sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

2016 em revista

Vejo muita gente nas redes sociais a queixar-se deste ano, e apesar de não saber exactamente porque se sentem assim, não posso deixar de achar graça sentir que ando ao contrário do mundo.
Depois de um 2014 bom para toda a gente e pior que mau para mim (esse sim, digno de ser realizado pelo Tarantino), de um 2015 melhorzito mas duro de roer, não podia pedir mais deste 2016 que foi tão bom em tantas coisas.
Em termos profissionais surgiram muitas e boas oportunidades, desde Janeiro até Dezembro. Aceitei novos desafios, juntei sítios novos ao meu CV e conheci pessoas impecáveis com quem me identifico bastante e com quem é um gosto trabalhar. Retomei a colaboração com um dos melhores museus do país, que me estava atravessado há anos;  comecei a colaborar com uma empresa de gente jovem e motivada num palácio incrível, onde trabalhar é um prazer; estive 15 dias a trabalhar num sítio de sonho (e é o meu sonho ter um sítio assim) onde as crianças podem fazer tudo o que não fazem em mais lado nenhum, experimentar, brincar, conviver, onde consegui ver como os meus filhos se portam na minha ausência o que me deixou cheia de orgulho. Já mais para o fim juntei-me a mais dois desafios que se irão desenvolver em 2017.
Sinto que cresci e amadureci profissionalmente, estou mais segura, e sei melhor aquilo que quero. E não me faltou dinheiro, que também é importante.
A meio do ano tivemos a notícia maravilhosa que vamos ser pais outra vez. E é tão bom viver tudo isto outra vez, com outra perspectiva, de maneira diferente. O momento em que dissemos aos dois que vamos ter um bebé vai ficar marcado para sempre, foi mesmo muito emotivo ver a alegria e emoção deles ao saber que o bebé que viam na ecografia está na barriga da mãe. E está tudo a correr tão bem que não me posso mesmo queixar de nada.
Também aqui sinto o peso mas também a leveza que só a idade nos proporciona. Sinto-me mais cansada, mas sei perfeitamente até onde posso e quero ir, e que tudo são fases, os enjoos passam, os inchaços também, e um dia voltarei a dormir a noite toda (nem que seja daqui a muito tempo) e terei o meu corpo na melhor forma possível outra vez.
Em 2016 viajei até à Disney pela primeira vez, numa viagem em família que foi super divertida e que nos marcou a todos para sempre. Andei de montanha russa de mão dada com o Tê, e depois noutra com toda a família, episódio que vamos recordar a rir durante toda a vida de certeza.
Tive uma semana de férias na ilha maravilha, onde só apetece regressar, e depois férias com toda a família.
O verão foi marcado pelos encontros para ver os jogos do Euro 2016, e culminaram como se sabe. Foram 20 anos a apoiar a selecção com o mesmo grupo de amigos, temos fotos de quase todos os europeus ou mundiais vestidos a rigor e finalmente sentimos o sabor da vitória! Temos um vídeo da nossa reacção nos últimos segundos do jogo da final, e fico de lágrimas nos olhos sempre que o vejo.
O meu mais velho terminou o 1º ano com notas brilhantes, e recebeu o diploma de excelência numa cerimónia com todas as escolas do agrupamento. Não ligo nenhuma às notas da escola, e não acho que sejam importantes, mas foi um enorme orgulho. A mais nova (agora do meio) também se adaptou bem à escola nova, e eu integrei a Associação de Pais e comecei a estar mais envolvida nos assuntos da escola.
Fui convidada para ser madrinha de um bebé muito especial, que está quase quase a nascer, e não podia ter ficado mais contente e honrada com o convite.
O ano termina com a venda da nossa casa da família, comprada em 1942 pelos meus avós, onde eu vivi até aos 25 anos, e que marcou toda a família e amigos que por lá passaram. Foi local de trabalho do meu avô, lá viveu e cresceu o meu pai e os seus 8 irmãos, e foi o ponto de encontro de toda a família durante todos estes anos. Quando eu era pequena já a família era enorme, e todos os domingos havia jantar com todos, mais os sogros, cunhados, primos e amigos que se juntavam sempre. Uma casa gigante em frente ao mar, que nunca estava vazia. Deixa-nos um pouco orfãos, é verdade, mas foi um processo tão demorado que todos tivemos tempo de nos despedir. Que os valores da família inaugurados pelos meus avós se mantenham, noutro sítio qualquer, é o que todos desejamos, só vamos ter é de ser criativos e arranjar uma maneira de o fazer.
Não posso deixar de referir também as mortes do mundo da música, principalmente o David Bowie que me deixou em choque e infinitamente triste, mas também o Prince e o George Michael pelo inesperado, e o Leonard Cohen de certa forma também, apesar da idade.
Foi um ano em que ninguém ficou doente, em que não fui ao hospital, e todos à minha volta têm saúde, o que só por si - acreditem - já era mais do que suficiente para ser um ano em grande.
Tudo o resto é um bónus.
2017 tem tudo para manter o nível.
Estamos prontos!

1 comentário:

Tella disse...

Que giro! Acabei de fazer o meu balanço também!
Senti em cada palavra tua uma onda positiva que sempre tiveste, uma cena tipo boa onda que te está sempre colada à pele.
Que bom foi ler-te. Quase que senti a felicidade e emoção quando contaram da chegada de mais um bebé...
Que 2017 seja um ano tão bom como este.
Gosto muito de ti. Beijo enorme.