quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Livro 41/40

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Perguntem a Sarah Gross, de João Pinto Coelho

Antes de mais, palmas para mim, que segundo o Goodreads este foi o 40º livro do ano (o do meu pai não está lá) pelo que quando o terminei tive direito a uma pequena celebração e tudo. Muito orgulho em mim e nesta resolução de ano novo bem sucedida.

Agora o livro.
Passa-se entre os Estados Unidos dos anos 60 e a Polónia desde os anos 20 até à II Guerra. Pelo tema, nunca diria que foi escrito por um português, mas foi. E que bem escrito que está!
A história prende, a forma como está contada também, e aquilo que mais me chamou a atenção foi o enorme respeito pela História. Não é contar por contar, houve investigação, há respeito pelo passado, há profundidade em cada detalhe neste romance que sendo ficção conta também a História do mundo no séc. XX.
Não consegui parar de ler.
Dei 5 estrelas e recomendo muito.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Coisas boas no meio das tempestades

Porque é sempre bom ver o lado positivo de tudo, também nas tempestades aparecem raios de sol. 
Com esta situação do meu pai (e da sua falta de saúde) custa-me muito andar sempre a alterar as rotinas. Todos os dias é preciso alguma coisa, e muitas vezes a chego a casa já depois dos miúdos estarem a dormir (e o que isto me custa!).
Mas depois há serões que ficamos os dois a ver o Visita Guiada, tardes de conversas com tios e tias que o vêm visitar, há vindas mais frequentes da irmã que vive longe, há almoços com sobrinhos queridos a meio da semana e eu sei (e sei mesmo, porque já passei por isto) que estes dias são difíceis oh se são, mas caramba, vou ter saudades disto tudo quando a tempestade passar. 

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Anúncios de Natal

Um grupo de crianças tira fotografias com os seus tablets e telemóveis a um senhor que está na sua vida, no café ou no barbeiro, sem a sua autorização.
Isto é uma cena fixe?
Por as criancinhas e tirar fotos às pessoas tipo macaquinhos do circo?
Sinceramente... 

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Livro 40/40

O Cego De Sevilha, de Robert Wilson

Há uns anos atrás emprestaram-me o Último Acto em Lisboa do mesmo autor e venderam-me como se fosse um livro imperdível. A cunhada, a irmã, a sogra, até o Tê, todos foram unânimes que o livro valia a pena. Ora, como é um clássico, comecei a ler e aquilo não me disse nada. Lembro-me que embirrei com qualquer coisa e desisti ao fim do primeiro capítulo (coisa que já não faço, sou mais persistente). O livro ainda andou lá por casa uns anos até o devolver mas não me convenceu.
Este vi em casa da Sofia (companheira blogger e leitora assídua) e trouxe emprestado, também com boas críticas tanto dela como da minha irmã e pai.
Também não me convenceu. É daqueles livros que li porque agora não desisto mas nada daquilo me atrai especialmente. 
Não entrei na cabeça da personagem principal, há pontas soltas, há descobertas que acontecem por acaso, há suspeitas que são dadas como confirmadas sem explicação, chegamos ao fim e pronto, ok, descobrimos o assassino sem grande entusiasmo. 
Valeu pelos diários do pai do detective, que para mim são o melhor do livro. 
Dei 3 estrelas por isso.
Recomendo mas não achei grande coisa. 

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

E no entanto...

... entre idas e vindas do hospital, a vida acontece, alheia ao que se passa por aqui.
Passo nos jardins e palácios mais incríveis e as cores de Outono estão no auge. Passamos na rua e cheira a castanha assada. Retomo as caminhadas de madrugada com uma amiga, e vamos pondo a conversa em dia.
Chego a casa de noite e dou com os três de pijama a brincar no quarto do mais velho (sem ser aos moches). Conto-lhes uma história e adormecem na minha cama.
E cada vez mais sinto que é isto. A vida são estes pequenos momentos, estes instantes tão breves que é fácil passarem por nós sem darmos por ela.
Estejamos atentos e vivamos o presente. A vida é isso mesmo.

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Silêncio

Temos andado este ano entre tempestades e bonanças, sem nunca termos podido respirar fundo.
Vivemos agora um momento em que os silêncios dizem tanto ou mais do que as palavras. No silêncio ficam as perguntas que não temos coragem de fazer, ficam as dúvidas que não temos vontade de esclarecer, ficam as certezas por confirmar.
Juro que não sei o que o futuro nos reserva, só sei que já perdemos a inocência e quase nada nos surpreende.
Neste silêncio todo, só tenho uma coisa para dizer: o cancro é uma (grande) merda.