segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Um caso facebookiano

Aqui há um tempo atrás recebi uma proposta de amizade no FB de uma Maria João Pereira.
Como tinha uma Mª João no mestrado, de quem não me lembrava do apelido, antes de aceitar resolvi perguntar se era ela.
Respondeu que não, mas não se identificou.
A fotografia não permitia ver bem a cara, ainda a abri e aumentei, mas fiquei na mesma.
O pedido de amizade ficou, portanto, pendurado.
Passado um tempo recebo nova mensagem da rapariga. Quase a insultar-me por não a ter aceite, que já sabia que eu não gostava dela desde os tempos da faculdade, que eu era uma "nariz empinado",uma snob que nem deve ter amigos na vida real, uma isto e uma aquilo e que agora nem a aceitava, depois de tudo o que passámos juntas.
Eu fiquei boquiaberta.
Tentei procurar no mais fundo da memória, e não encontrei nenhuma Mª João na faculdade, nem da minha nem de outras turmas.
Mandei-a dar uma curva, que se somos assim tão amigas, ela que me ligasse porque eu ainda tenho o mesmo número desde a faculdade.
Fiquei em choque com a atitude, achei-a uma triste, a dar esta importância à vida virtual.
O pedido ficou por ali.
Às tantas fui ver, e ela tinha como amigo um dos meus primos (comentador assíduo aqui no blog, o P.).
Fiquei intrigada.
Aos poucos mais e mais pessoas conhecidas a adicionaram.
A rapariga tem centenas de amigos. É membro de vários grupos, joga nos jogos da moda, é fã de algumas marcas.
Recebe parabéns de muitos amigos no dia dos anos e é convidada para imensos eventos.
Partilha pensamentos e dicas, músicas e trailers de filmes.
A Maria João Pereira é um caso de sucesso.

Só que a Maria João Pereira não existe.
Foi o meu cunhado que a criou, apenas para provar um ponto.
Ele nunca pensou que isto acontecesse, mas é verdade: a malta adiciona gente que não conhece, dá parabéns só porque sim, e convida para eventos para fazer número.
A Maria João Pereira* tem mais vida facebookiana que eu.
E para isso, nem precisa de existir.



* nome fictício, que não corresponde ao da pessoa fictícia.

10 comentários:

P disse...

Oh amiga M. só hoje descobriste quem era???

eu na altura do convite tambem questionei e tive uma bela conversa.. e mandei logo msg ao teu cunhado a dizer que a mim nao me enganava...

e depois fiquei amigo dessa pessoa, que falou do meu banco, da minha ex, dos meus hobbies...

quem mais poderia ser???

Mary disse...

Não foi hoje P., foi na mesma altura que tu (porque tu comentaste, porque eu não chegava lá!). Ontem estivemos a falar nisso, e eu pedi autorização para postar sobre o assunto. Sem dar o nome, claro, porque a verdadeira Maria João Pereira continua a somar amigos!

Naish, o ignorado disse...

E eu que nunca fui convidado pela Maria João... que looser...

Cartuxa disse...

nem eu... vamos formar o club dos ignorados pela Maria João!

Raquel Ribeiro disse...

lol
eu sou como tu, vejo o perfil, mando mensagem a perguntar quem é, e se não sei quem é ignoro o pedido de amizade!!!

Mãe das Marias disse...

Lolol!!! A mim deu-me para rir! Tá mesmo boa ;)

Raquel disse...

Nunca percebi o fenómeno de aceitar pessoas que não se conhece no FB. A partida teve piada!
Bjs

Maria João Pereira disse...

Acho que é possível que a Cartuxa e o Naish não tivessem ainda criado o seu próprio FB, porque isto já se passou há imenso tempo. Mas não seja por isso, convido-os já!

Madame Pirulitos disse...

Ahahahahah. Estou como o naish!

Mas olha... eu tenho uma Maria João franco. Será essa?

Cartuxa disse...

:o)) Ah, ah, ah! Acho bem, Mª João, que não me metas pra fora da tua vida facebookial, já me estava a deprimir!