sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O meu 2010

Dificilmente terei um ano mais marcante do que este.
Alguns pontos altos, sem ordem de importancia:
  • o ano começou com os meus últimos meses de licença. Comecei o ano com um bebé pequenino, acabo com um rapazola cheio de caracóis, que faz gracinhas e começa a dar os primeiros passos. Dizem que o 1o ano de vida de um bebé é o mais importante, eu confirmo que é uma viagem alucinante. O fim da amamentação, os dentes, as gracinhas, a entrada para a escola, os novos alimentos, as doenças, tudo vivido pela primeira vez, tem um impacto muito especial na nossa vida. E ve-lo a fazer graças quando sabe que tem assistencia, a voar para os braços das pessoas que conhece bem, a descobrir como funciona um brinquedo, a saltar de alegria agarrado às grades da cama quando o vamos buscar de manhã, a olhar para mim com cara de asneira, a fugir pela nossa cama fora todo nu depois do banho... são apenas pequenas coisas, mas fazem o meu dia
  • comecei a trabalhar em part-time, o que me permite organizar a vida de outra maneira, e dedicar-me um pouco mais (e a partir de agora, mais) àquilo que gosto mesmo de fazer
  • a minha mãe passou pela pior fase da sua vida, pelo menos de que eu tenha memória, mas agarrou o touro pelos cornos e fez das fraquezas forças para não só fazer frente à doença, mas por arrasto, resolver uma série de coisas que estavam mal na sua vida. Passou (passámos todos) um mau (péssimo) bocado, mas ultrapassado o cabo das tormentas, acabou por correr tudo o melhor possível.
  • em Março nasceu o meu primeiro sobrinho por afinidade, o tal que é sobrinho por todos os lados, filho de dois melhores amigos que são também cunhados. Um sobrinho fantástico, cheio de personalidade e meigo como só ele (mas de um meigo-brutinho, mesmo de rapazola), que me faz a maior festa, dá saltinhos quando me ve, dá-me abraços e encosta a cabeça no meu ombro, e é um grande amigo do primo (apesar das caroladas que apanha de vez em quando...). Uma alegria imensa.
  • uma surpresa para todos foi a nova gravidez com que este ano nos brindou. Tão inesperada e arrebatadora, que nem tenho palavras. Nas primeiras semanas demorei a digerir a notícia, mas ao fim de tres meses já não me imaginava mãe de apenas um bebé. E é uma alegria e um privilégio poder outra vez ouvir um coração a bater pela primeira vez, sentir os primeiros movimentos, ter novamente um bebé na barriga. Diz que um é pouco e dois é bom, eu confirmo: dois é óptimo! E eu sei que a parte mais trabalhosa ainda aí vem, mas há lá coisa melhor do que embalar um bebé e sentir outro a mexer na barriga? Por muito pouco prático e cansativo que seja ter duas gravidezes de seguida (que é), há prazeres que são irrepetíveis...
  • este ano trouxe também a alegria de vir a ter mais um sobrinho, e de estar grávida ao mesmo tempo do que a minha irmã mais velha.
  • realizaram-se dois casamentos de pessoas importantes. O primo mais novo, eterna criança, que vai também ser pai ao mesmo tempo que nós (se bem que ele bem pode casar, comprar casa, ter filhos, para mim há-de estar eternamente de calçoes a brincar em casa da nossa avó ao sábado à tarde); e dois grandes amigos que ao fim de anos de namoro e vida comum e dois filhos, resolveram dar o nó num dia super emocionante. Foram dois dias inesquecíveis e só tenho pena é que tenham passado tão rápido...
  • na categoria batizados também foi um ano cheio: começou com o do baby Tanaka, que foi um dia muito especial para nós, não só por sermos convidados a partilhar esse dia com a família e amigos mais chegados, mas também porque a festa ocorreu em casa de uma grande amiga de infancia da minha mãe, de quem sempre ouvi falar com muito carinho e saudade, e que pude finalmente conhecer. Seguiu-se o batizado do meu filho, que apesar de todo o trabalho e logistica envolvidos, valeu bem a pena - foi um dia fantástico, com a maior parte das pessoas importantes para nós e vai para sempre ficar na nossa memória. Por último fui finalmente madrinha da minha afilhada, que antes de o ser já o era, mas foi um momento muito importante para mim se-lo oficialmente.
  • comprámos, finalmente, a nossa 1a casa! E ao fim de anos a viver sempre em casas de outrem sabe bem pensar que esta é mesmo nossa, que podemos fazer o que quisermos, que podemos investir em melhora-la, podemos finalmente assentar arraiais.

Acho que não posso pedir mais.
Mandem vir 2011, que cá estamos para o receber!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Diz o site de grávidas...

... que na semana que passou se desenvolveram as papilas gustativas do meu bebé.
Olha a espertalhona, com papilas gustativas prontas a apreciar as iguarias de Natal!
Deve estar em extase a pensar que é sempre este festim!
Mas não, minha amiga... mais 5 dias de farra e entramos nos eixos, combinado?
Para o ano há mais. Daqui a 2 anos para ti, ok?

Grávida de Inverno - so far so good

Tendo em conta que estou a ter uma gravidez na estação do ano oposta à primeira, estou para fazer um post com a comparação há que tempos, mas estava à espera que passasse mais tempo, para ver se a minha suspeita se confirmava ou não.
E confirma. Grávida no Verão, no que depender de mim, nunca mais.
Vamos por pontos.
Coisas melhores:
  • a ausencia de calor que nos incha até aos cabelos, e que me faz ficar com a tensão baixa, logo com muito menos energia
  • tenho menos frio do que o costume
  • conseguir usar os collants de descanso que não só previnem as varizes mas também ajudam a suportar o peso extra
  • os 1000 acessórios de grávida, cinta, collants, calças até ao pescoço, tudo isso faz um calor de morrer e agora não se nota tanto
  • não apetece comer tantas saladas, coisa que quem não está imune à toxoplasmose, como eu, não pode comer fora de casa. Também não apetece a cervejinha do fim de dia, nem as conquilhas, nem a mariscada na esplanada. As comidas de Inverno são mais amigas da grávida
  • passar o Natal grávida e já receber presentes para o bebé, dá jeito. Assim em vez de 1 época a receber presentes (no nascimento) ficamos com 2.

Coisas piores:

  • calhar a altura dos enjoos em pleno Agosto, ainda com calor. Muito mau
  • ter de andar com os sobretudos desapertados (mas também não tenho muito frio)
  • o Natal senhores, o Natal (no sentido de ganhar kilos demais)
  • com este tempo ainda não fiz caminhadas, e sinto a falta

Sei que ainda me faltam os últimos meses, mas acredito que a minha opinião se vai manter. Saldo claramente positivo.
Depois deixo o meu testemunho sobre Ter um bebé no Outono versus Ter um bebé na Primavera.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Ressaca pós-Natal

Lixada.
Não sei se foi da quantidade obscena de rabanadas e filhoses, mas hoje o esforço que fiz para arrancar este corpinho da cama foi descomunal.
Que preguiçaaaaaaaaa...

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Bom Natal!

Porque a partir daqui a correria é uma constante, aqui ficam os desejos de um óptimo Natal a todos os leitores, comentadores e amigos deste blog!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Cartão Viva

Na 2ª feira, debaixo de chuva intensa, fui a Lisboa ter um dia quase perfeito: loja do cidadão. repartição das finanças e segurança social, tudo numa mesma manhã.
Mas não é disso que me queixo, até porque só recebi boas notícias.
Fui de comboio de manhã, pagando por isso os 0,50€ extra do cartão Viva, para ser carregado com as viagens de comboio e metro. Tudo ok.
Chegada ao Cais do Sodré, carreguei com uma viagem de metro, e lá fui sem problemas.
No entanto, entre uma coisa e a outra resolvi passar depois em Campo de Ourique, para reunir sobre as novidades da manhã.
Como não tenho módulos de autocarro (não sei se o termo ainda existe: módulos), e este é o melhor meio para lá chegar, aconselha-me a minha irmã a carregar o dito cartão Viva no método "zapping", ou seja, com dinheiro em vez de viagens, para que funcione também no autocarro ou eléctrico. Carregado o cartão com 2 euros, achei aquilo fantástico.
Passa o cartão no autocarro e mais noutro, e no regresso a casa também funcionou no eléctrico.
Digno de 1º mundo, rápido e eficiente.
Eis chegada a hora de regressar de comboio.
Mete o cartão na máquina da estação para carregar com a viagem de regresso.
Erro.
Tenta de novo.
Erro.
Mais uma vez.
Erro. Operação cancelada.
Dirijo-me ao balcão da estação, estava fechado (claro!).
Perguntei ao senhor do café se a máquina estaria com problemas, e ele respondeu que não, mas que, como tinha 0,30€ de sobra no cartão não podia carregar com viagens de comboio.
Ãh??
Debaixo da chuva intensa e com pressa de voltar, lá me decidi a comprar outro cartão (toma lá mais 0,50€) para comprar a viagem.
Dentro do comboio, o revisor confirmou. O cartão Viva, tão à frente e tão 1º mundista, não permite ter carregamentos de dois tipos ao mesmo tempo. Basta ter 1 cêntimo no cartão, que já não podemos carregar com viagens de comboio ou metro.
Pergunto eu, que vou a Lisboa de transportes uma vez de vez em quando, e que tenho agora dois cartões Viva a apodrecer na carteira (um dos quais com 0,30€ dentro), isto faz algum sentido?

Se me virem com um olho negro...

... não estranhem.
É o meu filho e as suas (suaves) demonstrações de carinho.
Não prevejo um futuro fácil para a sua irmã...

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Troca de presentes do amigo invisível

O meu filho também vai ter uma, amanhã.
Relembro que o rapaz anda ainda na creche, mais concretamente, no berçário!

Comprei um brinquedo para os dentes, já que deve ser o denominador comum na turminha dele.
Nem 14 meses tem, e já ando a comprar presentes em nome dele.
Está mesmo a ficar igual ao pai!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Ema

What's in a name?
A questão dos nomes dos filhos é afinal muito mais complexa do que me parecia há uns anos atrás.
O nosso nome é a nossa identidade, diz muito daquilo que somos.
Simpatizamos com um nome porque o associamos a uma pessoa, detestamos outro porque odiamos quem o tem.
De repente, temos o papel de escolher o nome de uma pessoa.
Toda a vida os nossos filhos vão viver sob o peso da nossa escolha.
Vão repeti-lo ao longo da vida, escreve-lo vezes sem fim.
Uma responsabilidade, portanto.
Eu gosto muito do meu nome, o que faz com que a responsabilidade seja acrescida.
Acho um pesadelo viver a vida toda com um nome que se detesta. Ou a vida toda a explicar o seu próprio nome, e a dizer como se escreve.

O nome da nossa filha veio ter connosco há muito tempo, muito antes sequer de ter engravidado da 1a vez.
Li-o numa mailing list de crianças e chamou-me a atenção. Comentei com o Te, que gostou, e o assunto ficou por ali.
Tal como o nome de rapaz (que o Te não queria por), eu também já tinha um nome de rapariga escolhido há muito tempo.
Quando engravidei da outra vez, ainda antes de saber o sexo, perguntei ao Te se podia ser esse o nome, caso fosse uma menina. A resposta dele foi "então não ia ser Ema?". Confesso que já nem me lembrava, e não pensei que ele se lembrasse.
Durante os primeiros meses da outra gravidez fizemos listas de nomes, discutimos o assunto, tirámos à sorte, comparámos compatibilidades - tudo com nomes de rapazes.
O de rapariga, apesar de nunca termos dito a ninguém, estava escolhido.
Falámos com muita gente sobre o assunto, e a verdade é que nunca o nome foi mencionado por nós, nem sugerido por ninguém.
Desta vez a conversa não surgiu tantas vezes, porque lá está, antes de saber o sexo nem vale a pena estar a adivinhar. Assim como assim, o de rapariga estava escolhido, e o de rapaz estava tão longe de escolhido que nem valia a pena falar no assunto. Se fosse rapaz aliás, seria um problema, porque foram tantos os nomes referidos da outra vez, que ia sempre soar a 2a escolha...

Quando saímos da eco na semana passada, eu ainda abordei o assunto mas o Te disse que precisava digerir o facto de ser menina primeiro, que falariamos no nome depois.
Foram dois ou tres dias a consolidar a ideia cá em casa, e no domingo fizemos a divulgação oficial.
Sinceramente, prefiro anunciar o nome quando já temos a certeza, quando é definitivo.
Se damos várias hipóteses, tipo "estamos a pensar em Joana, ou Maria ou Beatriz" logo chovem os bitaites que não ajudam nada e só criam mais confusão: "ai Joana não, que era uma ranhosa da minha turma, Beatriz é feio e Maria é o nome da cadela da minha avó!" .
Assim, quando anunciamos oficialmente o nome, a malta apenas diz "gosto ou não gosto", ou faz comentários tipo "é diferente/não estava nada à espera" para não dizer que não gosta, mas guarda para si o facto de achar que é nome de tartaruga, ou de ter conhecido uma assassina em série com o mesmo nome.

Não tendo nada a ver, Ema segue exactamente os mesmo critérios que o nome do nosso baby grande: é suficientemente normal para não ter de o repetir 3 vezes nem explicar como se escreve, é suficientemente diferente para não haver 5 com o mesmo nome na turma, e não tem diminutivos óbvios (aliás, acho que não tem diminutivo, que não dá para ser um nome mais pequeno!).

Para nós, é perfeito!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Planos a longo prazo

Hoje aceitei um convite para um evento, através do FB, agendado para 2030!

Isto é que é organização!
Tudo planificado com a devida antecedencia, sim senhor, para depois ninguém se queixar de ah e tal é muito em cima da hora.
20 anos. Quando dermos por ela... já lá estamos!

Pergunta natalícia para as mães com crianças pequenas (ou bebés grandes, como preferirem)

Criança pequena, 1 ano e quase 2 meses e árvore de Natal.
Qual a solução?

Como fazem nas vossas casas? A árvore fica inacessível ou optaram por decoraçoes que não de partem? E luzes, sim ou não?
E onde colocam os presentes que normalmente estão debaixo da árvore?

Fizemos a nossa no domingo. A minha ideia era este ano ignorar as bolas e ficar só com umas decoraçoes de madeira (mínimas, que de tão pequenas nem deve fazer mal engolir), as luzes, e uns guizos grandes, que fazem o papel de bolas, e que tiveram o maior sucesso.
O Te achou pobrezinha, e lá testou a resistencia das bolas, de são de plástico e amolgam sem partir.
Dobrámos os cantos dos ramos para o baby não conseguir arrancar.
Pensámos colocar a árvore em cima de uma mesa, mas quanto mais alto se sobe, maior a queda, e achámos melhor deixa-la no chão (não é grande, dá-me pelo ombro).
Resultado: agarra-se aos ramos para se por de pé ( o que prova que já se poe de pé quase sozinho, porque os ramos não lhe dão apoio nenhum), abana os guizos com toda a força e fica furioso porque não saem dali, ignora os bonecos de madeira (ou engole-os sem eu dar por ela, também é possível), arranca as bolas do casquilho que prende ao fio e brinca com elas pela sala toda, atira-se para cima da árvore para alcançar a bola/guizo que pretende.
A árvore balança, balança, mas até agora, não caiu.
Sempre pendurei pais-natais e sinos de chocolate na árvore, mas acho que este ano, vou passar...
Agora tenho a mesa da sala cheia de sacos com presentes, uns embrulhados, outros não, mas não me parece boa ideia po-los no chão em volta da árvore...

Como é nas vossas casas?

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Assim é complicado...

Acabo de (tentar) fazer apoio técnico (ao telefone, claro) a um cliente ingles, surdo, velhote e dislexico.
Surreal, é o que posso dizer.

Ainda dos presentes de Natal

Já estão todos praticamente comprados - digo praticamente porque os que faltam são dados em conjunto, e não ficou decidido quem compra nem o que se dá.
Balanço claramente positivo, se bem que com a empreitada de trabalho que (espero eu) se avizinha, não vou mesmo ter tempo para mais.
Em breve farei um post com calma, dedicado ao Natal e aos presentes de Natal, agora só queria partilhar o que me aconteceu ontem - porque é Natal, e isso nota-se nos pequenos pormenores.
Fui comprar os tais 12 presentes que faltavam ontem à noite - já em anos anteriores registei que ao domingo à noite é a melhor altura para ir às compras nesta altura, pois está muito pouca gente. Não fosse o cansaço inerente à minha condição, e a minha nabice em deixar o carro num sítio completamente diferente do costume o que me fez andar às voltas à sua procura de carrinho em punho, e tinha saído de lá fresca que nem uma alface, sem ter de procurar lugar de estacionamento nem esperar horas em nenhuma fila de nenhuma loja.
Ora, estava eu na Fnac, já com 4 sacos de compras de outras lojas, a lista de pessoas que faltavam, mais uma bela quantidade de artigos para comprar quando vejo que afinal, não tenho 4 sacos de compras anteriores, mas sim 3. Devo ter pousado tudo para me ajeitar, e deixei ficar para trás o presente do amigo-invisível da única troca de amigos-invisíveis que vou fazer este ano.
Não vou dizer de que loja era, mas posso dizer que qualquer mulher, olhando para o pacote, gostaria de lhe deitar a mão.
Raios, pensei, já fui.
Andei às voltas à procura e nada. Olhei para as mãos das pessoas, nada. Perguntei a uma menina que lá andava e nada, mas aconselhou-me a perguntar na banquinha de informaçoes mais próxima. Fui lá, não estava ninguém. Olhei para dentro da banca, nada.
Raios, pensei outra vez, anda uma pessoa a contar os euros para gastar o mínimo e depois tem de gastar o dobro numa lembrança, por uma estupidez...
Antes de sair, a soltar fumo pelo nariz de raiva e nervos comigo própria por ter largado um presente assim, resolvi passar noutra banca a perguntar se por acaso não tinham deixado ali um saco da loja X (que o senhor pediu para repetir, claro, se fosse mulher saberia de que loja falo!). Eis se não quando ele vai lá atrás à zona da segurança, e regressa com o meu saquinho na mão! :)))
Haja alegria!
Fiquei mesmo surpreendida por alguém ter ido entregar o presente, e fiquei contente porque acho que isto aconteceu, em parte, porque é Natal.
Se calhar a pessoa que o encontrou faria o mesmo em qualquer altura do ano (espero que sim), mas a verdade é que eu não estava nadinha à espera, e quando vi o saco pensei "só mesmo no Natal!"

sábado, 11 de dezembro de 2010

12 more to go

Afinal, não consegui (mais uma vez) cumprir o sonho antigo de ter tudo pronto antes de chegar Dezembro (não sei, talvez porque mudei de casa entretanto, e tive mais em que pensar).
Podia ser pior.
Dos 12, alguns são de criança, outros tantos já sei o que comprar, os outros são os mais difíceis, de que não tenho a mais pálida ideia.
Já faltou mais...

Onze de Dezembro...

... e almoçámos pela primeira vez na varanda.

E ainda há quem pergunte porque é que regressámos da Holanda...

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Coisas de filho

O meu filho abraça-me, encosta-se a mim, agarra-me as bochechas com força. Persegue-me pela casa toda, chora quando desapareço da sua vista, quer sempre estar ao meu colo.
Isto... quando está doente.
Depois fica bom, e já não me liga nenhuma. Foge de mim quando o tento agarrar, esperneia para se soltar e ir gatinhar em liberdade.

Treze meses (13!), e já só vem ter com a mãe quando precisa.

Já estava à espera de um dia isto acontecer, mas com sinceridade, não pensei que fosse tão cedo.
Não antes da adolescencia, vá.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Prá menina

Afinal... vamos mesmo ter o famoso casalinho piroso cá em casa.
Tanto gozei com os comentários do casal que agora vou ouvi-los durante mais um bocado!
Incrível, mas quando estava ali deitada na marquesa, a olhar para o ecrã, pensei que de facto, o sexo não interessa para nada. Só de o ver ali enroladinho, a esticar os pés e a abrir a boca, de ver que está tudo bem, sem dúvida que tudo o resto se dissipa.
Mas foi com grande emoção que ouvimos "é uma menina"! E com alguma estranheza também. Uma miúda? Sabemos lá nós ser pais de uma miúda!
E a partir dali o Dr passou a trata-la por "ela", que "está aqui enroladinha e agora está esticadinha", e nós achámos aquilo estranhíssimo.
Quase dois anos a tratar bebés por ele e agora de repente, temos uma ela!
Mas sim, malta, não há como negar: estou a adorar o facto de ter uma menina.
Por ser diferente (apesar de os imãos serem todos diferentes); por toda a panóplia de roupa linda de morrer que estava guardada da prima à espera de oportunidade (alguma que eu mesma trouxe do Hema - loja preferida da Holanda); por ultimamente terem nascido só rapazes à nossa volta; porque as prateleiras de roupa de rapariga são muitas mais em todas as lojas; porque nos saldos há sempre imensa coisa de rapariga e nada de rapaz; porque daqui a 20 anos vou ter companhia para ir ao cabeleireiro, às compras, à manicure, e vou ter alguém que me de opinioes sobre o que se usa e não se usa (e vou bem precisar, que bem me conheço - a menos que a rapariga vire gótica, alternativa, primitiva urbana, ultra-ecológica ou outro qualquer estilo de vida que não se compadeça com o acima descrito. Raios. Se calhar é melhor arranjar outra, pelo sim, pelo não); porque assim, fazendo tão pouca diferença de idades mas sendo de sexos diferentes, estarão menos sujeitos a comparaçoes (se fosse outro rapaz seria inevitável comparar, as pessoas comparam entre primos, imagino entre irmãos!); porque assim crescem a vida toda habituados a conviver com uma pessoa de sexo diferente, e há-de haver um alegre convívio entre bolas e nenucos, carros de corrida e carrinhos de bebé - enfim, todo um equilíbrio que só faz bem a um e a outro. E aos pais também.
Se ficávamos felizes com outro rapazola? Claro que sim, e muito. Mas estamos muito contentes por ter saído uma menina na rifa.

E é assim, meus amigos, que um casal como o Te e eu, giros, jovens, modernos e cool, que viveram no estrangeiro e tudo, ficam de repente com um belo casalinho de filhos, tudo dentro dos conformes, com o menino mais velho para proteger a mana como manda a lei.
Somos oficialmente um super, ultra, mega cliché!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Do trabalho

Trabalhar ao feriado já é mau, mas ter um dia de trabalho chato ao feriado, quando devia estar a curtir a famelga, a beber chocolate quente e a fazer a árvore de Natal, ainda é pior.
Sou muito solidária com quem trabalha nos centros comerciais e tem dias horrorosos nestes feriados de Dezembro.
Dia mais chato, clientes mais chatos, reunião mais chata...
Chiça que nunca mais acaba.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Pró menino e prá menina

Porque esta semana temos ecografia das 21 semanas, e vamos poder, em princípio, se Sua Excelencia permitir, saber o sexo do nosso baby novo, aqui ficam as minhas consideraçoes sobre o assunto.
A 2a gravidez é bem diferente da 1a em algumas coisas (não muitas), e esta é uma delas.
Começamos com as reaçoes dos outros.
Como seria de esperar, seguindo a tradição bem portuguesa do "casalinho" (termo mais irritante, vamos ser honestos), são poucas as almas que não me perguntam "então agora vem a menina?", como se de uma obrigação se tratasse. Se à primeira é completamente indiferente, à segunda, não tem nada que enganar. Vir outro rapaz será estragar a hipótese do casalinho, e isso, meus senhores, não é bonito.
Sejamos sinceros, eu enquanto Mary, quero qb que seja uma menina. Para fazer o casalinho? Não, porque, como li num comentário genial num blog alheio, "não estou a pensar fazer criação", pelo que não preciso de um casal para coisa nenhuma.
Enquanto mãe, quero muito que venha um rapaz.
Passo a explicar.
Desde que engravidei desta segunda vez desenvolvi duas teorias opostas, que me vão permitir ficar igualmente feliz no dia em que souber o sexo deste baby.
Olhando à minha volta, acho que uma filha faz falta a qualquer mulher. Ah e tal, e os rapazes são mais chegados às mães (se é assim, nem quero pensar numa menina, que o meu rapaz é tão agarrado a mim que nem sei, uma miúda nem lhe devo por a vista em cima), e isso é tudo muito bonito, mas enquanto são crianças.
Depois crescem, e as mães envelhecem. E precisam de ajuda para escolher roupas adequadas a determinadas ocasioes, e precisam de opinião para mudar de visual, e precisam de companhia quando se sentem em baixo, e precisam de mandar bitaites a torto e a direito (é inato, está na massa do sangue das mães) em casa dos filhos e isso não funciona quando apenas se tem noras. Todas as mães que eu conheço que tem o famoso casalinho ou filhos rapazes e apenas 1 rapariga, acabam por contar muito mais com a ajuda da filha do que dos rapazes.
E nos casamentos, qual a mãe que tem mais protagonismo? A mãe da noiva.
E quando chegam os netos, em casa de quem os deixamos mais facilmente e com mais à vontade? Em casa das avós maternas.
Esperta foi a minha mãe, que à falta de 1, teve logo 3.
Por tudo isto e muito mais, eu sempre disse que se tivesse filhos de um só sexo, preferia que fossem raparigas. Como isso não vai ser possível, gostava de ter pelo menos uma.
E como não penso ficar por aqui, não precisa de vir a miúda agora, mas para o próximo a pressão, há que admitir, será muita.

Por outro lado, enquanto mãe, e acho que acontece a todas, não me vejo nada mãe de uma rapariga. Não sei o que isso é, e no meu íntimo acho que nasci para ser mãe de rapazolas, para jogar à bola todos os dias, para ter brincadeiras parvas e brutas, para fazer braços de ferro e não me preocupar com laços e bandoletes.

Por eles, espero que seja outro rapaz. Fazendo uma diferença de idades tão pequena, acho que vai ser muito mais giro pela vida fora.
Sendo um rapaz e uma rapariga, acho que há mais probabilidade de se virem a separar na adolescencia.
Penso nos "casalinhos de irmãos" mais crescidos, e vejo que aqueles que continuam a dar-se o fazem, em parte, porque os respectivos conjuges se dão bem também. Ora eu dou-me com as minhas irmãs, e combinamos cenas, e telefonamos, tudo à margem dos maridos.
Não quer dizer nada, eu sei, mas acho que dois rapazes tem mais probabilidade de serem os melhores amigos, hão-de sempre ter-se um ao outro para ir ao futebol e ir beber uma jola depois do trabalho.

A tudo isto, posso juntar a minha intuição maternal.
Eu tenho um feeling tão grande, mas tão grande, que há dias em que tenho a certeza absoluta que é rapariga, e outros em que juro a pés juntos que vem daí um rapaz.

Isto tudo para concluir, que sim malta, tal qual da 1a vez, o sexo é completamente indiferente.
O importante - olha o cliché - é que venha com saúde. Mai nada.

Fim-de-semana em festa

Sábado e domingo de festas de anos.
Bolos de chocolate, baba de camelo, crumble de frutos vermelhos, profiteroles, you name it. Tudo dias antes de ir à médica e à implacável balança. Raios.
Mas foi também fim de semana de: no sábado, viagem até ao Alentejo com a minha grávida gémea, duas horas de viagem para lá e para cá sob o tema de bebés, parto, estrias, cintas, padrinhos, tios, hospitais, ecografias, médicas and so on (sem chatear ninguém com a conversa mono-temática, porque dentro do carro iam só interessados na matéria), almoçarada da boa, jogatana em volta da mesa a tarde toda, o baby perseguiu a gata como se não houvesse amanhã e andou atrás dela o tempo todo a dizer "cão, cão", jogou à bola com maçãs e laranjas, tocou viola com o primo mais velho, e não dormiu nada a tarde toda. Passámos a noite os dois sozinhos na casa nova. Domingo, almoço de raquelette (não sei como se escreve) com famelga do Porto (e direito a conhecer o novo elemento), e tarde de converseta com todos, que o dia estava mesmo a pedi-las.
Em grande.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O Elefante gosta mesmo é de viajar

Não é que o raio do livro voltou a desaparecer?!
Sim, eu sei que ainda tenho algumas caixas por abrir, mas bolas, já tenho imensos livros nas estantes, e do Elefante, nem rasto...

Viver numa casa nova (para nós)

Por vezes sinto-me como a Mariana do Lote 12 2frente.
A mão apalpa a parede em busca do interruptor que está do outro lado.
Ponho água fria no duche, em vez de quente (na casa antiga a torneira estava ao contrário).
Abro armários na cozinha à procura dos copos.
Apago luzes nos interruptores errados.
Confundo os quartos.

Mas aos poucos, o cheiro da obra vai desaparecendo.
O frio deixa de se fazer sentir.
Começamos a ter rotinas, hábitos, costumes diferentes dos que tínhamos antes.
Gosto.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Constatação

Este post surgiu de um comentário que ia fazer num blog de que gosto muito, mas sob risco de se tornar o maior comentário de sempre, encaminhei a autora do blog para aqui, e assim partilho com todos.
Não faço ideia se alguma vez cheguei a escrever sobre isto aqui, mas também não vou agora procurar.

Quando estava na Holanda cheguei à conclusão que a ideia que fazemos de nós mesmos, que fomos construindo ao longo da vida, com base na nossa experiencia, na opinião dos outros, e também nas características das pessoas que nos rodeiam; acompanha-nos ao longo da vida, mesmo que deixe de fazer sentido.
Passo a explicar.

Toda a minha vida, nunca me considerei uma pessoa baixa. Digo mais, eu não sou uma pessoa baixa. Nunca fui a mais alta, é certo, mas sempre estive no grupo das pessoas mais altas. E esta é a ideia que tenho de mim.
Um dia, ainda na Holanda, resolvemos começar a medir as pessoas do escritório - que são de muitas nacionalidades diferentes, maioritariamente europeias - porque queríamos tirar a teima de quem é o mais alto (porque havia mais do que uma pessoa a rondar os 2 metros de altura - não estou a exagerar - e daí partimos para medir todos e mais alguns).
Qual não é o meu espanto quando, num grupo de 20 e tal pessoas, eu sou a 3a mais baixa! Abaixo de mim ficaram apenas uma italiana e uma espanhola, que seriam baixas em qualquer parte do mundo, não apenas na Holanda! Foi estranhíssimo. Pessoas que eu considerava da mesma altura que eu (não estou a falar dos de 2 metros, obviamente), quando medidos correctamente ficavam com um risco na parede um ou dois palmos acima do meu!
E foi nesse momento que cheguei à conclusão que, como cresci rodeada de gente da mesma altura ou mais baixa, como na escola, em casa, na rua, na vida, sempre me passaram uma ideia, quando eu me vi envolvida num meio em que, claramente, essa ideia estava errada - sim, naquele contexto, eu era baixa - nem me cheguei a aperceber! Durante meses o papel das mediçoes esteve colado na parede, mas nem isso contribuiu para eu mudar a minha ideia de mim: eu não sou baixa não senhor, voces é que são muito altos!
Do mesmo modo, cá em Portugal e ao longo de toda a minha vida, eu sou sempre considerada a loura e branca. Tirando as minhas irmãs (e sobrinhos) que partilham o mesmo tom de cabelo e pele que eu (mais coisa, menos coisa), em todos os contextos, eu sou sempre a loura. "A Mary? Qual Mary, a loura?", sou sempre alvo de chacota na praia, porque qualquer um em alguns minutos na praia de Carcavelos poe o meu bronze de 15 dias nas Maldivas no chinelo.
Claro que, quando fui para a Holanda - onde aí sim, as pessoas são mesmo brancas e louras - a minha ideia de mim não mudou. No meio de quase albinos, eu continuei a sentir-me a branca e loura do grupo. Até que um dia, ao ouvir uma colega comentar "sim, não sei quem tem o cabelo da cor do teu, assim castanho claro" (castanho claro, eu? mas eu sou louríssima, please!), cheguei à mesma conclusão... anos e anos de brancura não se compadecem com o facto de depender do contexto.

As ideias que trazia de mim, comigo ficou.
Corresponderá à verdade??

E penso em todos os meninos que me acompanharam na escola, que foram rotulados não só de altos ou baixos, mas de mal-criados, mandrioes, patinhos-feios, gordos, caixas-de-óculos, e penso, será que até hoje tem essa ideia de si mesmos?

Back on tracks

Hoje, pela primeira vez, o baby cá de casa dormiu a noite inteira no quarto dele.
Depois de mais de 1 ano a dormir no quarto dos pais, e 3 noites a "dormir" na cama dos pais (não sei se se pode chamar dormir àquilo que fizemos nessas noites), o rapaz ontem lá ficou de vez no quarto dele, chorou umas duas ou tres vezes durante segundos (à procura da chupeta, imagino eu), nem sequer bebeu leite à meia-noite (anda a rejeitar o leite, não sei se pelo leite ou pelo biberon) e acordou todo bem disposto de manhã.

Um crescido!

Agora, não sei como fazem as mães que deixam os bebés a dormir sozinhos no quarto desde os 4 ou 5 meses. Eu sei que é tudo uma questão de hábito (as mães vão crescendo enquanto mães à medida que os filhos vão crescendo enquanto pessoas - às vezes mais depressa, outras mais devagar), mas ontem quando estava na cama pensei que se calhar não teria sido capaz de o fazer muito mais cedo...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Rádio

A rádio online que ouço "no trabalho", de que gosto muito, de X em X tempo interrompe a emissão porque, nas suas palavras "detestariam ter a rádio a tocar para o vazio", pelo que de vez em quando tenho de lá ir dar OK e confirmar que "não fui devorada por um urso" (palavras deles também).
A minha coluna é toda XPTO, foi oferecida pela empresa, e é tão inteligente que quando não estamos a ouvir nada durante X tempo desliga-se sozinha.

Já estão a ver o que tenho de fazer N vezes por dia...
Há pachorra? Nope...

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Fim-de-semana de mudança

A noite passada veio no seguimento de um fim-de-semana de mudança. Não conheço ninguém que mude de casa tranquilamente... parece que nos tiram o chão, deixamos de ter as coisas básicas nos sítios de sempre, e leva sempre algum tempo até o pó assentar.

6a feira o baby foi dormir a casa de uns avós, e os outros vieram ajudar-nos a empacotar. Os avós Santos fazem uma bela equipa, empacotaram a cozinha toda, trouxeram coisas que podiam vir andando, embrulharam copos, pratos e sei lá mais o que. Foram embora era 1h da manhã. Eu a essa hora já só fazia disparates: fechava caixas com a tesoura lá dentro, contava horas tipo 1,2,3,7,8. Completamente KO.
Enquanto isso, a noite do baby era quase digna de filme. As 3h da manhã vomitou, o meu pai a querer limpar e... faltou a luz! De manhã sujou a fralda de tal maneira que deixou rasto na cama dos avós, na própria avó, na cortina da banheira... um autentico filme!
Sábado lá vieram os meninos da empresa da mudança, pobres coitados até me dava pena ve-los subir e descer os 3 andares vezes sem fim...
De tarde, veio uma equipa de recepção de avós Santos e tios Marinheiro ajudar a montar tudo (e carregar com coisas também). Entre mesas a passar de uma varanda para outra, a armários que destruiram um pouco do estore, à vizinha da frente que veio dar as boas vindas, à mega-estante da sala que eles desmontaram e não estavam a conseguir montar, decorreu tudo dentro da (possível) normalidade. Nessa noite o baby foi dormir a casa dos outros avós, onde também acordou de noite, com febre e tudo, uma chatice.
Domingo foi passado a arrumar caixas. Eu comecei no escritório, depois o quarto do baby (e gostei da sensação de arrumar as coisas num cantinho só dele), depois a cozinha (o que faltava, que muita coisa já estava arrumada pela equipa-maravilha no dia anterior). O Te passou o dia a montar a mega-estante que os senhores não conseguiram montar (confirma, os móveis do Ikea tem de ser montados segundo as instruçoes, passo a passo), a arrumar a sala e a ir à casa velha recolher o que faltava, que era muita coisa. Ainda assim muita coisa ficou feita, e à noite a casa até estava habitavel.

Coisas essenciais que nos faltam: acabar de arrumar as caixas do nosso quarto, acabar a sala (que está bastante atrasada), e muito importante, comprar os acessórios da casa-de-banho (espelho, armários, cenas para pendurar as toalhas), porque temos o básico na bolsa de toilette, e o resto em sacos, sabe-se lá onde...

Ontem o baby ficou por casa para ver se melhora, e para ressacar dos dias anteriores (fim-de-semana a dormir de casa em casa, com febre, dentes a nascer, rabiosque assado, sem comer nada de jeito, os pais à beira de um ataque de nervos a qualquer momento, coitadito, é normal que se ressinta) mas hoje já foi à escola.
Com muitos pormenores a afinar, é uma nova rotina que se instala.
Hoje é, em parte, o primeiro dia do resto das nossas vidas.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Noite épica

Ontem, depois do 1o post na casa nova, estava eu podre no sofá, sem adivinhar a noite que se seguiu.
Foi a 1 a vez que dormimos cá os 3, e foi também a 1a noite do baby no quarto dele - ena, ena, que crescido e independente que ele está!
O Te estava muito preocupado com o assunto, com medo de não o ouvirmos se chorasse (ele não ouvia mesmo com o baby na cama do lado), e ainda perguntou pelos inter-comunicadores, que hão-de estar algures, numa caixa qualquer perdida no meio da casa nova.
A casa nova é fria, pelo que pusemos o radiador no quarto dele, que dorme sempre destapado e não pára quieto nem a dormir. Depois ficámos preocupados porque o dito não era usado desde o ano passado, e se queima um fusível, e se explode, e se, e se...
Deitámo-nos vencidos pelo cansaço. Devemos ter dormido umas 2 horas. Chorou. Tentámos dar biberon na cama dele - não quis. Mais viagem, menos viagem, de pijama pela casa fria, pegamos nele e ala para a nossa cama.
Não queria leite, não queria nada, só colo, e chorava por tudo e por nada. Nós sem candeeiros na mesa-de-cabeceira, a ter de levantar para acender a luz de cada vez que ele abria a goela - o Te às tantas foi abrir a caixa para os tirar porque não dava para aguentar.
Resolvemos dar água, a tampa estava mal posta, entornamos água por ele abaixo, tivemos de o re-vestir a meio da noite.
Para completar o rapaz, que já referi aqui que nunca vem para a nossa cama sem ser só para brincar,m resolveu que o melhor era estar mesmo em cima de mim. Chorava baba e ranho de cada vez que mudava de posição (coisa que acontece de meia em meia hora), e depois esparramava-se em cima de mim, como calhava. Perdi a conta às cabeçadas, pontapés, narizadas, encontroes na barriga que levei. E depois, toca de ficar quieta e calada com ele nessa posição estrambólica, para não o acordar e ter choradeira de novo. No entretanto, o outro, coitadito, em forma de protesto, fartou-se de mexer. Foi giro. Foi uma bela noite.
De manhã, não melhorou. Tentei po-lo na cama dele - berros. Berrou durante todo o meu banho. Tive de me vestir com ele no colo. Giro. Vestir collants de grávida com um baby no colo é fantástico, ajuda imenso.
Fui ligar o computador - primeiro dia de trabalho no escritório novo - e havia um cabo mal ligado. Tive de o ir ligar debaixo da mesa, adivinhem, com ele no colo também!

E pronto, pouco passava das 8h e estava pronta a começar (começar??) um dia de trabalho.
Menos mal que estou em casa senão hoje teria mesmo de abusar da maquilhagem (que está sabe-se lá onde...).

E penso em mim quando escrevi o tal post, no cansaço que sentia, na vontade de me meter na cama e dormir como se não houvesse amanhã, que (pensava eu) não ia aguentar nem o esforço de lavar os dentes... que inocente!

Half way to go II

Mais uma vez posso dizer: este domingo completei as 20 semanas, estando por isso a meio da gravidez.
Se tudo correr como da outra vez estamos a mais de meio e já só faltam 19 semanas, mais coisa menos coisa.

Se por um lado apetece dizer "já??", por outro apetece dizer "ainda?"; é que a brincar a brincar, já me parece que estou grávida há uma eternidade.
Pensar no fim de semana em Monchique (em Agosto) que parece que foi noutra vida, e eu já estava grávida nessa altura...

Mas este baby é muito fofo, e ontem à noite mexeu com tanta força que acho que já deve dar para sentir do lado de fora.
Coitadito, devia estar pior que estragado, que este fim-de-semana (que vale post à parte) e esta noite foi de derrubar qualquer um!

domingo, 28 de novembro de 2010

1º post na casa nova

... como não podia deixar de ser: estou PODRE!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

3, 2, 1....

Estamos quase a levantar voo desta casa, se bem que olhando para ela agora, dificilmente acredito que está quase.
Ainda falta muita coisa.
Da casa nova, tudo OK.
Com a preciosa ajuda do avo Santos, que tirou um dia de férias para ficar na nossa casa todo o dia, ontem tivemos visita do Sr. Electricista (fichas e interruptores mudados, luzes por baixo dos armários da cozinha instaladas, cabo da tv colocado na calha), do Sr. Empreiteiro (espero que seja a última, desentupiu o cano que provocava a saída de água pelo poliban acima - que, só por acaso, estava cheio de massa de colocar azulejos, imagine-se como foi ali parar - e ajustou o lavatório da outra casa-de-banho), e ainda do Sr. Inspector do Gás (depois do primeiro chumbo, com 1000 alteraçoes a fazer no tubo do esquentador, e até numa gaveta em frente à torneira do gás, passámos com distinção e nota máxima, com zero emissoes de gás pela cozinha dentro).
Agora sim, temos casa pronta!
Por aqui, como já disse 345 vezes, a gravidez e um bebé em casa não ajudam. Por volta das 22h, hora em que numa situação normal estaria com a pica toda para arrumar tudo, estou podre de cansaço, e com muita falta de vontade. Olho para os armários a meio e só me apetece fechar os olhos e acordar com tudo pronto. Já nem temos sítio para por os pés!
O baby, claro, está outra vez com algum dente a aparecer (foi portanto um total de umas 5 noites a dormir bem), e está também a ressentir-se deste stress todo, que o rapaz tem bom feitio e está sempre na boa, mas também não é de pedra. Resultado, hoje, que foi a sua última noite nesta casa que o viu nascer (hoje dorme nos avós), fartou-se de acordar, chorar e sei mais lá o que. Sei que às tantas, eram umas 4h ou 5h da manhã e o Te no mais perfeito desespero pergunta-me onde está o livro do cão (um livro lindo de morrer, com uma cadela grávida e bebés na barriga, que ele adora e costuma ver na cama nestas situaçoes em que acorda e não quer nada) - relembro que temos a casa atulhada de caixas e malas de viagem, e sacos pelo chão, sabia lá eu àquela hora onde estava esse livro especificamente!!! Enfim, lá o encontrou, mas não resolveu, acabando por vir dormir para a nossa cama. Isto dito assim não parece nada de especial, mas quem o conhece sabe que ele nunca, mas nunca, vem dormir na nossa cama - a última vez deve ter acontecido quando ele ainda mamava, pelo que antes dos 4 meses seguramente.
Foi assim sui generis esta noite, e muito boa para recuperar de um dia cansativo para outro dia ainda mais cansativo.
Mas para o bem e para o mal, já falta pouco. Amanhã de manhã todas as nossas coisas estarão a zarpar daqui para fora.
Se vejo tudo pronto... nem acredito!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Nova música de embalar do meu baby

Quando ele nasceu percebi que os bebés não precisam de cançoes de embalar de criança, basta cantar-lhes uma canção calminha que serve perfeitamente.
A primeira e principal canção, que comecei a cantar por acaso e pegou, e que ele até hoje reconhece perfeitamente (mesmo quando pomos o original a tocar!) é o Here Comes the Sun, dos Beatles (numa versão curta e adaptada por mim). Cantei-a vezes sem fim durante os meses de licença, sempre com esperança que o longo inverno acabasse e o sol finalmente aparecesse...

No outro dia re-descobri esta, que não ouvia há anos.
A letra não pode ser mais adequada. Gosto muito.
Vamos ver se o baby novo a ouve também e percebe a mensagem quando chegar cá fora.

Pequeno prazer

O pequeno-almoço.
Vou levar o baby à escola e antes de sair como só um kiwi, para não sair sem comer nada.
No regresso, já sentada na secretária, regalo-me com uma caneca de café com leite quentinho e duas torradas com manteiga (magra, mas pronto).
Tão bom.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Paradoxo

Na altura da minha vida em que tenho mais dias de férias para tirar - como tive 5 meses de licença até Março (estando a trabalhar em full time na altura) e em Abril do próximo ano vou ter outros 5, fiquei com uma espécie de 186 dias de férias por tirar antes disso, mais coisa menos coisa - é também a altura da minha vida em vou trabalhar (eu e mais 2 ou 3 gatos pingados na empresa) no dia 24 de Dezembro de manhã e no dia 31 de Dezembro o dia todo.
Uma estreia absoluta.
E perguntam voces: oh Mary, então tens tantos dias livres, porque não tiras esses dias de férias como as pessoas?
E a resposta é: porque na situação actual em que se encontra o país, parece-me mais inteligente fazer pequenas cedencias e mostrar flexibilidade, do que fazer finca-pé que quero tirar férias quando toda a gente tira.
Porque sim, eu também queria tirar férias nesses dias. E sim, vou estar bem chateada e de trombil quando me sentar à secretária.
Mas também não me apetece ser eu a sair borda fora caso haja redução de pessoal, e acho que estes pormenores podem fazer a diferença.
Enfim...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Caixas de mudanças

Sei que é muito pouco ecológico e económico comprar caixas de propósito para fazer mudanças, mas a verdade é que acaba por compensar. Têm pegas, o tamanho indicado para transportar, e algumas até uma linha-limite para colocar as coisas.
Das melhores que vi até hoje são as do Blocker, loja tipo dos 300 da Holanda.
Ainda nos resta uma, que vai ser novamente usada.
Lê-se na parte de cima: toalhas de mesa, panos de cozinha e bolsa dos remédios a verde, riscado por cima. Ao lado, a preto, Livros Sala, também riscado. Ao lado aparece um 5 gigante, que foi da última vez que a usámos, quando veio da Holanda na camioneta do Sr. Rebelo. Numerei as caixas e tinha uma lista com tudo o que cada uma continha. Isto porque as caixas foram enviadas e chegaram a Portugal algumas semanas depois, e nós na altura não tínhamos casa, pelo que eu fiz a lista detalhada para não haver enganos, porque não sabia quando nem onde a ia abrir novamente. Fica a dica.
Agora vou ali riscar o 5 e escrever Livros Escritório Estante Preta.
Será a última vez que a vou usar??

Para mim o blog com o nome mais giro...

... e original, é este.

Nunca li, não me interessa o conteúdo, mas acho o título genial!

Mudanças e outras andanças

  • fim-de-semana a limpar a casa nova. Já cá deixei o aviso: se engravidar não mude de casa, se mudar de casa, não engravide. Depois não venham com o ah e tal e podias ter avisado...
  • reconciliei-me com a casa-de-banho pequena, a verde-escura que fui eu que idealizei e que não tinha ficado fã. Havia um problema estrutural por parte do Sr. Empreiteiro (que merece post à parte) e estivemos vai-não vai para ignorar (a paciencia é muito pouca), mas eu resolvi ligar-lhe e ele lá veio no sábado de manhã acabar o que ficou por fazer. Faz toda a diferença.
  • A casa-de-banho grande também ficou gira, gira, e a cozinha ainda mais, ficou mesmo, mesmo gira!
  • apesar do ponto anterior, continuamos firmes na convicção de que a nossa próxima casa vai ter de estar renovada quando comprarmos. Não, não queremos perder fins-de-semana sem fim a comprar chão e azulejos e retretes. Temos coisas muito mais giras para fazer, trust me. E não, não nos faz confusão/pena não sermos nós a escolher. Desde que seja giro, pode seguir.
  • pormenores que falham: o lava-louça pinga, o lavatório do WC grande também, e no pequeno quando se abre a torneira do lavatório com muita pressão começa a sair água pelo poliban acima. Giro.
  • em relação ao ponto anterior, se dúvidas houvesse, deixariam de haver: se estivessemos a pensar tornar-nos proprietários de várias casas para arrendar, já tinhamos abandonado a ideia. Só de pensar na quantidade de pormenores que agora somos nós a tratar e multiplicar por todas as hipotéticas casas que pudessemos ter... blaaaagh. Estamos habituados a chamar o senhorio quando temos problemas, mas agora já não há senhorio para tratar. Seca.
  • 5a feira afinam-se os últimos detalhes, temos inspeção do gás, temos mudança das tomadas que faltam , aplicação da calha no fio da tv na sala, e arranjo dos problemas acima indicados.
  • sábado temos empresa de mudanças contratada
  • já começo a trabalhar no meio de caixas, mas ainda assim apenas temos meia estante vazia. Falta o resto dessa estante, e tudo o resto da casa toda
  • desde sábado, com este exercício físico forçado, que durmo que nem um anjo. Nem uma dor nas costas, nem uma insónia, nem uma deixa-lá-por-aqui-a-almofada-a-jeito, nem uma ida à casa-de-banho, nada. Ao baby nasceram dois dentes na semana passada pelo que agora anda a dormir de seguida também. Eu adormeço e acordo na mesma posição. Maravilha.
  • incrível a nossa capacidade de acumular tralha. Sem saber bem como, temos uma casa cheia. Em breve, a casa nova, maior, estará cheia também. Raios.
  • ainda nos falta muita coisa, mas muita coisa já está encaminhada, e isso é bom!

domingo, 21 de novembro de 2010

14

Faz hoje 14 anos que a minha vida mudou.
A minha família transformou-se, o mundo como o conhecera alterou-se, ganhou uma nova perspectiva.
Foi uma nova faceta, uma nova realidade para todos nós, que a vivemos com tanta, mas tanta alegria, muitas lágrimas, uma enorme emoção.
Foi o início de uma grande viagem, de um papel que assumo com o maior prazer, de tenho o maior orgulho em desempenhar o melhor possível.

Faz hoje 14 anos que fui tia pela primeira vez.

A ver se me lembro...

De nunca mais, repito NUNCA MAIS, fazer uma mudança durante a gravidez.

E ainda a procissão vai no adro, meus amigos...,

sábado, 20 de novembro de 2010

Chegada para 2011 II

Desde que escrevi este post mais malta fez a sua requisição à cegonha, tanta que é possível que me esqueça de alguém...
Às futuras mães que referi no post comecei por juntar-me eu própria - ou melhor, na altura já estava e sabia que estava grávida, mas ainda não tinha sido anunciado oficialmente.
E porque os meus filhos têm de ter primos com idade perto para brincar, eis que a cegonha anuncia a sua chegada lá para fins de Maio onde menos se espera: no meio do Alentejo. A minha irmã mais velha resolve lançar a sua última (talvez, nunca se sabe) cartada e apostar tudo na sua 4ª cria! De se lhe tirar o chapéu pela coragem, não só por ir ao 4º filho que cada vez é mais raro, mas também por o fazer quando já tem 3 filhos criados (o mais novo com quase 9 anos). Um regresso às fraldas quando os outros estão em provas de aferição é sem dúvida um acto de muita coragem, e alguma loucura também! Vai ser tão giro!
A ida ao 4º filho é também partilhada pela sua cunhada, minha amiga da adolescência. Com a minha idade e a caminho do 4º filho, é no mínimo inesperado, e louco também, devo dizer!
Na categoria das leitoras deste blog juntou-se a Joaninha - e eu feita ursa, quando li no seu blog um post intitulado "14 semanas" achei que se referisse a 14 semanas de dieta! A Joaninha, contrariamente ao que é comum hoje em dia, não quer saber o sexo do bebé, pelo que há que esperar até Março para saber. Outra leitora do blog, a Molinhas, que também foi minha companheira de gravidez no ano passado, acompanha-me também acto de ter filhos com 1 ano e meio de diferença! Como vamos à mesma médica e ela tem menos umas semanas que eu, quando foi à primeira consulta a dra comentou "O que se passa com estas mães de 1ª viagem, que estão com pressa para ir ao 2º?". A Molinhas só soube uns dias mais tarde, que a médica se estava a referir a mim! Mais uma vez havemos de nos encontrar na sala de espera do consultório, ou nas salas da MAC a fazer o ctg!

Pelo que, pelo menos até fins de Maio de 2011, temos pelo menos mais 7 crianças no mundo.
Ainda sobram muitos meses até 2011 acabar...
Quem se segue??

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Rugby sub12

Ali nos outros blogs para ler há mais um para seguir.

E o jogador mais giro, mais fantástico, mais inteligente e cheio de estilo que aparece nas fotografias, é meu sobrinho.
:)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Livros

Depois de ter chegado à vergonhosa conclusão que em 2010 li apenas e só 1 (um!) livro - vergonha, vergonha, muita vergonha - ontem fui recuperar A Viagem do Elefante, que comecei a ler sei lá quando, e que tinha misteriosamente desaparecido após os primeiros capítulos.
Interpretei a coisa como "não era altura de o ler", e desisti de o procurar (tinha a certeza que estava cá em casa).
Fui dar com ele tempos depois, dentro do cesto das revistas, bem lá no fundo e devolvi-o à prateleira.
Ontem foi dia de voltar a pegar nele e retomar a leitura.
Vamos ver se o acabo antes de chegar 2011.

Explicação do post anterior

Fiz a pergunta, como devem calcular, porque depois de o meter na cama regressei à sala e o cenário era o do costume: diversos montes de livros no chão, cubos e legos espalhados, carrinhos, bolas e sei lá mais o que. Quase sem espaço para pisar o chão.
E de repente fez-se o clic. Olhando para a sala eu diria que estiveram aqui a brincar duas ou tres crianças no mínimo, não apenas 1 mísero bebé.
E caiu a ficha - se um só faz isto, será que dois vão fazer o dobro? Não consegui imaginar a sala com o dobro da desarrumação. Pensei, naaaahhhh, impossível, de certeza que os dois acabam por desarrumar o mesmo. Ou não?
Vamos esperar para ver... stay tuned!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Só 1 perguntinha a quem tem mais do que 1 filho

O nível de desarrumação que produz um filho de 1 ano, digamos que enérgico mas nada do outro mundo, é multiplicado consoante o número de filhos que se tem?
Quem tem dois, três ou quatro filhos tem o dobro, triplo ou quádruplo da desarrumação, de brinquedos e livros espalhados pelo chão, do que quem tem só um?
Ou a desarrumação não se ressente com a multiplicação da criançada?

Constatação

Acabo de me aperceber (por ter ido calhar a um blog com fotografias lindíssimas de um quarto de bebé) que cá em casa não houve e em princípio não vai haver nunca, um quarto de bebé.
O meu bebé ainda não tem quarto, dorme no nosso porque o outro, o "quarto do bebé" que nunca o foi, é o meu escritório.
Na casa nova o meu bebé, que o é cada vez menos, já não vai ter um quarto de bebé, mas um quarto de menino, com bolas, carrinhos, livros e legos.
Quando o novo bebé se mudar para o quarto do irmão, terá um cantinho de bebé num quarto de rapaz (como o mais velho tem um canto de bebé no quarto dos pais), mas não vai ter um quarto inteirinho, todo de bebé, porque já haverá quem o habite, e não será um bebé.
Não me faz pena nenhuma nem nada - até porque estes quartos normalmente são de menina, que pode manter a decoração suave por mais tempo - mas ao olhar para aquelas fotografias, o móbil pendurado, as roupas penduradas direitinhas, o papel de parede fofinho, as cores pastel, todo um ambiente completamente de bebé pequenino de que quase consegui sentir o cheiro - a bebé, já se está a ver - lembrei-me que por cá não há, nem vai haver, nada disso.
Era só.

Erro

Ter o relógio do telemóvel atrasado mais de 5 minutos, quando toda uma família de 3 elementos e 1/2 depende do seu alarme para sair da cama.

Porque é que as pessoas normais esperam mais do que nove meses para voltar a engravidar VI

Para terem um filho que anda pelo seu próprio pé quando engravidam.

Esta tinha tanto, mas tanto, pano para mangas que nem vou desenvolver mais. Ter um bebé na fase do gatinha, levanta, quer colo, afinal não quer colo, quer chão, afinal quer colo outra vez, tudo com outro na barriga, trust me, é duro.
E sim, eu sei que uma criança que anda é por vezes ainda pior, que ao menos enquanto gatinham a malta consegue acompanhar. Mas a prespectiva de o ter a começar a andar durante a minha gravidez, arrepia-me.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

True colors III e o andamento da obra

Hoje fui lá ver o famoso hall, e achei que está impecável, nem vale a pena mexer mais.
Está perfeito, lindo de morrer, eh pá um espectáculo de um hall cheio de estilo e originalidade?
Não.
Mas nós também não somos nada disso, pelo que está um hall à nossa medida: engraçado, giro, discreto, sem grande história para contar. Em breve estará cheio de estantes com livros, cabides com casacos pendurados, quadros nas paredes, e, se bem nos conheço, sacos e brinquedos espalhados pelo chão; nem se vai notar de que cor são as paredes.

Tirando isso, amanhã temos inspecção do gás - nem comentei aqui a minha ida à Digal, onde a senhora procura a nossa morada num dossier com aquelas folhas furadas dos lados que saíam em rolo da impressora, e preenche a ficha de inscrição à mão, anotando a hora da inspecção a vermelho, enfim toda uma incursão até ao séc. XX profundo - e depois a instalação da internet.
Sábado vão recolher o móvel da sala - um verdadeiro imóvel para ser precisa, com portas em baixo e vitrine em cima como manda o figurino, e tão grande que sem ele vamos ganhar uns bons metros de sala. Segue-se uma limpeza profunda e...voilá: podem começar as mudanças!

E estou tão entusiasmada com a mudança que até me esqueço deste post.
Na altura éramos só dois, e tínhamos vivido naquela casa 1 ano. Nesta estamos há 2 anos e 5 meses, já somos 3, a caminho do 4º, mas temos aproximadamente 10 vezes mais tralha para mudar.
I can't wait!

True Colors II

No sábado, claro, houve filme por causa da tinta caramelo-que-saiu-laranja.
O Te quando abriu a lata ia tendo um ataque, ligou-me em panico a dizer que não ia pintar os azulejos com aquilo, laranja-fluorescente, que quase fere os olhos.
Eu já desconfiava, quando o senhor abriu a lata na loja também achei a cor aberta demais, mas o senhor das tintas explicou que ah e tal, isto depois de seco e com duas de mão e o camandro, e eu, siga que tenho mais que fazer. A verdade é que o azul do quarto também nos saiu um tiro completamente ao lado, mas no fim ficou bem giro, pelo que esperei que acontecesse o mesmo.
Insisti com o Te para experimentar o dito caramelo - laranja, coisa que ele fez num cantinho, e como se esperava, odiou o resultado.
Depois de alguma ginástica logística de boleias e ajuda com o almoço do baby, lá fomos os dois à loja da Robialac. Convém dizer que entre tintas, primários e enganos nuns e noutros, já sou considerada cliente frequente, quando entro quase que me tratam pelo nome.
Lá dissemos que a cor não correspondia em NADA com a cor do catálogo, e o senhor - super prestável e simpático - lá experimentou, secou com secador, tentou afinar outra vez, pincela o catálogo, seca outra vez, e concluiu que sim senhor, a cor não ficou bem afinada pelo que podemos escolher outra. Na minha opinião, o problema maior nem foi a cor ser diferente do catálogo, pois a verdade é que era uma diferença mínima. O problema maior foi mesmo a escolha da cor, ou seja, culpa inteiramente nossa.
E para não correr o mesmo risco, optámos por um tom bastante mais suave, para jogar pelo seguro.
Tão segura que foi a jogada que agora mal se nota a diferença com a baunilha da parte de cima.
Há paciencia para isto? Não.
Ainda não vi o resultado final, mas já estamos num ponto de rebuçado tal... que não interessa, vai ficar assim e acabou.
Já aqui referi que não tenho jeitinho nenhum, nem gosto, nem aptidão, nem prazer, nem paciencia, para estas coisas da decoração? Já, não já?
Confirma.

sábado, 13 de novembro de 2010

A 1ª do ano


Ontem foi dia de abrir as hostes ao Natal, que começa sempre quando se ouve esta música pela primeira vez.

E apesar de a ouvir todo o santo Natal sabe-se lá quantas vezes (e ainda falta ouvir o All I want for Christmas is you da Mariah Carey) a verdade é que já não via o teledisco há décadas.
Que férias fantásticas, no meio da neve com um grupo de amigos! Que sítio giro, tudo a fazer a árvore de Natal e a atirar bolas de neve. Fiquei com inveja, confesso...
E percebi que esta malta toda é provavelmente mais nova que eu, coisa que não acontecia da última vez que tinha visto o vídeo. Pffffff.....

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

True colors

Para combinar com baunilha e cereja escura eu sugeri chocolate preto. O Tê propôs leite condensado fervido. Eu pensei em chocolate de leite.
Concordámos em caramelo, que nos saiu laranja.

Parece que falo de sabores de gelados, mas a verdade é que falo do drama das cores do nosso hall de entrada/corredor.
De longe é a divisão da casa que mais propostas teve. Já o pensámos de tantas maneiras quantos dedos que temos nas mãos.
A ideia que falei no último post revelou-se impraticável. Optámos pela solução mais fácil, que também não ficou grande coisa.
Este fim-de-semana é a batalha final. Como ficar ficou.
Não estou com grande fé no resultado final, mas eu já provei que não dou uma para a caixa neste assunto, pelo qual...

Pé de ouro

Já aqui referi que o meu baby é louco por bolas. Onde estiver uma bola ele quer ir, topa-as à distancia, e é assim há bastantes meses, desde que começou a gatinhar.
Sendo ele super independente, e rápido a gatinhar, estar a "aprender a andar" de mãos dadas connosco era coisa que não achava graça nenhuma. Só queria era libertar-se das nossas garras e gatinhar a toda a velocidade por esse mundo fora (acho que ainda não percebeu que vai mais longe a andar ou correr, mas pronto).
Na semana passada percebemos que ele aceita treinar para andar se tiver uma bola nos pés. E o incrível é que, sem ninguém o ter ensinado, o rapaz chuta na bola, e com o pé esquerdo, tal como o pai (que jogou futebol durante anos, e tem fotografias com 2 ou 3 anos a chutar a bola exactamente com o pé esquerdo). Conseguem imaginar a baba do progenitor...
Ontem foi dia de comprar sapatos, porque os que tinha - que eram da Chicco, comprados nos saldos, mas ainda assim - estragaram-se no fecho ao fim de mes e meio de uso. Devolveram-me o dinheiro, mas como já não estamos em saldo, o rapaz ficou sem sapatos. Fui a uma loja famosa em Cascais, que vende sapatos feitos em Portugal, comprados directamente ao produtor, de óptima qualidade e a um preço fantástico, e escolhi aqueles que correspondiam exactamente às características indicadas pela médica: abotinados, sola de couro com antiderrapante, duros no calcanhar, com palmilha anatómica. Não eram os mais giros, mas nem pensar em por estes pés de ouro em risco!
Hoje de manhã enquanto o calçava, diz o Te: "trata bem esses pés, que vão ser a nossa reforma!".
Nesta altura de crise - que até sem abono ficámos! - há que pensar no futuro!

Do trabalho

  • hoje estou a trabalhar o dia todo, porque uma colega me pediu para o fazer para ela poder ir visitar o namorado à Finlandia.
  • a minha colega espanhola vai mudar de equipa e eu estou muito triste. Para ela vai ser melhor, ou pelo menos diferente, e vai trabalhar directamente com pessoas de quem gosto muito, pelo que vai com certeza correr bem. Por mim, acho uma chatice. Isto de construir uma relação de trabalho à distancia pode ser complicado, e leva tempo. Desde que trabalho a partir de casa até tive sorte com os colegas mais directos, que foram até agora dois. Um era portugues, filho de emigrantes, homeopata, e um doce de rapaz que agora vive na Letónia, casou e vai ter um filho em breve. Depois veio esta espanhola, que é um amor, e com quem me dei bem desde que a conheci, quando fui a Amsterdam em Abril de 2009. Não deixa de ser estranho pensar que só a vi 3 vezes na vida, mas é uma pessoa que considero bastante próxima. Vamos lá ver o que me vai calhar na rifa.
  • quando fui a Amsterdam desta última vez fiquei a conhecer pessoalmente o meu novo chefe. Vem de Israel, e é gay, coisa que só percebi quando o vi, claro. Fiquei contente, porque tenho boas experiencias a trabalhar com gays na Holanda (em Portugal foi bastante diferente, isto de trabalhar com gays disfarçados de pais de família torna-se complicado). Os gays podem ser, sem dúvida, os melhores amigos das mulheres, e espero que este seja também um bom chefe.
  • em Novembro e Dezembro vou trabalhar também às 5a e 6a de manhã. estamos com uma pessoa a menos na equipa, e é uma época de bastante trabalho. A mim vem mesmo a calhar porque além de ser a época de Natal - sempre pouco cansativa - vai coincidir com a mudança. E com uma actividade que vamos desenvolver no outro projecto profissional. Giro.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

14 down...

...19 more to go (mais coisa menos coisa).
Presentes de Natal.
Ainda nem chegámos a meio de Novembro e tenho quase metade comprados.
Orgulho.
Estou em crer que é a 1a vez que acontece.
Se conseguir ter tudo pronto antes de Dezembro será um sonho tornado realidade.
Livre para desfrutar o espírito natalício sem me preocupar com presentes. Bem bom...

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Apertar o cinto

E a crise entrou-nos ontem oficialmente pela porta adentro, mais concretamente pela caixa do correio.
Recebemos a carta do ISS com a informação da cessação da atribuição do abono de família.
:(

Não que fosse muito, mas pronto, fico triste.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Gostei

Deste post.

Porque é que as pessoas normais esperam mais do que nove meses antes de voltar a engravidar V

Para não estarem grávidas quando têm de subir 3 andares com um bebé de 10 kg ao colo.

Se não houvesse mais nenhuma razão para estar mortinha por nos mudarmos para a casa nova, esta, acreditem, era mais que suficiente.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Livros do baby

O baby cá de casa recebeu nos anos um livro que ele adora (já tinha recebido outro da mesma colecção no batizado e também faz sucesso) que tem janelinhas e algumas delas fazem barulho quando se abrem.
Claro que o rapaz já arrancou umas quantas, que eu colo com fita cola, mas ele gosta tanto de abrir e fechar janelas (e o que eu adoro ver aquelas mãos a descobrir o sentido da janela e a apontar para o que está por baixo) que não me importa nada que ele o estrague de tanto brincar.
Resultado: tanto o livro novo como o mais antigo, creio eu que à falta de janelas essenciais, tornaram-se autónomos e de vez em quando tocam sozinhos. Pois que estou eu muito bem sozinha em casa a trabalhar, e de vez em quando ouço o comboio pouca-terra a apitar, ou o cãozinho orelhudo a ladrar, assim, sem ninguém lhes mexer. Completamente out of the blue.
Se algum cliente ouvir, com sinceridade, não sei como vou provar que não tenho nem um bebé, nem um cão (caso pareça um som verídico) em casa.

Já começou...

17 semanitas (vulgo pouco mais de 4 meses) e já estamos em fase de:
  • cinta de grávida - estreei ontem
  • collants de grávida - que diz que a 2a gravidez é fatal para as varizes, já os uso desde que fui a Amsterdam, comprei 1 par e reciclei outro. Sempre uma alegria ter de os vestir, mas para ser sincera, é muito melhor nesta altura do ano do que, sei lá, em Julho, como da outra vez
  • nódoas na barriga - a roupa é pouca, o baby encarrega-se de me encher de bolacha, pão e papa ou, esta semana, de antibiótico, pois que 6a feira passei a ostentar também a 1a nódoa feita por mim, em cheio no meio da pança.
  • almofada para dormir - já me faz impressão dormir de barriga para cima, para baixo está fora de questão, resta-me dormir de lado e já uso o belo almofadão de amamentação para o efeito

Porque é que as pessoas normais esperam mais do que nove meses para voltar a engravidar IV

Para não terem um bebé que gatinha quando perdem cabelo como se não houvesse amanhã.

Por muito que se limpe (se bem que eu, sejamos francos, não limpo muito) o rapaz anda sempre com cabelos meus nos joelhos e nas mãos, e quando cai a chucha lá vem sempre com um fio de cabelo agarrado.

domingo, 7 de novembro de 2010

É para ficar contente, ou é para ficar triste?

Ser a escolhida num concurso em que o prémio é uma mudança de visual.

Não, não ganhei nem concorri, mas vi no FB o anúncio da vitória de uma menina que ganhou a tal mudança como sendo uma grande coisa, e não consegui deixar de pensar "em não sei quantas concorrentes esta era a que mais precisava de mudar, ou seja, era a mais feia-estragada-desleixada-com pior visual". Se fosse eu, não sei se era caso de rir ou de chorar. Mas pronto, se calhar é de mim que sou desmancha-prazeres...

sábado, 6 de novembro de 2010

Da gravidez

É que não há NADA melhor do que sentir um baby a mexer na barriga.
Só mesmo passando por ela, mas estar a fazer qualquer coisa e sentir um pontapé, uma leve movimentação (que é o que eu sinto agora) é impossível deixar de esboçar um sorriso, por muito mal que nos esteja a correr o dia...
Mesmo bom!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Mania irritante

Descalçar um sapato e meia e atira-los para o chão. Esteja onde estiver.
Tenho de andar com ele na cadeira sempre debaixo de olho.
Ca'nervos...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Ter estomago

...é bem preciso. Mas dos bons, como o meu.
Tenho um estomago imbatível, posso comer o que eu quiser, pedras da calçada nunca experimentei mas quase que garanto que não o abalariam. Coisas estragadas (aliado ao bom estomago tenho pouco paladar, pelo que não noto se está estragado ou não), almoçaradas gordurosas, alho, pimentos assados, feijoadas ao jantar, e eu na mesma, como se nada fosse.
Excepto, claro está, durante a gravidez.
Fico com estomago de menina. Não no tamanho, bem entendido, mas na sensibilidade. E nestas ocasioes dou valor a quem tem sempre um estomago fracalhote. Que grande seca...
Qualquer coisa que se coma fica aqui às voltas durante horas, nada parece cair 100% bem, e nem pensar em sentar depois do almoço - tenho de ficar pelo menos meia hora de pé, para a coisa funcionar. E depois é esta má disposição, com a qual não sei lidar.
Da outra vez foi igual, mas bastou sair da maternidade e já estava pronta para outra.
Mal engravidei, pois que se dúvidas houvesse deixavam de existir, já que o estomago deu logo sinais de alerta.
Solidariedade a quem tem de viver com isto a vida toda, a quem bebe chá depois das refeiçoes, a quem deixa de lado certas iguarias porque podem cair mal!
Ao menos o meu que funcionasse bem quando como coisas saudáveis, sempre era um icentivo, mas nem isso...

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Castanhas

Hoje pela 1ª vez vi o senhor das castanhas perto da estação.
Se por um lado já estava a achar estranho a sua ausência, por outro, numa altura em que em Setembro já temos decorações de Natal, é algo reconfortante pensar que algumas coisas vêm no tempo certo.
Parei o carro ali em frente à farmácia para aviar uma receita (linda esta expressão, é ou não é?), deixando o baby no carro com a minha mãe, e dirijo-me depois para o carrinho das castanhas, já a aguçar o dente.
Eis se não quando ouço um apito de um senhor agente da autoridade, que me mandou dar meia volta e volver e tirar o carro dali, que é proibido.
Fosse eu o senhor das castanhas e ficava bastante chateada de ter um polícia bigodudo (que é um grande clássico aqui da Parede) a autuar os clientes.
E o meu desejo por castanhas, mantém-se...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Porque é que as pessoas normais esperam mais do que nove meses antes de voltar a engravidar III

Para já não terem um bebé a dormir no mesmo quarto quando acordam com as dores e têm de gritar para o pai da criança:
CÃIBRA CÃIBRA CÃIBRA!!!

Nota:
  • Sim, 16 semanitas, e já começam as cãibras nocturnas.
  • Sim, a maioria da malta que eu conheço não tem o bebé com 1 ano a dormir no mesmo quarto, mas também muita dessa malta que tem um quarto à parte para o filho acaba por tê-lo a dormir na mesma cama... you get the point: estas coisas não devem acontecer a quem tem filhos com uma diferença de 4 ou 5 anos.
  • Sim, estas cãibras doem comó caraças. Li uma vez num blog uma mãe a dizer que preferia as dores do parto às dores das cãibras nocturnas. Eu, como as tenho desde a pós-adolescência, não vou tão longe...


Dos outros blogs

  • Continuo a não gostar de blogs com música. Eu costumo estar a ouvir música quando leio blogs pelo que fica uma confusão, ou então o volume do portátil está muito alto e eu dou cada salto, já para não falar de que muitas vezes até nem gosto da música. Percebo a ideia, mas não acho gracinha nenhuma.
  • também não gosto - e isto é dirigido a duas amigas em particular - de blogs que ficam pendurados, sem um fim, ou sem pelo menos uma pausa. Num dia temos direito a um post normalíssimo, e depois... nada... e nós a ir ao blog diariamente, sempre na esperança, até que 1 ano depois lá percebemos que acabou. Custa avisar os leitores? ou pelo menos dizer, "durante uma temporada escusam de cá vir"?
  • também fico triste quando percebo que há quem acabe por trocar o seu blog pelo Feicebuk. Também percebo a ideia, uma coisa é escrever na blogoesfera seja para quem for, e outra é escrever para os amigos feicebukianos, que sempre é um público mais controlado. Há uns tempos atrás li num blog alguém que dizia exactamente que achava piada ao facto de um blog ser uma coisa "antiga", já não se é muito à frente por ter um blog. Achei piada também a um episódio do "How I met your mother" em que o Marchall refere que um blog era uma coisa cool em 2005, e o Barney diz que continua a achar um blog uma coisa cool. Eu também acho.

Da decoração

A par com gestora de recursos humanos e modelo, já aqui o referi várias vezes, a carreira de decoradora está a milhas de distância daquilo que gosto, tenho jeito, e quero fazer.
As obras da casa nova foram na maioria ideia nossa.
Optámos por ser discretos no wc grande, que vamos usar com mais frequência, e aproveitámos o facto do wc pequeno estar numa zona da casa mais escondida, e lá está, ser bastante pequeno, para cometer um arrojo (ideia 100% minha). O resultado... enfim...
O wc grande está muito giro, em tons de beje e preto, não tem nada que enganar. Já o pequeno, optámos por escolher um azulejo pastilha verde escuro nas paredes, que se revelou ser bem mais escuro do que imaginado... espero que com o espelho, armários, toalhas penduradas e tal, a coisa disfarce, porque de facto, não está discreto. Nesse aspecto, objectivo conseguido.
A cozinha, que foi apenas maquilhada para mais tarde reformar como deve ser, ficou bem gira. A ideia, lá está, não foi nossa... Do beje-café-com-leite dos azulejos, com direito a cesta de frutos de vez em quando, e armários de madeira escura, passámos a ter uma cozinha branca e azul. O azul que eu escolheria seria mais escuro, mas cedi à ideia do Tê e não me arrependo.
Resolvi também que tínhamos de pintar os quartos e o corredor, já que a casa estava toda pintada com um tom beje-muito-claro, e eu prefiro um tom mais a dar para o marfim. Ficou a sala e o escritório no tom original, mas achei que não se adequava nada a um quarto de criança, e já agora, ao corredor, que tem pouca luz. Quanto ao nosso quarto, uma vez que em quase 5 anos de vida em comum nunca tivemos um quarto decorado ao nosso gosto, ou sequer decorado - limitámos-nos a encostar a mobília à parede e viver assim - resolvi, e convenci o Tê, a escolher uma cor mais diferente para as paredes. Acordámos num tom de azul-claro-acinzentado.
Resultado: a diferença entre o tom do quarto da criança e do corredor para o tom que já lá estava é tão mínima que só se vê à lupa; e o azul-claro-acinzentado saiu azul-esverdeado-água-claro, que nada teve a ver com o escolhido. Quando vi a lata da tinta pronta engoli em seco, mas agora que está aplicado, até gosto bastante do resultado (que remédio...). Valha-nos isso...
Inspirados numa casa que fomos ver na semana passada, tivemos também uma ideia de génio para o corredor - para tapar o lindo painel de azulejos que o decora.
Estamos para ver o que vai sair dali...

Óptima ideia

...esta de mudar a hora e no dia a seguir ser feriado.
Dá para ir ambientando...

Feriado

Desta vez para todos cá em casa.
Com a maior parte da Europa a curtir o dia santo, não houve problema nenhum em pedir o dia.
:)

1001

Esta é a mensagem 1001.
Só para ficarem a saber...

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Compras de Natal

Se eu não tivesse na família...
  • 1 filho
  • o Tê
  • 2 irmãs
  • 4 sobrinhos
  • 1 cunhada
  • 1 sogra
...a fazer anos entre 14 de Outubro e 30 de dezembro, eu até considerava a hipótese de fazer as compras de Natal antecipadamente.
Assim... fica complicado. Quando vejo uma coisa gira é sempre para os anos...

Voltei

Foi pouco tempo, em algumas alturas passou rápido, noutras nunca mais passava...
Nunca tive um regresso tão longo, nunca a minha mala demorou tanto a chegar... nunca mais chegava a hora de ver a minha rapaziada!
E já estamos juntos outra vez!
Eu passei estes dias numa perfeita business trip: hotel impessoal no meio do nada, malta de gravata, eu de vestido que dá para o dia e para a noite (toma e vai buscar! a mary a dar cartas no mundo da moda!), muito laptop, muita apresentação, reunião, workshop, troca de ideias, piadas de negócios, traduções, coffee-breaks, jantares de negócios e conversas de circunstância ao longo de 48 horas.
Com muitas coisas boas pelo meio, rever os amigos e colegas, conhecer melhor quem me paga o salário, ver e ser vista por quem pode decidir o meu futuro profissional, conhecer clientes que apenas conheço ao telefone, um bom pequeno almoço de hotel.
Deles, sei que passaram os dias em casa dos avós, o baby iniciou-se no peixe, faz uns cocós que só apetece fugir e dá beijinhos aos bonecos no banho, o Tê está com mais 1 ano em cima, teve um dia de anos diferente dos últimos 11 anos, sem a minha presença, mas com direito a jantar em família (menos eu e o baby novo), a bolo no escritório e a presente de anos improvisado oferecido pela equipa. E passou tempo com os pais, com o filho e com o sobrinho, o que é sempre bom.
Agora, regresso à normalidade, todos juntos, como deve ser!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Fui

Durante uns dias não haverá nada para ler por aqui.
Estou de coração partido a tentar inventar uma desculpa para ficar, mas não me parece que vá ter sorte...
Volto na 5a à noite, voltem também!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Mais uma vez, Amsterdam...

Mais uma voltinha, mais uma viagem, literalmente, que isto mais parece um carrocel sempre às voltas no mesmo sítio.
Desta vez, como de todas as outras, vai ser diferente. Não vou ficar em casa de amigos, nem num hotel em Amsterdam, mas num típico "business hotel" em Hoofddorp, uma terra perto do aeroporto, onde fica o escritório, e onde vai decorrer a reunião que a que vou assistir.
Até aqui tudo bem. Vou pouco tempo, tenho a oportunidade de conhecer pessoalmente o meu chefe, vou rever os meus colegas, que é sempre positivo.
Onde é que se esborrata a pintura?
Pois que vou na 3a e regresso na 5a à noite, mas o Te faz anos na 4a... O ano tem 365 dias, vá que sejam 330 tirando Natal e férias e isso, e não é que acertam em cheio para marcarem a reunião? Ou para requererem a minha presença, que eu por mim até se podem reunir no dia dos anos do meu filho, é indiferente, sempre e quando não me incluam no pacote.
O outro problema, é que quanto mais se aproxima a hora de partir (daqui a menos de 24 horas), mais saudades eu tenho do meu filho... Não quero ir! Quero ficar cá com ele! Ou então leva-lo comigo e ficar no meu colo o tempo todo! Estou com o coração do tamanho de uma ervilha... é impossível que isto não faça mal ao mais pequeno, esta angustia toda ainda se transforma em ciúmes de irmão mais novo, mas não consigo evitar... e amanhã vou ter de o deixar na escola as 7h30 e só o volto a ver na 5a à noite. Juro que não sei se consigo aguentar. E não é por ele, que nem vai notar a minha falta de certeza, que eu bem o conheço e ele quer é ver-me pelas costas, raio do miúdo que já tem feitio de adolescente mal acabou de fazer 1 ano. O problema sou eu. Eu é que não tenho (ainda) estofo de mãe de adolescente que suspira de alívio quando saem de casa. Eu é que por mim, ficava com ele debaixo da asa 24 horas por dia - imagine-se, ele nem adormecer na nossa cama consegue, quanto mais ficar agarrado a mim quando está acordado, só mesmo não o conhecendo. Mas não me interessa... tenho 1001 coisas para fazer, a minha mala e a dele para fazer, umas 5 ou 6 apresentaçoes em power point em ingles para ler e traduzir para espanhol, mas nem consigo pensar em mais nada.
Por muito que a malta se prepare para ser mãe, muito curso, muito conselho, muito livro que se leia, nada nos prepara para isto. E não há como saber o que isto é antes de ser mãe...
Bolas, nunca mais chega a hora de o ir buscar à escola...

Sábado passado...

...foi um dia louco, que começou com a minha falta no almoço de anos do meu compadre (e a pena que eu tive? estes encontros são raros e valem ouro, e estava mesmo a apetecer um almocinho de amigos...), seguiu com um episódio que envolveu dois agentes da autoridade, continuou comigo a ter de deixar uma amiga na mão (que me custou imenso) e terminou com uma ida ao Ikea em que nos esquecemos das compras ou no carrinho, ou mesmo no tapete (depois de pagar, claro), e não as conseguimos recuperar.
Giro.

domingo, 24 de outubro de 2010

Ténis novos

Acabo de ver um anúncio de uns ténis fantásticos. A malta calça os ténis e automaticamente está a fazer ginástica sem dar por ela.
Ficar com um rabiosque de modelo apenas por calçar uns ténis? Genial.

O que se segue? Vestimos um gorro e ficamos com um barriga digna catálogo de biquínis?
Compro já.

Porque é que as pessoas normais esperam mais do que nove meses antes de voltar a engravidar II

Para não estarem grávidas quando os filhos passam pela fase do atirar tudo para o chão.
Entre os enjoos, a barriga e as dores nas costas, andar de rabo para o ar a apanhar TUDO do chão é complicado...

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Nova rubrica neste blog:

Porque é que as pessoas normais esperam mais do que nove meses para voltar a engravidar.
Ainda não tinha percebido porquê, mas agora já me vão ocorrendo algumas razões, que passo a partilhar com os meus queridos leitores. Só para depois não dizerem que eu não avisei...

Aqui vai a 1ª:
Para não terem de mudar fraldas durante os enjoos do 1º trimestre.
Fraldas daquelas bem cheias...assim, logo de manhã. Maravilha.

E o prémio vai para...

... quem adivinhar onde é que eu vou na próxima semana. A sério, super difícil!

Vou deixar uma pista... nos últimos 2 anos não tenho tido outro destino cada vez que entro num avião.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

14 semanas e 3 dias

Ah pois é, quase 1 ano e meio depois de ter feito este post, cá estou eu desta vez a anunciar a chegada do 4o elemento da família (que continua a não ser um cão).
Se tudo correr bem, lá para meados de Abril, o baby cá de casa vai ganhar um irmão/irmã, sendo por isso destronado da sua posição de baby, ou talvez transferido para a posição de baby 1 sendo o que aí vem, o baby 2.
Curto reinado, o seu.
Mas não faz mal. Por muito que ele não ache piada à coisa nos primeiros tempos, sei que lhe estamos a dar o melhor do mundo, que é ter um irmão.
E de modos que é assim, acabada de guardar e encaixotar as primeiras roupas, bem como as roupas de grávida, o ovo e o berço, eis se não quando fico a saber que tudo voltará a ser usado, mais tarde ou mais cedo - que estas coisas nem chegaram a entrar na arrecadação da casa nova.
Mas foi com muita surpresa e muita alegria que recebemos a notícia de que o trio passa a quarteto, em menos de nada.
Como é óbvio, as comparaçoes entre uma e a outra, ainda para mais num tão curto espaço de tempo, são inevitáveis. Se muita coisa é diferente, há muita coisa igual também...
Aquilo que se sente pelo "feijão", a emoção de o ver na 1a ecografia, é exactamente igual. Gosto deste novo baby tal como gostava do primeiro com as mesmas semanas de gestação - o amor intra-uterino é diferente daquilo que se sente quando os temos cá fora, mas na mesma fase, é igual. O perfil deles na ecografia das 12 semanas é incrívelmente parecido, parecem o mesmo bebé - mas não quer dizer nada, se há quem ache os bebés todos iguais, imagine-se um embrião de 6 cm numa imagem obtida através de ultra-sons...
A grande diferença é, claro, a forma como encaramos a coisa, o tempo que temos para dedicar à barriga, as 1000 coisas que temos para fazer que não nos permitem desfrutar deste estado de graça como da 1a vez.
Mas é bom, muito bom mesmo, pensar que tenho não um, mas dois amores na minha vida (qual Marco Paulo), e que em breve poderei matar as saudades que tenho de ter um bebé pequenino, que cabe inteiro no meu colo, que vamos poder viver todas as coisas boas outra vez...
Pelo que, se este blog sofreu uma reviravolta há ano e meio atrás, quando apareceram posts sobre gravidez, babies, ecografias, banhos, fraldas, chuchas e assim, se era preto e passou a branco, meus amigos é desta que a coisa descamba de vez... Ainda o meu corpinho não se tinha restabelecido da fúria hormonal e já estava a levar com outra, pelo que, com as emoçoes à flor da pele, sou bem capaz de começar a espetar aqui com coraçoes, e lacinhos, e florzinhas, e estrelinhas a acender e a apagar, transformando este blog sobre nada num blog sobre bebés, um verdadeiro babyblog, como eu sempre disse que não seria.
Leitores que procuram posts interessantes, ou pelo menos de temas variados: o melhor é irem dar uma volta durante um tempo, porque se o meu dia agora (quase) se resume a trabalho e fraldas, roupas, cocós, chuchas, sopinhas e papinhas, imaginem tudo isto a dobrar (menos o trabalho, valha-nos isso)...
Acho que nem eu vou ter pachorra para me aturar...

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Um início de dia auspicioso

...começa sempre com um episódio que envolve caca. Muita.
Por fora da fralda, costas acima. Muita mesmo.
A sujar a roupa lavadinha, que é pouca. Aproveitaram-se as meias, e o casaco que ainda não estava vestido. Cheios de sorte.
Ser mãe pode, de facto, ser muito pouco glamouroso...

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Trabalhar a partir de casa...

...mas com horário fixo (também) é ir para a cama durante a (meia) hora de almoço, e comer depois, entre dois telefonemas.
Mas a coisa não melhorou, continuo podre...

2a de manhã...

... que bem podia ser 6a à tarde.
Preciso do fim-de-semanaaaaaaaaaaa.

1 ano e 1 dia

Porque a memória é traiçoeira...
  • continua giro, giro, giro, parecido com ninguém mas cada vez mais parecido com o pai, de nariz arrebitado e cheio de caracóis (não que o pai tenha estas características!)
  • é o miúdo mais fácil de cuidar, nunca chora, não faz fitas para comer, adormece sozinho, entretém-se sozinho e se lhe dermos de comer e pusermos na cama não chateia ninguém
  • having said that, quando está com os pais em casa faz as suas belas birras porque quer andar à solta e sair do parque ou meter dedos na ficho ou mexer no dvd ou outra qualquer asneirada. mas guarda as birras e mau feitio para dentro de casa, raramente o faz com os avós, e nunca na escola
  • não anda, nem me parece que esteja para breve. Continua a gatinhar de perna alçada, mas muitas vezes já gatinha direito e como chega a todo o lado muito rápido, não me parece que tenha pressa em andar
  • poe-se de pé e anda agarrado às coisas, e de vez em quando fica de pé uns segundos, sem estar agarrado a nada
  • brinquedos preferidos: bolas (atira a bola com as mãos na perfeição e gatinha atrás para atirar outra vez), livros (temos os dele espalhados pela sala, às vezes está a brincar com a bola, pára para ver o livro - e eu adoro ver as mãos a passar as páginas, com os polegares a separar as folhas com muito jeitinho) e também gosta de carros (ele gosta de gatinhar com brinquedos pequenos nas mãos, como os carros tem rodas, ele acha piada ao efeito)
  • tem uma adoração pelo avo paterno, quer sempre ir para o seu colo e raramente aceita sair do colo dele para quem quer que seja (pai e mãe incluidos). Se o avo chega e não lhe pega logo ao colo ele chora, coisa que não faz com mais ninguém. Gosta de ver os peixes e o pássaro com o avo, de jogar à bola e ler livros. Se eu acreditasse diria que foram, com certeza, avo e neto em vidas anteriores.
  • adora os primos todos, fica na maior excitação com os mais velhos (faz festa quando os ve, mesmo que passe 1 mes ou mais) que adoram brincar e gatinhar atrás dele, e sempre reagiu ao primo mais novo, dá-lhe chapadas e tira-lhe a chucha
  • de um modo geral é um bebé muito independente, nada agarrado aos pais. Nunca chorou na escola, fica bem com qualquer dos avós a dizer adeus aos pais, e não faz uma grande festa quando nos ve. Na escola, se estiver a brincar à solta, foge quando me ve. Já me disseram que isto quer dizer que ele nos tem como garantidos. Está tão seguro de nós que se permite voar noutras direcçoes. Eu acredito que sim, porque ou é assim ou ele é mas é um grande ingrato que não liga nenhuma ao pai e à mãe!
  • continua a adorar a escola, faz festa quando chega, não quer sair do colo das auxiliares, voa do meu colo para o da educadora sem hesitar, e como disse antes, quando o vou buscar, muitas vezes parece que ele quer ficar
  • faz imensas gracinhas, responde com o dedo à pergunta "Quantos anos tens/fazes?", faz o poe o piupiu o ovo, dá "passou bem" e faz "high five", sabe perfeitamente para que servem os objectos e imita a sua utilização: pega no pente e penteia-nos, dá-nos de comer à colher
  • faz uma cara super-cómica quando faz uma asneira de propósito, tipo mexer no computador. Olha para nós a desafiar e já sabemos o que vai fazer a seguir (tem de melhorar a sua capacidade de disfarçar as asneiras, acho que isso deve vir com a idade!). Mas sabe perfeitamente o que é Não, e quando faz uma asneira valente, algo perigoso, o nosso Não! deve ser tão convincente que não volta a repetir - exemplo: nunca mais mexeu no fio da zon. No caso do computador a única coisa que resulta é a) fazer cócegas para distrair e terminar o assunto; b) pegar-lhe nas mãos sem largar e olha-lo nos olhos - dizer Não! só o faz partir-se a rir e bater com mais força no teclado. Adoro quando ele faz essa mesma cara de "vou fazer uma asneira" e depois toca numa coisa qualquer que não tem problema nenhum, à espera da reação!
  • já tem 5 dentes, nenhum deles causou grande reação a nascer
  • da escola o feedback é que é o mais fácil da aula, nunca chora, entretém-se sozinho, está sempre na boa, se lhe tiram um brinquedo ele não se chateia e vai buscar outro, não faz birras, não pede colo, não se chateia com ninguém
  • de vez em quando, dança e fica de chorar a rir
  • não consigo dizer exactamente de que é que ele gosta mais de comer, porque come de tudo, é um bom garfo. Talvez se note uma preferencia pelo doce - papa e fruta - em vez de sopa, mas come tudo sem reclamar
  • mete-se com as pessoas na rua, no supermercado, nos elevadores, nas salas de espera. Aponta para o desconhecido e depois ri-se - não sei se a chamar a atenção ou a gozar com a cara de toda a gente
  • não é um bebé que se possa considerar meigo, raramente se encosta ao ombro, detesta que o agarrem e tenta sempre soltar-se dos abraços. Mas dá festinhas quando pedimos, e como manifestação de carinho dá-nos chapadas na cara
  • quando estava grávida imaginava que o meu bebé fosse calmo e tímido, e nunca me imaginei mãe do bebé engraçadinho que nunca pára quieto e que poe toda a gente a rir. Adoro!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Uma casa é uma casa...

... mas não é só uma casa.
Amanhã é dia de despedida. Tal como se de um membro da família se tratasse, vamo-nos despedir da que foi a minha casa durante 26 anos, do meu pai toda a vida, da minha mãe nos últimos 40 anos, dos meus avós e tios durante outros tantos.
Uma casa é uma casa, mas é também uma parte de nós, que conhecemos até ao ínfimo pormenor, que percorremos de olhos fechados sem tropeçar.
É um lugar de memórias, de encontros, de sons e de cheiros, de festas, de jantares e almoços que não se repetem, um lugar onde uma família de quase 50 pessoas se pode sempre encontrar. Os avós já não estão presentes há muito, mas ficou a casa, como se fosse a cola que nos mantém unidos.
Por isso custa, custa muito dizer adeus àquela casa em frente ao mar.
Uma casa não é só uma casa, são as memórias e lembranças que nos traz, as saudades de outros tempos, dos Natais, da casa sempre cheia, de crianças a correr por todo o lado, de conversas que se cruzam, de parabéns a você cantados em coro (ao desafio) e em versos inventados à medida de cada um.
Mas uma casa também é conforto, também é calor, também é o lugar seguro que nos acolhe. E esta casa, aos poucos, foi deixando de o ser e por isso, custa um bocadinho menos dizer adeus.
Uma casa é uma casa, mas esta é muito mais do que isso.
Fica-nos na memória a sorte que tivemos por tê-la vivido e aproveitado em pleno.
Ainda ninguém sabe como, mas vamos ter de nos habituar a viver sem ela...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Eu às vezes só queria...

...que o telefone se calasse. De vez.
Só isso.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Não percebo...


...o fenómeno cup cakes.
Madalenas com uma pasta em cima (o que é aquilo mesmo?), ainda para mais às cores!
Tem alguma graça?
Ainda se fosse chocolate...

Há modas que eu não entendo mesmo!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Arrepio

Há coisas que mudam depois de sermos mães. Que antes de o ser não sentimos na pele da mesma maneira.
Desde que o meu baby nasceu tornei-me tão, mas tão sensível a histórias, reais ou de ficção, em que mães matam os próprios filhos.
Lembro-me de um episódio específico do Casos Arquivados, poucos meses depois dele nascer, que me pôs a chorar horas a fio. E agora acabo de ver um programa da Oprah que me deixou com os pêlos em pé.
É que vem-me uma coisa cá de dentro das entranhas que eu nem consigo explicar. Não dá para explicar por palavras. É mesmo um instinto animal.
E os testemunhos ficam-me na memória e perseguem-me durante vários dias.
Horroroso. E só depois de ser mãe se sentem estas coisas.
Bolas...

Declaro oficialmente

... aberta a época.
De hoje até lá para meados de Março. :)

PS. Estranhamente ainda não vi castanhas à venda este ano... é um bocado estúpido abrir a época do bolo-rei sem ter comido sequer uma castanha...

sábado, 9 de outubro de 2010

Perguntas retóricas, mas sintam-se livres de responder

  • se o deixar cair da cama (a minha cama dá-me pelos joelhos) ele deixa de fugir feito uma enguia pela cama fora quando lhe mudamos a fralda ou vestimos?
  • morder/chupar toalhitas (limpas, leia-se bem) faz-lhe mal?
  • acaba de lamber uma colher de café com leite (3 coisas que nunca provou: leite de vaca, café e açúcar), quais serão as consequências?

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Stay at home mum

Ao optar por trabalhar em part-time perdi uma larga fatia do meu ordenado, mas ganhei uma grande fatia de liberdade e tempo.
Hoje tinha coisas para fazer, sim, mas essas coisas vão ter de esperar.
Hoje chove a potes, pelo que vou ficar por casa com o meu bebé. Porque apesar de depois arcar com as consequências, escolhi assim.
Hoje ficamos a reviver a licença de maternidade, a chuva lá fora e nós os dois cá dentro. Se ele quiser até pode dormir a sesta ao fim da tarde no meu colinho, enquanto eu vejo os Casos Arquivados - não vai querer, que dormir ao colo é para meninos e ele já se deixou disso há muito tempo.
Ai, que saudades...

As noites, senhores, as noites...

Quando, mas quando é que eu vou ter uma criança que dorme a noite toda de uma ponta à outra?
Quando é que não vou ter de acordar com berros às 3, 4 ou 5h da manhã?
Quando é que não vou ter de ir à cozinha fazer biberons com um olho aberto e outro fechado?

Tanto faz se é sopa ou papa ao jantar, se toma ou não um biberon à meia-noite, dá igual, não há regra. Há semanas em que acorda toda a santa noite, bolas.
E eu, àquela hora, trust me, não tenho nem uma pinga de instinto maternal.
Se me filmassem ainda chamam a protecção de menores. O que àquela hora nem me importa, desde que me calem a criança.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Ser mãe de um rapaz é...

... entre outras coisas:
  • jogar à bola todo o santo dia
  • parar na rua sempre que passa um carro que lhe desperta o interesse (tipo, todos)
  • levar mega-chapadões como manifestações de carinho

Confirma

Não basta andar de gatas pela casa à procura de potenciais perigos, fechar as portas, ter as prateleiras baixas com objectos inquebráveis e proteger as esquinas dos móveis.
Eles hão-de sempre, sempre descobrir uma asneirada nova para surpreender.
O meu acaba de arrancar o fio da zon que estava colado à parede.
É mesmo falta do que fazer, bolas!

Correio quente

Nunca tive um mail do hotmail, mas a maior parte da malta da minha geração, e não só, tem, principalmente por causa do msn, segundo me explicaram.
Ora eu, como na altura não tinha internet em casa, só tive msn já perto dos 30, na Holanda.
Mas isto nada a ver com o propósito deste post.
Essas mesmas pessoas que o têm, muitas delas agora já quase não o utilizam, e o hotmail, deve ser por vingança, toma lá que já almoçaste e toca de enviar vírus a todas as pessoas dos contactos.
E eu recebo uma quantidade de e-mails, das mais variadas fontes, incluindo gente com quem não falo há anos, com links e mais links que nem sei onde vão dar porque nem experimento, mas coisa boa não é...
Há pachorra?

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Babetes

Parece que tem vida própria, o raio dos babetes...
Acabo de recolher sete (7!!) espalhados pela casa.
Nem vou dizer onde estavam, não porque tenha vergonha mas porque se não a minha mãe começa a pensar "onde é que eu falhei?". E a culpa, trust me, não é dela.

10 anos... é muito tempo

Passou despercebido, só me dei conta agora.
Fez ontem exactamente 10 anos que cheguei a Santiago de Compostela, para começar o Erasmus.
Foi a 1a vez que saí de casa e fui morar para longe dos meus pais, numa casa com pessoas que conhecia apenas de "olá, tudo bem?" e que não podiam ser mais diferentes um do outro e de mim também.
E assim nasceu uma bela amizade. Com tempo e espaços definidos, é certo, mas com algo em comum que nos une até hoje.
Foi no Erasmus que contactei com pessoas de outras culturas pela primeira vez, que aprendi a aceitar as diferenças culturais, que o mundo não se rege pela nossa medida.
Aprendi uma nova lingua, que uso diariamente até hoje.
Fui a aulas em edifícios centenários, apresentei trabalhos num anfiteatro, fiz exames orais pela primeira vez. Frequentei a biblioteca até altas horas da noite. Frequentei cafés, bares, restaurantes, cinemas e teatros como nunca. Saí à noite, e fumei cigarros como se não houvesse amanhã. Fui a jantaradas, dei jantaradas e festas multiculturais. Também viajei um bocadinho.
E conversei, discuti, comparei ideias, participei em tertúlias espontaneas, em casa, nos cafés e nos bares.
Foi um ano lectivo muito intenso, em que cada dia foi aproveitado até à última gota. Tudo com conta, peso e medida, como deve ser.
Seria impossível não dizer que eu fui uma pessoa em Outubro de 2000 e regressei outra, em Julho de 2001. Com outra ideia do que é o mundo, e com muita vontade de o conhecer.
Foi muito, muito giro, e espero um dia poder proporcionar esta experiencia ao meu baby porque é, de facto, incomparável.