domingo, 23 de junho de 2019

Festa da escola

De finalistas para o mais velho, que se despede do 1º ciclo, da professora, da turma e da escola.
E saiu em beleza, com um papel importante na peça da turma, e com oportunidade para cantar esta canção (sozinho, à capela, perante uma plateia cheia de gente).
O meu menino tímido, que há tão pouco tempo chorava nas festas do infantário (e tinha de vir para o meu colo para que os outros não chorassem também), está um verdadeiro animal de palco. E não nos disse nada de nada, não demonstrou nervosismo, não o vi sequer a treinar.
É (só) um poema do Luís de Camões, com música do Zeca Afonso.
Acabei lavada em lágrimas, claro.


Fim de semana romântico (ou não)

Hotel marcado para fazermos um fim de semana os dois num hotel, que é coisa que apreciamos, ou achamos que apreciamos porque na verdade nunca o fizemos.
Os miúdos foram logo dormir fora na sexta, para podermos acordar no sábado logo em mood fim de semana fora.
Pois que a virose de que a mais nova ainda não se tinha livrado re-atacou o mais velho, que passou a noite a chamar o gregório em casa da tia (ninguém merece, coitada!).
Um filho com virose até se deixa para trás, mas dois a vomitar já começa a ser abuso.
Hotel cancelado e o fim de semana foi passado de molho mesmo.
(há-de estar quase a passar, certo?)

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Notas soltas

  • semana de viroses cá por casa, houve cenas para limpar um pouco por todo o lado, capa de sofá, tapetes vários, cama, não de um nem de dois mas dos três filhos cá de casa (um de cada vez). A mais nova ainda não está a 100%, pelo que ainda não respiramos de alívio.
  • ando com cada vez menos paciência para cozinhar. Não tenho de todo. Mesmo.
  • o meu pai anda cada vez mais independente mas muito dependente ainda. Uma pessoa habitua-se a ter um pai que faz tudo (mas tudo mesmo) em casa, e depois estranha vê-lo sem fazer. Dio isto, da parte do médico só vieram boas notícias, por isso está tudo bem (o resto aguenta-se tudo!)
  • neste momento trabalho em sítios que têm gente alternadamente: num sítio é mais escolas, pelo que durante o ano lectivo não tenho mãos a medir, no outro é mais turistas, pelo que quando a escola acaba o trabalho intensifica-se noutro lado. Chego a esta altura do ano completamente KO
  • percebo que estou crescida quando chego a esta altura do ano, quase no verão, e quase (quase!) agradeço que não esteja bom tempo no fim de semana, para poder fazer tudo aquilo que tenho para fazer. É triste, mas é verdade.
  • tenho um telemóvel novo e preciso urgentemente de começar a usar o blogger por lá. Continuo a ter, como há 10 anos, mil ideias de posts ao longo do dia, e claro, quando chego ao portátil não me lembro nem de metade.
  • o portátil está que nem se aguenta, mas eu nem quero falar nisso. Já lhe decretei o óbito e ele ressuscitou, por isso tenho fé que a saúde esteja para ficar, mas nunca fiando.

Reta da meta

Mais um ano lectivo a chegar ao fim, mais três períodos que passaram a voar.
E a brincar a brincar, o mais velho termina o 1º ciclo.
Seguem-se os dias de férias e daqui a nada, puf, começa tudo outra vez.

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Livro 20/40

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Ofereci este livro à minha mãe em 2004, e desde essa altura o chá de rooibos - que a personagem principal está sempre a beber - passou a ser o seu preferido.
Parte afectiva à parte, o livro conta uma história engraçada, está bem escrito e lê-se num ai.
Recomendo.

segunda-feira, 10 de junho de 2019

Livro 19/19

Resultado de imagem para eliete


Mais uma vez aquela questão da gestão de expectativas.
É o livro sensação do momento, pelo menos no círculo (literário) em que me movo - as amigas do Goodreads, os blogues de malta que lê, clubes de leitura em que não participo mas conheço quem o faça - anda tudo doido com a Eliete.
Tanto é o entusiasmo que fui perguntar por ele na biblioteca, e ainda não o tinham - o livro é mesmo muito recente, foi lançado em Novembro passado - e como não tinham acabei por ler o Tudo são Histórias de Amor, da mesma autora, que adorei.
Os ingredientes estavam todos lá para eu dar 5 estrelas a este livro. Mas dei só 4.
Adorei de facto a 1ª metade, mas gostei menos da 2ª. E fiquei sempre naquela de ver se a 1ª parte voltava, mas não voltou.
Não se deixem enganar, o livro está soberbamente bem escrito, esta autora é mesmo imperdível, só que em comparação com o anterior e com tanta crítica positiva, esperava mais.
No entanto é um livro maravilhoso, ainda mais porque a Eliete, além de ser apenas uns meses mais nova que a minha irmã, viveu aqui na zona de Cascais toda a vida, e andou pelos mesmos espaços que eu exactamente: a Rua Direita, o paredão, o Tchipepa, o Oxford, até (caramba!) a fábrica de bolos que abria clandestinamente ao sábado à noite para vender bolos, onde acabaram as minhas noitadas invariavelmente durante anos, até ao dia em que com apenas duas ou três pessoas na fila à minha frente a polícia apareceu e nunca mais houve venda de bolos clandestina para ninguém.
A Dulce Maria Cardoso descreve espaços e situações como ninguém, desde as do passado às mais recentes, e é sem dúvida uma autora que vou continuar a ler.
Apesar de não dar 5 estrelas (que dei ao Tudo são Histórias de Amor) porque de facto o livro a certa altura perdeu um bocado o encanto, recomendo.

quinta-feira, 6 de junho de 2019

Actualização do desafio de leitura

Comecei nos 19 e rapidamente deu para perceber que a esse ritmo podia facilmente dobrar a parada.
Resolvi estabelecer o limite nos 40.
Diz a app que é só 1 livro por semana até ao fim do ano.
Vamos embora.

domingo, 2 de junho de 2019

Livro 17/19

Resultado de imagem para por quem os sinos dobram


Um enorme e profundo bocejo ao longo de 500 páginas.
Não gostei nada do Adeus às Armas, mas resolvi dar uma 2ª  oportunidade ao Hemingway, caramba, um autor tão conceituado, que viveu e escreveu sobre uma época que eu adoro (1ª metade do s. XX), com tanta coisa para eu gostar. Só que não.
No Adeus às Armas critiquei a superficialidade das personagens, nada profundas, com atitudes que eu sinceramente não percebi.
Neste as personagens têm profundidade, e são interessantes, e esta é uma história importantíssima de contar - o lado da resistência na guerra civil espanhola, com aquele ambiente de guerrilha e clandestinidade na vida das montanhas (os grupos, os líderes, as personagens típicas, a relação entre vida e morte, a importância das missões). Tudo coisas importantes e interessantes, mas que ele descreve de forma tão monótona, que perde a piada.
Foi um esforço e um desafio conseguir terminar, dei por mim a não me apetecer pegar no livro, à séria.
Não pretendo ler mais nada deste autor tão cedo. Talvez nunca mais, mesmo.

Livro 18/19 (o mais especial de todos)


 Resultado de imagem para pelos tribunais 50 anos de comarca em comarca

Para este livro não há opiniões imparciais.
Para quem não sabe, o autor é o meu próprio pai, e eu nem consigo disfarçar o orgulho que sinto ao ver um livro escrito por ele por essas livrarias fora. 
São histórias soltas, todas verídicas, de casos com que se foi cruzando durante a sua vida de advogado. Muitos destas histórias eu já conhecia, outras foram novidade, mas mais que nada é mesmo o meu pai que ali está em cada página, em cada palavra. A forma de escrever (tal e qual como fala), o encadear das ideias (sem perder o fio à meada), o vocabulário às vezes um bocadinho técnico, os seus ideais políticos (de direita, sem tirar nem por), o seu sentido de justiça e a sua forma de dar sempre, sempre, sempre o seu melhor em tudo o que faz.
É um projecto a que se dedicou nos últimos tempos com muito afinco, uma ideia que já vinha de há muito tempo atrás - "um dia ainda escrevo um livro!" - finalmente concretizada.
Sou completamente suspeita - admito - mas recomendo muitíssimo!