quarta-feira, 4 de maio de 2016

O caso do Nemo

 
E porque uma viagem sem aventuras não é uma viagem, e porque pode haver boas almas que estejam prestes a ir à Disney com crianças pequenas, aqui fica a nossa experiência com o Nemo.
Desde o princípio que estava na nossa lista de prioridades.
A nossa ideia é de que seria uma viagem ao fundo do mar, embalados por pequenas tartarugas.
Os vídeos e imagens que vimos eram nessa onda, e depois, é o Nemo, que é um desenho animado fofinho.
Estava a chover, e por isso nem nos importámos com a fila. Enquanto esperámos os miúdos entretiveram-se com um jogo disponibilizado no site deles, de uma tartaruga a apanhar estrelinhas.
Tudo muito querido fofinho.
Antes mesmo de entrar, uma senhora que tinha acabado de sair olhou para eles e disse "C'est pas bon!" e nós ficámos sem perceber. Pois se a altura mínima eram 1,07m, se eles advertiam que as crianças com menos de 7 têm de ir acompanhadas, era óbvio que a diversão era adequada às nossas crianças.
Deixem que quebre aqui o suspense, para quem nunca lá foi: aquilo é uma montanha russa! Sem tirar nem pôr.
Começa com uma viagem fofinha, mas rapidamente se transforma numa amálgama de subidas e descidas, voltas e mais voltas, ao nível da Space Mountain (só sem o looping).
Agora devem imaginar a nossa cara...
Eu ia de costas com o mais velho, ainda soltei uns Uhuuuu! nas primeiras voltas, mas claro, rapidamente perdi o pio. O meu filho, sempre tão pronto a verbalizar as suas emoções, estava furioso e cheio de medo também - desatou aos gritos que queria sair e não queria mais (e eu de olhos fechados só lhe gritava que não havia nada a fazer, que fechasse os olhos também e se deixasse ir...). A mais nova ia de frente com o pai e acabou a choramingar. Os meus sogros, que nunca tinham andado numa montanha russa, foram literalmente apanhados na curva...
No final, antes de nos podermos por a andar dali para fora, acendem-se as luzes porque houve um problema técnico, pelo que fomos mesmo os últimos a andar...
No fim, eu só tinha vontade de rir. Logo eu, a maior mariquinhas das montanhas russas, a meter os meus filhos numa situação destas!
Resultado, dali para a frente o mais velho ficou com medo das descidas (e obrigou-me a perguntar em todas as atrações se havia descidas) e a mais nova ficou com medo do escuro (só andou em coisas ao ar livre).
Na minha opinião o limite de 1,07 é inadequado, e esta montanha russa não deveria ser para menores de 10 anos.
Foi muito giro, e sobrevivemos com uma história para contar, mas lá que foi um momento para lá de insólito, lá isso foi...

5 comentários:

Tella disse...

O que me ri com este post ! (Eu sei que não devia mas...)

Raquel Ribeiro disse...

Não é uma diversão fácil. Mas está na descrição que é uma montanha russa. Nos também não conhecíamos esta é ficamos surpreendidos por ser tão fixe, já que somos amantes de roaller coasters!
O Gui andou mas não quis repetir, nós pais repetimos. Eu acho que mais do que altura é importante saber se gostam ou não deste tipo de diversão, a minha sogra não andou em várias coisas, o Gui também não entrou sempre q mostrou receio, vemos miúdos de 5/6 anos que adoram e adultos com medo! É mesmo uma coisa mesmo pessoal!

P. disse...

Ahahah! Dos melhores post's de sempre! Que aventura!

Mary QA disse...

O facto de ter altura mínima de 1,07m e de ter a advertência de que as crianças menores de 7 devem ir com um adulto fez-nos acreditar que se tratava de uma montanha russa para crianças. Com uma ou duas descidas mais emocionantes (tipo Piratas das Caraíbas) e um passeio pelo fundo do mar - que é o que as imagens mostram, aliás. Achámos que fosse emocionante para eles, não propriamente para nós...

Monja Beneditina disse...

Quésse dezer: vivemos num mundo em que nem no Nemo podemos confiar!! O Nemo é um aldrabão. Choque. Mas serviu para um post verdadeiramente hilariante e tão bem escrito que eu (totalmente virgem no que respeita a montanhas russas (e mesmo russinhas), carrocéis, carrinhos de choque e afins) senti o medo, o enjoo e o engano. Boa Mary.