domingo, 30 de dezembro de 2018

2018 em revista

E pois que é chegada a altura de balanços, assim o dita o calendário e assim o dita a nossa vontade também.
Na vida tudo são fases, e normalmente as fases alternam entre mais intensas e mais tranquilas. Depois de um 2017 profundamente transformador, 2018 foi um ano de consolidação.
Sinto que apesar de tudo, foi um ano bastante bom.
Foi o ano em que consolidámos e aprendemos a sério a ser uma família de 5. Já não somos 4 e um bebé, somos 5 e é tão mas tão fixe.
Ver a relação da mais nova com os irmãos, a forma como veio baralhar e dar de novo a família, é delicioso. É um elemento agregador e tantas vezes é ela que no meio do caos nos põe a rir (é o bebé melhor do mundo, já o disse).
Foi um ano que, na continuação do final de 2017, me senti muitas vezes no olho do furacão, e nestas alturas temos tendência de agarrar apenas no que é essencial. Senti muitas vezes que não tinha mãos para tudo, que nem se fosse um polvo conseguiria agarrar tudo o que queria. Isso obrigou a que nos tivéssemos de organizar (muito!) e focar na antecipação (de tudo), e levou a que passássemos uma parte do ano apenas focados nas rotinas. Passámos fins de semana totalmente ocupados de tarefa em tarefa, de obrigação em obrigação, seja a assistir a jogos de futsal e apresentações de ballet, seja a ir à lavandaria, às compras e a cozinhar para a semana. Foi esgotante, mas foi a solução que arranjámos para que o dia a dia funcionasse com menos percalços.
Foi também um ano de muita preocupação com a saúde do meu pai, com internamentos e uma cirurgia, mas com tudo encaminhado no bom sentido.
Profissionalmente foi também um ano de consolidação, em que optei por agarrar mesmo aquilo que consigo, em vez de andar metida em mil projectos diferentes. É um pouco a sina do recibo verde, tendemos a dizer a tudo que sim, com medo dos dias em que o trabalho escasseia - e depois andamos estafados, a trabalhar dias seguidos sem folgas, e a viver na penúria na mesma. Este ano deixei de sentir remorsos em dizer não só porque quero ficar com a família. Penúria por penúria pois que aproveito a maior riqueza de todas que é ter tempo.
Ainda profissionalmente sinto sempre que podia fazer mais, que me podia dedicar mais, que podia ser melhor, que tenho tanto, mas tanto a aprender. Mas também sinto que (mais uma vez) tudo são fases, e que um dia poderei dedicar-me ao meu trabalho com mais afinco.
Em 2018 fiz 40 anos com muita serenidade e aceitação (que pode bem ser outra palavra para definir este ano). Não me senti nostálgica, nem com medo, nem eufórica. Os 40 assentam-me bastante bem, atrevo-me a dizer.
Festejei-os em Madrid, na nossa primeira viagem de carro a 5 e não podia ter corrido melhor. Fomos a um parque de diversões (que eles amaram!), fomos a museus (que eu amei e eles gostaram também), até deu para rever um amigo da Holanda. Foi mesmo muito giro.
Tenho vindo, desde 2017, a tratar mais de mim, a ter cuidado com o que como e a fazer exercício físico. Acho mesmo que foi o ano em que fui mais consistente neste aspecto, tendo parado por muito poucos dias desde Janeiro até agora. Faço ginástica de manhã, com vídeos do youtube de 30 minutos ou menos, de 2a a 5ª feira, e na 6ª escolho um vídeo de yoga (descanso ao sábado e domingo). Desde Setembro escolho vídeos mais pequenos e faço uma caminhada no paredão antes mesmo do dia começar. E isso nota-se - mais do que nos kilos perdidos e na melhoria da imagem por fora, noto eu por dentro como me sinto: com mais energia (muito mais!), mais focada, com força para enfrentar o mundo se for preciso. É tudo um grande cliché, eu sei, mas é verdade. E o segredo é mesmo ser persistente, cuidar da alimentação e fazer exercício. Dia, após dia, após dia. Depois de um dia de asneiras, voltar à linha uma e outra vez, e sempre. Ainda tenho um longo caminho a percorrer, por isso 2019 será para continuar.
Com os meus ricos filhos correu sempre tudo bem, e sinto que foi um ano muito dedicado a eles e às suas agendas.
A mais nova cresceu num piscar de olhos. Aprendeu a andar e a falar, e mal acredito que não fazia nenhuma das duas há um ano atrás.
A do meio terminou o 1º ano com excelentes notas, e só ouvimos coisas boas dela na escola. Cresceu
muito a minha menina grande, a quem a mais nova chama (e não é por acaso) de "mamã".
O mais velho também manteve as excelentes notas na escola, e evoluiu muito no futsal. Partiu o braço e encarou as dificuldades com um à vontade que nos deixou surpreendidos. Também cresceu.
Tentamos incutir-lhes responsabilidade, torna-los independentes e participativos nas rotinas e tarefas cá de casa, mas é uma coisa que temos de continuar a trabalhar.
Com todos os altos e baixos o saldo é mais que positivo, e 2018 foi de facto um ano bastante bom.

Para 2019 os planos são continuar o que está bem, e mudar o que está menos bem.
Quero ler mais, continuar a ter tempo para eles, e ter mais tempo para o resto da família e para os amigos (que foi o que fui deixando para trás por causa das tarefas e agendas apertadas).
Quero atingir o meu peso ideal, quero ter a casa mais arrumada, quero viver com menos e de forma mais sustentável. Quero ir a concertos e ao cinema e ter uma vida cultural mais activa. E se não for pedir muito, quero sair à noite com os amigos de vez em quando também!

E se tiverem curiosidade espreitem os anos anteriores em revista:
2017
2016
2015
2014
2013
2012 
2011
2010
2009
2008

(e a viagem emocional que foi ler estes posts assim todos de enfiada? Ui! Se alguma vez pensar em acabar com o blog tenho de me lembrar disto, caramba! Este registo escrito que me faz reviver cada momento, cada ano, vale ouro!)

E com isto, agora sim, um excelente 2019 para todos vocês que continuam aí!

sábado, 29 de dezembro de 2018

E depois de 5 filhos por uns dias...

... uma noite e um dia sem filhos.
Muito fixe.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Mãe de 5 por uns dias

Kilos de comida a cada refeição, louça às pazadas no lava louça.
Brinquedos espalhados por todos os lados, jogos jogados em cada canto.
Piadas privadas e gargalhadas.
Ataques de riso à noite em vez de estarem a dormir.

(o melhor da infância é mesmo ter primos para brincar)

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Três mais dois

E depois de uma semana a trabalhar intensamente e com uma filha fora, segue-se uma semana de descanso com dois filhos a mais.

Natal sem stress

O stress, tal como a falta de tempo ou de dinheiro, é uma coisa subjectiva.
Este ano, na sequência do percurso que tenho feito no sentido de estar mais presente e viver mais o presente, resolvi que não ia stressar com o Natal.
E claro que quando temos as coisas por fazer (e temos gosto em faze-las) e vemos o tempo a passar, é impossível não começar a sentir nervos.
Normalmente a época de Natal é uma fase de muito trabalho, e tudo se resolveria fazendo as coisas com antecedência, mas isso para mim não é opção. Aquela coisa de comprar tudo nos saldos, fora da época, não faz o meu estilo. Aliás fazer o que quer que seja com antecedência não é o meu estilo.
E portanto, como já sei o que a casa gasta este ano resolvi não stressar. Foi só uma decisão, tudo o resto permaneceu igual: fiz noitadas a fazer os últimos presentes, no dia 23 fiz uma maratona de embrulhos, houve bolachinhas natalícias e até uns enfeites para a árvore feitos por nós mesmo no dia 24. Na noite e dia de Natal andámos a saltitar de casa em casa como de costume, mas fiz um esforço em não pensar no sítio onde íamos a seguir, só em aproveitar ao máximo cada momento.
E por isso mesmo foi um excelente Natal.

Fugacidade

Quando damos por ela já estamos no Natal.
Quando damos por ela já passou o Natal...

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Três menos um

Férias de Natal e a do meio aproveitou para ir dormir a casa dos tios lisboetas duas noites.
E não calculam a diferença que faz nas nossas manhãs (em que eu tenho de ir trabalhar mais cedo que o costume) tirar um elemento à equação.
Dois filhos em vez de três, e a vida parece uma brincadeira. Mesmo quando o que sai é o que dá menos trabalho.
Comentava uma amiga com dois filhos pequenos, que não sabia porque se queixava tanto quando tinha só um - sair de casa de manhã com um filho parecia agora uma manhã de férias.
Calculo que seja assim também com quem tem 4 filhos, de repente três filhos é um passeio no parque.
A partir daí já acredito que seja preciso tirar mais do que um para se notar a diferença.
Ter 5 ou ter 6 já deve dar no mesmo.

Adenda ao post anterior

O Natal é um stress mas eu não o trocava assim (stressante, intenso, cansativo, cheio de gente e de eventos) por nada.

Dito isto, está tudo por fazer.
Ai.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Inspira e expira

A época de Natal é sempre um stress, certo?

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Estar offline - o reverso da medalha

Pois para quem não sabe ainda , estou há coisa de dois meses (não posso precisar!) sem facebook nem instagram, e já aqui escrevi sobre as maravilhas que tem sido estar mais tempo offline, viver mais o presente, estar de facto com quem interessa.
No entanto, nem tudo são rosas:
  1. Fui no outro dia ao instagram (no tablet) e dei de caras com a namorada do meu primo agarrada a outro. Passado o espanto lá fui confirmar via whatsapp, e confirmei que o namoro acabou há que tempos (sim, eram o tipo de casais que postam mil fotografias e faziam juras de amor eterno nas redes sociais, e ao que parece toda a gente reparou no fim do namoro exactamente pela ausência de fotografias, ora eu estando offline, fiquei à margem da informação).
  2. Estive aqui a rever as fotografias de 2018 e desde que estou sem instagram tiro muito menos fotografias. Mesmo muito menos. Não que tirasse muitas, mas acabava por andar mais atenta e por isso tenho imensas fotografias do nosso dia a dia, até do meu sozinha, pelos sítios lindos onde trabalho. Depois há ali um momento depois das férias que o número de fotografias se reduz aos momentos importantes. A ver se remedeio isto.

Sorriso natalício

O meu, a partir de hoje, em que terminei as compras de Natal.
Presentes comprados, comprados.
Presentes feitos, por fazer.
Já não falta tudo! Vamos lá!

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Just another day at the office...

Ou o dia em que o Ministro da Cultura da China pediu para tirar uma fotografia comigo.

domingo, 2 de dezembro de 2018

Sonho de uma noite de verão - Teatro Villaret


 Resultado de imagem para sonho de uma noite de verão teatro villaret
E o primeiro evento natalício foi uma ida ao teatro em família.
Em família mesmo, com direito a manas, sobrinhos, primos e tios e ainda mais alguém.
Meia plateia estava por nossa conta.
A peça está fantástica, e os actores são mesmo muito bons.
Os meus filhos riram agarrados à barriga e eu fui às lágrimas também de tanto rir. Adorei.

(e com muita vergonha admito que não me lembro da última vez que tinha ido ao teatro...)

Recomendadíssimo.

Let the games begin

Árvore de Natal montada.
Calendário do Advento pronto.
Este ano até arranjei um calendário que conta mesmo os dias até ao Natal (e vai dar para usar antes do Advento, se quisermos).
Faltam talvez um ou dois conjuntos de luzes e estamos prontos.
Podes vir, Natal. Mas devagarinho, não há pressa.