quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Ano Velho

Parece que escrevi isto ontem, e amanhã será dia de o escrever outra vez...

O meu momento mais importante de 2008

31 de Março de 2008, aeroporto de Lisboa.
Depois da chegada das malas tiramos uma última fotografia nos últimos momentos da nossa vida de emigrantes.
Viramos a esquina, abrem-se as portas e temos uma pequena multidão à nossa espera, com cartazes de boas-vindas, e vinho do Porto para festejar.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Letra P

Este ano o tema da troca de presentes do amigo invisível (uma tradição com mais de 10 anos, que se há-de continuar a chamar assim eternamente apesar de os moldes terem mudado ligeiramente) foi a Letra P.
Houve presentes muito giros e originais, e ao contrário do que é costume, não houve repetiçoes.
Aqui fica a lista, para quem se quiser inspirar:
Presépio
Poemário
Porta-chaves
Puzzle
Prato de pizza
Par de pegas, pano e piri-piri
Pen (com embrulho decorado com palitos e palhinhas)
Pacotão de pastilhas

Sugestoes para o tema para 2009?

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Rever as resoluções para 2008

Há quase um ano atrás escrevi este post. Está na hora de ver o que foi ou não cumprido!

  • regressámos a Portugal
  • voltei de certa forma a trabalhar na minha área (ainda é só um começo, mas lá chegaremos)
  • emagreci, não tanto como queria/gostaria, mas a verdade é que não me esforcei por aí além (mais uma vez, lá chegaremos)
  • frequento o ginásio desde Agosto
  • tenho tido mais cuidado com a aparência (isto depois dos 30 todo o cuidado é pouco): comprei um rímel e umas sombras novas, cortei a franja e comprei uma base adequada ao meu tipo de pele
  • não li mais, aliás, li muito pouco este ano
  • fui ao dentista, ao ginecologista e ao dermatologista
  • fiz alguns presentes de Natal, mas não a maioria
  • estive presente nos nascimentos de 2008
  • estive mais com os amigos de todos os dias, mas não tanto com os que vejo só de vez em quando
  • acho que consegui de certa forma combater alguma preguicite, mas claro que isto é sempre um work in progress...
  • não fui a Atenas. Fui a Sevilha e duas vezes regressei a "casa" (Amsterdam)
  • não fiz férias nenhumas em costa alentejana nenhuma, e bem sinto a falta... mas fomos 1 fim-de-semana a Aljezur, e outro a Sines
  • fui à praia sempre que pude - mas ainda assim, soube a pouco...
  • não arrumei o quarto em casa dos meus pais, nem a estante em casa dos sogros (sorry...)
  • fui ao Museu Berardo
  • não andei de patins
  • fui ao Santini algumas vezes, e ao paredão não fui tantas como gostaria
  • acho que tentei não reivindicar a autoria de ideias, pelo menos fiz um esforço nesse sentido
Resoluções para 2009 em breve por aqui...
(ficar por escrito ajuda imenos a concretizar!)

sábado, 27 de dezembro de 2008

Natal e Natal

Uma das coisas estranhas quando nos tornamos um casal é o Natal. Por muito que se queira, pelo menos nestes primeiros anos de Natais conjuntos (este foi apenas o terceiro) é sempre estranho porque o que é Natal para um não é Natal para o outro.
Não sei se foi porque no ano passado passei o Natal com a família do Tê pela primeira vez, mas a verdade é que este ano o Natal soube-me mais a Natal (apesar das novidades).
Para mim o Natal é isto. É uma mesa cheia de gente que mal cabemos ao jantar, é a minha família nuclear e a da minha madrinha, são estes objectos especiais, é toda a gente vestida a rigor porque é Natal, é depois uma ceia tardia com chocolate quente e croissants (da Garrett), é uma distribuição de presentes no meio da maior confusão, numa casa cheia com quase 50 pessoas. Este ano até houve uma árvore de Natal gigante (foi preciso escadote para a decorar) e uma música especial acompanhada à viola.
Para o Tê o Natal é a aldeia, o granito, o cheiro das lareiras na rua, o frio. É a casa da avó, são as filhós, rabanadas, leite creme, arroz doce, bacalhau assado e cozido numa mesa também apertada para caberem todos. Quem distribui os presentes é o elemento mais novo da família, e no final todos jogam às cartas.
Sei que daqui a uns tempos nos vamos apropriar do Natal um do outro, mas por enquanto parece que vivemos os Natais em diferido. Não sei se todos os casais passam pelo mesmo, mas para nós este assunto é importante.
No entanto tudo isto acontece porque tanto um como o outro sempre tivemos direito a Natais cheios de significado - e isso é o que verdadeiramente importa.
O resto vai-se resolver com o tempo.

Jantar de Natal 2008 - o rescaldo


O jantar cá em casa correu o melhor possível. Gostei da sensação de fazer um jantar de Natal em minha casa. Acho que esta casa tem espírito de Natal - o que quer que seja que isso significa.
Como é típico dos nossos Natais coubemos muito apertadinhos à mesa, mas desta vez conseguimos juntar todos numa só (menos as crianças, claro).
Comemos o bacalhau do costume, as rabanadas, as brisas e o ananás, as broas e as nozes no centro de mesa. Também estavam cá os pratos e talheres que só se usam nesta ocasião.
E o mais importante, acho que estávamos todos com uma boa onda natalícia, e no fundo isso é que é o Natal.
A repetir, sem dúvida.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Este Natal, uma estreia absoluta...


...o jantar de Natal é cá em casa!

domingo, 21 de dezembro de 2008

Um exemplo para o post anterior

Para o jantar de Natal da empresa o Tê e os colegas fizeram, uns dias antes, o sorteio do clássico amigo invisível. Calhou-lhe a Joana - colega com quem ele não tem o menor contacto.
Apesar de ter dito que não ia ser eu a comprar, acabei por dar de caras, enquanto comprava os presentes das primas dele (ah pois é) no Gato Preto, com umas canecas bastante engraçadas e bem apresentadas com caixa e tudo, e o mais importante, dentro do orçamento. Liguei-lhe, e claro que ele acho boa ideia.
Cheguei a casa, mostrei-lhe e embrulhei as ditas.
No dia do jantar, depois da troca, houve um colega dele que comentou em tom de gozo: "Oh Tê, então foste dar à Joana, que tem 1,90m, umas canecas com girafas pintadas?!"
O Tê partiu-se a rir e disse que não foi intencional - claro que não, uma vez que eu nunca vi a rapariga... Mas a piadinha foi surgindo ao longo da noite entre o grupinho de colegas mais próximo.

Esta história até podia ter alguma piada, e ter sido uma coincidência engraçada, mas não foi.

Eu vi, pensei, comparei preços, escolhi, comprei, paguei, e embrulhei.
Acho que ao menos, ele podia ter olhado quando eu as mostrei.

As canecas tinham gatos, não girafas...

O Natal é das mulheres

Quem se preocupa com a decoração da árvore são as mulheres.
Quem pensa, define, faz listas, compra e embrulha os presentes são as mulheres.
Quem faz as rabanadas, os sonhos e filhós, o bacalhau e o peru são as mulheres.

No fundo, salvo raras excepções (e eu conheço algumas), somos nós que fazemos o Natal.
Esta canseira, stress e desgaste somos nós que criamos.
A culpa disto tudo, é, portanto, nossa.

E todos os anos se repete a mesma história, e repetem-se as tentativas de trazer de volta o verdadeiro espírito do Natal , de acabar com este consumismo desenfreado que nem a crise consegue travar.
Mas isso só vai acontecer quando nós, mulheres, quisermos.

Se o Natal é quando o homem quiser, atrevo-me a dizer que o Natal é como a mulher quiser.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Gosto

Gosto dos finais de tarde na Parede nesta época do ano.
Gosto de passar no Monte Rei e na Lua de Mel de ver as montras com bolo-rei. De passar à porta e ver as mesas corridas para a venda do próprio.
Gosto das luzes de Natal, por muito fraquinhas que sejam.
Gosto de passar na Avenida da República, de passar no Rui dos Pregos, virar a esquina do Doce,
ao lado do Caixote, e ver as luzes da nossa árvore de Natal a piscar na janela da sala.

Hoje foi um dia complicado.
Mas eu gosto mesmo de estar cá.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Jantares de Natal

Acabo de perceber agora que não vou ter nem um jantar de Natal este ano.
Nem amigos, nem amigos da faculdade, nem colegas de trabalho, nada.
Este ano, tirando o de dia 24 (que é o único que importa, claro) não tenho mais nenhum jantar de Natal.

Não sei muito bem o que isto significa...

Globalização é...

...um cliente ligar de Hong Kong para um número inglês de apoio ao cliente cuja equipa se encontra na Holanda, e atender um técnico (eu!) de Portugal.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Banda sonora do momento

Esta ouço em repeat.



Herança lennoniana ao melhor estilo.

A crise é a crise

Percebemos que estamos de facto em crise quando a empresa onde trabalhamos - multinacional americana, com sede em Amsterdam - nos "pede" para tirarmos um dia de férias sem vencimento por mês entre Janeiro e Junho.

E é assim que vamos começar 2009 com duas tardes livres de sexta-feira por mês, e uma alteração no salário (que eu espero que não se note).

sábado, 13 de dezembro de 2008

Abraço de Primos

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Post-salganhada típico desta época

A história repete-se ano após ano após ano... Todos sabemos quando é o Natal, mas chega-se a esta época e é sempre esta correria, não há tempo para nada...
Cada um destes tópicos podia ser um post, mas não dá para tudo...
  • Natal é Natal, e é uma época atarefada em todos os ramos, pelo que se há uns tempos andava na boa entre um emprego, um trabalho e um projecto, agora mal consigo respirar e dar conta do recado em cada um deles
  • em período de aperto o ginásio é a primeira prioridade a saltar borda fora (só me dói pensar que o ando a pagar, mas pronto)
  • fizemos a nossa primeira árvore de Natal a sério. No ano passado tivemos uma mini-árvore de Natal gay. Era gay porque era branca (os gays gostam de árvores brancas), tinha bolas coloridas, e foi emprestada por um gay.
  • a árvore deste ano veio da minha casa, e eu pensava que tinha bolas azuis e prateadas, pelo que comprámos apenas bolas encarnadas para combinar com as prateadas (das azuis já não gosto). Afinal chegámos a casa e estavam guardadas bolas azuis, prateadas (poucas) e encarnadas (muitas), pelo que a árvore está mais encarnada que sempre. (mas entretanto já comprámos outras coisas para equilibrar)
  • juntamente com as ditas bolas estavam também guardadas umas luzes do chinês às cores, que claro, não funcionavam. Quando as tentava arranjar (ligadas à ficha, of course) o Tê apanhou um choque, gritou, mandou as luzes para cima da mesa e as luzes explodiram, com direito a uma pequena chama e tudo. Foi o efeito mais surpreendente que alguma luz de Natal do chinês alguma fez conseguiu.
  • esta semana tive direito a feriado (retirado das minhas férias, sim!)
  • este fim de semana foi dedicado às festas de anos em família e às compras
  • no Domingo estivemos a brincar à séria aos pais e às mães e trocamos de filhos e de carro com a minha irmã. Nós ficámos com 3 crianças e uma mega carrinha e fomos ao Alentejo aos anos do Afilhado, ela ficou com 0 crianças e um carro comercial e foi sair à noite até às 6 da manhã
  • a Afilhada dormiu cá em casa e está mais fofa que nunca! E como é uma querida e amiga da Madrinha, dormiu até às 10h da manhã (hora normal dela acordar: 7h) eh eh eh
  • bolos de anos em campo de futebol ainda estão na berra
  • nada melhor do que oferecer um presente de anos a uma criança e vê-la a brincar a tarde toda. Dei ao Afilhado uma pista dos Hot Wheels (das mais simples e com 50% em cartão no Continente, ah pois é) e ele passou a tarde a brincar às corridas, e na 2ª de manhã acordou e foi logo brincar também. Espero que também goste do presente de Natal (que também é bem simples, mas giro)
  • estamos há 2 horas a dobrar/passar roupa (vamos alternando ora ele ora eu) e ainda nem chegámos à metade. Estava ali roupa lavada no cesto praí desde Outubro. Que seca!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

7


A mãe, grávida de quase 9 meses, depois de deitar os dois filhos, aterrou no sofá e adormeceu.
A sua mãe ia dizendo para ela se ir deitar, que lhe fazia mal, que ficava com o pescoço torto, que ficava melhor na cama... até que finalmente ela, com os olhos mais fechados que abertos e podre de sono lá se decidiu a ir lavar os dentes para se ir deitar. Quando chegou à casa de banho percebeu que... estava na hora! E ia dizendo enquanto vestia o casaco e pegava na mala dela e do bebé, com a calma que só uma mãe de 3ª viagem pode ter:
"Ora bolas, estou cheia de sono, eu só me queria ir deitar, não me apetece ir para a maternidade ter um bebé a esta hora!"

E já lá vão 7 anos.
Desde sempre que é um decidido, um despachado, não pede nada a ninguém, quando quer uma coisa vai busca-la e não desiste enquanto não consegue. Rapaz do fazer, do arregaçar as mangas e meter as mãos à obra. Ligado à terra e aos animais, tem uma maneira de ser super cómica e única. E é um Às na cozinha, de fazer inveja a muita dona de casa, e também um cromo dos números (tinha de sair ao padrinho em alguma coisa, pronto).
7 anos de Afilhado, que é o orgulho da madrinha!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Extreme Makeover: missão cumprida!

Antes


Depois

Finalmente terminámos a nossa Extreme Makeover dos armários que vieram do escritório do meu pai.
Armámo-nos em Queridos Mudei a Casa, não sei de onde nos surgiu a ideia de pintar de castanho e pôr papel, e pusemos mãos à obra.
Uma experiência única.
E com "única" eu quero dizer: a não repetir!
Tão cedo não nos metemos noutra, é o que vos digo! Mais parecia aquele projecto da escola que somos obrigados a fazer e que é uma seca!
Percebemos que, basicamente, não temos jeitinho nenhum para a coisa, apesar de termos tido uma boa ideia inicial.
Lixar, desmontar, pintar, medir, cortar e colar não é connosco!
E não fosse uma certa dose de teimosia e orgulho, e tinha o projecto ido por água abaixo.

Mas não foi, e o resultado final não desilude (apesar das inúmeras imperfeições!).

E portanto somos agora os felizes autores e proprietários de uns armários às bolas!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Feriado, ou talvez não

Era uma tristeza na Holanda. Ia trabalhar confiante de ser um dia igual aos outros, ligava o messenger e nada... as horas passavam e ninguém aparecia, até que ao fim de um tempo me apercebia que era...feriado!
Foi assim durante 2 anos.
Lembro-me especificamente de dois desses feriados.
Um foi exactamente o 1 de Dezembro (ou seria 8?) em que estive ao telefone com a mãe Sousa um bom bocado (até vim cá para fora para as escadas), e só depois de achar estranho ela estar tão relaxada ao telefone assim a meio da manhã é que percebi a razão.
Outro, menos agradável, foi num 5 de Outubro, em que depois de um dia inteiro sem receber uma única chamada de Portugal (que costumam ser poucas já por si) toca o telefone as 17h29. Era uma menina tuga no conforto do seu lar (ouvia-se um bebé a palrar e o cão a ladrar ao fundo) a querer saber não sei quê sobre o seu auricular de computador, e nunca mais se calava. Perdi o comboio e cheguei a casa muito mais tarde só porque ela, a curtir o seu feriado, não se lembrou de ligar mais cedo.

Quando me contactaram para voltar a trabalhar desde Portugal, a questão dos feriados foi das primeiras coisas que nos lembrámos. Acho que já aqui referi que a Holanda tem apenas 6 feriados, 4 dos quais em dias seguidos dois a dois (25 e 26 de Dezembro, e Domingo e 2a de Páscoa).
Na altura, quando ainda estavamos em negociaçoes, eu dizia à boca cheia que ia exigir os feriados de Portugal, que eu me encontro inserida nesta sociedade e não na de lá, que não faria sentido viver cá como vivia lá, blá, blá, blá. Estava bom, e desceu depressa (o sapo que eu engoli).

E de modos que é isto, 1 de Dezembro e eu aqui a trabalhar.
E não fosse ser 2a feira às 9h da manhã e estar um silêncio sepulcral na rua, eu nem notava.