sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O meu 2010

Dificilmente terei um ano mais marcante do que este.
Alguns pontos altos, sem ordem de importancia:
  • o ano começou com os meus últimos meses de licença. Comecei o ano com um bebé pequenino, acabo com um rapazola cheio de caracóis, que faz gracinhas e começa a dar os primeiros passos. Dizem que o 1o ano de vida de um bebé é o mais importante, eu confirmo que é uma viagem alucinante. O fim da amamentação, os dentes, as gracinhas, a entrada para a escola, os novos alimentos, as doenças, tudo vivido pela primeira vez, tem um impacto muito especial na nossa vida. E ve-lo a fazer graças quando sabe que tem assistencia, a voar para os braços das pessoas que conhece bem, a descobrir como funciona um brinquedo, a saltar de alegria agarrado às grades da cama quando o vamos buscar de manhã, a olhar para mim com cara de asneira, a fugir pela nossa cama fora todo nu depois do banho... são apenas pequenas coisas, mas fazem o meu dia
  • comecei a trabalhar em part-time, o que me permite organizar a vida de outra maneira, e dedicar-me um pouco mais (e a partir de agora, mais) àquilo que gosto mesmo de fazer
  • a minha mãe passou pela pior fase da sua vida, pelo menos de que eu tenha memória, mas agarrou o touro pelos cornos e fez das fraquezas forças para não só fazer frente à doença, mas por arrasto, resolver uma série de coisas que estavam mal na sua vida. Passou (passámos todos) um mau (péssimo) bocado, mas ultrapassado o cabo das tormentas, acabou por correr tudo o melhor possível.
  • em Março nasceu o meu primeiro sobrinho por afinidade, o tal que é sobrinho por todos os lados, filho de dois melhores amigos que são também cunhados. Um sobrinho fantástico, cheio de personalidade e meigo como só ele (mas de um meigo-brutinho, mesmo de rapazola), que me faz a maior festa, dá saltinhos quando me ve, dá-me abraços e encosta a cabeça no meu ombro, e é um grande amigo do primo (apesar das caroladas que apanha de vez em quando...). Uma alegria imensa.
  • uma surpresa para todos foi a nova gravidez com que este ano nos brindou. Tão inesperada e arrebatadora, que nem tenho palavras. Nas primeiras semanas demorei a digerir a notícia, mas ao fim de tres meses já não me imaginava mãe de apenas um bebé. E é uma alegria e um privilégio poder outra vez ouvir um coração a bater pela primeira vez, sentir os primeiros movimentos, ter novamente um bebé na barriga. Diz que um é pouco e dois é bom, eu confirmo: dois é óptimo! E eu sei que a parte mais trabalhosa ainda aí vem, mas há lá coisa melhor do que embalar um bebé e sentir outro a mexer na barriga? Por muito pouco prático e cansativo que seja ter duas gravidezes de seguida (que é), há prazeres que são irrepetíveis...
  • este ano trouxe também a alegria de vir a ter mais um sobrinho, e de estar grávida ao mesmo tempo do que a minha irmã mais velha.
  • realizaram-se dois casamentos de pessoas importantes. O primo mais novo, eterna criança, que vai também ser pai ao mesmo tempo que nós (se bem que ele bem pode casar, comprar casa, ter filhos, para mim há-de estar eternamente de calçoes a brincar em casa da nossa avó ao sábado à tarde); e dois grandes amigos que ao fim de anos de namoro e vida comum e dois filhos, resolveram dar o nó num dia super emocionante. Foram dois dias inesquecíveis e só tenho pena é que tenham passado tão rápido...
  • na categoria batizados também foi um ano cheio: começou com o do baby Tanaka, que foi um dia muito especial para nós, não só por sermos convidados a partilhar esse dia com a família e amigos mais chegados, mas também porque a festa ocorreu em casa de uma grande amiga de infancia da minha mãe, de quem sempre ouvi falar com muito carinho e saudade, e que pude finalmente conhecer. Seguiu-se o batizado do meu filho, que apesar de todo o trabalho e logistica envolvidos, valeu bem a pena - foi um dia fantástico, com a maior parte das pessoas importantes para nós e vai para sempre ficar na nossa memória. Por último fui finalmente madrinha da minha afilhada, que antes de o ser já o era, mas foi um momento muito importante para mim se-lo oficialmente.
  • comprámos, finalmente, a nossa 1a casa! E ao fim de anos a viver sempre em casas de outrem sabe bem pensar que esta é mesmo nossa, que podemos fazer o que quisermos, que podemos investir em melhora-la, podemos finalmente assentar arraiais.

Acho que não posso pedir mais.
Mandem vir 2011, que cá estamos para o receber!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Diz o site de grávidas...

... que na semana que passou se desenvolveram as papilas gustativas do meu bebé.
Olha a espertalhona, com papilas gustativas prontas a apreciar as iguarias de Natal!
Deve estar em extase a pensar que é sempre este festim!
Mas não, minha amiga... mais 5 dias de farra e entramos nos eixos, combinado?
Para o ano há mais. Daqui a 2 anos para ti, ok?

Grávida de Inverno - so far so good

Tendo em conta que estou a ter uma gravidez na estação do ano oposta à primeira, estou para fazer um post com a comparação há que tempos, mas estava à espera que passasse mais tempo, para ver se a minha suspeita se confirmava ou não.
E confirma. Grávida no Verão, no que depender de mim, nunca mais.
Vamos por pontos.
Coisas melhores:
  • a ausencia de calor que nos incha até aos cabelos, e que me faz ficar com a tensão baixa, logo com muito menos energia
  • tenho menos frio do que o costume
  • conseguir usar os collants de descanso que não só previnem as varizes mas também ajudam a suportar o peso extra
  • os 1000 acessórios de grávida, cinta, collants, calças até ao pescoço, tudo isso faz um calor de morrer e agora não se nota tanto
  • não apetece comer tantas saladas, coisa que quem não está imune à toxoplasmose, como eu, não pode comer fora de casa. Também não apetece a cervejinha do fim de dia, nem as conquilhas, nem a mariscada na esplanada. As comidas de Inverno são mais amigas da grávida
  • passar o Natal grávida e já receber presentes para o bebé, dá jeito. Assim em vez de 1 época a receber presentes (no nascimento) ficamos com 2.

Coisas piores:

  • calhar a altura dos enjoos em pleno Agosto, ainda com calor. Muito mau
  • ter de andar com os sobretudos desapertados (mas também não tenho muito frio)
  • o Natal senhores, o Natal (no sentido de ganhar kilos demais)
  • com este tempo ainda não fiz caminhadas, e sinto a falta

Sei que ainda me faltam os últimos meses, mas acredito que a minha opinião se vai manter. Saldo claramente positivo.
Depois deixo o meu testemunho sobre Ter um bebé no Outono versus Ter um bebé na Primavera.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Ressaca pós-Natal

Lixada.
Não sei se foi da quantidade obscena de rabanadas e filhoses, mas hoje o esforço que fiz para arrancar este corpinho da cama foi descomunal.
Que preguiçaaaaaaaaa...

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Bom Natal!

Porque a partir daqui a correria é uma constante, aqui ficam os desejos de um óptimo Natal a todos os leitores, comentadores e amigos deste blog!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Cartão Viva

Na 2ª feira, debaixo de chuva intensa, fui a Lisboa ter um dia quase perfeito: loja do cidadão. repartição das finanças e segurança social, tudo numa mesma manhã.
Mas não é disso que me queixo, até porque só recebi boas notícias.
Fui de comboio de manhã, pagando por isso os 0,50€ extra do cartão Viva, para ser carregado com as viagens de comboio e metro. Tudo ok.
Chegada ao Cais do Sodré, carreguei com uma viagem de metro, e lá fui sem problemas.
No entanto, entre uma coisa e a outra resolvi passar depois em Campo de Ourique, para reunir sobre as novidades da manhã.
Como não tenho módulos de autocarro (não sei se o termo ainda existe: módulos), e este é o melhor meio para lá chegar, aconselha-me a minha irmã a carregar o dito cartão Viva no método "zapping", ou seja, com dinheiro em vez de viagens, para que funcione também no autocarro ou eléctrico. Carregado o cartão com 2 euros, achei aquilo fantástico.
Passa o cartão no autocarro e mais noutro, e no regresso a casa também funcionou no eléctrico.
Digno de 1º mundo, rápido e eficiente.
Eis chegada a hora de regressar de comboio.
Mete o cartão na máquina da estação para carregar com a viagem de regresso.
Erro.
Tenta de novo.
Erro.
Mais uma vez.
Erro. Operação cancelada.
Dirijo-me ao balcão da estação, estava fechado (claro!).
Perguntei ao senhor do café se a máquina estaria com problemas, e ele respondeu que não, mas que, como tinha 0,30€ de sobra no cartão não podia carregar com viagens de comboio.
Ãh??
Debaixo da chuva intensa e com pressa de voltar, lá me decidi a comprar outro cartão (toma lá mais 0,50€) para comprar a viagem.
Dentro do comboio, o revisor confirmou. O cartão Viva, tão à frente e tão 1º mundista, não permite ter carregamentos de dois tipos ao mesmo tempo. Basta ter 1 cêntimo no cartão, que já não podemos carregar com viagens de comboio ou metro.
Pergunto eu, que vou a Lisboa de transportes uma vez de vez em quando, e que tenho agora dois cartões Viva a apodrecer na carteira (um dos quais com 0,30€ dentro), isto faz algum sentido?

Se me virem com um olho negro...

... não estranhem.
É o meu filho e as suas (suaves) demonstrações de carinho.
Não prevejo um futuro fácil para a sua irmã...

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Troca de presentes do amigo invisível

O meu filho também vai ter uma, amanhã.
Relembro que o rapaz anda ainda na creche, mais concretamente, no berçário!

Comprei um brinquedo para os dentes, já que deve ser o denominador comum na turminha dele.
Nem 14 meses tem, e já ando a comprar presentes em nome dele.
Está mesmo a ficar igual ao pai!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Ema

What's in a name?
A questão dos nomes dos filhos é afinal muito mais complexa do que me parecia há uns anos atrás.
O nosso nome é a nossa identidade, diz muito daquilo que somos.
Simpatizamos com um nome porque o associamos a uma pessoa, detestamos outro porque odiamos quem o tem.
De repente, temos o papel de escolher o nome de uma pessoa.
Toda a vida os nossos filhos vão viver sob o peso da nossa escolha.
Vão repeti-lo ao longo da vida, escreve-lo vezes sem fim.
Uma responsabilidade, portanto.
Eu gosto muito do meu nome, o que faz com que a responsabilidade seja acrescida.
Acho um pesadelo viver a vida toda com um nome que se detesta. Ou a vida toda a explicar o seu próprio nome, e a dizer como se escreve.

O nome da nossa filha veio ter connosco há muito tempo, muito antes sequer de ter engravidado da 1a vez.
Li-o numa mailing list de crianças e chamou-me a atenção. Comentei com o Te, que gostou, e o assunto ficou por ali.
Tal como o nome de rapaz (que o Te não queria por), eu também já tinha um nome de rapariga escolhido há muito tempo.
Quando engravidei da outra vez, ainda antes de saber o sexo, perguntei ao Te se podia ser esse o nome, caso fosse uma menina. A resposta dele foi "então não ia ser Ema?". Confesso que já nem me lembrava, e não pensei que ele se lembrasse.
Durante os primeiros meses da outra gravidez fizemos listas de nomes, discutimos o assunto, tirámos à sorte, comparámos compatibilidades - tudo com nomes de rapazes.
O de rapariga, apesar de nunca termos dito a ninguém, estava escolhido.
Falámos com muita gente sobre o assunto, e a verdade é que nunca o nome foi mencionado por nós, nem sugerido por ninguém.
Desta vez a conversa não surgiu tantas vezes, porque lá está, antes de saber o sexo nem vale a pena estar a adivinhar. Assim como assim, o de rapariga estava escolhido, e o de rapaz estava tão longe de escolhido que nem valia a pena falar no assunto. Se fosse rapaz aliás, seria um problema, porque foram tantos os nomes referidos da outra vez, que ia sempre soar a 2a escolha...

Quando saímos da eco na semana passada, eu ainda abordei o assunto mas o Te disse que precisava digerir o facto de ser menina primeiro, que falariamos no nome depois.
Foram dois ou tres dias a consolidar a ideia cá em casa, e no domingo fizemos a divulgação oficial.
Sinceramente, prefiro anunciar o nome quando já temos a certeza, quando é definitivo.
Se damos várias hipóteses, tipo "estamos a pensar em Joana, ou Maria ou Beatriz" logo chovem os bitaites que não ajudam nada e só criam mais confusão: "ai Joana não, que era uma ranhosa da minha turma, Beatriz é feio e Maria é o nome da cadela da minha avó!" .
Assim, quando anunciamos oficialmente o nome, a malta apenas diz "gosto ou não gosto", ou faz comentários tipo "é diferente/não estava nada à espera" para não dizer que não gosta, mas guarda para si o facto de achar que é nome de tartaruga, ou de ter conhecido uma assassina em série com o mesmo nome.

Não tendo nada a ver, Ema segue exactamente os mesmo critérios que o nome do nosso baby grande: é suficientemente normal para não ter de o repetir 3 vezes nem explicar como se escreve, é suficientemente diferente para não haver 5 com o mesmo nome na turma, e não tem diminutivos óbvios (aliás, acho que não tem diminutivo, que não dá para ser um nome mais pequeno!).

Para nós, é perfeito!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Planos a longo prazo

Hoje aceitei um convite para um evento, através do FB, agendado para 2030!

Isto é que é organização!
Tudo planificado com a devida antecedencia, sim senhor, para depois ninguém se queixar de ah e tal é muito em cima da hora.
20 anos. Quando dermos por ela... já lá estamos!

Pergunta natalícia para as mães com crianças pequenas (ou bebés grandes, como preferirem)

Criança pequena, 1 ano e quase 2 meses e árvore de Natal.
Qual a solução?

Como fazem nas vossas casas? A árvore fica inacessível ou optaram por decoraçoes que não de partem? E luzes, sim ou não?
E onde colocam os presentes que normalmente estão debaixo da árvore?

Fizemos a nossa no domingo. A minha ideia era este ano ignorar as bolas e ficar só com umas decoraçoes de madeira (mínimas, que de tão pequenas nem deve fazer mal engolir), as luzes, e uns guizos grandes, que fazem o papel de bolas, e que tiveram o maior sucesso.
O Te achou pobrezinha, e lá testou a resistencia das bolas, de são de plástico e amolgam sem partir.
Dobrámos os cantos dos ramos para o baby não conseguir arrancar.
Pensámos colocar a árvore em cima de uma mesa, mas quanto mais alto se sobe, maior a queda, e achámos melhor deixa-la no chão (não é grande, dá-me pelo ombro).
Resultado: agarra-se aos ramos para se por de pé ( o que prova que já se poe de pé quase sozinho, porque os ramos não lhe dão apoio nenhum), abana os guizos com toda a força e fica furioso porque não saem dali, ignora os bonecos de madeira (ou engole-os sem eu dar por ela, também é possível), arranca as bolas do casquilho que prende ao fio e brinca com elas pela sala toda, atira-se para cima da árvore para alcançar a bola/guizo que pretende.
A árvore balança, balança, mas até agora, não caiu.
Sempre pendurei pais-natais e sinos de chocolate na árvore, mas acho que este ano, vou passar...
Agora tenho a mesa da sala cheia de sacos com presentes, uns embrulhados, outros não, mas não me parece boa ideia po-los no chão em volta da árvore...

Como é nas vossas casas?

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Assim é complicado...

Acabo de (tentar) fazer apoio técnico (ao telefone, claro) a um cliente ingles, surdo, velhote e dislexico.
Surreal, é o que posso dizer.

Ainda dos presentes de Natal

Já estão todos praticamente comprados - digo praticamente porque os que faltam são dados em conjunto, e não ficou decidido quem compra nem o que se dá.
Balanço claramente positivo, se bem que com a empreitada de trabalho que (espero eu) se avizinha, não vou mesmo ter tempo para mais.
Em breve farei um post com calma, dedicado ao Natal e aos presentes de Natal, agora só queria partilhar o que me aconteceu ontem - porque é Natal, e isso nota-se nos pequenos pormenores.
Fui comprar os tais 12 presentes que faltavam ontem à noite - já em anos anteriores registei que ao domingo à noite é a melhor altura para ir às compras nesta altura, pois está muito pouca gente. Não fosse o cansaço inerente à minha condição, e a minha nabice em deixar o carro num sítio completamente diferente do costume o que me fez andar às voltas à sua procura de carrinho em punho, e tinha saído de lá fresca que nem uma alface, sem ter de procurar lugar de estacionamento nem esperar horas em nenhuma fila de nenhuma loja.
Ora, estava eu na Fnac, já com 4 sacos de compras de outras lojas, a lista de pessoas que faltavam, mais uma bela quantidade de artigos para comprar quando vejo que afinal, não tenho 4 sacos de compras anteriores, mas sim 3. Devo ter pousado tudo para me ajeitar, e deixei ficar para trás o presente do amigo-invisível da única troca de amigos-invisíveis que vou fazer este ano.
Não vou dizer de que loja era, mas posso dizer que qualquer mulher, olhando para o pacote, gostaria de lhe deitar a mão.
Raios, pensei, já fui.
Andei às voltas à procura e nada. Olhei para as mãos das pessoas, nada. Perguntei a uma menina que lá andava e nada, mas aconselhou-me a perguntar na banquinha de informaçoes mais próxima. Fui lá, não estava ninguém. Olhei para dentro da banca, nada.
Raios, pensei outra vez, anda uma pessoa a contar os euros para gastar o mínimo e depois tem de gastar o dobro numa lembrança, por uma estupidez...
Antes de sair, a soltar fumo pelo nariz de raiva e nervos comigo própria por ter largado um presente assim, resolvi passar noutra banca a perguntar se por acaso não tinham deixado ali um saco da loja X (que o senhor pediu para repetir, claro, se fosse mulher saberia de que loja falo!). Eis se não quando ele vai lá atrás à zona da segurança, e regressa com o meu saquinho na mão! :)))
Haja alegria!
Fiquei mesmo surpreendida por alguém ter ido entregar o presente, e fiquei contente porque acho que isto aconteceu, em parte, porque é Natal.
Se calhar a pessoa que o encontrou faria o mesmo em qualquer altura do ano (espero que sim), mas a verdade é que eu não estava nadinha à espera, e quando vi o saco pensei "só mesmo no Natal!"

sábado, 11 de dezembro de 2010

12 more to go

Afinal, não consegui (mais uma vez) cumprir o sonho antigo de ter tudo pronto antes de chegar Dezembro (não sei, talvez porque mudei de casa entretanto, e tive mais em que pensar).
Podia ser pior.
Dos 12, alguns são de criança, outros tantos já sei o que comprar, os outros são os mais difíceis, de que não tenho a mais pálida ideia.
Já faltou mais...

Onze de Dezembro...

... e almoçámos pela primeira vez na varanda.

E ainda há quem pergunte porque é que regressámos da Holanda...

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Coisas de filho

O meu filho abraça-me, encosta-se a mim, agarra-me as bochechas com força. Persegue-me pela casa toda, chora quando desapareço da sua vista, quer sempre estar ao meu colo.
Isto... quando está doente.
Depois fica bom, e já não me liga nenhuma. Foge de mim quando o tento agarrar, esperneia para se soltar e ir gatinhar em liberdade.

Treze meses (13!), e já só vem ter com a mãe quando precisa.

Já estava à espera de um dia isto acontecer, mas com sinceridade, não pensei que fosse tão cedo.
Não antes da adolescencia, vá.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Prá menina

Afinal... vamos mesmo ter o famoso casalinho piroso cá em casa.
Tanto gozei com os comentários do casal que agora vou ouvi-los durante mais um bocado!
Incrível, mas quando estava ali deitada na marquesa, a olhar para o ecrã, pensei que de facto, o sexo não interessa para nada. Só de o ver ali enroladinho, a esticar os pés e a abrir a boca, de ver que está tudo bem, sem dúvida que tudo o resto se dissipa.
Mas foi com grande emoção que ouvimos "é uma menina"! E com alguma estranheza também. Uma miúda? Sabemos lá nós ser pais de uma miúda!
E a partir dali o Dr passou a trata-la por "ela", que "está aqui enroladinha e agora está esticadinha", e nós achámos aquilo estranhíssimo.
Quase dois anos a tratar bebés por ele e agora de repente, temos uma ela!
Mas sim, malta, não há como negar: estou a adorar o facto de ter uma menina.
Por ser diferente (apesar de os imãos serem todos diferentes); por toda a panóplia de roupa linda de morrer que estava guardada da prima à espera de oportunidade (alguma que eu mesma trouxe do Hema - loja preferida da Holanda); por ultimamente terem nascido só rapazes à nossa volta; porque as prateleiras de roupa de rapariga são muitas mais em todas as lojas; porque nos saldos há sempre imensa coisa de rapariga e nada de rapaz; porque daqui a 20 anos vou ter companhia para ir ao cabeleireiro, às compras, à manicure, e vou ter alguém que me de opinioes sobre o que se usa e não se usa (e vou bem precisar, que bem me conheço - a menos que a rapariga vire gótica, alternativa, primitiva urbana, ultra-ecológica ou outro qualquer estilo de vida que não se compadeça com o acima descrito. Raios. Se calhar é melhor arranjar outra, pelo sim, pelo não); porque assim, fazendo tão pouca diferença de idades mas sendo de sexos diferentes, estarão menos sujeitos a comparaçoes (se fosse outro rapaz seria inevitável comparar, as pessoas comparam entre primos, imagino entre irmãos!); porque assim crescem a vida toda habituados a conviver com uma pessoa de sexo diferente, e há-de haver um alegre convívio entre bolas e nenucos, carros de corrida e carrinhos de bebé - enfim, todo um equilíbrio que só faz bem a um e a outro. E aos pais também.
Se ficávamos felizes com outro rapazola? Claro que sim, e muito. Mas estamos muito contentes por ter saído uma menina na rifa.

E é assim, meus amigos, que um casal como o Te e eu, giros, jovens, modernos e cool, que viveram no estrangeiro e tudo, ficam de repente com um belo casalinho de filhos, tudo dentro dos conformes, com o menino mais velho para proteger a mana como manda a lei.
Somos oficialmente um super, ultra, mega cliché!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Do trabalho

Trabalhar ao feriado já é mau, mas ter um dia de trabalho chato ao feriado, quando devia estar a curtir a famelga, a beber chocolate quente e a fazer a árvore de Natal, ainda é pior.
Sou muito solidária com quem trabalha nos centros comerciais e tem dias horrorosos nestes feriados de Dezembro.
Dia mais chato, clientes mais chatos, reunião mais chata...
Chiça que nunca mais acaba.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Pró menino e prá menina

Porque esta semana temos ecografia das 21 semanas, e vamos poder, em princípio, se Sua Excelencia permitir, saber o sexo do nosso baby novo, aqui ficam as minhas consideraçoes sobre o assunto.
A 2a gravidez é bem diferente da 1a em algumas coisas (não muitas), e esta é uma delas.
Começamos com as reaçoes dos outros.
Como seria de esperar, seguindo a tradição bem portuguesa do "casalinho" (termo mais irritante, vamos ser honestos), são poucas as almas que não me perguntam "então agora vem a menina?", como se de uma obrigação se tratasse. Se à primeira é completamente indiferente, à segunda, não tem nada que enganar. Vir outro rapaz será estragar a hipótese do casalinho, e isso, meus senhores, não é bonito.
Sejamos sinceros, eu enquanto Mary, quero qb que seja uma menina. Para fazer o casalinho? Não, porque, como li num comentário genial num blog alheio, "não estou a pensar fazer criação", pelo que não preciso de um casal para coisa nenhuma.
Enquanto mãe, quero muito que venha um rapaz.
Passo a explicar.
Desde que engravidei desta segunda vez desenvolvi duas teorias opostas, que me vão permitir ficar igualmente feliz no dia em que souber o sexo deste baby.
Olhando à minha volta, acho que uma filha faz falta a qualquer mulher. Ah e tal, e os rapazes são mais chegados às mães (se é assim, nem quero pensar numa menina, que o meu rapaz é tão agarrado a mim que nem sei, uma miúda nem lhe devo por a vista em cima), e isso é tudo muito bonito, mas enquanto são crianças.
Depois crescem, e as mães envelhecem. E precisam de ajuda para escolher roupas adequadas a determinadas ocasioes, e precisam de opinião para mudar de visual, e precisam de companhia quando se sentem em baixo, e precisam de mandar bitaites a torto e a direito (é inato, está na massa do sangue das mães) em casa dos filhos e isso não funciona quando apenas se tem noras. Todas as mães que eu conheço que tem o famoso casalinho ou filhos rapazes e apenas 1 rapariga, acabam por contar muito mais com a ajuda da filha do que dos rapazes.
E nos casamentos, qual a mãe que tem mais protagonismo? A mãe da noiva.
E quando chegam os netos, em casa de quem os deixamos mais facilmente e com mais à vontade? Em casa das avós maternas.
Esperta foi a minha mãe, que à falta de 1, teve logo 3.
Por tudo isto e muito mais, eu sempre disse que se tivesse filhos de um só sexo, preferia que fossem raparigas. Como isso não vai ser possível, gostava de ter pelo menos uma.
E como não penso ficar por aqui, não precisa de vir a miúda agora, mas para o próximo a pressão, há que admitir, será muita.

Por outro lado, enquanto mãe, e acho que acontece a todas, não me vejo nada mãe de uma rapariga. Não sei o que isso é, e no meu íntimo acho que nasci para ser mãe de rapazolas, para jogar à bola todos os dias, para ter brincadeiras parvas e brutas, para fazer braços de ferro e não me preocupar com laços e bandoletes.

Por eles, espero que seja outro rapaz. Fazendo uma diferença de idades tão pequena, acho que vai ser muito mais giro pela vida fora.
Sendo um rapaz e uma rapariga, acho que há mais probabilidade de se virem a separar na adolescencia.
Penso nos "casalinhos de irmãos" mais crescidos, e vejo que aqueles que continuam a dar-se o fazem, em parte, porque os respectivos conjuges se dão bem também. Ora eu dou-me com as minhas irmãs, e combinamos cenas, e telefonamos, tudo à margem dos maridos.
Não quer dizer nada, eu sei, mas acho que dois rapazes tem mais probabilidade de serem os melhores amigos, hão-de sempre ter-se um ao outro para ir ao futebol e ir beber uma jola depois do trabalho.

A tudo isto, posso juntar a minha intuição maternal.
Eu tenho um feeling tão grande, mas tão grande, que há dias em que tenho a certeza absoluta que é rapariga, e outros em que juro a pés juntos que vem daí um rapaz.

Isto tudo para concluir, que sim malta, tal qual da 1a vez, o sexo é completamente indiferente.
O importante - olha o cliché - é que venha com saúde. Mai nada.

Fim-de-semana em festa

Sábado e domingo de festas de anos.
Bolos de chocolate, baba de camelo, crumble de frutos vermelhos, profiteroles, you name it. Tudo dias antes de ir à médica e à implacável balança. Raios.
Mas foi também fim de semana de: no sábado, viagem até ao Alentejo com a minha grávida gémea, duas horas de viagem para lá e para cá sob o tema de bebés, parto, estrias, cintas, padrinhos, tios, hospitais, ecografias, médicas and so on (sem chatear ninguém com a conversa mono-temática, porque dentro do carro iam só interessados na matéria), almoçarada da boa, jogatana em volta da mesa a tarde toda, o baby perseguiu a gata como se não houvesse amanhã e andou atrás dela o tempo todo a dizer "cão, cão", jogou à bola com maçãs e laranjas, tocou viola com o primo mais velho, e não dormiu nada a tarde toda. Passámos a noite os dois sozinhos na casa nova. Domingo, almoço de raquelette (não sei como se escreve) com famelga do Porto (e direito a conhecer o novo elemento), e tarde de converseta com todos, que o dia estava mesmo a pedi-las.
Em grande.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O Elefante gosta mesmo é de viajar

Não é que o raio do livro voltou a desaparecer?!
Sim, eu sei que ainda tenho algumas caixas por abrir, mas bolas, já tenho imensos livros nas estantes, e do Elefante, nem rasto...

Viver numa casa nova (para nós)

Por vezes sinto-me como a Mariana do Lote 12 2frente.
A mão apalpa a parede em busca do interruptor que está do outro lado.
Ponho água fria no duche, em vez de quente (na casa antiga a torneira estava ao contrário).
Abro armários na cozinha à procura dos copos.
Apago luzes nos interruptores errados.
Confundo os quartos.

Mas aos poucos, o cheiro da obra vai desaparecendo.
O frio deixa de se fazer sentir.
Começamos a ter rotinas, hábitos, costumes diferentes dos que tínhamos antes.
Gosto.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Constatação

Este post surgiu de um comentário que ia fazer num blog de que gosto muito, mas sob risco de se tornar o maior comentário de sempre, encaminhei a autora do blog para aqui, e assim partilho com todos.
Não faço ideia se alguma vez cheguei a escrever sobre isto aqui, mas também não vou agora procurar.

Quando estava na Holanda cheguei à conclusão que a ideia que fazemos de nós mesmos, que fomos construindo ao longo da vida, com base na nossa experiencia, na opinião dos outros, e também nas características das pessoas que nos rodeiam; acompanha-nos ao longo da vida, mesmo que deixe de fazer sentido.
Passo a explicar.

Toda a minha vida, nunca me considerei uma pessoa baixa. Digo mais, eu não sou uma pessoa baixa. Nunca fui a mais alta, é certo, mas sempre estive no grupo das pessoas mais altas. E esta é a ideia que tenho de mim.
Um dia, ainda na Holanda, resolvemos começar a medir as pessoas do escritório - que são de muitas nacionalidades diferentes, maioritariamente europeias - porque queríamos tirar a teima de quem é o mais alto (porque havia mais do que uma pessoa a rondar os 2 metros de altura - não estou a exagerar - e daí partimos para medir todos e mais alguns).
Qual não é o meu espanto quando, num grupo de 20 e tal pessoas, eu sou a 3a mais baixa! Abaixo de mim ficaram apenas uma italiana e uma espanhola, que seriam baixas em qualquer parte do mundo, não apenas na Holanda! Foi estranhíssimo. Pessoas que eu considerava da mesma altura que eu (não estou a falar dos de 2 metros, obviamente), quando medidos correctamente ficavam com um risco na parede um ou dois palmos acima do meu!
E foi nesse momento que cheguei à conclusão que, como cresci rodeada de gente da mesma altura ou mais baixa, como na escola, em casa, na rua, na vida, sempre me passaram uma ideia, quando eu me vi envolvida num meio em que, claramente, essa ideia estava errada - sim, naquele contexto, eu era baixa - nem me cheguei a aperceber! Durante meses o papel das mediçoes esteve colado na parede, mas nem isso contribuiu para eu mudar a minha ideia de mim: eu não sou baixa não senhor, voces é que são muito altos!
Do mesmo modo, cá em Portugal e ao longo de toda a minha vida, eu sou sempre considerada a loura e branca. Tirando as minhas irmãs (e sobrinhos) que partilham o mesmo tom de cabelo e pele que eu (mais coisa, menos coisa), em todos os contextos, eu sou sempre a loura. "A Mary? Qual Mary, a loura?", sou sempre alvo de chacota na praia, porque qualquer um em alguns minutos na praia de Carcavelos poe o meu bronze de 15 dias nas Maldivas no chinelo.
Claro que, quando fui para a Holanda - onde aí sim, as pessoas são mesmo brancas e louras - a minha ideia de mim não mudou. No meio de quase albinos, eu continuei a sentir-me a branca e loura do grupo. Até que um dia, ao ouvir uma colega comentar "sim, não sei quem tem o cabelo da cor do teu, assim castanho claro" (castanho claro, eu? mas eu sou louríssima, please!), cheguei à mesma conclusão... anos e anos de brancura não se compadecem com o facto de depender do contexto.

As ideias que trazia de mim, comigo ficou.
Corresponderá à verdade??

E penso em todos os meninos que me acompanharam na escola, que foram rotulados não só de altos ou baixos, mas de mal-criados, mandrioes, patinhos-feios, gordos, caixas-de-óculos, e penso, será que até hoje tem essa ideia de si mesmos?

Back on tracks

Hoje, pela primeira vez, o baby cá de casa dormiu a noite inteira no quarto dele.
Depois de mais de 1 ano a dormir no quarto dos pais, e 3 noites a "dormir" na cama dos pais (não sei se se pode chamar dormir àquilo que fizemos nessas noites), o rapaz ontem lá ficou de vez no quarto dele, chorou umas duas ou tres vezes durante segundos (à procura da chupeta, imagino eu), nem sequer bebeu leite à meia-noite (anda a rejeitar o leite, não sei se pelo leite ou pelo biberon) e acordou todo bem disposto de manhã.

Um crescido!

Agora, não sei como fazem as mães que deixam os bebés a dormir sozinhos no quarto desde os 4 ou 5 meses. Eu sei que é tudo uma questão de hábito (as mães vão crescendo enquanto mães à medida que os filhos vão crescendo enquanto pessoas - às vezes mais depressa, outras mais devagar), mas ontem quando estava na cama pensei que se calhar não teria sido capaz de o fazer muito mais cedo...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Rádio

A rádio online que ouço "no trabalho", de que gosto muito, de X em X tempo interrompe a emissão porque, nas suas palavras "detestariam ter a rádio a tocar para o vazio", pelo que de vez em quando tenho de lá ir dar OK e confirmar que "não fui devorada por um urso" (palavras deles também).
A minha coluna é toda XPTO, foi oferecida pela empresa, e é tão inteligente que quando não estamos a ouvir nada durante X tempo desliga-se sozinha.

Já estão a ver o que tenho de fazer N vezes por dia...
Há pachorra? Nope...