terça-feira, 29 de março de 2022

O mal da idade

Não vale a pena (mesmo!) tapar o sol com a peneira.
Ver mal ao perto é (mesmo!) um efeito secundário desta coisa de acumular experiência, amadurecer, também conhecido por envelhecer.

Não há volta a dar, há mesmo partes do nosso corpo que irão precisar de auxílio, e ao que parece a minha visão ao perto não irá melhorar, já só fica pior.

Não é por acaso que associamos os óculos de ver ao perto - os pequeninos para usar na ponta do nariz - aos velhotes. Conheço até vários cinquentões que usam, e acho sempre que é coisa que os envelhece brutalmente. Óculos é uma coisa, óculos na ponta do nariz que permitem ver por cima é toda uma outra coisa...

Dito isto saí da consulta com a indicação de que esses seriam mesmo os óculos que teria de usar - só mesmo para ver melhor o que tenho na mão, e conseguir ver por cima dos óculos o que se passa à volta.

Olhei para os modelos disponíveis, mas não consegui... Daqui a uns anos talvez, mas por agora trouxe uns óculos redondos, muito a contra gosto do rapaz que me atendeu!
Já me apercebi que não é o mais prático (tenho de tirar e por os óculos cada vez que levanto os olhos do livro!), mas por agora não consigo ir mais longe.
Sei que de quase adulta tenho muito pouco, mas ainda estou longe de ser quase avó!

sexta-feira, 18 de março de 2022

43 anos e 10 meses

E ou muito me engano, ou estou mesmo a precisar de usar óculos.
Fotocópias, apontamentos, catálogos de exposições, artigos na net, livros, computador, telemóvel e os meus ricos olhos, que sempre funcionaram tão bem, começam a dar sinal de profundo cansaço.

A ver se trato disto rapidamente.


(e não, não acho que usar óculos seja um "mal" da idade, primeiro porque não é um mal - acho eu, mas não sei, nunca usei! - segundo porque o meu mais velho usa óculos desde os 3 anos de idade!)

segunda-feira, 14 de março de 2022

Livro 8/2022

 O que sentem as mulheres, de Nativel Preciado

Herdado da minha mãe, para variar, oferecido pelo meu primo (afilhado dela e que já foi um leitor assíduo nos primeiros tempos do blog, entretanto foi para outras paragens digitais, que isto dos blogues já é só dos resistentes!). Calculo que tenha sido iludido pela contracapa, em que se refere um resumo sobre mulheres de sucesso, mas imagino que ele não o tenha lido pois talvez não o tivesse oferecido à minha mãe se o lesse. Não que a minha mãe não tivesse gostado, mas pelo género de livro que é e que efetivamente não teria muito a ver com ela.
Basicamente a autora é uma jornalista espanhola que ao longo de décadas foi entrevistando muitas mulheres, e faz uma espécie de resumo de algumas opiniões dessas entrevistadas - mulheres famosas em Espanha, intelectuais, atrizes, cantoras, esposas de escritores entre outras.
São no fundo reflexões de mulheres sobre o seu papel sob diferentes pontos de vista - o envelhecimento, as oportunidades de trabalho, o casamento, o sexo, a opção de ter ou não ter filhos, a carreira profissional.
É um excelente manifesto feminista, apesar de muito datado (o livro foi escrito nos anos 90). Esse facto, e também o facto de serem personalidades espanholas que eu não conheço foram os pontos negativos.
Dei 4 estrelas e recomendo.

segunda-feira, 7 de março de 2022

Sobre não saber lidar II

 Por uma questão de saúde mental, sei que não é bom estar sempre a ver as notícias - sei disso tudo, mas não consigo deixar de ver e ler (já foi assim na pandemia e assim me mantenho...).

Serve apenas para aumentar ainda mais esta sensação de impotência.

Continuo de queixo caído com o que se está a passar e o mundo a assistir...

Mais de 2 anos

 O meu pai morreu há pouco tempo - pouco mais de 2 anos.

Às vezes imagino (muitas vezes!), como seria se de repente ele regressasse à vida por um dia - o que iria achar disto tudo, de como tudo mudou em tão pouco tempo...

Acho que nem sei bem por onde poderia começar a explicar...

O mundo mudou nestes 2 anos, caramba! 

sexta-feira, 4 de março de 2022

Livro 7/ 2022

 

O Espião Português, de Nuno Nepomoceno

Herdado do meu pai. Na altura em que desfizemos as estantes de livros de casa dele, trouxe uma data deles que organizei por temas em sítios específicos. Depois disso voltámos lá a casa várias vezes e ainda havia todo um quarto cheio de montes de livros espalhados pelo chão, e nessa altura ainda trouxe outros tantos que foram depois arrumados aleatoriamente nas estantes cá de casa. Há uns quantos que estão na estante da sala, e eu quando estou a fazer ginástica muitas vezes estou a olhar para eles (pensando quando é que vou ter vontade de os ler).
Um colega de trabalho partilhou que estava a ler um livro deste autor, e não podendo ir requisitar livros à biblioteca (porque me atrasei a entregar os anteriores), foi o mote para pegar nele.
Nunca tinha ouvido falar no autor, ao que parece tem uma série de livros com o mesmo protagonista (nem sei se é o deste livro ou não).
Basicamente, é um 007 à portuguesa com todos os ingredientes - as perseguições, o suspense, as "bond girls" boas e más da fita. Previ um dos aspetos do final quando ia a menos de meio, mas ainda assim houve ali um twist de que não estava nada à espera.
Deixa muitas pontas soltas, talvez para resolver em volumes posteriores, é um cliché atrás do outro e tem até uma atitude algo machista em relação às personagens femininas e homofóbico em relação aos homossexuais, mas não é nada muito grave, eu é que ando muito atenta a estes temas. 
Dito isto, está bem escrito, prende e entretém. Daqueles que acaba um capítulo e queremos saber mais, o comboio a chegar ao destino e eu a pensar que queria ler só mais um bocadinho. É o que preciso neste momento, livros que me apeteça pegar neles mais do que uma vez por dia.
Por tudo isso, dei 3 estrelas e recomendo, e até ofereço se alguém o quiser.