a Portugal na casa da família P. tomei contacto com a realidade "queimadores" (não que não conhecesse mas estas coisas sempre me passaram ao lado), e não descansei enquanto não arranjei um para a sala e outro para a cozinha. Um fascínio. A última foi a re-descoberta dos perfumes. Em toda a minha vida tinha tido 2 perfumes - um oferecido pela minha mãe que eu usei no 1º ano da faculdade e que como foi um ano mau para mim lá ficou o perfume associado à desgraça; outro oferecido pelos amigos que eu usava apenas para sair à noite e que ainda deve andar lá por casa dos meus pais a meio do frasco. Eu sempre fui mais de água de colónia para bebé. Pois que de há um tempo para cá tive vontade de ter um perfume, e depois de muito procurar (eu e os free-shops no aeroporto é tu cá tu lá como sabeis) lá me resolvi não por uma mas por duas eau de toilette da Body Shop (perfumes a sério ainda acho muito fortes, mas lá chegaremos).

9) uma coisa que muita gente não sabe é que a ideia de sair de Portugal não foi minha, mas do T. Claro que sempre quisemos ir para fora, e falávamos nisso com frequência, mas parecia que nunca era a opção adequada. No fundo eu e o T. vivemos em timings diferentes, o que é normal dada a diferença de idades. Ou seja, quando eu queria, ele não quis. Eu praticamente desisti e avancei com a minha vida. Foi quando eu já nem pensava mais nisso que ele repescou a ideia. Eu por mim já nem fazia muita questão, mas sabia que se não saíssemos naquela altura não o faríamos mais.

10) o dia em que saímos de Portugal funciona para nós como o dia do nosso casamento - 18 de Janeiro (não sabemos se foi exactamente a 18 que saímos ou chegámos, não interessa). Foi estranho, porque foi um dia muito feliz para nós, em que estávamos a fazer aquilo que queríamos e a realizar o nosso sonho, mas ao mesmo tempo foi o dia em que causámos mais sofrimento à nossa volta. Se eu pudesse voltar atrás apagava esse dia da minha vida, e da vida dos que gostam de nós. Não posso.

E desafio quem ler estas 10 coisas a pensar também em 10 coisas sobre si mesmo.
Não é nada fácil!

8Kg

Desde que nos mudámos para a Holanda consegui acumular neste corpinho mais 8kg mais coisa menos coisa, a juntar àqueles que já trazia de casa e que já eram demais.

Esses kilos, como qualquer pessoa que sofre deste mal sabe, foram ganhos na sua maioria muito rapidamente durante os 5 meses que estive desempregada, e o resto foi sendo ganho aos poucos nos meses seguintes. Creio que cheguei ao auge há um ano atrás no Natal.

Desde então tenho tido mais cuidado com a alimentação, nada de radical que também não quero fazer disso o centro da minha vida. No entanto, verdade seja dita, já não tenho 20 anos e cada vez mais a velocidade com que se ganham kilos é inversamente proporcional à sua perda.

No entanto, todo o sacríficio dá frutos, mais tarde ou mais cedo... e hoje consegui finalmente vestir uns jeans que já não punha desde Junho 2006 (exactamente quando comecei a trabalhar)!
Haverá maneira melhor de começar o fim de semana do que vestir uns velhos jeans que já não nos serviam???

No entanto meus amigos, há ainda um longo caminho a percorrer, pois guardo religiosamente um outro par de jeans que comprei em 2003 (que não visto desde 2005) e que continuam sem apertar!
Tenho fé e motivação para ainda os vestir antes de regressar à pátria!
(caso contrário vieram à Holanda só mesmo passear de armário em armário, pois até agora ainda não saíram à rua!)

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Viagem


Já temos bilhete para o Natal!
Exactamente um mês antes da partida lá conseguimos arranjar um voo por um preço vá, aceitável.

A saber:
21 Dez, 21h - partida de Amsterdam
22 Dez, 8h - chegada a Lisboa
(no entretanto passamos a noite em Munique - eu disse que o preço foi aceitável, correcto?)

Regresso a Amsterdam:
T.
29 Dez, 14h - partida de Lisboa

Eu
31 Dez, 9h - partida de Lisboa

E pois que serão assim 10 dias de férias, que bem estamos a precisar.
(férias férias seria se fôssemos 15 dias para a praia mas é o que se pode arranjar...)

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

E ainda a propósito de meias...

Já foi aqui abordado o tema meias, que tanta dor de cabeça dão a todas as donas de casa que gostam de calçar meias iguais nos dois pés, e que se aborrecem de chegar ao fim do serão com umas quantas meias desirmanadas no fundo do cesto.
A propósito do tema teve a minha maninha mais velha uma excelente ideia ou não fosse ela professora (a criatividade a funcionar a todo o momento) e mãe de três (num total de 5 pessoas em casa - olha a quantidade de meias que isso perfaz).
Aqui fica a solução arranjada por ela (e passo a citar):

"Quanto às meias, amiga, padeço do mesmo mal a dobrar… já descobri que desaparecem porque os meus miúdos, como sabes, se descalçam com imbatível agilidade e elas fogem sorrateiras e sozinhas para os locais mais remotos… estilo topo do armário, forro do sofá ou mala do jipe, e até na revisteira…
Resultado: peguei nas que sobejavam ( esta palavra lembra-me as nossas avós) e propus aos meus alunos do 1º e 2º ano fazermos uns fantoches para porem na mão, tipo luva e assim criámos os «Billy», os meus interlocutores das aulas de Inglês. Sempre que treinamos oralidade ou cantamos, eles e eu enfiamos os nossos Billy , eles falam mais à vontade e eu despachei por conta uma data de meias solteironas!!!"


Olha o meu blog a dar dicas e a promover a troca de ideias!

Aqui fica então, caros leitores, a sugestão da semana!

terça-feira, 20 de novembro de 2007

20/11/1996

Chegámos a casa bastante tarde. Já todos estavam a dormir. Passámos à porta do quarto dela, e ela acordou. Fizemos festinhas na sua barriga redonda como o mundo.
Eu fui-me deitar, e claro, apaguei.
Passado poucos minutos, uns passos a correr pelo corredor.
Chegou a hora. É agora.
Todos em stress. Todos...menos ela! Ligou ao pai, pediu-lhe que viesse devagar, tomou banho, arranjou-se com toda a calma como se soubesse que tinha muito tempo pela frente. A F. histérica, metia-lhe coisas para dentro do saco - o saco da maternidade, arranjado com toda a paciência, e pronto há várias semanas.
Lembro-me de se vir despedir de mim ao quarto, de me dizer "o D. está a chegar!".
Eu respondi-lhe... "leva o passe!" (toda a gente sabe que o passe é um documento essencial quando se vai para a maternidade ter um filho).
Sei que foi com os quase-avós para o Hospital de Santa Maria. Sei que quando chegaram à porta eram mais ou menos 6h da manhã. Sei que quando acabaram de estacionar começou uma música do Pedro Abrunhosa (tudo o que eu te dou, tu me dás a mim...) e ela pediu para ficarem até ao fim da música. E ali ficaram os três dentro do carro até a música acabar. Só depois entraram.
Eu entretanto dormia. Quando acordei não tinha a certeza se era verdade ou se tinha sido um sonho.
Nessa noite havia um evento muito importante, e eram necessárias lâmpadas. Fui com a F. comprar as ditas a um centro comercial. Quando demos por nós estávamos as duas dentro do Peugeout branco cheio de lâmpadas no banco de trás, com as lágrimas a correr pela cara abaixo... a situação era no mínimo insólita: a nossa mana prestes a ser mãe e nós a comprar dezenas de lâmpadas.
Fui ter ao hospital por volta das 15h. Ainda nada. E a tarde foi passada naquela sala de espera, com o pai a poder entrar e sair com notícias (dedos de dilatação, epidurais que não pegaram, tempos de contracções). Para nós foram largas horas de espera. Para ela foram provavelmente as horas mais longas da vida.
Eram já 3h da manhã quando finalmente ele nasceu.
A tia pediatra veio mostra-lo à família no vão das escadas, embrulhado em lençóis do hospital. Tão perfeitinho, e tão igual à mãe! Uma boca a chorar igual à da mãe!
Para nós foi uma sensação indescritível. Uma alegria imensa e maior que tudo!
No final o médico que a acompanhou virou-se para mim e disse:
"Você é que é a irmã? Então, quando for a sua vez, porte-se como ela!"

Ele só faz anos amanhã.
Hoje é o dia da sua mãe.

sábado, 17 de novembro de 2007

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Este fim de semana quero:

- começar a pensar nos presentes de Natal
- ir ao Albert Cuyp markt
- ir ao ginásio
- ir ao cinema ver este filme
- ir ao museu Van Gogh
- tomar café num cafézinho em frente ao Hard Rock onde apetece ficar a ler
- limpar a casa (sina...)

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Trunfos

Grande parte da harmonia familiar desta casa deve-se ao profundo sentido de justiça com que encaramos a nossa relação. Um namoro/casamento constrói-se à base de cedências de ambas as partes - de pôr de parte a nossa própria vontade em função do outro.
Entre nós a coisa resolve-se à base de trunfos.
Aquele que cede fica em posse do trunfo, que pode usar como bem quiser.
Pode-se ter mais do que um trunfo ao mesmo tempo, mas os trunfos apenas podem estar na mão de um de cada vez. A situação ideal é quando ficamos quites.
O trunfo pode ser tudo e mais alguma coisa, e quem tem trunfo pode escolher como o usar como bem lhe apetecer.
Um trunfo pode significar um jantar pago, uma massagem nos pés, um copo de água, uma ida ao lixo, um serão a dobrar meias...

Desde o primeiro fim-de-semana de Novembro que o trunfo estava na minha posse: adquiri-o com uma ida ao Cascaishoping em pleno domingo à tarde, num dia de Verão, no nosso mini fim-de-semana em Portugal (numa estratégia familiar bastante bem montada há-que admitir...).
Ontem foi a vez dele.

Fui jantar a casa de uma amiga. Só lá tinha ido uma vez há um mês atrás numa festa.
Revi o caminho para sua casa na net e lá fui. Um agradável jantar, óptima conversa, e passava pouco das 23h quando resolvi regressar a casa (o T. acabava de chegar a casa do trabalho).
Lembro-me que quando foi da festa regressámos a casa por um caminho diferente do da ida.
Não sei dizer exactamente o que fiz mal e qual foi o meu erro. Sei que quando dei por mim estava num sítio completamente diferente, onde nunca tinha passado antes, sem ter a menor noção de onde estava. Resolvi ligar para casa de um cruzamento entre duas ruas para o T. me dar indicações. Se já estava confundida, pior fiquei... "Estás a ver uma praça?" (não!) "passaste por uma rua com galerias de lado?" (também não) "Segue em direcção ao centro!" Eu sabia lá onde fica o centro! "Vai na direcção oposta àquela de onde vinhas!" Mas como sabia ele em que direcção vinha eu?! O fundo do poço foi quando percebi que estava perto do Ring - uma espécie de autoestrada que delimita a cidade. Quase meia-noite, zero graus, chuva miudinha, e lá ia eu na minha bicicleta sabe-se lá para onde. As lágrimas caíam-me pela cara abaixo enquanto pedalava. Um desespero.
E dado o meu sentido de orientação e a capacidade dele como co-piloto à distância o desfecho não é difícil de prever. Regressei à estaca zero, fiquei na esquina entre a Admiraal de Ruitjerweg e a Bos en Lommerweg à espera que ele (acabado de chegar a casa, de banho tomado, pijama vestido e sentadinho no sofá à minha espera) me viesse buscar.
E isto meus senhores, vale trunfo.

ADENDA: o trunfo já foi pago.
O T. trocou-o por um lanche feito por mim - leia-se um copo de leite com chocolate e uma torrada com manteiga. Valia muito mais do que isso, mas o meu amor é um homem de gostos simples! Eh eh eh

Mestrado

A minha colega que estava grávida quando fizemos o 1º ano do mestrado vai apresentar a sua tese para a semana.
No convite colocou além do título da tese, uma fotografia da filha. Está tão grande!
Em dois anos a minha colega escreveu a sua tese e criou uma filha.
Nesses mesmos dois anos eu peguei nas minhas coisas e vim para aqui.
Seguimos caminhos completamente diferentes.
E de repente senti saudades desse 2005. Dos trabalhos de grupo pela noite dentro na casa dela (ela com um barrigão, cada uma no seu portátil e a cadela aos saltos a querer brincar às 4h da manhã)... das boleias ao sábado de manhã, dos almoços nas freiras no Chiado.
Dessa época em que quanto mais líamos mais tínhamos a sensação que nada sabíamos.
Foi bom.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Constatações

Não temos televisão por opção.
Não nos faz falta nenhuma e não tenho saudades.
Só sinto a falta da televisão num momento específico do dia. Quando me sento em frente ao portátil para ver o meu mail e blogs e escrever uma ou outra coisa, e o T. começa a pressionar para eu me despachar para
a) ele vir ver as coisas dele (portáteis a funcionar e sem 1 litro de chá no sistema temos só um cá em casa);
b) vermos os dois as séries do momento (Prision Break e 24).
Nesse momento seria bom ele pegar no comando e fazer um zapping durante um bocado para eu poder ver/fazer as minhas coisas sem pressões.
Acabado esse momento a TV que não existe já não faz mais falta.
Desconfio que não quero voltar a ter televisão. Quanto a ter dois portáteis já é outra questão...

PS. uma última constatação parva:dei-me conta ainda agora que cá em casa não há comandos à distância. Não há. Nem um.

domingo, 11 de novembro de 2007

Interior

Durante a adolescência nunca liguei nenhuma a lingerie.
Apesar de viver numa casa de mulheres houve certas facetas tipicamente femininas que sempre nos passaram ao lado, como perfumes, a maquilhagem, e também a lingerie.
Cuecas e soutiens lá em casa queriam-se práticos e básicos, o mais simples possível, e nem se perdia tempo a pensar nisso.
Em 2000 fui para Santiago e foi um novo mundo que se abriu para mim.
Lembro-me de me comentarem na altura que as espanholas eram as mulheres europeias que mais dinheiro gastam em lingerie... e como eu as compreendia...
Numa cidade tão pequena havia tantas lojas e com tudo tão apetecível, que não fosse na altura eu ser uma estudante sem recursos próprios teria ido à ruína!
Lembro-me especialmente de uma, perto da catedral, que tinha um manequim luminoso na montra (uma manobra de marketing infalível, ficava tudo lindo!) e uma outra que tinha uma promoção de conjuntos totalmente em lycra de todas as cores.
Regressada à pátria descobri os encantos da Women's Secrets e durante 6 anos não comprei noutro lado, e era também o delírio de cada vez que entrava na loja! O que vale são os saldos.
Emigrada para a Holanda deparo-me com a trágica notícia de que cá não há Women's Secrets... Apesar de o Hema ter algumas coisas, nunca me encheu as medidas, pelo que ainda cheguei a ir à Women's nas minhas visitas a Portugal.
Eis senão quando encontro esta loja.
Minhas senhoras é a verdadeira tentação.
Além de ser tudo LINDO (apetece de facto levar a loja para casa) têm uma estratégia de fidelização de clientes muito bem montada! Estão sempre com alguma coisa em promoção. Da primeira vez que lá fui era o aniversário da marca, e deram-me o cartão de cliente. Da segunda deram-me uns autocolantes com 20% e 10% de desconto, que eu posso colar em qualquer peça à minha escolha. E os preços não são excessivos.
Em resumo: um perigo!

Ouvir

Comentei ontem com o T. que não conhecia duas bandas e que estava com vontade de ouvir: Interpol e Editors.

Já cá tenho o último álbum de cada um.
Soam um bocado a David Fonseca (ou vice-versa) mas eu gosto.

sábado, 10 de novembro de 2007

Outono/Inverno

Por aqui o Outono está perto do fim, e já começa a chegar o Inverno.

As árvores que na semana passada estavam cheias de folhas amarelas agora começam a ficar completamente nuas. Da janela da sala já se conseguem ver alguns edifícios do outro lado do parque (antes não os víamos por causa das árvores).
No entanto ainda há muita folha por cair.
A árvore do pátio interior do nosso prédio ainda tem as folhas quase todas (e nós sabemos que ela fica totalmente despida, que mais parece um arbusto).

Se por um lado o tempo aqui é sempre cinzento, seja Inverno ou seja Verão, as árvores de cá não nos deixam esquecer em que estação do ano estamos.
E por aqui ainda há 4 estações.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Mãezices

Hoje tive uma conversa bastante interessante com uma das grávidas do momento, que me pôs a pensar sobre o nosso sistema de saúde.

O seu médico de sempre agora já não dá consultas onde costumava dar. O preço das consultas aumentou consideravelmente, pelo que há que fazer contas à vida e equacionar a hipótese de ir ter consulta à Lourinhã (com o mesmo médico, por um preço aceitável).
Entre uma coisa e a outra a médica substituta manda fazer uma ecografia do final do 1º trimestre que custa mais de 100 euros.
Meus senhores, se vamos dar 100 euros por cada eco chegamos ao fim da gravidez sem ter o que comer (ou quase).
No entanto, a dúvida instala-se.
Um ecografista, no fundo como um mecânico ou canalizador, tem uma profissão específica, que não pode ser feita por qualquer um.
Até aqui tudo bem.
Se um mecânico nos aconselha um óleo mais caro, ou o canalizador uma torneira a acender e apagar nós podemos tomar uma decisão - ou vamos pelo mais caro e melhor ou arriscamos o mais barato e logo se vê.
No entanto, jogar este jogo com uma grávida é sair a ganhar desde o início.
Podemos sempre perguntar "mas não posso fazer a ecografia neste sitio mais em conta??" e o médico responde que sim senhora, mas que ele preferia que fosse na Clinica X onde a ecografia também é de certeza a acender e apagar, onde se pode ver com super nitidez tudo e mais alguma coisa quem sabe até a cor dos olhos, a avaliar pelo preço...
E neste momento temos a grávida com a pulga atrás da orelha... se acontece alguma coisa que pudesse ter sido evitada pela tal ecografia é um peso que ninguém quer acartar. No jogo da saúde dos filhos ninguém paga para ver.
O que pode levar uma ecografia custar mais de 100 euros? Quem pode de facto apontar o dedo ao médico e dizer que está a proteger o amigo/primo/sócio-ecografista, e quem pode acusa-lo de receber uma comissão? Ninguém. Porque ninguém paga para ver.
E isto parece-me bastante injusto. Explorar as pessoas através do seu ponto mais fraco. Uma grávida dá o que tem e o que não tem para saber que está tudo bem.
No fundo todos nós nascemos sem as nossas mães fazerem nenhuma ecografia. Há 10 anos as ecografias eram todas desfocadas, e era preciso muita imaginação para ver um bebé no meio das riscas pretas e brancas. No entanto, perante a questão a dúvida nem se chega a colocar... e por isso podem pedir o preço que quiserem, que em cada grávida há uma mãe preocupada que mesmo que lhe custe vai pagar o que for preciso e fazer o que estiver ao alcance para que corra tudo bem.
E enquanto assim for, vai haver muita gente a viver bem à conta delas...

Liberdades

Um mega temporal lá fora, vento, frio e chuva a cair em todas as direcções.
Um capuccino e um chocolate quente num café simpático perto da Central Station.
Uma boa conversa com uma nova amiga que parece que conheço há anos... partilhar histórias do passado, fases, empregos, decisões...

Aqui posso ser quem eu quiser.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

In Rainbows

As minhas preferidas são All I Need e House of Cards.

Entre cá e lá

Aquilo que vim fazer quando saí de Portugal já fiz.
(uma versão do chegar, ver e vencer de trazer por casa)
No entanto as razões que me levaram a sair permanecem.
Ouço os planos de quem quer sair de Portugal, o entusiasmo, os ouvidos atentos a beber as nossas palavras, a absorver as nossas experiências ávidos de viver o mesmo, e identifico-me com essa vontade mas já não me reconheço nela.
Há uns anos uma amiga da minha irmã regressou a Portugal após alguns anos passados em Itália. Eu achei a coisa mais estranha do mundo ela voltar e perguntei "porquê?"
Ela respondeu-me:
"Estava farta de viver um Erasmus eterno"
Hoje compreendo o que ela quis dizer (na altura a perspectiva de um Erasmus eterno pareceu-me bastante bem devo dizer).
Nada disto é estável, por muito contrato de trabalho e casa comprada, mas pensar em assentar também me dá um frio na barriga...

Enfim...hoje é daqueles dias...

Dilema

Com uma pequena constipação (isto de passar do Verão para o Inverno assim é no que dá), mais uma grande pedrada de sono que ainda não recuperei do fim de semana, mais uma certa moleza devido à vacina da gripe, ou seja neste limbo entre a saúde e a doença, entre o acordado e a dormir eis que se me dá para me pôr a pensar que sinto muito a falta de fazer aquilo que gosto.
O mais engraçado é que quando fazia o que gostava queria ter exactamente aquilo que tenho agora (ordenado suficiente para não ter de pensar no assunto, contrato, segurança, benefícios).
No entanto sinto uma falta imensa daquele entusiasmo e satisfação que se tira do trabalho.
Drama...

Desafio - responder sff

Quem faz aquilo que gosta e ganha o suficiente ponha o dedo no ar!

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Eu sei - mas o meu sub-consciente não quer acreditar

Eu sei que 25 graus em Novembro não é normal, e que em breve o Inverno vai chegar.
Eu sei que não há festas todos os fins de semana, que não fazemos comboios de primos com frequência, que há 5 anos que não dançávamos assim em todos juntos em família.
Eu sei que nem todos os domingos há lanches de bolo de chocolate.
Eu sei que vocês não tomam o pequeno almoço na esplanada nem almoçam nos Santinhos assim sem mais nem menos.
Eu sei que sempre que nós vamos se passam coisas excepcionais que não têm lugar no vosso dia-a-dia.

Eu sei de tudo isso, mas desta vez custou-me muito regressar à normalidade.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Tudo é amor

"Alles is liefde" (a frase que encabeçou o meu blog durante uma semana) significa, isto para quem não sabe, que eu bem sei que há certas e determinadas pessoas que visitam o meu blog que não falam holandês, significa dizia eu "tudo é amor".

Esta frase, pirosada à parte, podia muito bem ser a legenda deste fim de semana, recheado todo ele das mais diversas manifestações de amor.

O amor dos que se casaram.
O amor-próprio e a força de quem acaba de perder aquele que poderia ser o grande amor.
O amor dos que se amam há mais de um ano mas só agora começam a criar o seu quotidiano e a construir um dia-a-dia em conjunto.
O amor das futuras mães, lindas e resplandecentes com as suas barriguinhas ainda em miniatura.
O amor da mais recente mãe-coragem, que estas coisas da maternidade nem sempre são rosas mas com amor tudo se consegue.

Alles is liefde. Acreditem.

O Rei morreu. Viva o Rei!

Que é como quem diz "Rei morto, Rei posto".

O Vaio morreu, viva o Toshiba!
(que é azul metalizado com teclado prateado que inclui C de cedilha, til e acento circunflexo... tão giro!)

PS. o títuto de carácter monárquico é uma influência dos livros que andei a papar nesta semana desligada do mundo, sem internet, televisão, telefone ou rádio - 2 volumes e meio da colecção Os Reis Malditos)

A morte do Vaio

Saiu sem tomar pequeno almoço (versão dele "não havia nada em casa", minha versão "havia pão, queijo, fiambre, leite"...anyway, adiante).
Ficou com fome e comprou umas bolachas de chocolate.
Ficou mal disposto, chegou a casa e vomitou.
Resolveu fazer uma chá e veio para a sala.

E foi assim que o meu Vaio morreu afogado.
(e que ninguém diga que tinha falta de chá)

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Alles is Liefde

Cliquem aqui e matem as saudades, vá...

domingo, 21 de outubro de 2007

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Parece que a vida nos empurra para dentro de casa, para dentro do (des)conforto do sofá . Custa sempre sair. O cansaço da semana, o frio (vá lá que hoje não choveu), o escurecer cedo, o T. com uma bela constipação em cima... mas a verdade é que aqui temos mesmo de ser uns pelos outros e obrigar-nos a ir mesmo quando não apetece, porque se nós nos temos um ao outro aqui há quem não tenha ninguém para além de nós e outros como nós. Os "amigos" do momento. Da circunstância. Mas nem por isso deixam de ser também amigos do coração.

A noite não reservou surpresas. Muitas já foram passadas assim e outras virão também, e se por um lado agora acho banal sei que vou sentir muita falta destas ocasiões. O mundo em 10 ou 12 pessoas, todas tão diferentes e com tantas coisas em comum. Todos ouvimos aquela música naquele momento da adolescência, todos temos uma história parecida para contar, todos a uma dada altura da vida tomámos a mesma decisão e viemos para cá. E todos iremos embora daqui um dia, levando connosco estes pequenos momentos. Pequenas lembranças espalhadas por todo o globo.

Quando saímos, nunca nos arrependemos de ter ido.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Ver e ouvir

24 e Radiohead.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Pancakes

As panquecas da minha avó são as melhores de sempre.

O mais curioso é que sinceramente não me lembro de as comer feitas por ela lembro-me de muitas outras coisas, mas não panquecas ou pancakes como ela dizia.
(A minha avó era das que dizia pancake à inglesa e chantilly à francesa sem pronunciar o L - ossos do ofício.)

Cada vez que fazemos as tais pancakes invariavelmente confirmarmos que de facto são as melhores do mundo, e acabamos sempre a falar na avó Mila, comigo a contar esta e aquela peripécia que se passava na cozinha, desde as tardes de pizza que não acabavam nunca aos ovos da Páscoa maciços.

Pancakes é na pag. 228.

Quem escreve um livro não morre nunca.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Resumo do fim de semana - o maior post de sempre!

1)
Tinham-me falado de um filme que está no cinema Rialto chamado Manufactured não sei quê, que supostamente desmascara o Michael Moore. Ao ver a programação na net, pergunta-me o T. "Manufactured Landscapes?", perfeito! Bilhetes comprados, a beber um café no bar antes da sessão chegamos à brilhante conclusão que íamos ver o filme errado! Quais são as probabilidades de haver dois filmes chamados "Manufactur" qualquer coisa num mesmo cinema independente de bairro?? Havia. Em vez de Manufacturing Dissent íamos ver Manufactured Lanscapes.
Este filme é, de um modo geral, sobre o modo como o homem altera a paisagem, tornando-a tudo menos natural. Não pretende ser exaustivo, mas sob um ponto de vista estético de um fotógrafo acaba por nos mostrar uma realidade que todos conhecemos mas que como tanta coisa, nos passa ao lado. Um exemplo: complexos industriais da China e as montanhas de desperdícios e de lixo do 1º Mundo ali despejados (Km e Km a perder de vista de blocos de metal prensado, peças de telefones, chips de computador, pneus, uma infinidade de porcarias que todos deitamos fora...). Fiquei triste ao pensar que trabalho numa empresa que tem uma fábrica na China, e que também envia para países de 3º mundo todo o lixo electrónico para supostamente ser destruído ou reciclado. É o mundo do desperdício e do lixo. Despojos à escala mundial.
O do Michael Moore ficou para a próxima.

2)
Veio o Rebelo buscar as coisas do G. Agora sim, nem parece que um dia cá vivemos os três. O Rebelo é o verdadeiro tuga, que faz as contas no papel e molha a ponta do lápis para escrever o resultado. Mas depois vai introduzir os dados no seu GPS para poder entregar tudo nos conformes. Espero que corra tudo bem, e espero poder usufruir dos seus serviços quando chegar a altura.

3)
Missão Impossível: comprar um vestido para o casamento. Dois dias lindos de sol e eu enfiada nas lojas até à exaustão. Como num jogo de futebol há dias em que a bola não entra na baliza, há dias de compras que não há NADA para comprar. Atenção, eu já nem estava a falar em preço nem em padrões (cheguei a experimentar vestidos de flores roxas - olha o desespero!) apenas falava de elegância e conforto. Pois que não. Experimentei vestidos de todos os feitios e cores e tamanhos e desde parecer um quadrado ou uma bola, ou a não poder respirar, a ter as meninas da loja quase a meter-se comigo na cabine (estamos em Amsterdam, há-que desconfiar sempre que nesta terra há mais homo que hetero, adiante), a ter meninas da loja que me trazem TODOS os vestidos possíveis e imaginários, aconteceu-me de tudo um pouco. Não houve loja em que eu não entrasse. Despi-me e vesti-me literalmente 500 vezes, sem ninguém que me vá buscar o tamanho acima ou abaixo quando necessário. Também com o mau feitio com que eu estava foi melhor assim, não comprei nenhum vestido mas ao menos não perdi uma amiga. Um perfeito desastre comercial.
Hoje 2ª feira foi dado o golpe de misericórdia aos meus "shopping days": uma saia-preta-justa-básica para levar com o top dos casamentos de 2005 (as calças, essas, já eram!). Sapato de presilha de verniz e meia de rede e siga para bingo!

4)
Limpezas em casa e arrumações da roupa que estava a secar há dias. Questão que se coloca/dúvida/problema - como solucionam as famílias a questão meias??
Nós dizemos mal da nossa vida de cada vez que há que lavar/estender/dobrar meias... Será melhor tê-las todas diferentes para as distinguir, ou todas iguais para não haver a questão dos pares?? Nenhuma das tácticas resultou connosco e temos uma amálgama de meias pretas iguais, outras pretas ligeiramente diferentes (pareciam iguais quando comprámos) que demoramos horas a distinguir, e uma quantidade de meias coloridas que nunca encontramos o par. E somos só dois...

5)
Bolinhos da avó já só há 2...

sábado, 13 de outubro de 2007

Vício

Bolinhos da avó com doce de morango da avó.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

A cegonha deve estar com um esgotamento

E aí vão 4 babys para Abril a Junho de 2008!

Depois da geração de 2007 estar já a comer as primeiras sopas (ou ainda não) eis que 2008 se adivinha em grande!

Que as gravidezes corram bem e que venham cheios de saúde!

Séries

Passei uns dias sem escrever porque estivemos em maratona de Prision Break. Já acabámos a 2ª série, e vimos hoje o 1º episódio da 3ª (já temos aqui mais dois para ver e depois temos de esperar para ver um por semana).

Até agora só vi na minha vida 3 temporadas da mesma série sem perder 1 episódio - o Lost.

Aqui não há Fox nem AXN mas a malta não perde as séries do momento!

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Adorei

Adorei estes dois dias em Portugal.
Correu tudo bem, sem stress e consegui fazer tudo o que queria.
Adorei tudo, desde o bitoque as 2h da manhã até à viagem até ao aeroporto (que barrigada de riso!).
Adorei ter a minha maninha com os meus pais no aeroporto.
Adorei o passeio no paredão (que saudades!).
Adorei o almoço com a mãe na praia da Torre.
Adorei a jantarada de família na casa da família P.
Adorei o almoço com os pais, mana e sobrinhada no jardim.
Adorei ver a minha M. linda de morrer (e adorei que ela não tivesse chorado quando veio para o meu colo!)
Adorei o casamento, as leituras, o bailarico, o convívio com a minha 2ª família.

E houve também pequenos detalhes que eu também adorei:
- ver o meu A. que estava a morrer de saudades, e ver que está a crescer
- a relação da M. com o T. na jantarada (ela não o via desde o Natal, mas foi como se estivessem estado a brincar no dia anterior)
- o facto de a minha mãe ter comprado o que queria, e saber que ela cabe nas minhas calças (que eu vestia em 2005 e agora não apertam...mas isso não interessa nada)
- ver a avó D. a dançar o Final Countdown
- dormir na casa nova da C.
- cabermos 5 ou 6 na cama da C.
- o desenho da L. com as casas cubo
- ter-me despachado no cabeleireiro e ir cedo ter com os meus pais
- ver o casal P. tão feliz
- receber uma pintura do pai (que não pintava há anos mas não perdeu a mão!)
- enfim, tudo!

Foram de facto 2 dias em grande!

domingo, 7 de outubro de 2007

A minha mãe também lê o meu blog

E queixou-se que as letras estavam muito pequeninas.

Está melhor assim?

(não fiquem a pensar ah e tal a idade não perdoa, que a minha mãe vê mal desde sempre!)

Pouco mas bom

Dois dias cheios de coisas boas.
O relato será feito mais à frente, que hoje ainda estou a recuperar da directa.

Numa palavra: adorei.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Isto é Amsterdam, não é o Rio de Janeiro

C - ...e não tens medo de dormir aí sozinha?
Eu - medo não, tenho é frio!

21h

...e da lista abaixo ainda não fiz.... nada!

(mas vou começar agora.)

terça-feira, 2 de outubro de 2007

O tempo passa...

e eu não aprendo. Faço sempre tudo à última da hora.
Depois de um serão bloguístico verifico que amanhã tenho um montão de coisas para fazer.

- malas
- embrulhar presentinhos
- arrumar a cozinha (sim love, ainda não tirei a máquina e a loiça está suja no lava-loiça)
- gostaria de aspirar (mas já desisti)
- arrumar a roupa da laundry room (ex-quarto do G.) (também não me parece)
- e mais coisas que não sao para aqui chamadas...

Irrita-me ser sempre assim. Mas eu sei que não vou mudar.

Post "tás aqui tás a engolir um sapo"

Há blogs de mães muita pirosos.

Eu avisei...

...que ando a ver blogs até à exaustão.

2,022,300How Many Germs Live On Your Keyboard?

100% Free Personals from JustSayHi


Ainda bem que eu não tenho a mania das limpezas!

Home alone in Amsterdam

...sofá e manta, David Bowie e blogs até à exaustão.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Esta é nova...

...eu, home alone in Amsterdam.

É oficial

A vaga já foi mesmo preenchida.

Temos pena...

domingo, 30 de setembro de 2007

SLB X Sporting

Ontem fomos ver o Benfica - Sporting aqui

O jogo foi sem interesse.
Valeu o bitoque, a Sagres, a bica bem tirada.

Portugalidades.

Quem anda à chuva...

molha-se. Literalmente.

Esta aprendi mesmo por cá.
Não tenho um único casaco que não meta água, mas também não tenho nenhum casaco por muito fresco e "de Verão" que seja que nunca tenha sido posto à prova a sério.

Ontem foi mesmo dia de andar à chuva...

(já tentei por diversas vezes andar de bicicleta com o guarda chuva, mas não consigo. Toda a gente anda, mas qualquer guarda chuva em cima da minha bicicleta vira-se ao contrário! Já para não falar no efeito Mary Poppins para a frente e para trás... Não dá. Tenho mesmo de confiar na impermeabilidade dos meus casacos!)

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

H.R.

Na PLT quando querem recrutar uma nova pessoa normalmente pedem a um colega para fazer uma breve entrevista, para avaliar se o candidato se adapta ou não à equipa.

Há 3 meses atrás aquando da reestruturação do departamento, pediram-me para entrevistar uma candidata para a linha espanhola, italiana e portuguesa.

Chegado o dia e a hora da entrevista lá fomos a R. e eu, de CV em punho prontas para fazer o nosso papel.

Galega, 26 anos, acabada de chegar à Holanda, a I. era a verdadeira imagem da artista e estudante de cinema, parecia acabada de sair da FCSH no seu estilo alternativo. Nascida e criada em Santiago de Compostela, estava de momento a viver em Rotterdam, e a empatia foi imediata.

A meio da entrevista batem à porta... era o A. que cheio de ciúmes por nunca ter feito uma entrevista na vida foi pedir para participar também!

Ali ficámos os 4 na amena cavaqueira,a contar histórias e a rir, até que tiveram nos vir chamar porque estávamos à seria esquecidos do tempo... Deve ter sido a entrevista de emprego mais descontraída que ela teve!

Se fosse por mim, ela ficava. E ficou.

Hoje, 3 meses depois, foi o seu último dia de trabalho.
Arranjou uma bolsa e amanhã parte para Cuba para fazer um curso de cinema... eu bem disse que me identifiquei com ela...

E se dúvidas houvesse, ficou confirmado: não nasci para ser gestora de recursos humanos!

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Chegou!



(e mais uma vez muito obrigada!)

PS. escrito dia 27/09/2007

Já acabou! Agora é a minha vez!

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Posts e comentários

Os blogs são como livros com direito a resposta.
Há uns tempos atrás ouvi/li alguém (Miguel Esteves Cardoso/Rui Zink??? não me lembro) dizer que fazia anotações nas margens dos livros porque os livros não permitem resposta.

Com os blogs isso acabou. Toda a gente pode dar a sua opinião/comentário/resposta/conselho, basicamente meter a sua colherada, dar o seu parecer, emitir o seu juízo sobre isto ou aquilo, quer tenha muito ou pouco a ver com o post original.

Nunca escrevi um livro, e no meu blogzito modesto apenas comentam pessoas que me conhecem (e é apenas para vocês e para mim que eu escrevo), mas imagino que quando se publica um livro não se consiga imaginar as multiplas interpretações que pode ter.
O autor escreve com uma ideia e logo nós criamos a nossa quando lemos e a maioria das vezes essas ideias não se cruzam.
Mas quando se escreve no blog estamos sempre sujeitos a resposta, e ela vem nua e crua como a verdade junto ao nosso post (podemos apaga-lo, mas há sempre um momento em que a opinião é pública).
Essa opinião vai depois influenciar quem lê o post original. O comentário passa a fazer parte do post, e é ele próprio sujeito a interpretações.

É de facto uma nova maneira de comunicação. Talvez não seja assim tão nova, eu é que sou nova nestas coisas.

Isto tudo não deixa de ser estranho.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

A M. faz 6 meses


À M. estão de certeza reservados grandes feitos, grandes experiências, uma grande vida. Tenho mesmo a certeza disso. Ainda ninguém sabe bem porquê mas o mundo precisa dela, mais do que da maioria de nós. E por isso ela tinha de nascer.

A gravidez foi desejada durante bastante tempo.
Depois, no princípio muito a medo, lá soubemos que vinha aí mais um baby na família.

A irmã da M. nasceu um mês antes do previsto, há 5 anos (quase 6!) atrás. Todos nós pensámos que a M., claro (e que ignorantes, nós...) também se adiantaria 1 mês. Tudo nos conformes, previsto com alguma (pouca) incerteza para o fim de semana do 25 de Abril.

Na semana entre 19 e 23 de Março, ainda a 1 mês da nossa previsão insisti com a mãe da M. para tentar saber datas com mais exactidão... é no dia 25, ou afinal será a 27? Eu na minha condição de tia teria de estar presente em todo o acontecimento e não poderia arriscar tirar férias para depois ela não nascer/já ter nascido. Já para não falar de ter de reservar voo com a devida antecedência...(que egoísta, eu)

Acho que não dá para descrever o que senti quando no sábado de manhã, dia 24 de Março, me ligou a minha mãe a dizer que ela tinha nascido.
Mas nasceu como, quando, porquê? Não era suposto... ela tinha pelo menos ainda 4 semanas de gestação no mínimo!
A seguir veio um sentimento (que soube mais tarde pela Z. que é normal - ela também vive longe e sente a mesma coisa) de que "aconteceu alguma coisa e ninguém me quer dizer". Horrível. Toda a gente a jurar que dentro do possível estava tudo bem e eu sem conseguir acreditar...

Chorei até quase não poder mais.
(e no entretanto pus-me a fazer o urso-feito-à-pressa)

No dia seguinte meti-me no avião e fui directa do aeroporto ao hospital.
Tudo estranho.
Ao fim de algumas insistências lá me deixaram entrar na sala de cuidados intermédios para a ver durante 2 segundos.
É aquela ali (qual?) - aquela 2ª incubadora a contar da direita, ali no meio com uma manta branca por cima. Lá dentro o bebé mais pequeno que eu já tinha visto, cheia de fios e luzes e ecrãs com batimentos cardíacos e toda uma parafernália de equipamento que não se sabe para que serve.
OK.
Já a viste agora tens de ir embora.
Vi?

Só no dia seguinte a consegui de facto ver. Depois de uma grande manobra de persuasão lá consegui passar 1 minuto sozinha a olhar para ela.
Mínima e tão grande ao mesmo tempo. Dentro da sua caixinha transparente, a bocejar.
Chorei outra vez.

É incrível a nossa capacidade de relativizar as situações.
Muitas das preocupações que se têm com bebés que nascem "normalmente" parecem profundamente fúteis quando se depara com situações como esta.
Ali tomámos todos contacto com uma realidade diferente, que não aparece nos anúncios das papas e das fraldas.
A realidade dos pais que vão para casa sem os bebés. Dos pais que vivem longe e têm de ficar na pensão ao lado do hospital semanas a fio. A realidade das mães que não podem pegar ao colo nos seus filhos.
As coisas mais simples ganham de facto outra dimensão.
Toda a nossa vida ali em suspenso em menos de 2kg de gente.

Cada pequeno passo é uma vitória. E a M. ultrapassou etapa após etapa a uma velocidade estonteante. Aprendizagens que se fazem em semanas ela fez em dias, e praticamente 1 semana depois de nascer pode finalmente ir para casa (ainda a tempo de passar 1 dia comigo).
Nesse dia pude finalmente vê-la livre de fios e máquinas, pegar-lhe ao colo, cheira-la, ouvi-la, torna-la um bocadinho mais minha.

E ela ali no berço emanava uma energia tão positiva, uma calma e uma tranquilidade que deixava transparecer que tudo ia correr bem.

Tudo ia acabar bem.

Nesse dia tive a certeza de que esta miúda estão reservadas coisas extraordinárias.

Tenho a certeza absoluta.
Um Domingo de sol no Vondel.


Hoje já se fartou de chover mas isso não interessa nada...

sábado, 22 de setembro de 2007

Post para o G.

Já se sabia que este dia uma dia ia chegar...supostamente teria sido antes uma vez e depois outra vez, mas tu foste decidindo ficar.
Agora não.
À terceira foi de vez.

Apesar de tudo, acho que só com tempo vou acreditar que foste embora.
Apesar de ver o teu quarto vazio, parece que foste só ali fazer uma viagem e já voltas. Não voltas, no fundo eu sei.
Tal como não voltam os tempos que passámos aqui os três.

É um ciclo que se fecha aqui e agora.

Podes ir onde quiseres. Vais ter sempre um lugar para ficar na nossa casa.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

E a propósito da encomenda fiquei a pensar que estamos mesmo crescidos!

Vejo as fotografias de sábado e vejo-nos a todos naquela mesma casa a fazer filmagens há mais de 10 anos. Pensar que somos o mesmo grupo dos tempos do colégio...

Tenho muito orgulho em todos nós, por nos mantermos assim unidos, por continuarmos a querer estar juntos mesmo que a quilómetros de distancia...

Tenho orgulho porque além de sermos os amigos das jantaradas, somos também os amigos das preocupações, das lágrimas nas despedidas, das esperas na maternidade, do messenger, do amigo invisível, das despedidas de solteiro, das noitadas de conversa, das festarolas de fim de ano, das festas surpresa, dos casamentos na praia, das viagens à Holanda, das sms com mega-novidades, das surpresas na caixa do correio...

Tal como a minha família, vocês são a minha herança, e vêm comigo para todo o lado.

Surpresa!


E hoje foi dia de receber uma nova encomenda, muito muito especial!

Fiquei mesmo super feliz!

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Negação

Por enquanto acho que ainda não estou bem a ver...

Apesar da guitarra dentro da caixa, da mochila com o saco-cama na sala, do cantil na cozinha e de toda a revolução que vai no quarto, acho que ainda não caí em mim (arrisco dizer que ainda não caímos em nós).

Sinceramente acho que só vou acreditar no sábado de manhã, ou 10 dias depois quando regressarmos os dois de Portugal sozinhos.

Não é nenhuma drama e ninguém morre por causa disso, mas que vai ser estranho, vai.

Se fosse eu a escolher seríamos 3 por cá até ao fim.
Hoje fiz uma aula de Body Balance no novo ginásio, patrocinado pela PLT, onde me inscrevi na semana passada.

Body Balance é, dizem eles, uma mistura de Ioga com Pilates e Tai-Chi... whatever... soube mesmo muito bem!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

No meu bairro...

...tal como um pouco por toda a Holanda as crianças brincam na rua e nos parques infantis que há aos pontapés nas zonas residenciais. Tal como se via há 20 anos em Portugal, aqui os miúdos brincam à solta, andam de patins, de bicicleta, fazem corridas, andam de baloiço, sobem para os barcos estacionados no canal, fazem desenhos a giz no passeio, e quando chega o pôr do sol recolhem cada uma à sua casa.

No meu bairro os meninos são (literalmente) de todas as raças, e brincam todos juntos sem lhes fazer confusão. E muitas vezes têm daquelas brincadeiras parvas, mas tão parvas (tipo atirar areia uns aos outros, andar de bicicleta com os patins nos pés, abanar o baloiço...) que nós daqui da janela dizemos aquela frase típica das mães que nos irritava profundamente - "Isso vai acabar mal!" E volta e meia deve acabar mesmo com um ou outro a ir para casa a chorar...

No outro dia estava um grupo a jogar à bola quando esta, num remate mais forte, foi parar ao telhado do café/associação do bairro. Como é óbvio (e quem nunca fez isto não teve infância!) toca de subir dois ou três para a ir buscar, e claro, como a coisa até tem piada toca de continuar a jogar à bola em cima do telhado...


Bola para cá bola para lá, chegou a altura de descer.
Desce o primeiro (o maior), um pé aqui, outro ali, esperneia um bocado, e com a ajuda dos mais novos que estavam em cima lá conseguiu descer. Bem, se o maior precisou da ajuda dos mais novos para descer, como vão fazer os outros dois agora?? (como é óbvio o maior nesta altura já tinha retomado o jogo cá em baixo com o resto dos miúdos, porque a bola - essa sim imprescindível -já estava cá em baixo).

Não foi preciso esperar muito tempo. Em menos de nada estavam lá - à holandesa, sempre aparecem vindos do nada quando mais são precisos - dois polícias chegados de bicicleta que além de ajudarem os outros a descer ainda lhes pregaram um belo sermão!
Esta acho que não voltam a repetir tão cedo!


Mas isto, esta mesma situação, este pequeno episódio aparentemente sem importância é o espelho deste país.
Acreditem em mim.

Frio

Está um briol tão grande, mas tão grande, que arrisco dizer que vem aí um inverno daqueles... (o inverno passado foi assim digamos que...fraquinho)

Já ando com o meu casaco encarnado (que usava durante todo o inverno em Portugal), e já me apetece um belo par de luvas quando vou de bicicleta (reformulo: recuso-me a andar de luvas nesta altura do ano e como consequência fico com os dedos gelados e as unhas assim a dar para o roxo!).

Estou aqui estou a ir ligar o aquecimento!

E estamos a meio de Setembro, sim senhor... isto promete.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Ao telefone com a J., uma voz ao fundo:
-Ó mãe diz à tia Mary... diz à tia Mary... que eu tenho as unhas cor-de-rosa!

E a tia Mary, graças à C. (que não é tia C. sabe-se lá porquê!), já pode ver as tuas unhas cor-de-rosa nas fotografias do jantar de sábado.

(e pode também matar um bocadinho de saudades - muito obrigada!)

Imaginação


Nas casas das pessoas organizadas aproveita-se o calor do forno para secar os panos da cozinha. Esta foi a P. que nos ensinou quando veio cá no fim do ano.

Nas casas das pessoas desorganizadas (e com imaginação) aproveita-se o calor do forno para secar boxers!

A ideia foi minha, mas era só uma piada...

domingo, 16 de setembro de 2007

Muito obrigada!


Hoje recebemos um miminho de Portugal!

E com desenhos e tudo!

Rugby

Ontem fui ver o jogo contra a Nova Zelândia sozinha ao Coco's bar na Rembrandtplein.

Foi o verdadeiro espírito desportivo, com uma sala cheia de All Blacks que não deixaram de aplaudir genuinamente as pequenas vitórias da nossa selecção.

Na minha opinião a grande diferença entre as selecções não estará tanto na técnica (apesar de se notar a diferença, claro), mas na preparação física dos jogadores.
Pertencemos de facto a campeonatos diferentes, mas estarmos no mesmo é um orgulho.

E é de mim ou jogámos mesmo muita bem?

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

O G. já tem a sua mala no quarto.

(glup...)

Just Girls

Jantar de meninas. 4 nacionalidades diferentes. Restaurante tailandês em pleno Jordaan. Conversas de mulheres. Risos. Cumplicidades.

Às vezes adoro estar cá.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

1º ano

O meu sobrinho T. teve hoje o seu 1º dia da 1ª classe!!!

Estava como é óbvio no excitex, e lá foi com a sua mochila do Batatoon com todo o material devidamente identificado lá dentro (como bom 3º filho que é, é muito cioso das suas coisas - como eu o compreendo...).

Está feliz!

Ai o meu menino, que está tão grande!!!

Desmotivação

Nestas últimas semanas andava tão desmotivada, mas tão desmotivada, que tinha de fazer um super esforço para conseguir aguentar o dia, parecia que tinha o peso do mundo nas costas, sem vontade de fazer NADA! A falta de férias e o magnífico clima deste país ainda contribuíam mais para a falta de forças...

Nestes últimos dias tenho andado tão ocupada, mas tão ocupada e com tanto stress que o dia passa a correr e nem tenho tempo de pensar se me apetece ou não fazer seja o que for.

Remédio santo.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Uma das coisas que eu mais gosto neste país é a diversidade de culturas. Só por isso já vale a pena viver aqui.

Hoje no jornal Metro vinha uma secção especial dedicada ao Ramadan Festival

Isto sim, é a multiculturalidade.

Fúrias

Tentativas do T. para ver o Portugal x Sérvia: no meu computador, no computador do G., trocas e baldrocas e paragens na emissão (via net)... palavrões e falta de paciência... troca de computador outra vez. O meu computador está sem som. Palavrões, palavrões, palavrões e nomes ao computador, à placa de som e aos auriculares. Mais tentativas. Voltou o som mas não a emissão. Investida pelas rádios nacionais e locais... até que...
O T. está a ouvir o Portugal x Sérvia na Rádio Voz de Alenquer e o comentador não diz os L !!! LOL

Conclusões:
1) Ainda bem que não era o SLB, caso contrário o computador tinha mesmo ido pela janela
2) Não há nada que não se encontre na internet!

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Mr. Brooks

Hoje fomos outra vez ao cinema, desta vez a três.

Pegámos no Weekly (jornal cultural em inglês) e toca a escolher:

1ª tentativa - "O ano que os meus pais saíram de férias"no KIT Tropentheater. Filme brasileiro, deve ser numa pequena associação cultural, bora lá. 20 minutos em bicicleta depois e estamos no hall do Tropenmuseum com uma multidão de gente, uns bastante aperaltados há que referir, a grande maioria a falar brasileiro. A nata da sociedade brasileira de Amsterdam. Bilhetes para o filme? Esgotadíssimo!

(isto é o que mais me enerva nesta cidade. A oferta cultural é imensa, correcto, mas ou bem que é tão alternativa tão alternativa que somos nós, um travesti e um gandulo a assistir - prometo fazer um post sobre a experiência do Iluseum - ou bem que é tão concorrido que esgota meses antes. Não dá para ir ver um concerto de jeito porque quando sabemos da existência tipo 3 meses antes já está "sold out sold out sold out" pufffff....)

2a tentativa - o que quer se estivesse no Kriterium. Pelo caminho um belo passeio por uma Amsterdam desconhecida (as coisas que se perdem quando ficamos em casa...). Esta cidade é um ovo, quando parece que estamos super longe damos de caras com um sítio conhecido. E continua com a capacidade de nos encantar.
Ultima sessão tinha sido às 20h.
Outra incompatibilidade com a cidade - os horários (e não aprendemos, nós...)

3a tentativa - Mr. Brooks no Pathé de Munt (o equivalente ao Lusomundo cá do sítio). Claro que os tugas chegam em cima da hora, cheios de fome, um simpático ainda nos ofereceu uns descontos que dão no Albert Hein e não pagámos um bilhete (eh eh eh), corre para comprar qualquer coisa para comer, venham nachos, pipocas, cervejas e água, e quando entramos na sala já estavam as apresentações e tudo às escuras... como bem sabeis não há lugares marcados, pelo que lá fomos recambiados para a segunda fila!
O filme não está mal de todo.
Digamos que... podia ser bem pior.

Mas pelo menos à terceira foi de vez!
E olha nós a irmos duas vezes ao cinema na mesma semana!

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Convite

Hoje recebemos um convite de casamento!

Está cada vez mais perto, que excitex!

Orgulho...

... na nossa selecção nacional de rugby! Sim senhor!

Não vi o jogo (com muita pena, mas isto de não ter televisão tem as suas desvantagens...), apenas algumas imagens e fotos na net mas já deu para ver que estivemos em grande.

Agora há que seguir em frente e continuar a brilhar!

E que emoção durante o hino...

(olha eu a escrever um post sobre desporto, hã?!)