quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Eis que chega o dia...

... em que recuso uma proposta de trabalho na minha área.
Não pensei, sinceramente, que algum dia isso fosse acontecer, mas pois que foi hoje.
Tivesse surgido há 1 ano e eu nem hesitava, mas lá está, é preciso estar no mercado para as oportunidades aparecerem... e estando no mercado pode acontecer que as mesmas não nos interessem assim tanto.
Esta apareceu nuns moldes que hoje não me convencem.
Ainda estou a apreciar muito, e bem, esta liberdade de ser free-lancer, estes horários desencontrados, este ordenado que me é pago em tempo livre em vez de dinheiro, e que por enquanto vai dando para viver sem a corda no pescoço.
Vamos ver se não me arrependo...

Cenas fixes

Uma coisa fixe de ter o mais velho na escola pública aqui da zona é que os seus colegas moram todos aqui perto. Só na nossa rua há dois colegas, e pelo menos mais dois vivem a dois ou três minutos de distância. Imagino-os daqui a uns anos a correr aqui a zona de bicicleta, ou a jogar ali no parque de baixo e gosto disso.
Também gosto de ir com ele na rua e de o ver a reconhecer as pessoas, os miúdos mais velhos, os pais e irmãos dos amigos. É um bocadinho a sensação de viver numa terra pequena. que para os miúdos como se sabe, é o melhor.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Banda sonora do momento



Além da música, este vídeoclip é maravilhoso, e esta miúda parece a mistura de duas sobrinhas minhas - uma ginasta, e outra super criativa a dançar.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Uma nota positiva

Apesar de tudo (e tudo, e tudo) o que tem acontecido, e de toda esta (di)gestão que estou a tentar fazer, estou mesmo muito contente com a minha mudança de trabalho. Em boa hora me deu essa iluminação, em boa hora resolvi responder àquele anúncio, em boa hora me receberam de outro lado.
Vivo com muito menos e tenho tanto, mas tanto mais.
Mais prazer (que só de si já não tem preço) e mais tempo, senhores.
Ter tempo é a maior riqueza que se pode ter. Conveçam-se disso.

A melhor mãe é...

... a que vive pelos filhos.
A minha mãe viveu por nós, metafórica e literalmente.
Ao longo da vida sempre nos mostrou que estávamos no nº1 das suas prioridades, sempre. Até demais, pois quando começamos a ser independentes (coisa para a qual ela mesma nos educou) ela bem que perdeu um pouco o norte.
No fim da vida a minha mãe viveu por amor. Por amor a nós, ao meu pai, aos netos. Quando a doença a destruía da maneira mais horrível que possam imaginar, quando já nem sequer se podia levantar da cama, continuou a lutar e a achar que valia a pena viver. Por nós. Por amor a nós.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Da fragilidade

Aparentemente, no dia a dia, tudo parece correr bem.
Até que morre uma pessoa no trabalho (uma senhora que era um amor, dos seus 60 e poucos, possivelmente com um AVC) e ao ouvir uma colega a falar com a sua filha, caraças, não sei como não caí para o lado... Aquela sensação de sentir o sangue a descer até aos pés, uma náusea a revolver as entranhas e a sensação de que não me vou conseguir levantar do banco.
Caraças para isto, pá.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Do luto

Tratar do armário da minha mãe logo no fim-de-semana a seguir à sua morte foi provavelmente a melhor decisão. O melhor é tratar de tudo antes da missa de 7º dia, que é por volta dessa altura que a "anestesia" do choque começa a passar e se entra no mundo real, que como se calcula, não é bonito.
Tive a sorte de ter uma mãe com um gosto clássico e elegante, e por isso herdei muitas roupas dela, e é com elas que estou a fazer o meu luto.
Não é um luto de cores escuras e tristes, é um luto em tons de azul petróleo, rosa forte e algumas riscas, cheio de boas recordações.

A melhor mãe é...

... a que sabe os nomes dos artistas da moda, ouve as músicas que estão no top, grava telediscos do Countdown em cassete VHS. Depois tem facebook e instagram.
Mantém-se sempre actualizada primeiro com as filhas, e depois com os netos.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

A melhor mãe é...

... a que joga à macaca, salta ao elástico e à corda, patina de meias no chão lisinho, faz carreirinhas nas ondas.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Vida cultural

 



Hoje foi dia de ir a Sintra visitar os palácios da Vila e da Pena.
Gostaram de ambos. O mais velho ficou fas-ci-na-do com o quarto-prisão de D. Afonso VI (no da Vila) e com a sala verde (na Pena, não percebi porquê).
E uma pessoa percebe que quem nasce lagartixa nunca chega a jacaré quando em ambos os palácios a parte preferida foi... a cozinha. Se é para não ser princesa, ao menos que cozinhasse alguma coisa de jeito, mas nem isso. Mas é o que me fascina, o que se há-de fazer?
Foi um dia muito bem passado.

Filme 8/2015

 
Foi um pouco para me redimir do post anterior, em que anuncio ao mundo que o meu realizador favorito é o Iñarritu, pondo fim a um reinado de quase 20 anos do Woody Allen. Não sendo o meu preferido, este Blue Jasmine não desilude. Gostei bastante.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Filme 7/2015

 
Deste gostei tanto que vi todo de uma vez, o que nestes dias raramente acontece. Gostei mesmo. Mas só no fim percebi porquê - não sabia que o realizador era o Alejandro Iñarritu, que foi quem realizou um dos meus filmes preferidos - Amores Perros - que me marcou profundamente, e também Biutiful, Babel e 21 Gramas, todos eles filmes que me marcaram de uma forma ou de outra, aos quais regresso volta não volta. Acho mesmo que posso afirmar que é o meu realizador preferido (sem ofensa, Woddy Allen). Não fazia ideia que era dele, já me tinham falado bem do filme, o Tê até adormeceu (o que não é habitual) mas eu mantive o interesse até ao fim. Fascina-me este lado negro, estas personagens intrigrantes, muito mais complexas do que parece à primeira vista.
Recomendadíssimo.

Filme 6/2015

 
Visto em muitos dias, mas gostei bastante. Tem os ingredientes perfeitos para ser visto agora, é divertido e leve, mas sem ser a típica comédia romântica.

Por oposição tentei começar a ver o The Judge, mas fiz questão de adormecer logo a seguir. Começa logo com a morte da mãe, e mais lá à frente abri os olhos e percebi que uma personagem tem cancro. Não quis ver, nem quero ver tão cedo. Talvez nunca, mesmo. Mas ouvi dizer bem, e que o Robert Downey Jr tem aqui o papel da sua vida.

Uma salva de palmas

E uma vénia, a quem consegue ir ao Ikea e não vir de lá cheio de coisinhas muito em conta que no fim fazem um balúrdio e meio.
Desta vez ia muito concentrada com uma lista de coisas para comprar.
Cheguei lá e pimba, as velas de cheiro estão a metade do preço (pague 2 e leve 4).
E pronto, desgracei-me como sempre.
E agora vim cheia de dinheiro em cartão Família.
Vai ser o verdadeiro desafio ir lá e não gastar mais do que o crédito que lá tenho.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Generation Gap

A ver um vídeo de carnaval com os meus alunos (de 8 ou 9 anos) e aparece um gigantone vestido à Figo.
Diz um "olha o Cristiano Ronaldo!"
Respondo eu "não é nada, é o Figo."
E eles "Mas quem é o Figo??"

(em 20 alunos só 1 é que sabia... e sim, é do Sporting)

A melhor mãe é...

... a que faz os filhos acreditarem mesmo que são capazes de tudo, basta querer.
A minha mãe nem se mostrava grandemente surpreendida quando aparecíamos com um grande feito, pois segundo ela era mais que óbvio que íamos conseguir.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Blog privado

Tenho um blog privado onde publico fotografias dos meus filhos, só para a família e amigos.
Era muito prático quando trabalhava sentada à secretária e tinha tempo para essas coisas... pelo que desde o verão que não publico nada.
Como não gosto de deixar os meus leitores pendurados (nem que sejam só as minhas irmãs, sogra e cunhada e pouco mais), ontem decidi cortar o mal pela raiz e anunciar oficialmente o fim desse blog. Já não tenho paciência, não tenho tempo, pronto, era menos uma coisa em que pensar.
Mas depois lembrei-me... ora bolas que eu não estou a fazer álbuns de fotografias (em papel) para as minhas crias. Imprimi fotografias desde 2009 até 2011, praí.
E pronto, comecei a imagina-los daqui a uns anos que ah e tal e não temos fotografias e coisa que o valha, que decidi retomar o blog e tentar publicar tudo o que falta.
Não é pelos leitores nem é pelos meus filhos, é mesmo para eu ter alguma coisa com que me defender quando eles perceberem que os álbuns de infância acabam antes dos 2 anos (ele) e antes dos 6 meses (ela).

A melhor mãe é...

... a que esconde os seus medos tão bem, que os filhos nunca se apercebem.
Só em adulta percebi que a minha mãe tinha medo da trovoada.
Nunca o demonstrou e nenhuma de nós tem medo da trovoada, claro.

(resolvi criar esta etiqueta com pequenas coisas que faziam da minha mãe uma mãe super especial. A melhor do mundo, aliás.)

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Marcha atrás

Dois dias a andar de um lado para o outro com o carro do sogro (o nosso está na revisão) e pergunto-me como é que em 18 anos consegui sempre estacionar sem o carro fazer pi-pi-pi quando me aproximo demasiado do de trás.
É que quando voltar ao meu carro vou enfaixar a traseira no muro ao primeiro estacionamento. De certeza.
Que invenção do caraças!

Ora então quem percebe deste assunto, que me esclareça

Este buraco que agora ficou dentro do meu peito, eu preencho com o quê?

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Filmes 5 e 6/2015 Jogos de Fome

No seguimento da resolução de 2015 de ver mais filmes em vez do Masterchef, vi nestes últimos dias os dois primeiros da saga Hunger Games.
Fui vendo aos bochechos, um bocadinho cada noite, que não há tempo para mais, mas gostei.
Vê-se bem, a história é engraçada (eu tenho um fraquinho por histórias sociedades alternativas) e a Jennifer Lawrence é gira que se farta e faz um bom papel. Recomendo.
hunger-games-teaser-poster-01

A melhor mãe é...

... a que dá o peixe mas ensina a pescar.
E foi nisso que a minha mãe foi a melhor mãe do mundo.


(e noutras coisas também).

domingo, 8 de fevereiro de 2015

O mais difícil neste momento

Aceitar, pacificamente, que é para sempre.
Que não foi um sonho, que não é uma viagem, que não é uma ausência temporária.
É mesmo para sempre.
Isto, meus senhores, é do caraças de aceitar.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

O dia mais triste

Que foi também o dia mais sereno. Mais em paz.
A minha mãe partiu, na semana passada, em casa, na sua cama, como sempre desejou.
Partiu num acto de puro amor. Amor de mãe, que é maior que tudo.
E nós, que a vimos lutar contra a doença com unhas e dentes, sem nunca, nunca, nunca desistir, só podemos estar agradecidos por tudo o que fez por nós.
Nem por um segundo ela quis que a vissemos desistir. Tanto que por vezes nós, filhas, até duvidámos se estaria consciente da sua situação, depois de os médicos já terem dito que nada havia a fazer.
Foi uma verdadeira leoa, mesmo até ao fim. Que orgulho, caraças.
E que sorte que eu tive de a ter como mãe.

E no meio desta tristeza sem fim também foi bom receber colo de toda a família e amigos, que fizeram com que os dias mais horríveis não fossem afinal tão duros de viver.

Agora é tempo de aprender a viver outra vez.
Com ela sempre no coração.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

A ganhar coragem...

... para escrever o post mais difícil de sempre.
Fiquem por aí, um dia destes ele aparece.