domingo, 30 de dezembro de 2018

2018 em revista

E pois que é chegada a altura de balanços, assim o dita o calendário e assim o dita a nossa vontade também.
Na vida tudo são fases, e normalmente as fases alternam entre mais intensas e mais tranquilas. Depois de um 2017 profundamente transformador, 2018 foi um ano de consolidação.
Sinto que apesar de tudo, foi um ano bastante bom.
Foi o ano em que consolidámos e aprendemos a sério a ser uma família de 5. Já não somos 4 e um bebé, somos 5 e é tão mas tão fixe.
Ver a relação da mais nova com os irmãos, a forma como veio baralhar e dar de novo a família, é delicioso. É um elemento agregador e tantas vezes é ela que no meio do caos nos põe a rir (é o bebé melhor do mundo, já o disse).
Foi um ano que, na continuação do final de 2017, me senti muitas vezes no olho do furacão, e nestas alturas temos tendência de agarrar apenas no que é essencial. Senti muitas vezes que não tinha mãos para tudo, que nem se fosse um polvo conseguiria agarrar tudo o que queria. Isso obrigou a que nos tivéssemos de organizar (muito!) e focar na antecipação (de tudo), e levou a que passássemos uma parte do ano apenas focados nas rotinas. Passámos fins de semana totalmente ocupados de tarefa em tarefa, de obrigação em obrigação, seja a assistir a jogos de futsal e apresentações de ballet, seja a ir à lavandaria, às compras e a cozinhar para a semana. Foi esgotante, mas foi a solução que arranjámos para que o dia a dia funcionasse com menos percalços.
Foi também um ano de muita preocupação com a saúde do meu pai, com internamentos e uma cirurgia, mas com tudo encaminhado no bom sentido.
Profissionalmente foi também um ano de consolidação, em que optei por agarrar mesmo aquilo que consigo, em vez de andar metida em mil projectos diferentes. É um pouco a sina do recibo verde, tendemos a dizer a tudo que sim, com medo dos dias em que o trabalho escasseia - e depois andamos estafados, a trabalhar dias seguidos sem folgas, e a viver na penúria na mesma. Este ano deixei de sentir remorsos em dizer não só porque quero ficar com a família. Penúria por penúria pois que aproveito a maior riqueza de todas que é ter tempo.
Ainda profissionalmente sinto sempre que podia fazer mais, que me podia dedicar mais, que podia ser melhor, que tenho tanto, mas tanto a aprender. Mas também sinto que (mais uma vez) tudo são fases, e que um dia poderei dedicar-me ao meu trabalho com mais afinco.
Em 2018 fiz 40 anos com muita serenidade e aceitação (que pode bem ser outra palavra para definir este ano). Não me senti nostálgica, nem com medo, nem eufórica. Os 40 assentam-me bastante bem, atrevo-me a dizer.
Festejei-os em Madrid, na nossa primeira viagem de carro a 5 e não podia ter corrido melhor. Fomos a um parque de diversões (que eles amaram!), fomos a museus (que eu amei e eles gostaram também), até deu para rever um amigo da Holanda. Foi mesmo muito giro.
Tenho vindo, desde 2017, a tratar mais de mim, a ter cuidado com o que como e a fazer exercício físico. Acho mesmo que foi o ano em que fui mais consistente neste aspecto, tendo parado por muito poucos dias desde Janeiro até agora. Faço ginástica de manhã, com vídeos do youtube de 30 minutos ou menos, de 2a a 5ª feira, e na 6ª escolho um vídeo de yoga (descanso ao sábado e domingo). Desde Setembro escolho vídeos mais pequenos e faço uma caminhada no paredão antes mesmo do dia começar. E isso nota-se - mais do que nos kilos perdidos e na melhoria da imagem por fora, noto eu por dentro como me sinto: com mais energia (muito mais!), mais focada, com força para enfrentar o mundo se for preciso. É tudo um grande cliché, eu sei, mas é verdade. E o segredo é mesmo ser persistente, cuidar da alimentação e fazer exercício. Dia, após dia, após dia. Depois de um dia de asneiras, voltar à linha uma e outra vez, e sempre. Ainda tenho um longo caminho a percorrer, por isso 2019 será para continuar.
Com os meus ricos filhos correu sempre tudo bem, e sinto que foi um ano muito dedicado a eles e às suas agendas.
A mais nova cresceu num piscar de olhos. Aprendeu a andar e a falar, e mal acredito que não fazia nenhuma das duas há um ano atrás.
A do meio terminou o 1º ano com excelentes notas, e só ouvimos coisas boas dela na escola. Cresceu
muito a minha menina grande, a quem a mais nova chama (e não é por acaso) de "mamã".
O mais velho também manteve as excelentes notas na escola, e evoluiu muito no futsal. Partiu o braço e encarou as dificuldades com um à vontade que nos deixou surpreendidos. Também cresceu.
Tentamos incutir-lhes responsabilidade, torna-los independentes e participativos nas rotinas e tarefas cá de casa, mas é uma coisa que temos de continuar a trabalhar.
Com todos os altos e baixos o saldo é mais que positivo, e 2018 foi de facto um ano bastante bom.

Para 2019 os planos são continuar o que está bem, e mudar o que está menos bem.
Quero ler mais, continuar a ter tempo para eles, e ter mais tempo para o resto da família e para os amigos (que foi o que fui deixando para trás por causa das tarefas e agendas apertadas).
Quero atingir o meu peso ideal, quero ter a casa mais arrumada, quero viver com menos e de forma mais sustentável. Quero ir a concertos e ao cinema e ter uma vida cultural mais activa. E se não for pedir muito, quero sair à noite com os amigos de vez em quando também!

E se tiverem curiosidade espreitem os anos anteriores em revista:
2017
2016
2015
2014
2013
2012 
2011
2010
2009
2008

(e a viagem emocional que foi ler estes posts assim todos de enfiada? Ui! Se alguma vez pensar em acabar com o blog tenho de me lembrar disto, caramba! Este registo escrito que me faz reviver cada momento, cada ano, vale ouro!)

E com isto, agora sim, um excelente 2019 para todos vocês que continuam aí!

sábado, 29 de dezembro de 2018

E depois de 5 filhos por uns dias...

... uma noite e um dia sem filhos.
Muito fixe.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Mãe de 5 por uns dias

Kilos de comida a cada refeição, louça às pazadas no lava louça.
Brinquedos espalhados por todos os lados, jogos jogados em cada canto.
Piadas privadas e gargalhadas.
Ataques de riso à noite em vez de estarem a dormir.

(o melhor da infância é mesmo ter primos para brincar)

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Três mais dois

E depois de uma semana a trabalhar intensamente e com uma filha fora, segue-se uma semana de descanso com dois filhos a mais.

Natal sem stress

O stress, tal como a falta de tempo ou de dinheiro, é uma coisa subjectiva.
Este ano, na sequência do percurso que tenho feito no sentido de estar mais presente e viver mais o presente, resolvi que não ia stressar com o Natal.
E claro que quando temos as coisas por fazer (e temos gosto em faze-las) e vemos o tempo a passar, é impossível não começar a sentir nervos.
Normalmente a época de Natal é uma fase de muito trabalho, e tudo se resolveria fazendo as coisas com antecedência, mas isso para mim não é opção. Aquela coisa de comprar tudo nos saldos, fora da época, não faz o meu estilo. Aliás fazer o que quer que seja com antecedência não é o meu estilo.
E portanto, como já sei o que a casa gasta este ano resolvi não stressar. Foi só uma decisão, tudo o resto permaneceu igual: fiz noitadas a fazer os últimos presentes, no dia 23 fiz uma maratona de embrulhos, houve bolachinhas natalícias e até uns enfeites para a árvore feitos por nós mesmo no dia 24. Na noite e dia de Natal andámos a saltitar de casa em casa como de costume, mas fiz um esforço em não pensar no sítio onde íamos a seguir, só em aproveitar ao máximo cada momento.
E por isso mesmo foi um excelente Natal.

Fugacidade

Quando damos por ela já estamos no Natal.
Quando damos por ela já passou o Natal...

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Três menos um

Férias de Natal e a do meio aproveitou para ir dormir a casa dos tios lisboetas duas noites.
E não calculam a diferença que faz nas nossas manhãs (em que eu tenho de ir trabalhar mais cedo que o costume) tirar um elemento à equação.
Dois filhos em vez de três, e a vida parece uma brincadeira. Mesmo quando o que sai é o que dá menos trabalho.
Comentava uma amiga com dois filhos pequenos, que não sabia porque se queixava tanto quando tinha só um - sair de casa de manhã com um filho parecia agora uma manhã de férias.
Calculo que seja assim também com quem tem 4 filhos, de repente três filhos é um passeio no parque.
A partir daí já acredito que seja preciso tirar mais do que um para se notar a diferença.
Ter 5 ou ter 6 já deve dar no mesmo.

Adenda ao post anterior

O Natal é um stress mas eu não o trocava assim (stressante, intenso, cansativo, cheio de gente e de eventos) por nada.

Dito isto, está tudo por fazer.
Ai.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Inspira e expira

A época de Natal é sempre um stress, certo?

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Estar offline - o reverso da medalha

Pois para quem não sabe ainda , estou há coisa de dois meses (não posso precisar!) sem facebook nem instagram, e já aqui escrevi sobre as maravilhas que tem sido estar mais tempo offline, viver mais o presente, estar de facto com quem interessa.
No entanto, nem tudo são rosas:
  1. Fui no outro dia ao instagram (no tablet) e dei de caras com a namorada do meu primo agarrada a outro. Passado o espanto lá fui confirmar via whatsapp, e confirmei que o namoro acabou há que tempos (sim, eram o tipo de casais que postam mil fotografias e faziam juras de amor eterno nas redes sociais, e ao que parece toda a gente reparou no fim do namoro exactamente pela ausência de fotografias, ora eu estando offline, fiquei à margem da informação).
  2. Estive aqui a rever as fotografias de 2018 e desde que estou sem instagram tiro muito menos fotografias. Mesmo muito menos. Não que tirasse muitas, mas acabava por andar mais atenta e por isso tenho imensas fotografias do nosso dia a dia, até do meu sozinha, pelos sítios lindos onde trabalho. Depois há ali um momento depois das férias que o número de fotografias se reduz aos momentos importantes. A ver se remedeio isto.

Sorriso natalício

O meu, a partir de hoje, em que terminei as compras de Natal.
Presentes comprados, comprados.
Presentes feitos, por fazer.
Já não falta tudo! Vamos lá!

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Just another day at the office...

Ou o dia em que o Ministro da Cultura da China pediu para tirar uma fotografia comigo.

domingo, 2 de dezembro de 2018

Sonho de uma noite de verão - Teatro Villaret


 Resultado de imagem para sonho de uma noite de verão teatro villaret
E o primeiro evento natalício foi uma ida ao teatro em família.
Em família mesmo, com direito a manas, sobrinhos, primos e tios e ainda mais alguém.
Meia plateia estava por nossa conta.
A peça está fantástica, e os actores são mesmo muito bons.
Os meus filhos riram agarrados à barriga e eu fui às lágrimas também de tanto rir. Adorei.

(e com muita vergonha admito que não me lembro da última vez que tinha ido ao teatro...)

Recomendadíssimo.

Let the games begin

Árvore de Natal montada.
Calendário do Advento pronto.
Este ano até arranjei um calendário que conta mesmo os dias até ao Natal (e vai dar para usar antes do Advento, se quisermos).
Faltam talvez um ou dois conjuntos de luzes e estamos prontos.
Podes vir, Natal. Mas devagarinho, não há pressa.

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Vai de carrinho

Ao fim de 9 anos, três bebés, inúmeras viagens e passeios, num total de 6 anos ou mais de utilização (não contínua), hoje foi dia de nos livrarmos de vez do nosso carrinho de bebé (que inclui ovo, alcofa, cadeira de passeio, além das rodas).

Sim, é mesmo oficial que não pensamos ter mais bebés.
Sim, é mesmo oficial que eu achava que ia ganhar imenso espaço na arrecadação, e afinal não ficou assim tanto espaço livre.
Sim, é mesmo oficial que há uma certa nostalgia envolvida neste processo, em pensar na quantidade de coisas que fizemos e vivemos com um deles (ou dois) no carrinho.

Agora está na hora de levar outro bebé a descobrir o mundo!

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Filho grande (por dentro)

Passada a tempestade vemos que se passaram dois meses em que ele superou em muito as nossas expectativas.
Ultrapassou os obstáculos sozinho, aprendeu a fazer tudo com a mão esquerda em menos de nada, raramente se queixou apesar de lhe custar muito não poder jogar futsal nem futebol na escola, não participar no corta-mato da escola, não ir à festa de lasertag do seu melhor amigo.
Foi um valente, e tendo em conta que às vezes faz mega fitas com coisinhas de nada, surpreendeu-nos com a sua capacidade de se superar.
Que se adapte assim às contrariedades da vida e tem tudo para ser um vencedor.
Para continuar a ser, aliás.

Suporte básico de vida

Este fim de semana dediquei algum tempo a fazer um curso de suporte básico de vida.
São aquelas coisas que não queremos nunca usar, mas que todos deveríamos saber.
E sim, houve uma parte dedicada aos bebés, que é profundamente angustiante. Primeiro a parte teórica em que nos explicam todos os perigos a que estão sujeitos (e só me apetecia mandar mensagens ao Tê para proteger a casa antes da mais nova acordar da sesta, imaginando já que ela se ia meter na máquina da roupa a por-se a morder fios eléctricos), e depois a parte prática (em que faz muita impressão dar pancadas nas costas do boneco e imaginar que o vemos engasgado e inanimado).
Por muita teoria que se leia e saiba, é na parte prática que se aprende, e ter enfermeiros a ensinar as técnicas ajuda muito.
Espero (mesmo!) nunca ter de usar nada disto, mas achei mesmo importante ficar a saber.

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Quase regresso à normalidade

Quase dois meses depois do meu rico filho se ter armado em macaco e dado um salto maior do que a perna (ou o braço, mais concretamente), hoje foi dia de finalmente se ver livre dos ferros que ajudaram a consolidar o osso.
A pergunta mais importante para ele era saber quando podia voltar a fazer desporto, e a resposta não podia ter sido melhor: hoje mesmo!
Foi uma fractura mesmo muito feia, partiu os dois ossos do antebraço, sendo que um deles ficou completamente fora do sítio. Demorou, mas hoje começa uma nova etapa.
E de repente parece que me tiraram um peso dos ombros.
(o meu menino está inteiro outra vez, yeaahh!)

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Pais de 1

... por uma noite.
Assim a meio da semana acho que é uma estreia, mas a logística assim o ditou - temos consulta no hospital amanhã de manhã cedo, e as miúdas ficaram a dormir nos avós para poderem dormir até mais tarde (e para de facto conseguirmos sair a horas, vá).
Estamos, portanto, hoje à noite com apenas um filho de 9 anos.
Não vos ocorre o estranho que isso é.
O silêncio.
O nível de arrumação.
A atenção que lhe podemos, de facto, dar.
Ouvir uma história até ao fim, explicar qualquer coisa sem ser interrompida 300 vezes.
Estar sentada a esta hora, a escrever um post.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Trabalhar a partir de casa

Foi coisa que fiz, como sabeis, durante 6 anos e que me ia deixando meia louca (ou louca e meia), e da qual não tenho saudadinhas nenhumas.
No entanto a minha actual situação profissional às vezes (raramente) exige um dia ou outro a trabalhar em casa, quer seja a fazer um guião de visita novo, ou a estudar para uma nova exposição.
E assim confirmo que, mesmo a estudar e a trabalhar em coisas que gosto, estar em casa a trabalhar não é mesmo para qualquer um.
A casa está de pantanas e de pantanas fica, pois se é para arrumar a casa não faço mais nada. A diferença é que a casa de pantanas e eu fora não me enerva, mas estar em casa ao computador e tropeçar em brinquedos ou ter o lava loiça cheio mexe-me aqui com o nervo. Não assim tanto que não consiga ignorar (que eu sou boa mesmo a ignorar desarrumação), mas ainda assim...
Outro problema: não páro de comer. E quando não há nada para comer, eu invento. Ou saio e vou comprar. Juro que não me meto a estudar outra vez para não engordar. É que é só sentar o rabo no computador para me apetecer petiscar qualquer coisa...
E depois é esta coisa de apetecer trocar ideias com alguém, ou ter dúvidas e ninguém responder pelo whatsapp. E daí a estar a investigar outra coisa qualquer muito interessante mas que não tem nada a ver com o assunto, é um saltinho.

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Um passo à frente e dois atrás

A nossa mais nova, que estava tão bem encaminhada para adormecer sozinha na sua caminha, pois que teve febre na semana passada e bastaram dois dias para se esquecer como é que isso se faz...
Duas noites de febre a adormecer ao colo e no miminho e pois que agora que já está boa não quer voltar ao velho hábito de adormecer por si só sem chatear ninguém.
E deixem que vos diga que até o melhor bebé do mundo pode virar bicho, fazer birra, espernear, gritar com quantas forças tem. E durante muito, muito tempo.
Depois de um fim de semana super tranquilo, foi um bonito serão de domingo que tivemos todos.
Deu para nivelar por cima os níveis de stress cá de casa.

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

6ª à noite

E eu com um guião de trabalho para fazer.

(quando é que me tornei uma seca?)

domingo, 11 de novembro de 2018

Post da semana

Cada ponto valia um post por si só, mas é o que pode arranjar:
  • pela primeira vez em quase dois anos, a mais nova começou a (quase) adormecer sozinha na sua cama. Sempre disse e continuo a dizer que ela é mesmo o melhor bebé do mundo, mas a verdade é que a hora de adormecer sempre foi crítica, desde que nasceu. Depois de muitas manobras andávamos a experimentar adormecer na cama mas comigo ao lado, coisa que podia demorar entre 3 e 45 minutos. Pois que às tantas já sem paciência resolvi dizer-lhe que ia só ali à casa-de-banho, e ela ainda refilou mas acabou por adormecer sozinha. Fui repetindo a fórmula a cada dia, e a verdade é que passou a adormecer na sua caminha, de luz acesa, é certo, mas sem ser preciso eu ficar ali parada no escuro a dar a mão.
  • O mais velho tinha consulta marcada para tirar o gesso e os ferros que tem no braço para promover a consolidação do osso. Chegados ao hospital somos informados que o médico se encontra de férias, e que tinham tentado ligar a desmarcar a consulta! Podem imaginar a minha reacção, depois de ter feito toda uma ginástica para poder estar ali àquela hora, e a reacção dele que estava na expectativa de se ver livre do gesso... Foi dito que não havia outro ortopedista disponível, mas perante a minha indignação lá nos mandaram para as urgências, e de lá uma administrativa andou a bater de porta em porta para nos arranjar uma solução. Passou quase uma hora a andar para trás e para a frente, mas lá arranjaram um ortopedista disponível (pois, afinal ao que parece havia uma solução!). Fez o raio X e o dr acabou por achar que o braço ainda não está bom. Mais duas semanas de ferros, de banho de braço no ar, mais duas semanas sem poder fazer desporto (que tanta falta lhe faz...). Enfim.
  • Consulta de rotina com os dois mais velhos, e confirmou-se o excesso de peso da minha do meio. Não foi uma novidade, a miúda tem mesmo tendência para engordar, mas a verdade é que quando vemos as coisas no papel é que nos apercebemos da gravidade da situação. A fazer uma alimentação equilibrada (em casa), e a comer praticamente o mesmo que o irmão (que é magro e está no percentil 25/50 de peso), tem 6kg a mais do que o máximo recomendado para a sua altura. Por enquanto temos conseguido puxar o assunto para a questão da saúde e não da beleza. Em nenhum momento fazemos referência a ser bonito ou feio - até porque ela é linda de morrer - mas pelo facto da barriga poder ficar doente. Peso a mais não faz bem a ninguém, e a médica foi muito clara neste aspecto - temos de travar o aumento de peso agora, antes da mudança da idade. É um processo que vai ter de passar por ela, porque a comida de casa é saudável, o problema são as "excepções" que ocorrem com frequência (festas de anos, jantares e almoços de família, o raio dos saquinhos dos doces que os meninos que fazem anos levam para a escola e que chegam a casa já comidos sem eu poder fazer nada...). Tem mesmo de passar por ela ser capaz de dizer não e ter consciência que só pode ser uma vez por semana. O irmão usa óculos e gostava de não usar, o primo usa aparelho e não pode comer gomas nem pastilhas, eu mesma não posso comer glúten, todos temos as nossas limitações, e eu espero que ela entenda as dela. Muito difícil esta questão das filhas e do peso a mais, muito delicado este equilíbrio entre saúde e beleza, entre cuidado e anorexia. Puf!
  • esta semana foi dia de me estrear num museu novo, completamente fora da minha zona de conforto - arte contemporânea. Correu muito bem e eu adorei, apesar dos nervos. Curiosamente a primeira vez que tive intenção de fazer visitas lá corria o ano de 2002! Desde então esteve dentro e fora dos meus objectivos, mas sempre lá mais ou menos presente. 16 anos depois, objectivo concretizado. Há que saber esperar, sem dúvida. O que é nosso às nossas mãos virá parar.
Bom domingo e boa semana a todos!

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Sobre a minha auto-info-exclusão

Passaram quase três meses desde este post, é altura de balanço deste tempo (quase) sem redes sociais.
Explico que tanto as conta de Instagram como de Facebook continuam activas, apenas desinstalei as app do telemóvel.
Nas férias fiz mesmo "jejum" à séria, no regresso espreitei uma ou outra vez ambas as redes no tablet, num serão de domingo à noite, assim para descontrair. E confirmei que de facto não ando a perder nada. Ou quase, vá...
Mas não tenho vontade nenhuma de lá ir, nem para ver e muito menos para partilhar.
Achei que se calhar ia ter mais tempo nas mãos, mas claro que não tenho, o que noto é que faço as coisas mais focada.
Estou mais no presente.
Leio o meu livro quando o levo. Observo o que está à minha volta. Leio notícias (sim, no telemóvel), mas só os jornais que me interessam.
E chego a casa e não lhe toco mais. Não estou no wc a fazer likes nas vidas dos outros (vá, não se escandalizem, sei que não sou/era a única), não estou a cozinhar e a dar uma espreitadela nos stories do dia. Ainda hoje dei por mim apenas a contemplar a paisagem, nuns minutos de compasso de espera antes de uma visita.
Parece que estou menos "multitasking" mas mais atenta ao que estou a fazer.
E estou, isso sim, muito contente com esta decisão

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Sobre o Halloween e o Pão por Deus

Uma novidade: são compatíveis, malta.
Não é preciso escolher entre uma tradição e outra, entre aquilo que vem do nosso passado ou não.
Dá para manter os dois, sem problema. No fundo têm ambos a mesma raiz e não se chateiam.
Monstros e bruxas e andar de casa em casa dia 31 à noite; saquinho de pano e pão por Deus de casa em casa dia 1 de manhã.
Doces para todos até fartar, miúdos super felizes, tradições mantidas (nossas ou não).
De nada.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Caminhantes da lua

Tudo começou há um mês atrás com o desafio de uma amiga que ,tal como eu, gostava de incluir uma caminhada no paredão no seu dia a dia.
Se só conseguimos ir às 6h da manhã, porque não?
E assim começamos, meio em tom de brincadeira, a sair da cama às 5h50 para ir caminhar.
Ninguém, nem mesmo nós, achou que fosse durar, mas a verdade é que dia após dia fomos conseguindo, e raramente falhamos.
Dia após dia, ou melhor dito, noite após noite, pois se nos primeiros dias ainda se via uns raios de sol a nascer no regresso a casa, na maioria dos dias fomos e voltamos com noite fechada, apenas com a lua como companheira. Íamos caminhar para o paredão sem sequer ver o mar!
Também tínhamos ideia que estaríamos sozinhas, pois quem é maluco para ir caminhar a essa hora?
Qual quê! Há todo um número de "habitués" a quem nos habituámos a cumprimentar, e a quem já notamos a falta quando não vão: a "amiga da barriga gira" (que corre de top e tem uma barriga lisa que eu invejo bravamente), o senhor da camisola amarela (que também corre e parece estar muito em forma), o casal de velhotes, duas amigas com um cão, outro corredor com dois cães, o senhor da bicicleta, e até uma mãe que às vezes leva o filho de 10 ou 11 anos!
Nós vamos com os minutos contados, e à hora certa (ali entre um poste e uma tampa de esgoto) damos a volta para trás. Caminhamos em passo acelerado, e pelo caminho vamos discutindo de tudo um pouco, desde a polémica da mudança da hora, os problemas do trabalho ou o ultimo episódio do "Visita Guiada". Às vezes o assunto é tanto que nos despedimos com uma pausa e retomamos a conversa no dia seguinte.
E sabe tão, mas tão bem...
Custa sair da cama, é escuro, está frio, vento e chuva, mas já não me vejo a começar o dia de outra maneira.

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Mais uma sugestão de leitura

Jorge Amado escreve poemas em prosa, sempre com aquela doçura que lhe é tão característica.
E tem a capacidade incrível de ter escrito livros que décadas depois estão ainda super actuais.
Este é de 1936, e estar a lê-lo com tudo aquilo que se tem dito e lido sobre o Brasil por estes dias é no mínimo irónico... Passam mais de 80 anos, caramba, e tanta coisa permanece igual.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Paradoxo

De manhã antes da escola, digo aos miúdos pela enésima vez que se despachem, que estamos atrasados, que temos de sair. O mais velho olha para a minha mesa de cabeceira e lê o título do livro que ainda não comecei a ler:


A festa mais fixe

Pela primeira vez (claro) tinha marcado uma festa com antecedência.
Ia ser uma festa de futebol, com torneio por equipas, quem sabe coletes da decathlon e tudo, os amigos da escola, os do futsal, os primos, e mais quem fosse.
Com o braço partido, pois que saiu o plano furado.
Fizemos então a festa mais fixe de todos os tempos. Com os três melhores amigos e um primo fizemos uma festa-pijama.
Fomos primeiro ao cinema, depois encomendámos McDonalds cá para casa, jogaram Playstation até não poder mais e acamparam na sala.
Houve conversas de asneirada, houve puns (reais ou só a gozar, não sei), houve tentativas de fazer uma directa, houve ataques de riso (tantos!), mil histórias da escola (a maioria eu nem conhecia), e houve a ideia de estarem a viver um momento mesmo muito, muito fixe.
Não dormi nada de jeito, mas adorei vê-lo tão contente, ver a relação que eles têm, o papel que ele ocupa neste grupo, e também adorei fazermos por uma vez o papel dos pais fixolas que organizam cenas fixes!
Não se vão esquecer.

9 anos

Sou mãe de um miúdo fixe que fez 9 anos.
Um miúdo que é igual aos outros em tantas e tantas coisas, mas que é único e especial em tantas outras.

E é (ainda) tão meu!


quinta-feira, 11 de outubro de 2018

O que marca o fim do verão...

... não é o fim da época balnear, mas a vindima.
A vindima é aquele ritual de passagem do verão para o Outono.
Por isso no fim de semana comprido rumámos a Moimenta para participar na festa que ainda é a vindima.
Vindimámos, apanhámos (e comemos) figos, maçãs, tomates, pimentos e amoras.
O mais velho cavou um buraco com a mão esquerda (com uma pá a sério), a do meio tentou fazer fogo com duas pedras, a mai novinha andou de mãos enfiadas na terra e dormiu a sesta debaixo da figueira.
Voltámos com o carro carregado e a barriga (e o coração) cheios.
Para o ano há mais.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Mais uma sugestão de leitura

Recomendo.
Este autor escreve mesmo bem, já não é o primeiro livro que leio e ficamos sempre agarrados até ao fim.

terça-feira, 2 de outubro de 2018

E com isto... (ver post anterior)

... declaro oficialmente encerrada a época balnear.
Eu nem sou de por fim ao verão em altura nenhuma, mas pensar que iremos voltar à praia em Novembro (quando o rapaz tirar o gesso) já me parece demasiado optimista...

Foi sem dúvida um verão demasiado curto, começou já Julho ia a mais de meio, e acaba assim abruptamente no fim de Setembro (quando eu tenho a certeza que em Outubro ainda vai estar tempo de praia).
Mas a vida é assim mesmo, e diz o calendário que em Outubro já não há praia para ninguém, por isso também não é nada de extraordinário.
Agora é só informar o S.Pedro que a temperatura pode baixar (só um bocadinho).

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

O momento em que o coração de uma mãe pára

Quando vê o filho deitado no chão aos gritos de terror, com um braço virado ao contrário.
A sensação é a de que tudo pára, fica o mundo em pausa, o meu filho está a sofrer, nada mais importa.

Foi uma brincadeira de miúdos que acabou mal. Foi um salto que não correu como esperado.
Foi depois uma viagem de ambulância (uma estreia para ambos), uma noite no SO (outra estreia), duas anestesias gerais (só para ele) e um osso colocado no lugar com a ajuda de pequenos ferros.

Agora são 4 semanas a aprender a fazer tudo com a mão esquerda, e outras tantas sem poder jogar futebol nem qualquer outro desporto (isto sim, vai ser o verdadeiro desafio).

Agora é tentar esquecer o som dos seus gritos e a sua cara de pânico a ver o braço dobrado onde não devia estar.
É uma imagem que me persegue quando fecho os olhos à noite (e a ele também, que eu sei).

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Coisas que mudaram (para melhor) na nossa rotina:

O ano lectivo passado foi uma loucura, e este ano não queremos que se repita. Ainda nos estamos a adaptar, mas algumas mudanças já se fizeram notar (para melhor)
  • as actividades extra escola passaram para a 3ª e 5ª em vez de 2ª e 4ª. Nunca me tinha apercebido mas estar sem actividades à 2ª faz muita diferença. E ter a última actividade à 5ª também é melhor, no dia a seguir já é 6ª, e a 4ª feira que é aquele dia do meio fica mais simples.
  • o horário também mudou para mais cedo (e eu agradeço tanto!), mais uma vez reduz o stress e a pressa na hora dos banhos e jantar
  • mudou a empresa das refeições escolares, por isso este ano (até ver) não precisam de levar almoço de casa. São 5 ou 10 minutos de manhã que fazem alguma diferença, mas principalmente é uma libertação mental! Não ter de estar sempre a pensar no que vão levar para o almoço, a fazer comida para um batalhão de modo a esticar refeições, é um descanso. Em vez de 4 refeições cozinho apenas 3 (para os 5 dias da semana) e chega para tudo!
  • com 7 e 8 anos achámos que já estava na altura de lhes dar mais responsabilidade, pelo que todos os dias são eles que tiram a máquina da loiça (tarefa que era do pai cá de casa). Também era uma tarefa super rápida, mas nas horas de ponta das famílias (manhãs e fins de tarde) todos os minutos contam, e todas as ajudas contam também
Até agora estas pequenas diferenças estão a ajudar-nos. Vamos ver se o ano lectivo corre menos atribulado que o ano passado...

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Outra recordação desta altura do ano

Era quando chegava o catálogo Outono-Inverno da La Redoute!
Ui, era a loucura!
Folheávamos as páginas vezes sem conta, apetecia ter tudo e de todas as cores!
As fotografias em estúdio, outras tiradas nas ruas de Paris, as modelos giras que farta, tudo aquilo era glamour e novidade!
Um clássico do fim de verão da minha adolescência.

(e lembrei-me disto porque me apareceu o catálogo do Ikea cá em casa, e tive a mesma vontade de reformular a casa toda, como tinha de ter um guarda-roupa novo aos 14 anos.)

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

O último livro das férias

Acabei o último livro das férias, que é como quem diz, agora é que é, as férias acabaram mesmo.
Normalmente durante o ano leio livros que de alguma forma me ajudem no trabalho (por exemplo romances históricos, ou biografias), nas férias é que tenho liberdade total para escolher o que vou ler.
Já aqui tinha escrito que Ken Follet é sempre uma aposta segura. A minha mãe gostava bastante, por isso lá em casa há várias prateleiras cheias, e eu acabo sempre por lá ir buscar um ou dois antes das férias. É sucesso garantido, uma leitura leve e fácil, como se quer no verão, daquelas que agarra bastante e só queremos chegar ao fim.
Este ano talvez inspirada no ritmo da Tella, resolvi levar 3 livros para 2 semanas de férias. Sabia muito bem que seria demasiado ambicioso, mas pronto, consegui ler 2 e achei uma média fantástica. Ainda não tenho os filhos todos crescidos, lá está.
De qualquer modo, as férias já lá vão, e ontem foi dia de acabar de vez com elas, pondo fim a este livro.
O tema é todo a minha praia, e está muito bem escrito. Lê-se num ai, e apesar de retratar o ambiente artístico dos anos 70, está muito actual.
O mundo da arte é cheio de gente pobre e de gente milionária (e snob).
Nem mais.


segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Meu querido mês de Setembro

Dizem que Setembro é o mês dos recomeços e regressos à rotina, mas ainda assim é um dos meus meses preferidos do ano.
Não há luz como a de Setembro. Não há fins de dia com luz mais bonita do que esta.
No sábado passado estivemos na praia (num dia fantástico) e os miúdos só saíram da água eram 19h30. Como tínhamos um jantar de anos às 20h30 passámos em casa para tomar duche a despachar. Já saímos da praia com aquele fresquinho a chegar. Aquele fresquinho que nos diz que já não estamos em pleno Verão. Fresco e escuro, porque ao chegar a casa já o sol se tinha posto.
Tomei um duche quentinho e percebi que adoro esta combinação: dia de praia + luz do por do sol + fresco + duche quentinho em casa já de noite + vontade de vestir um casaquinho.
E tomei consciência do porquê de eu gostar tanto desta combinação e do mês de Setembro.

Na minha infância, o regresso às aulas acontecia em Outubro.
Outubro é que era o mês de voltar à escola, aos casacos, à chuva.
Setembro era mês de férias, era mês de "deixa lá aproveitar mais um bocadinho", era um mês de balanços, em que parávamos para pensar no ano lectivo que ia começar (no mês seguinte).
E os meus pais sempre tiraram férias em Setembro.
Setembro era mês de Algarve. Mesmo quando as aulas passaram a começar em Setembro, nós íamos de férias na mesma. E sim, faltávamos aos primeiros dias de aulas. E também sim, chegávamos à escola sem material (porque tínhamos chegado de férias na véspera), mas com um grande bronze.
E as férias eram assim, com a praia até ao fim do dia com uma luz incrível, um regresso a casa já frescote, um duche quentinho a apetecer vestir uma camisola a seguir.

Depois disso a praia continuava, ao fim do dia, ao fim de semana, até não conseguirmos ir mais.
As coisas da praia nunca se arrumavam definitivamente, porque durante Outubro ou Novembro ainda eram postas a uso, às vezes até nas férias de Natal.

Por isso esta coisa de "arrumar" a praia dia 1 de Setembro, esta febre do regresso às aulas no hipermercado em pleno Agosto, esta coisa que querer associar Setembro ao Outono, a mim não me convence.
Deixo isso tudo para os meses a seguir.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Ser optimista

E adorar o verão é nesta altura do campeonato comprar um protector solar com factor mais baixo, daqueles em óleo não gorduroso, com óptima textura e a cheirar mesmo a verão, para os dias de praia que ainda temos pela frente.

Dor no coração

O incêndio no Museu Nacional do Brasil.
Fiquei sem palavras.

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Leituras de férias

Acho que este post costumava ser tradição aqui no blog, não sei se nos últimos anos  fiz, mas este ano aqui fica.
Duas semanas de férias, um livro para cada semana. Não sendo enormes, parece-me ainda assim uma boa média (para quem tem três filhos, uma de 18 meses incluída).
Não sendo os melhores livros de sempre, cumpriram bem a sua função de entreter e fazer pensar qb.
O primeiro num registo já conhecido mas que nunca falha - Ken Follett é sempre um tiro certeiro. O segundo num registo completamente diferente, um livro-conversa, num desfiar de memórias vistos de uma perspectiva nova para mim.
Ambos recomendados.



Regressar devagar

Para tentar compensar o facto deste ter sido um verão ocupado, tentei não marcar trabalho para estes primeiros dias de Setembro, para poder passar tempo com eles.
A ideia era (é!) aproveitar a praia, mas o tempo não está a ajudar. Quanto apostam que os miúdos começam as aulas e estão 40 graus?
De qualquer modo, mesmo sem fazer nada de especial, é tão bom estar com eles assim, sem tempo, fazer o que nos apetece, andar ao sabor...
É assim uma ínfima mostra do que eram os verões da minha infância, dias e dias perdidos, que eram especiais mesmo sem ser nada de especial.
Que saudades...

1, 2, 3 e já cá estamos outra vez!

Como sempre, passaram a voar estas férias, mas deixaram saudades e muitas boas recordações! Tivemos muita sorte e correu tudo pelo melhor.
Demos mergulhos em águas quentes e calmas, e em águas agitadas e grandes ondas, praias com areal a perder de vista e outras perdidas no meio das rochas. Houve conversas em família, sestas na praia, gelados depois do jantar e noitadas de jogatanas até às tantas. Houve churrascos e petiscos para todos os gostos.
Os miúdos divertiram-se à grande, sempre  na brincadeira com os primos. Tanto que a maior parte do tempo mal os vimos.
A mais nova deu um salto de crescimento, não se cala e está mesmo muito engraçada (e que bom que é estar com ela 24h por dia...).
Agora, apesar da pouca vontade, é tempo de regressar à rotina e pensar no ano lectivo que aí vem.
O que passou foi duro e difícil (para nós, pais) e há erros que não queremos repetir, mas ensinou-nos muitas coisas - a organizar, planificar, simplificar. Vamos pegar no que correu bem e tentar corrigir o que correu menos bem, que basicamente foi a quase ausência de programas divertidos ao fim de semana. Entre jogos de futebol, festas de anos, catequese, apresentações de ballet, trabalho e obrigações domésticas, muitos foram os fins de semana sem um momento de verdadeiro descanso. Não pode ser, vamos ter de repensar as coisas de modo a incluir um mergulho (enquanto for verão - e estou a contar que seja até Novembro pelo menos!), uma esplanada, um livro e uma manta, o que quer que apeteça.
Bom regresso a todos, queridos leitores, isto agora é um suspiro e chegamos ao Natal!

terça-feira, 14 de agosto de 2018

3, 2, 1...férias!

E a primeira coisa feita foi desinstalar o Facebook do telemóvel.
É hora de lavar as fardas, arrumar os sapatos que não sejam havaianas, guardar os relógios e respirar fundo.

Este blog entra na pausa do costume.
Mas como sempre, regressamos depois.
Até lá!

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Ainda sobre o post anterior

Fiquei a saber pro fontes distintas duas coisas que as pessoas fazem para atrair likes no instagram:
Abandonar cães no canil pela sua falta de fotogenia. Sim, as pessoas deixam o seu animal de companhia se não estiver à altura da sua conta (ou não ficar bem nas fotos.
Encomendar pelo ebay frascos de cremes e perfumes vazios, de grandes marcas, para exibir ocasionalmente naquela selfie clássica de WC.

#aoquechegamos #estátudodoido

Autoinfoexcluída

Cada vez menos nas redes sociais, e não sei se já deu para reparar, cada vez mais por aqui.
Um regresso à vida virtual em estado (mais) puro, mais longe dos olhares dos outros.

Desliguei-me da rede social que mais gostava, o Instagram. Foi por "obrigação" primeiro, porque tive de por o meu telemóvel a arranjar, e coincidiu com a semana de férias no Algarve.
Quando regressei ninguém sabia sequer que eu tinha ido (além da família mais próxima, claro), e soube-me bem.
Quando tive o meu telemóvel de volta, lá fui imediatamente cuscar o instagram. Um mês tinha passado e nada mudara... e sem dar por ela passou meia hora em que estive apenas a olhar para fotos alheias.
Fez-se o click e imediatamente desinstalei a aplicação.
A próxima é o facebook, que apenas mantenho por questões de trabalho, mas vou ter de arranjar maneira de contornar esta questão.
Fica a ganhar este blog e ficam a ganhar a quantidade de livros que tenho lido.
Só vantagens.

Trabalhar em Agosto

Trabalhar e Agosto na mesma frase já não combina assim muito bem, e sabem o que também não combina?
Uma mãe de calças pretas e três filhos com protector solar.

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Esquizofrenia de ser mãe

Foram os três passar o fim de semana fora. Era suposto irem 6 dias, mas afinal foram só 4 (e eu só me faltou aplaudir quando soube que vinham antes!)
Os mais velhos não me preocupam, mas a mais nova senhores, com apenas 18 meses, custou-me tanto deixá-la ir...
Foi um fim de semana que nos soube, a nós pais, pela vida. Com praia e petiscos, passeios de mota, dormir até não querer mais. Foi um paraíso.
Mas depois... O embate violento da casa vazia. O contar as horas e os minutos até ao seu regresso. Sentir que só respiro de facto com eles todos debaixo da minha asa.
Foi tão bom quanto foi de horrível.

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Serviços de apoio ao cliente

Trabalhei 8 anos nesta área, numa empresa que era considerada líder pela excelência do serviço prestado aos clientes (e ainda é).
Ultimamente tenho contactado com diferentes serviços semelhantes, e constato que não há formação, não há brio (com os salários praticados não se pode pedir muito, mas pronto), não há muitas vezes o mínimo respeito pelo cliente.
Coisas que aprendi e apliquei, e gostaria de ver aplicado também quando contacto um apoio ao cliente:
1) o cliente tem sempre razão, mesmo quando não tem razão
2) o cliente quando liga é porque alguma coisa correu mal, por isso é normal que o cliente já esteja chateado logo desde início. Empatia é a melhor resposta
3) o cliente pode ser antipático, estúpido, mal educado, nós não. A atitude do cliente não justifica a nossa.
4) nós dizemos a mesma coisa a mil clientes, mas cada cliente só o ouve uma vez. O cliente não tem culpa de haver mil pessoas com o mesmo problema
5) por muito má que seja a empresa onde trabalhamos, por muito explorados que sejamos, somos a cara da empresa e temos de a defender. Uma coisa é desabafar com os amigos, outra é maldizer  a empresa aos clientes. Do mesmo modo não se acusam colegas de incompetência, é uma grande falta de profissionalismo
6) seja qual for o problema o melhor é ficar resolvido à primeira. Nada pior do que ter casos pendentes que se podiam despachar ao primeiro contacto. Nenhum cliente tem gosto em voltar a ligar ou a aparecer.

Ultimamente tenho visto o contrário disto tudo!

Turista de Agosto

Trabalhar em turismo passa por, entre outras coisas, estar no pico do trabalho quando os outros estão a meio gás.
Aquilo que se calhar a maioria das pessoas não sabe é que existe um tipo de turista específico de Agosto (e não, não me refiro aos emigrantes portugueses de primeira ou segunda geração, refiro-me aos estrangeiros e portugueses mesmo)
O turista de Agosto é diferente de todos os outros. Mesmo diferente do de Julho.
O turista de Agosto tem menos educação, tem menos paciência, é chato, refila por tudo e por nada, e faz as perguntas mais parvas de todo o ano.
Ouvem-se verdadeiras pérolas nestas alturas: "Se são uma república, quem é o vosso rei?"; "que casa é esta?" (diante de um palácio nacional) ou "esta lua é a mesma que eu vejo do meu país?" são só alguns exemplos.

Haja força e energia, que a época alta prolonga-se enquanto se prolongar o verão, mas Agosto só tem 31 dias.

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Verão atípico

E muito por causa do tempo.
Tenho a sensação que ainda não começou verdadeiramente o verão. Fomos de férias 1 semana e passou mais do que a voar.
Ando a correr, cheia de trabalho, os miúdos entre ATL e casa dos avós, mal os vejo.
E fico com a sensação que o tempo escorrega como areia entre os dedos, daqui a menos de nada estamos no regresso às aulas, e daí até ao Natal é um pulinho.

Saudades do verão interminável do ano passado.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Mais um ano lectivo terminado

E eu nem sei como.
Foi um ano lectivo duro, que começou mesmo mesmo difícil (para os adultos), com muito trabalho (que nem sempre deu certo), com doenças e morte de pessoas queridas, com o choque e o impacto de termos oficialmente três filhos e trabalharmos ambos fora de casa - que digam o que disserem é mais desafiante do que quando um fica em casa.
Obrigou-nos a organizar, repensar, arrumar, simplificar, fazer listas, estabelecer prioridades.
Fomos muitas vezes baratas tontas, fomos polvos com cada braço a fazer uma coisa diferente, fomos Batman a estar em sítios diferentes quase ao mesmo tempo.
Foi um ano dedicado a eles, e quase só a eles, em que muito pouca coisa sobrou para nós, pais.
Parece uma coisa má, mas não é , de todo. Como temos vindo a observar de há quase 9 anos para cá, tudo são fases, e no fundo sabemos que vai haver um dia em que esta casa não vai ter brinquedos no chão, em que as máquinas de roupa serão muito menos, em que vamos conseguir de facto sair de casa sem ter de vestir ninguém, pentear ninguém, separar a luta de ninguém, moderar os ciúmes de ninguém, mandar vestir/fazer cama/lavar dentes a ninguém (e vai ser tão bom...).
Até lá vamos continuar a dar o nosso melhor para que tudo continue a correr bem - a começar com estas férias, que começam com arrumações cá em casa para ver se o próximo ano lectivo corre ainda melhor e menos caótico.

Feliz verão a todos!

quarta-feira, 13 de junho de 2018

Ser mãe de três nesta fase...

... Entre outras coisas, é estar constantemente a começar coisas que ficam por acabar.
Vou-me deitar com a sensação de não ter feito nada, e até fiz muita coisa, só que nada até ao fim.

Mesmo este post foi interrompido umas quantas vezes, não sei se o consigo acabar...

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Primeira viagem a 5

Para comemorar os meus 40 e para aproveitar o facto de, pela primeira vez, ter calhado num feriado - é o sonho da minha vida, fazer anos a um feriado! - resolvemos fazer uma coisa que faltou nesta última década, que foram as viagens!
Carro cheio e rumamos a Madrid.
Passamos por Toledo, passamos um dia no parque Warner e outro nos museus e ruas da cidade. Até deu para rever um amigo da Holanda e tudo.
Não podia ter corrido melhor.
Coisas que confirmamos:
1) viajar é mesmo a melhor coisa do mundo
2) viajar com crianças é muito diferente de sem crianças, mas vale a pena na mesma
3) os nossos mais velhos estão numa idade perfeita, já aguentam uma boa caminhada, são curiosos e interessados qb, e já desfrutaram a 100% (e ficaram com o bichinho das viagens)
4) a nossa mais nova é o melhor bebé do mundo, não chateia nada, acompanha o nosso ritmo e horários sem se queixar, está sempre na maior
5) parque Warner em muitos aspectos vale mais a pena que a Disney
6) Madrid não sendo nada de especial, vale pelos museus
7) viagens de carro não são a nossa cena
8) viajar no dia dos anos é óptimo para quem, como eu, não adora fazer anos

Já estamos a fazer um mealheiro para a próxima.

quinta-feira, 31 de maio de 2018

40 anos

Disfarçadamente, como quem não quer a coisa, é principalmente sem aparentar, esta quase adulta chegou aos 40 no passado dia 31.
Não estou deprimida nem entusiasmada, sinto que os 40 me trazem serenidade e que a experiência que vou acumulando vai servindo para alguma coisa.
Não tenho ilusões que os 40 irão trazer desafios, tenho a certeza que sim, mas por agora estou com energia para os enfrentar.
Sem dúvida que me sinto melhor do que quando tinha 30 ou mesmo 20.
O objectivo é estar ainda melhor aos 50.
Bora lá!

terça-feira, 22 de maio de 2018

First world problem

Ter uma pulseira toda fixe para contar quantos passos dou, mas a mesma funcionar através do movimento, pelo que não contabiliza passos dados com uma criança de 16 meses ao colo, nem a empurrar a cadeirinha.

Por outro lado, outro dos seus propósitos é contabilizar as horas de sono, com diferença entre sono leve e pesado. Serve portanto para confirmar que eu durmo mesmo muito pouco, e segundo o relatório da app no telelmóvel faço tudo mal: durmo pouco, deito-me tarde e o tempo de sono pesado é insignificante.
São duas das minhas preocupações do momento, dormir mais e andar mais.
Se me deitar mais cedo consigo ir fazer uma caminhada todos os dias de manhã, e eram dois coelhos de uma cajadada só no raio da pulseira.

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Consequências do armário-cápsula

Chegar ao fim da estação com as duas (únicas) calças jeans rotas.*

Já comprei um par para o que resta da meia estação e no próximo Outono logo vejo se preciso de mais.

Estou cada vez mais minimalista e feliz com esta decisão.

* não obstante há sempre um certo desgosto por ver "as" calças de ganga, aquelas mesmo giras e que nos ficam tão bem, ir à sua vida...

Metáforas que definem a minha vida neste momento

Tentar...
...ter o comboio sempre nos carris.
...manter a cabeça fora de água.
...fazer malabarismo com as bolas todas no ar, sem deixar cair nenhuma.
...apagar todos os fogos.


quarta-feira, 9 de maio de 2018

15 meses e tal

Fala pelos cotovelos, mas são poucas as palavras que reconhecemos.
Todos os animais são "cão".
Toda a comida é "pão".
A resposta a todas as perguntas, já adivinharam, é "não!"

(coisa mais fofa da sua mãe!)

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Ver séries em 2018

Neste momento para mim ver uma série é ver bocados de episódios e pedir ao Tê que me conte o resto.
Ele já deixou de esperar por mim para ver o que quer que seja, porque entre deixar tudo preparado para o dia seguinte e arranjar-me a mim mesma vai quase um serão e meio de séries.
Vai daí que eu entre um body de golinha para passar e um par de meias para dobrar vou apanhando aqui e ali umas coisas, e o resto imagino, ou peço-lhe para me por a par.

Resultado de imagem para la casa de papel

Foi assim que vimos a série do momento (ou do momento até há pouco tempo, fica difícil saber o que é "do momento" hoje em dia) - La Casa de Papel.
(Do que vi) Gostei bastante. (mas calma também não achei assim aquela coisa do outro mundo que me tinham pintado - mas pode ser que haja coisas que me escaparam, lá está...).
O último episódio fiz questão de ver inteiro, mas adormeci a meio. De vez em quando abri um olho e até vi que estavam numa cena muito emocionante, mas o cansaço era mais forte e voltei a adormecer. Acordei a tempo de ver a última cena, como é que eles chegaram ali não sei nem quero saber, fiquei a saber como acaba e isso é que é o importante.

Diz que em 2019 vem a próxima temporada. Pode ser que nessa altura ver um episódio inteiro seja mais fácil do que planificar um assalto sem falhas.

Mais coisas sem resposta

Porque é que os irmãos hão-de querer, com a mesma intensidade, ou a mesma coisa ou coisas totalmente diferentes?
Se há só uma coisa de cada tipo, certo e sabido que ambos querem a mesma, e não chegam a acordo.
Se têm possibilidade de escolha, pois que querem sempre coisas diferentes para dificultar a nossa vida.
Ou ambos querem a última maçã, a última bolacha, o último iogurte; ou um quer morangos e o outro quer manga, um quer torrada e o outro cereais, nenhum quer o último iogurte porque um quer leite e o outro quer sumo de laranja.

Acaba sempre em discussão.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Ser tia há mais de 20 anos e ter muitos sobrinhos é...

... Entre outras coisas, estar sempre um passo à frente no que toca à maternidade.
Já sabia o que eram fraldas, cólicas e cordões umbilicais muito antes de ser mãe, agora tenho uma pálida ideia do que me espera quando os meus estiverem naquela etapa da vida tão gira, tão gira que é a adolescência.
Só vos digo que as birras, TPC por fazer, brinquedos por todo o lado e implicâncias um com o outro são, ao que parece, um passeio no parque comparado com o que aí vem.

Isto ao que parece é tipo jogo de playstation, cada nível é mais difícil que o anterior!

domingo, 29 de abril de 2018

Aquele momento...

... Em que num acto de total confiança deitas fora* os collants da filha mais nova, a achar que claramente não faziam falta nenhuma, a primavera chegou de vez, a partir daqui é perna ao léu, e apanhas com temperaturas de 10 graus ou menos.

* deitar fora = doar ou passar a quem tenha filhas mais pequenas.

sexta-feira, 27 de abril de 2018

Temos caminhante

Aos 15 meses a nossa baby 3 decidiu finalmente aventurar-se a ser bípede.
Já ninguém a pára, se bem já pouco parava pois gatinhava para todo o lado na maior.
3 filhos e todos começaram a andar com a mesma idade. Todos por razões diferentes - 1) porque gatinhava muito rápido e era tão independente que não queria andar de mão dada connosco; 2) porque claramente tinha medo de se aventurar, sendo já capaz de andar fisicamente mas não mentalmente; e por último a 3) porque só avança quando está 100% segura do que faz, pelo que parece logo que o faz na perfeição (foi assim ao sentar e ao gatinhar também).

Continua tão querida e tão boa como antes, e todos para lá de apaixonados por ela.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Coisas que ficam sem resposta

O raio da mania que eles têm de acordar MUITO mais cedo ao fim de semana do que ao dia de semana!!!
Por que raio, hã?
Caraças, pá...

quarta-feira, 4 de abril de 2018

Férias da Páscoa

Além de alguns dias de descanso, amêndoas e chocolates, férias da Páscoa por aqui são assim:
É aquela altura do ano em que temos oficinas de miúdos, pelo que passo o dia com crianças e sem tempo para os meus (e isto não é uma queixa, são ossos do ofício).
Vamos as redes sociais e metade dos amigos está na praia e a outra metade na neve.
Há aquele ambiente de quase férias no ar, há menos trânsito e muita gente a trabalhar ao ralenti (mas não passa de uma sensação, as férias ainda estão loooonge).
Abre oficialmente a época alta, começam as filas de turistaa nos palácios e museus, os grupos e grupos a entupir os corredores e a atrapalhar as visitas.
Começa também a apetecer largar os casacos e botas de inverno, já não há paciência!

terça-feira, 20 de março de 2018

Ainda o estudo

Já tinha escrito que fomos avisados pela professora do mais velho que teríamos de os ajudar a estudar estudo do meio, que a matéria é muita, é o corpo humano e tal e coiso.
Quando chegaram as datas dos testes, apontei cuidadosamente no calendário da família, pendurado na cozinha, à vista de todos.
Domingo de manhã antes da "semana dos testes" falei com outras mães durante o jogo de Futsal e o resto do seu domingo ia ser passado a estudar. Os meus foram passar a tarde a casa da tia, brincar com os primos e comer pizza e a seguir fomos lanchar ao meu pai. Passou a semana dos testes, mas o de estudo do meio ficou para esta semana, na 2a feira.
Boa, pensei eu, assim dá para estudar no fim de semana.
Só voltei a lembrar-me do assunto depois de os deixar na escola.
É que nem boa sorte desejei...

(eu até tento, mas não sou mesmo talhada para isto...)

sexta-feira, 16 de março de 2018

Fruta numerosa


Começamos a reparar que a fruta que compramos não chegava até ao fim da semana.
Por brincadeira resolvemos fazer as contas a quantas peças de fruta comemos nós em 7 dias.
São, no mínimo, 100.

Não sei se não nos compensava comprar um pomar.

Cenas fixes do carro novo

Luzes e limpa pára-brisas automático.
Ajuda no ponto de embraiagem.

Um luxo.

terça-feira, 13 de março de 2018

Mum's the bus

Sim, leram bem, era mesmo "bus" que queria escrever. Ou "táxi", também servia.
Sei, e sei mesmo que tudo são fases nas nossas vidas, e que num dia estamos enterrados em fraldas e chuchas e no outro já nem nos lembramos do que isso era. Tudo passa e tudo é relativo, sei disso tudo.
Mas também sei que estou um bocadinho farta de andar aos fins de semana de um lado para o outro a fazer de táxi dos filhos mais velhos, com a mais nova a reboque (coitada, que remédio...).
Ele é jogos de futsal aqui e ali (todos os fins de semana - todos!), ele é apresentações de ballet (e respectivos ensaios no dia anterior), ele é encontros da catequese (em que os meti este ano, sim, a culpa é minha, mas não pensei que envolvesse também tardes inteiras de lanches partilhados por dá cá aquela palha), mais as inúmeras festas de anos. Ando sempre a dizer que não a umas coisas para podermos fazer as outras. A juntar a isto uma refeição com os avós dos dois lados, as compras e a preparação das refeições da semana e o raio dos fins de semana passam sem que dê nem para respirar. (quando é que os pais que estudam com os filhos o fazem? É um mistério para mim!)
E lá ando eu a tentar viver o momento, a tentar abrandar o ritmo, e juro que nem pedia nada de especial - uma caminhada no paredão, uma volta de bicicleta, uma passeata em Sintra já me fazia feliz.
É por estas e por outras que quando os mais novos entram neste esquema apanham com os pais já sem pachorra nenhuma.

Quando é que voltam a ser os adultos a mandar no tempo, mesmo?

sexta-feira, 9 de março de 2018

Golpe baixo

A minha terceira vem sempre dormir para a nossa cama  a meio da noite, e ultimamente por volta das 6h da manhã acorda e vem oficialmente colar-se a mim - enrosca-se, encosta a cabeça no meu peito, cola a cara dela à minha e deixa-se ficar, no maior mimo.
Eu derreto e enterro o meu nariz nos caracóis dela, e agradeço mil vezes por esta filha-maravilha que nos calhou.
O problema é que costumo acordar por volta das 6h e pouco para ir fazer ginástica, e assim fica tão mas tão mais difícil!
Baixaria, pá.

domingo, 4 de março de 2018

Fim de estação

Aquela altura do ano em que os collants estão pequenos, as calças de fato de treino rotas no joelho, as leggings quentinhas a ficar curtas.
Não vale a pena comprar mais este ano, por isso Inverno, podes ir à tua vida.

Como antigamente

A ver o festival da canção.
Novidade: votei.

sexta-feira, 2 de março de 2018

Adeus, Fabia!

E quase quase 9 anos depois de ter escrito este post, esta semana despedimo-nos do nosso querido Skoda, que deu a vez a uma carrinha maior.
Fui à procura do post, tinha a noção de ter escrito, mas claro, quando o reli mal me reconheci...
Diferenças à parte, foi um carro que nos marcou profundamente, e que fez mesmo parte da nossa história, acompanhou-nos nestes últimos 9 anos em que tanta coisa aconteceu.
Foi o carro que mais conduzi, em que mais tempo passei seguramente, de tal forma que foi uma extensão de mim mesma, a minha 2ª casa. O primeiro e talvez único carro novo que conduzi.
Tantas vezes esperei, almocei e lanchei, estudei, li e reli guiões de visita, percorri mentalmente tantos palácios e museus, vesti e despi fardas de trabalho. Tomei decisões, pensei na vida, organizei ementas e listas de compras. Mudei fraldas, mudei toilettes inteiras, limpei vomitados, dei de mamar, dei mais uma bolacha lá para trás. Em alturas difíceis sentei-me ao volante e chorei (e foi uma espécie de terapia).
Quando o fomos buscar éramos dois (e uma pequena semente que nem se notava na barriga). Passámos a ser dois e um ovo; depois um ovo e uma cadeira, e tanto tempo duas cadeiras (viradas para trás), e quando já só eram precisos dois banquinhos, pois que o ovo voltou outra vez (e o Skoda ficou pequeno).
Um carro é um carro, e estamos contentes por ter mais espaço para todos, mas não vou dizer que não me custou deixar o nosso querido Skoda no stand e vir embora sabendo que não o vamos buscar.
Que vá agora fazer outra família feliz, que as nossas aventuras continuam ao volante de uma Peugeot 5008.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Ser atenta às coisas da moda

E ter um grande cuidado com o visual é achar que vestimos o casaco novo (do post anterior, estreado ontem) e quando damos por ela (já no carro), afinal vestimos o velho, sem dar por nada!

Compra certa

Sabes que compraste o casaco certo para a chuva e o frio (nos saldos) quando o estreias em Sintra num dia de chuva (quando chove em todo o lado) e ele passa no teste com distinção.
"Sintra em dia de chuva" quase parece uma redundância, pois que chove todo o ano, mas quando está mesmo a chover em todo o lado, em Sintra está sempre muito mais.

domingo, 25 de fevereiro de 2018

Percebes que cresceste quando...

... Domingo, 23h30, compras feitas, jantares e sopa da semana feitos ou adiantados, roupa acabada de chegar da lavandaria (secadora) dobrada e pronta a arrumar. Roupas dos três separadas para amanhã, marmitas prontas no frigorífico, lanches destinados. Cozinha arrumada e chão varrido depois da azáfama terminar.
E a sentir-me a super mulher.

Viver o momento

Tanto quero aproveitar o aqui e agora e  largar o telemóvel, que depois vou a um batizado giríssimo e não tiro nem uma fotografia....

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

1st world problem

Sair de casa com o bâton novo impecável e encher os filhos de beijocas à porta da escola logo a seguir.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Ser cool

Ser cool como eu é abrir a ultima edição da revista cool do momento (a Time Out Lisboa) e descobrir :
1) uma colega de trabalho que também é atriz na divulgação da sua última peça
2) o frigorífico de um querido primo amante de comida (ou food lover, como for mais cool) e grande instagrammer (além de leitor e comentador assíduo deste blog)
3) um ex colega do colégio, que abriu um negócio de comida em casa
4) duas notícias de exposições onde trabalho ou já trabalhei

Ora eu que já tinha desistido de ler a Time Out por achar que estou sempre Out, assim venho a descobrir que afinal estou super In!

domingo, 11 de fevereiro de 2018

Tendências virtuais (o meu insta)

Já foram os blogs de comida saudável, dietas de todos os tipos, gente que perdeu peso e toda a panóplia de malta do fitness e também gente famosa inspiradora. Museus e palácios de todo o mundo, directores de galerias, plataformas de arte contemporânea.
Depois engravidei e enjoei a comida saudável, desliguei a maioria da malta do fitness e procurei marcas de bebés. Encontrei amigas que tiveram bebés ao mesmo tempo que eu (e passamos a amizade para o plano real). Deixei os famosos e passei a seguir mães cheias de pinta, cheias de filhos, giras que farta.
Recomecei a trabalhar e tive de reduzir as contas ao máximo, foram as coisas de bebé, foram as mães giras e cheias de pinta, foram os museus de todo o mundo, ficou só o essencial - museus e palácios portugueses, alguma comida saudável, algum fitness e os amigos da vida real.
Nesta procura pela simplicidade e minimalismo a tendência do momento são as contas que me ajudam a organizar a casa, a organizar refeições, a viver com menos.
O que virá a seguir?

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Estudar ou não estudar?

Ui, tanta coisa para dizer sobre este assunto, tanta mesmo, até porque não sei muito bem para onde me virar...
Detesto as comparações com a nossa geração, porque acho que há coisas que não se comparam... Nós brincámos na rua, íamos sozinhos para a escola, a maioria só tinha aulas ou de manhã ou de tarde, e agora não é nada assim. A escola mudou, os miúdos mudaram, e os pais e professores também. Que seria se agora o prof dos meus filhos aparecesse de régua de madeira para bater em quem falha a tabuada ou dá erros no ditado, coisa normal nos anos 80 como sabeis.
Dito isto, nunca na minha vida estudei antes do 8o ou 9o ano, nunca na vida me ocorreu estudar no 1o ciclo - fazia TPC e não eram poucos, mas era só.
Agora vejo os pais todos a estudar com os filhos, as famílias a deixar de fazer programas nas semanas dos testes, e por muito que ache que os miúdos precisam de ser acompanhados, não sei se não estamos a cair no exagero...
Principalmente no exagero da importância dos testes. É mesmo importante ter boa nota? Haverá miúdos que se importam com isso, sei que sim, mas será que não é mais por influência dos pais?
A prof do mais velho pediu que os ajudassemos a estudar estudo do meio, pois a matéria começa a complicar e é importante ganhar hábitos de estudo. Ontem lá estivemos, ele a ler e eu a fazer perguntas durante um bocado.
Hoje de manhã à porta da escola desejei boa sorte no teste.
Resposta dele: "mas eu hoje tenho teste??"
Fiquei espantada mas contente por ele não saber. Pois se estivemos a estudar ontem deveria saber que tem teste, mas gosto que não dê demasiada importância.
Vim confirmar o calendário dos testes.
Hoje é o de matemática.
I rest my case.

*disclaimer: esta descontração tem por base o facto de ambos terem muito boas notas e andarem felizes com isso, nós não valorizamos as notas em demasia, mas claro que se não fosse assim teríamos de andar mais em cima. Ou se calhar é melhor não....

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Aquele momento para lá de espetacular

... em que sais de casa a horas, sem pressas, sem birras, sem gritos, sem te esqueceres de nada, camas feitas, roupa suja no cesto, fralda da noite no caixote, caixote do lixo fechado para não cheirar mal, lancheiras do almoço de crianças e adultos preparadas com almoço quentinho no termos, saquinhos do lanche nas mochilas da escola (lanche da manhã, lanche da tarde e ainda algo mais para outras horas), mochila das fraldas, saco de futsal e saco de ballet, deixando a casa minimamente apresentável, sem restos do pequeno-almoço à mesa, louça suja no lava-loiça ou na máquina, na loucura o chão da cozinha varrido, luzes da casa todas apagadas.
É raro mesmo raro, mas de vez em quando acontece.

Cenas fixes

A alegria genuína da mais nova quando vê os irmãos de manhã.
A surpresa, os gritinhos, os saltos que dá na sua cama agarrada às grades, o abraço sentido quando eles se aproximam.
Toda ela é sorriso, dos cabelos à ponta do pé. Não há resmunguice matinal que lhe resista.

(já aqui disse que foi a melhor ideia de sempre termos tido este bebé? Foi mesmo.)

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

3 anos ontem

3 anos em que o regresso a casa está vazio deste abraço de mãe.


sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Defeito profissional (ao contrário)

Quando levo a mãe que há em mim para o local de trabalho e dou por mim a ajeitar o gancho do cabelo de uma menina, a ajudar a vestir os casacos à porta do museu, a ficar irritada quando vejo dois irmãos em brincadeiras parvas que já sei que vão acabar mal.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

A melhor do mundo fez 1 ano

Para memória futura, a nossa baby 3 ao 1 ano:

É assustadoramente igual a mim na sua idade.
Só se pôs de pé há muito pouco tempo.
Fala e diz muita coisa, imita sons na perfeição e diz já claramente cão (1ª palavra), mãe e pai.
Exprime-se muito bem, conseguimos perceber perfeitamente o que quer.
Sabe onde está o pé e a mão.
Adora animais.
Põe tudo na boca.
Adora interruptores, adora rasgar guardanapos de papel, e tirar e por coisas de dentro de caixas.
Come tudo sem pestanejar. Se estivermos a comer fruta pede insistentemente um bocado (pede tudo, nós é que só lhe damos quando é fruta!)
Adora tomar banho.
Adora os manos e vibra com a sua chegada.
Continua a custar a adormecer, e vai passando diversas fases, ora adormece ao colo, ora deitada connosco, mas na cama dela só durante o dia, de noite nunca.
Dorme uma grande parte da noite na nossa cama.
É um bebé previsível, e só mesmo sendo a 3ª é que nos apercebemos disso e damos valor - desde que nasceu que há coisas em que permanece igual (caso do ponto anterior e do seguinte também), e conseguimos perfeitamente prever quando é que vai haver choro ou birra.
Detesta barulhos fortes - batedeira, secador de cabelo, varinha mágica.
Faz diferença entre quem conhece e quem não conhece, mas não é estranhona, e numa festa anda de colo em colo com pessoas que nunca viu na vida, sem problema nenhum.
Não veio mudar nada na nossa vida, não é a primeira em coisa nenhuma, mas ao mesmo tempo mudou tudo - veio baralhar e dar de novo a nossa vida "certinha" de família de 4.

Continua o melhor bebé do mundo e eu só posso agradecer a sorte de ser sua mãe, e bem dizer o dia em que nos lembrámos que se calhar podíamos tentar ir ao 3º - melhor ideia de sempre!

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Coisas que nos ajudam cá em casa

Pendurámos um cabide para casacos ao alcance deles.
Já não precisam de ser os adultos  ir buscar e arrumar os casacos.
Uma coisa tão simples, e a diferença que faz no nosso dia a dia.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Mega desafio

Fazer visitas numa exposição cujo artista tem como base... a matemática.
Essa mesma, que deixei de acompanhar no 7º ano, corria o ano de 1991 ou coisa parecida.

E pois que hoje foi o dia de, pela primeira vez em toda a minha vida, receber um elogio de um professor de matemática!
Ele há coisas...

Orgulho de mãe

A ler uma história sobre o rei D. Carlos, diz o mais velho:
"Oh mãe, o D. Carlos morreu 70 anos antes de tu nasceres - em 1908, e tu nasceste em 1978! Já viste, só 70 anos antes e o D. Carlos ainda era vivo!"

E isto deixa-me cheia de orgulho a tantos níveis, que nem vos ocorre.
Que ele escolha histórias de reis para eu lhes contar.
Que ele saiba fazer contas assim do nada.
Que ele sinta uma coisa que normalmente só quando crescemos e gostamos muito de História nos apercebemos: 70 anos no decorrer da História parece muito, mas não é nada.
Em 70 anos tanta coisa muda, mas passa num piscar de olhos.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Em actualização

A tentativa de minimalismo do momento também chegou às minhas redes sociais.
Depois de nos meses de licença ter adicionado uma data de contas ao meu Instagram - ele eram coisas de bebés, marcas fofinhas, marcas de roupa gira para mim, mães artesãs, mães com muita pinta, blogs da moda, blogs que toda a gente lê - porque digamos que com tantas horas de amamentação tinha tempo para me manter a par - em 2018 fiz uma limpeza geral, que chegou até a este blog e tudo.
Não há paciência, não há tempo, já não se aguenta.
Não há paciência para as bloggers sempre a impingir marcas, não há paciência para fotos de miúdos que não conheço de lado nenhum, não há paciência para ver catálogos de marcas de roupa que nunca vou comprar. E salvo raras excepções, as contas mais inspiradoras rapidamente deixam de me inspirar.
Fiquei com as pessoas que admiro mesmo muito, ou que são minhas amigas de verdade.
O resto, foi à vida.

domingo, 14 de janeiro de 2018

A minha agenda

2017 ficou para a História, entre outras coisas, como o ano em que deixei de usar agenda em papel.
Sim, eu sei que por estes dias tudo quanto é blogger anda a mostrar as suas agendas giríssimas, cada uma apetece mais que a outra, é verdade, mas é ainda mais verdade que a agenda do telemóvel é agora a minha preferida.
Se calhar alguns de vós já nem usam há muito tempo, mas provavelmente poucos de vós a usariam tanto como eu até ao ano passado: tenho os dias todos diferentes, trabalho em  5 ou mais sítios diferentes com horários diferentes, sem agenda não consigo viver!
Mas dá muito jeito ter avisos no telemóvel e ter as duas agendas sempre sincronizadas é uma perda de tempo.
Simplificar também é abrir mão de coisas de que até gostávamos muito, mas afinal vivemos perfeitamente sem elas.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Ainda sobre "cada vez menos"

A propósito da nossa resolução de ano lectivo novo de começar a cozinhar ao domingo - o que obriga a um planeamento prévio de pelo menos 4 refeições e uma sopa por semana, respectivas compras de ingredientes, levando invariavelmente a que as ideias se esgotem em menos de nada e daí a andarmos a comer as mesmas coisas semana sim semana não é um tirinho -  a minha irmã falou-me desta plataforma, e da sua rubrica 7 dias 7 pratos.
E basicamente, não só a rubrica, mas toda a plataforma tem tudo a ver com o caminho que tenho vindo a tentar percorrer.
Cada vez menos coisas, cada vez maior consciência, cada vez menos pressas, cada vez mais tempo com quem gostamos, fazer menos para fazer melhor. Menos pressa para ir para a praia àquela hora, menos pressa para "aproveitar" o que quer que seja (que está sol, que não chove, que o filme ainda está em cena), menos pressa para tentar fazer tudo e andar sempre a correr (ir à festa de anos, lanchar com os amigos, jantar de família e ainda ir àquela exposição) - no fundo desacelerar o ritmo onde e quando possível.
Com a subscrição da newsletter recebemos um guia prático para destralhar a nossa casa - só falta mesmo colocar o guia em prática (virem cá fazer isso é que era, mas pronto).
Depois de um verão que me pareceu infindável por ter decorrido a viver devagar, sem demasiados programas, e de uma rentré que entrou com tudo e nos obrigou a reorganizar as rotinas à bruta, foi bom encontrar um espaço com o mesmo comprimento de onda.
E não fiquem com a ideia idílica de que as autoras vivem devagar, elas mesmas admitem que andam muitas vezes a mil e com prazos apertados mas no meio da loucura tentam encontrar o equilíbrio possível (o que para mim é ainda mais inspirador).
O ponto de chegada não é o mais importante, o que importa é o processo.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

O que vemos por aqui



(é como quem diz, o Tê vê e eu dou uma espreitadela enquanto faço outras coisas)

Cada vez menos

Já vos falei do meu armário cápsula, mas a vontade de ter menos tem-se estendido a outras áreas.
Cada vez mais tenho vontade de ter menos coisas.

Desconfio mesmo que vou deixar passar os saldos sem comprar coisa nenhuma.
Olho para esta casa cheia de pessoas e só me apetece mesmo ter menos - tralha, brinquedos, roupa de casa.
Imagino-nos daqui a uns anos, dois (quase) adultos e três adolescentes, ou mesmo depois, 5 quase adultos a viver nesta sala e três quartos, e ou bem que arranjamos espaço ou não vamos mesmo caber.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Ano novo, vida mais ou menos na mesma - 2017 em revista

Já houve anos em que senti muita vontade de virar a página, de que o ano terminasse para começar um novo.
O último trimestre de 2017 foi uma aventura, mas não sei porquê desta vez não senti aquela vontade que acabasse... talvez por saber que foi o ano do meu bebé, da minha pequenina, que no fundo está quase a fazer um ano, e o fim do ano traria essa realidade para mais perto.

2017 foi intenso, e foi um ano de contrastes, em que chorei de alegria e de tristeza quase na mesma proporção. Quase. Mas não totalmente, chorei mais de alegria, e o saldo é positivo.

Começou logo da melhor maneira com o nascimento do meu afilhado. Não estava nada à espera de ser convidada para madrinha deste bebé, e foi uma honra ter sido escolhida. É filho de uma prima muito especial, e é o primo mais próximo da minha nº 3.
18 dias depois era a minha vez de entrar no Hospital de Cascais no dia mais frio do ano - se bem que ela só nasceu no dia seguinte, pouco depois da meia-noite.
Já aqui descrevi o seu nascimento, foi o parto mais zen e tranquilo da História, correu tudo com tanta serenidade que foi um dos momentos altos da minha vida.
Os primeiros meses foram marcados por ela, o bebé mais doce de todo o sempre. Com o tempo temos tendência a dourar a pílula, mas a bem dizer os primeiros tempos foram bem difíceis, até acertar os ponteiros da amamentação.
Quer queiramos quer não, ao terceiro temos aquela ilusão de que nada é novidade, e que nada nos poderá surpreender, mas não é verdade. Percebi que há uma data de coisas que não prevemos, toda uma panóplia de coisas que podem correr mal de modo diferente dos outros dois.
Também me surpreendem as coisas boas, os primeiros sorrisos, a maneira como se cala no meu colo, as primeiras descobertas, toda ela é encanto e curiosidade, toda ela é querida e amorosa, princesa aos olhos dos pais e dos manos.
Fez-me repensar a relação que tive com a minha mãe, aquilo que fui para ela e que ela tantas vezes me disse: aquele encanto do último bebé, que foi gozado até crescer, com direito a colo até mais não.
Foram doces estes meses dedicados quase só a ela, com sestas conjuntas no sofá, muitos mimos sem pressa, muitas horas só nós duas.
Tirando o internamento do meu afilhado, que com 3 meses ficou internado 3 semanas com uma bronquiolite e com um vírus apanhado no hospital, o primeiro semestre de 2017 correu mais ou menos sem sobressaltos.
Tudo se começou a precipitar depois das férias, a partir de Setembro.
Sejamos sinceros, foi assim ao primeiro e ao segundo, ao terceiro não ia ser diferente: a vida começa a sério quando regressamos ao trabalho e à rotina. Quer se trabalhe em casa ou fora (e eu já fiz ambos), quando nos dedicamos a 100% ao bebé a coisa fica sempre mais fácil.Quando o foco começa a ter de ser outro (e para mim, ainda bem) é que a coisa complica.
E foi uma adaptação ter três filhos e não dois. Toda a minha vida ouvi a minha mãe dizer que a grande diferença é quando se passa de um para dois, mas de dois para três também tem que se lhe diga - mesmo quando o número três é o bebé mais fácil à face da terra. Por si só já foi suficiente para sentir que podia não conseguir dar conta do recado, de ter demasiadas bolas no ar ao mesmo tempo.
A isto juntou-se um novo projecto profissional que exigiu muito tempo e dedicação, e que me deu um gozo enorme. Tantos meses praticamente parada e de repente foi um desenferrujar completo, numa das melhores exposições em Portugal dos últimos anos. E também se podia fazer aqui toda uma reflexão sobre estes regressos ao trabalho, em que parece que nunca estivemos fora - e todos os outros agem como se nós não tivéssemos tido um bebé e exigem de nós o tempo, a cabeça, a capacidade de dedicação de antes. No meu caso, sendo freelancer e adorando o que faço, não foi um sacrifício, mas senti que estava basicamente a ser arrastada e sempre a tentar acompanhar o ritmo dos outros. A minha parceira de trabalho (e grande amiga) ia fazendo perguntas e tentando tirar dúvidas ao serão e eu só me conseguia sentar a trabalhar lá para as 23h, antes disso era mesmo mesmo impossível.
Infelizmente este projecto acabou por não ir totalmente para a frente, ou a não ter continuidade, o que acabou por gerar quase uma situação de pânico, tanto tempo reservado para isto, tanto trabalho recusado noutros sítios para depois não haver retorno - foi complicado de gerir, mas passou rápido, como aliás tudo passou rápido neste trimestre.
Rapidamente surgiu outro projecto que me roubou os serões (e ainda rouba), porque nesta insegurança de não ter trabalho fixo temos é de acreditar e pensar positivo. Tudo se resolve.
Em paralelo, tivemos de lidar com a fragilidade na saúde do meu pai e tios da sua geração, nem sempre com os melhores desfechos.
O meu pai, diabético há 30 anos, veio das férias com uma ferida de pé diabético que exigiu fazer pensos dia sim dia não, resultou num internamento de uma semana por falha nos rins (nunca na vida esteve doente, primeira vez que se viu numa cama de hospital em 74 anos). E depois de muita esperança, desilusão, segunda opinião, terceira opinião, acabou por ter mesmo de amputar o dedo doente, e está ainda a recuperar. Além da logística que implica as idas constantes ao hospital (onde só vou quando posso, distribuímos entre irmã e cunhado), é ver o nosso rochedo, aquele super pai que tratou de todos e que há três anos tratou da minha mãe exemplarmente, a ter de precisar de ajuda, o que (sorte nossa) é uma novidade - para nós filhas, e para ele, ver a sua tão estimada autonomia e independência restringidas ao máximo. Isso e ser obrigado a comer sopa e salada, é complicado.
Morreram dois tios muito queridos e próximos, e sinto muito a sua falta - uma tia irmã do pai, um tio irmão da mãe. Em ambos os casos os irmãos mais próximos de idade, companheiros de brincadeiras e de histórias da infância. Ainda estou a digerir a morte de ambos, pois por não viverem perto, parece que estão a um telefonema de distância.
E a lista poderia continuar, pois infelizmente não foi só à minha volta que 2017 se complicou. Sempre que encontrava alguém que não via há algum tempo parece que tinha acontecido alguma coisa má, e foram tantas e tão mas tão tristes que eu só posso agradecer pela saúde dos meus filhos, e também a minha e do Tê, pois com essa temos podido contar - e que bom que é, acreditem.

Acreditar é mesmo a palavra de ordem!
Feliz 2018, queridos leitores!