terça-feira, 16 de julho de 2019

Praticar o viver devagar

Estou muito contente com a minha decisão de ser (mais) minimalista.
Tenho pouca roupa (eu), os miúdos têm a suficiente (não muito porque não chegou para duas semanas de férias sem lavar, mas pronto), os brinquedos foram reduzidos.
Com muitas saudades do verão que pareceu não ter fim, e seguindo a linha que tenho tentado seguir nos últimos tempos (reduzir, simplificar, desacelerar) resolvi este ano não marcar trabalho no mês de Agosto.
Em vez das habituais duas semanas, vou estar 4 ou 5 (com apenas duas ou três manhãs ocupadas) totalmente disponível para eles. Para acordar devagar, para não fazer nada, para irmos à praia ou não, para andar de bicicleta e patins pelo bairro, para fazer pinturas, e slime, e colagens e tudo mias que eles queiram (com travão nos ecrãs, que é o que eles mais querem!).
Não há planos (aliás, este ano quase não há planos para férias nenhumas!), o plano é ter aquilo que não tenho durante o ano e que nenhum dinheiro pode comprar: tempo.
Ao não trabalhar não recebo, mas considero um investimento.
Vai haver verões em que eles não vão parar em casa, e nesses logo trabalho.
Tentar proporcionar um bocadinho dos verões da minha primeira infância - infinitos, preguiçosos, sem horários nem esquemas demasiado rígidos.

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