domingo, 29 de novembro de 2020

O filme do livro


O 2º filme que vi este ano! Ainda bem que estamos e estivemos confinados, se não não via mesmo filme nenhum!
Na quarentena da 1ª vaga vi o 1917 num sábado à tarde sozinha - uma coisa inédita e que desconfio que vai demorar a repetir-se - e ontem à noite fiz finca-pé e exigi ver o filme do livro, que também tenho direito a ser dona do comando por uma vez que seja!
Claro que houve motim e reivindicações, que sou a mais injusta de todas as mães por os mandar para a cama mais cedo, mas caramba, ou bem que a sessão começa cedo ou então não consigo terminar de olhos abertos.
E assim foi.
Gostei bastante do filme, e faz justiça ao livro (que é pequeno, por isso o filme não deixa muitas coisas de fora).
Recomendo.

sábado, 28 de novembro de 2020

Livro 26/53



O Leitor, de Bernhard Schlink

Mais um da biblioteca de casa dos pais. Peguei nele com zero expectativa, confesso, e até (só percebi depois) sem ler a contracapa sequer.
Resultado: foi uma agradável surpresa.
Não fazia ideia nenhuma da história, e sinceramente a primeira parte não faz adivinhar a segunda - apesar de haver um pormenor bastante importante que faz parte de um segredo e que eu topei logo no início (ainda sem saber muito bem a importância que teria na história).

Há um relacionamento proibido entre um miúdo de 15 e uma mulher de 35, cujo passado não é exactamente o que pensamos.

Gostei bastante, dei 4 estrelas e recomendo.

Livro 25/53



 Auto-retrato do escritor enquanto corredor de fundo, de Haruki Murakami

Já li dois livros deste autor, e consigo ter dele uma opinião formada - estão sempre ali no limite entre a fantasia e a realidade - mas este não tem nada a ver.
O escritor começou a escrever depois de ter sido proprietário de um clube de jazz durante anos e anos - e foi assim uma decisão súbita. Apercebendo-se do sedentarismo que a vida de um escritor implica, começou também a correr - tendo feito já mais de 20 maratonas, ultramaratonas, provas de triatlo e tudo o mais.
É um retrato muito pessoal, em que ele revela aspectos da sua personalidade que nunca adivinharíamos através dos seus livros, e outros que são tão óbvios que se vê de caras.
Sendo super humilde, é profundamente inspirador na forma como se empenha naquilo a que se propõe.
De uma forma muito simples e directa e sem uma ordem específica acompanhamos alguns momentos-chave das suas corridas, as maratonas que correram mal, os treinos que vai fazendo antes de uma prova importante, as coisas que lhe passam pela cabeça.

A corrida, como qualquer desporto, dá-nos ferramentas para enfrentar todas as outras áreas - é uma metáfora da vida, afinal.

Imagino que quem corra se identifique muito com muitas coisas que ele conta, mas mesmo quem não o faz não deixa de se identificar.

Gostei bastante, dei 4 estrelas, e recomendo.

Luz ao fundo do túnel em forma de vacina

 Jamais imaginei estar tão ansiosa pela chegada de uma vacina - como jamais me imaginei a viver uma pandemia, de resto (apesar de ser de História e de saber que elas se repetem e são cíclicas).

No entanto, estou com uma esperança muito grande com a chegada desta vacina, e o dia em que a anunciaramfoi para mim um dia de festa.

Estou mesmo muito positiva em relação a isto!

Acho que a partir de Janeiro vamos começar finalmente a ver a luz ao fundo do túnel.
Começando a vacinar os mais frágeis, espero que se comece a ter um cheirinho de normalidade, e principalmente que se perca este medo que tanto nos condiciona.
Que deixemos de ter medo de estar juntos, de sair, de poder ir a todo o lado a qualquer hora, frequentar restaurantes e bares e parques infantis e museus e espetáculos e concertos e o que mais nos apeteça (sem constrangimentos!)

E acima de tudo: que as escolas possam fazer visitas de estudo!

Estou focadíssima nisto e a apostar tudo em como as escolas vão voltar aos museus e palácios ainda este ano letivo.

Quem alinha neste pensamento positivo?

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Resolução pós-férias 2020

 Nas nossas férias na costa vicentina resolvemos um dia alugar uma prancha de surf.

Combinámos que no Verão 2021 faremos uma surf trip, a famosa "descida da costa" e para isso temos treinado todos os fins de semana.

Comprámos uma prancha, e fomos resgatar os fatos de surf que estavam guardados há anos, e assim temos aproveitado e bem as nossas manhãs de sábado e domingo - ainda mais agora com recolher obrigatório às 13h.

Uns vão para dentro de água, eu faço caminhada (não tenho fato ainda!), a mais nova brinca na areia.
Apanhamos todos uma boa dose de vitamina D (e chuva, às vezes) e regressamos a casa cheios de coisas boas.

Se há coisa que 2020 nos ensinou foi a aproveitar o momento - e enquanto pudermos nós vamos aproveitar!

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Miúdos crescidos

Enquanto o mais velho começa a sair sozinho da escola e a vir a pé para casa (ainda é uma caminhada de 25 ou 30 minutos), a do meio já pendurou um poster da sua banda favorita na parede do quarto.

A adolescência está aqui mesmo mesmo ao virar da esquina.
(e a compra de desodorisantes para ambos não deixa margem para dúvidas)

Resta a mai nova, que do alto dos seus quase 4 anos anda de chucha, fralda para dormir e bebe leitinho no biberon.
A experiência diz-me que não tarda nada está a pedir-me as chaves do carro, por isso até lá vou aproveitar este último bebé.

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Pandemia take 727

 Mais uma ficha, mais uma voltinha, e aqui vamos nós para um novo estado de emergência.

Por enquanto o confinamento é às pinguinhas, mas ainda assim e 8 meses depois, todas estas restrições à minha liberdade me fazem muita confusão.
Recolher obrigatório, comércio e restaurantes fechados, quanto tempo até andarem outra vez os drones da polícia e o carro patrulha a mandar-nos para casa? Parece que temos um big brother a olhar por nós.

No entanto, enquanto as escolas não fecharem não me queixo (ao que chegámos, senhores!).
Vamos lá aguentar o barco que daqui a nada é verão outra vez.

(Pergunta para queijinho, quem sabe de onde vem a expressão do título??)


sexta-feira, 6 de novembro de 2020

A vida em perspectiva

 Queixamo-nos da rotina e do cansaço, até que 10 dias de isolamento sem poder sair fazem maravilhas sobre a mesma rotina e o mesmo cansaço.

Já não me queixo de andar de um lado para o outro a ir levar e buscar putos, dos almoços para 4 e jantares para 5, dos lanches para preparar, das aulas para imaginar (bem, disso nunca me queixei!).

Sei que é quase impossível safarmo-nos a outros isolamentos, mas até lá, eu cá vou aproveitando cada segundo de liberdade.