quarta-feira, 30 de julho de 2008

E devido a um comentário mais abaixo...

...aprendi que não se deve usar a palavra "nutela" e "cocó" no mesmo post.

Estamos sempre a aprender.

Toalhitas da Woolite

Aqui há um tempo atrás tomei conhecimento da existência de umas toalhitas que se põe na máquina para não tingir a roupa. Eram perfeitas, podia-se misturar as cores e tal e tal e aquilo agarrava a tinta e nao deixava a roupa ficar tingida.
Espectáculo.
De compras com a mãe lá trouxe um pacote das famosas toalhitas da Woolite.
A primeira utilização correu bem - e é o que se quer!
A partir daqui começamos quem sabe a abusar da sorte e da capacidade das toalhitas, e começaram a sair, obviamente, umas peças manchadas com as cores das peças vizinhas - coisa que é uma total novidade cá em casa, pois sempre tivemos imenso cuidado com as máquinas de roupa e roupa clara é roupa clara, roupa escura é roupa escura e até roupa vermelha/cor-de-rosa/laranja é roupa vermelha/cor-de-rosa/laranja.
Fiquei logo de pé atrás com a porcaria das toalhitas, ainda para mais saem da máquina com um ar nojento, e resolvi não as usar mais.
Eis senão quando a máquina avaria.
Ficava ali para a frente e para trás e não despejava nem fazia nada de jeito, e chegámos a por a máquina a funcionar a noite e chegar de manha e lá estava ela a funcionar sem sair do lugar.
Santa paciência... será que era por isso que as toalhitas não tinham funcionado? Tanta gente rendida aos encantos das mesmas e só eu tinha a opinião contrária...com certeza havia aí alguma peça que não encaixava bem.

Liguei ao numero de apoio ao cliente, falei com as coleguitas de profissão que vá lá não me puseram a arranjar a máquina sozinha (como eu faço a quem me liga) e chamaram um técnico.
Hoje lá veio o técnico cheio de malinhas com ferramentas para cima e para baixo e caderninhos com recibos e tudo e tudo.
Começou por arrastar a máquina, pedir um alguidar (que eu não tenho, foi mesmo um tupperware, adiante), retirou o rodapé da máquina e começou a despejar a água que estava ali desde a semana passada.
Nisto, com a maior das simplicidades retira o filtro da máquina e informa-me que estava entupido, que havia ali qualquer coisa a bloquear.
Eis senão quando eu olho para dentro do tupperware onde estava a tal coisa que tinha entupido a máquina, e claro, já se está mesmo haver que era nem mais nem menos do que uma toalhita da Woolite!
Que neeeeervos!

E toma lá 34 euros para o senhor das ferramentas, ah pois é...
Saiu bastante cara a brincadeira...

terça-feira, 29 de julho de 2008

Anarquia

A minha capacidade de liderança é tão boa tão boa que não consigo dominar nem os comentários do meu próprio blog...
Ele é comentários ao desafio, ele é boatos lançados, ele é comentários que não têm nada a ver com os post... enfim...
Meus senhores, é a anarquia.
Não há respeito!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Afinal consigo...

...escrever mais umas linhas o sobre o assunto.

  • esta situação de ser madrinha no fundo é como a pescada, que antes de o ser já o era. Desde que a Princesa nasceu que tem um um grupo de tias-fadas-madrinhas que estão cá para o que der e vier. Eu serei apenas a madrinha oficial, a que assina o papel. No fundo é como uma união de facto: o papel não vem mudar nada, mas faz a diferença...
  • se me dissessem há 25 (vinte e cinco!!!) anos atrás no recreio da Bafureira "olha, estás a ver aquele menino ali a jogar futebol, a suar em bica e a comer um papo-seco a meio da manhã? Um dia vais ser madrinha da filha dele" - eu não acreditava!
  • gosto muito de poder chamar "compadre" e "comadre" aos pais e ao padrinho. Acho que vou adoptar esta nomenclatura!
  • tem imensa piada esta história de sermos todos padrinhos e madrinhas uns dos outros. Parece que chegou também a altura de passarmos da amizade-união-de-facto à amizade-casamento! Até ontem éramos todos amigos mas podíamos se quiséssemos dizer adeus uns aos outros, gostei muito mas vou seguir a minha vida sem vocês. A partir de agora não. Há papéis a assinar e responsabilidades perante casamentos e baptizados, ah pois é! Já não há cá ir embora assim sem mais nem menos!
Estamos mesmo crescidos, bolas!
Somos mesmo quase quase quase adultos!

Madrinha

E ontem ao final do dia recebi um convite que me deixou muito honrada (e emocionada também...): vou ser madrinha da princesa Sousa.

A princesa Sousa é daquelas pessoas tão especiais mas tão especiais que eu nem sei quantificar.
Foi a primeira em tudo, primeira filha, primeira neta, primeira sobrinha para todos nós.
Quando ela nasceu havia uma multidão de gente de braços abertos para a receber.
Veio mudar o nosso mundo e a nossa perspectiva das coisas.

Saber que fui escolhida para ser sua madrinha faz-me sentir também especial.
Tão especial, que nem eu sei quantificar.
E não consigo escrever nem mais uma linha sobre este assunto.

Festival de Musicas do Mundo, afinal sim!

E depois de irmos buscar o carro e de descansar um pouco do stress da semana lá metemos pernas (ou melhor, rodas) ao caminho e fomos ter a Sines. Ainda bem que fomos.

Foram dois dias que souberam a 5, hoje sinto-me quase como de regresso das férias!
Dias de pura descontraçao, óptima companhia, mergulhos em água azul turquesa, sair a noite em ambiente de festa... foi mesmo giro!

E aqui ficam algumas notas soltas para mais tarde recordar:
  • rock chines e vinho tinto nao sao a melhor combinaçao
  • para lá de Bagdad nao há caminhos
  • a hora da refeiçao é sagrada, mesmo quando só há bolachas de aveia e nutela para comer
  • pao com chouriço ao pequeno-almoço, almoço e jantar é o que está a dar
  • há quem venda golfinhos e hienas no parque de campismo
  • há muito, mas mesmo muito, a conversar quando o tema é "o cocó"

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Festival de Música do Mundo...ou talvez não

Estávamos para ir passar o fim de semana a Sines, ao Festival de Música do Mundo, mas hoje o Te bateu com o carro e por isso estamos sem saber se vamos.

Não vamos porque ele bateu com o carro.
Bateu com o carro porque o carro da frente se despistou.
O carro da frente despistou-se por causa da chuva.
Choveu porque o amolador passou por aqui ontem (como bem sabeis).
Acho que lhe vamos mandar a conta do arranjo do carro (e dos bilhetes do concerto também...).

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Um som saído do baú

Está na passar na rua o amolador!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Dolce Gusto


E ontem foi dia de compras, e comprámos esta máquina de café!

Desde que estou a trabalhar em casa que me apetecia comprar uma máquina assim, pois a que tínhamos (cafeteira de lume) além de fazer um café amargo como o rabo do gato (acho esta expressao linda, será que alguém mordeu o rabo de um gato para confirmar?!) que nao se conjuga com o meu plano de reduçao de açucar no mesmo, tinha de ser feita ao lume - e claro, aconteceu muitas vezes esquecer-me dela e chegar lá e ter o café queimado e espalhado um pouco por toda a cozinha, e aconteceu mesmo esta cena repetir-se duas vezes até conseguir de uma vez desliga-la a tempo.
A escolha da máquina deveu-se sobretudo a sua capacidade de fazer, além de café, capuccino e chocolate quente, e até café com leite frio!
Uma maravilha!

Nao tem a classe nem a elegancia de uma Nespresso. Também nao tem grande variedade de cafés (apenas duas, curto ou longo) - coisa que eu também nao aprecio pelo que nao me faz diferença.
Mas para mim tem uma vantagem imbatível que é o facto de se comprar o café em qualquer supermercado.


A campanha de marketing é que nao é famosa, e o slogan nao está muito bem escolhido
"Leve uma coffeeshop para casa!"
... esta frase para quem viveu em Amsterdam tem claramente um outro significado!

Nao, a minha casa nao é uma coffeeshop (lamento desapontar...), mas tem um bom café!
Podem vir provar quando quiserem!

terça-feira, 22 de julho de 2008

1 ano de príncipe do Reino da Boa Disposiçao

O nosso baby Sousa nasceu há 1 ano.

Fico triste de pensar que nao estive cá nesse dia.
Que antes disso nao vi a barriga da sua mae grande e redonda como o mundo - e linda, que a gravidez é um estado que lhe fica mesmo bem.
Fico triste de pensar que quase nao o acompanhei a crescer. Que me lembro de o ver a mamar muito poucas vezes. Que quase nunca passeei com ele no paredao. Que nao lhe dei a atençao e o tempo como dei com a sua irma.
Apesar da lacuna, sei que temos a vida toda pela frente, e que sempre que ele precisar pode contar comigo.

O momento em que o vi pela primeira vez foi muito estranho. Senti que o conheci a vida toda, e que seguramente nos estavamos a reecontrar.

Ontem fez 1 ano.
Já anda de um lado para o outro, e está mortinho por começar a correr.
Já brinca com a bola e com o carrinho que recebeu das tias, e gosta de dar festinhas ao bebé Fontes.
Adorou os parabéns, deitou a mao ao bolo e espetou o dedo na vela.
Fartou-se de rir com as palhaçadas da família.
Tem uma alegria de viver contagiante, e aquele riso é irresistível.

Tem o mundo a seus pés!
(e as meninas que se cuidem que aqueles olhos vao partir muitos coraçoes!)

Hoofddorp


Esta foto foi-me enviada pelo meu colega de trabalho na Holanda: a vista da sua (que era minha)secretária.
Nao, a foto nao foi tirada no Inverno. Foi mesmo há uns dias atrás.
Há um ano atrás quando estava um dia assim e estavamos todos a lamentar-nos na janela eu perguntei:
"Mas qual é a diferença entre Julho e Dezembro neste país?"
E alguém respondeu:
"Em Dezembro há cançoes de Natal na rádio!"

segunda-feira, 21 de julho de 2008

A birra no supermercado

Se há coisa que eu nao suporto sao criancinhas a fazer birra no supermercado. Odeio. No centro comercial também. Só me apetece expulsa-las a elas e aos pais por as fazerem passar por isso.
Tenho a certeza por isso que um dia terei um filho que vai ser a criança mais irritante dos hipermercados da zona.
Aquilo que eu nao contava era que nem seria preciso esperar para ter um filho para passar pela vergonha.
Nao foi uma birra muito demorada, mas foi digamos que, intensa.
O cenário foi o seguinte: a menina ao colo da madrinha com os avós no supermercado. Há aquelas promoçoes e estao a oferecer copinhos com gelado de chocolate. Copinho na mao da madrinha, copinho na mao da avó, prova daqui e prova dali. Claro que a menina também provou, e também tinha uma colher na mao, mas claro que queria era o copo. A avó, e nem seria preciso dizer quem foi que nisto sao todas iguais, resolve dar-lhe o copo e mais a colher do gelado (de chocolate negro há que referir) já vazios para a menina brincar. Claro que nem meio segundo depois já havia gelado de chocolate pela madrinha abaixo, e pela menina também. Foi entao que a avó lá se convenceu da asneirada e resolveu - e aqui sim foi o momento catársico - tirar o copo e a colher das maos da menina.
A menina, claro, BERRRRRRRROOOOOUUUUUUUUU!
O pior foi mesmo a nossa reacçao: partimo-nos os 3 a rir as gargalhadas!
E ela, ofendida, berrou ainda mais!

Até quando grita a menina tem graça!
Nao sei é se as pessoas que estavam na fila a olhar para nós têm a mesma opiniao...

domingo, 20 de julho de 2008

Mais um fim-de semana de baby-sisting

Desta vez foi a meias com os avós, que como quem nao quer a coisa fizeram saber que gostavam muito da presença da neta mais nova lá em casa.

Mesmo assim deu para muita coisa. Deu para dar jantares e almoços, dar banho e mudar fraldas, para almoçar e brincar no jardim, para ir a Parede, para fazer birras no supermercado (porque a avó lhe tirou um copo de gelado de chocolate, imagine-se), para ir a praia, para ir ao parque e para ficar em casa também.

Faz um sucesso com os seus caracóis louros, e conquista toda a gente com a sua simpatia.
Um perigo, esta menina...
(e está tao grande!)

Novo vício



Gaspacho do Pingo Doce.
Bem bom. Fresco, bem temperado, fica a matar com uns croutons por cima.
E a parte melhor: é só abrir e deitar no prato.

Mais fácil, impossível.

A decoraçao

Nao é coisa que me apaixone. Nem atraia.

Já ouvi muitas vezes "quando for a tua casa, vais ver que gostas!", é uma paixao que muita gente só descobre quando monta a sua primeira casa, mas nao foi o meu caso.
E continua a nao ser.

Nao tenho muita paciencia, nao tenho imaginaçao, acho sempre que as casas das revistas sao muito giras, mas nao consigo aplicar as ideias.

Nao tenho paciencia para pensar no modo de conjugar as coisas, nem para escolher cores, nem para andar a vaguear pelas lojas a tirar ideias.
Fomos ao Ikea umas quantas vezes, sabemos que é o mais barato, e siga para bingo.
E para a aposta nao ser grande optamos pelos móveis brancos, que passam despercebidos. Sabemos bem que com o tempo eles deixarao de ser brancos e passarao a ser da cor das nossas coisas.

Para mim o conceito de uma casa gira é uma casa onde todos se sintam bem, onde ninguém tenha medo de sujar alguma coisa, onde apeteça tirar os sapatos e ficar no sofá. Uma casa gira é uma casa onde qualquer um pode cozinhar, onde qualquer visita pode abrir o frigorífico e comer alguma coisa.
E para isso nao é preciso que a jarra que está em cima da mesa combine com o tom dos quadros, ou que as almofadas sejam da mesma cor que as cortinas.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Ikea Family

Toda a gente passa uma fase em que passa a vida no Ikea.

Por cá estamos nessa fase.

Já deito chavinhas em L, parafusos, caixas planas, meninos de polo amarelo e azul, papelinhos com corredores e referencias e o raio que seja, pelos olhos.

Se tudo correr como o previsto, esta fase está a acabar.

Para breve fica um post sobre a minha apetencia para decorar uma casa.

terça-feira, 15 de julho de 2008

JB Wedding

E ao fim de mais de 10 anos de namoro, 4 de vida em comum e 2 filhos, eis senao quando o casal dos casais, decidiu dar finalmente o nó!
E como com eles é o tudo ou nada o grande dia é já daqui a pouco tempo.

A ele conheço-o desde que nasci. Ou quase. Na verdade nao me lembro da minha existencia sem ele por perto.
A ela conheci-a em plena adolescencia e foi também amizade quase à primeira vista.
Estao os dois no meu Top das Pessoas Favoritas, daquelas que eu levava para uma ilha deserta, daquelas sem as quais nao consigo viver.
O nascimento dos seus filhos veio preencher também a minha vida, e sou mais feliz por poder assistir e participar no seu crescimento.
Fazem parte da minha familia.

O seu casamento nao vem mudar nada.
Nao vao ser as juras em frente ao altar que vao tornar a sua relaçao mais forte.
Nao vao ser as assinaturas que vao eternizar o seu amor.
Tudo isso eles já têm.
Vai ser um dia principalmente de celebraçao.
Vamos celebrar o amor de dois jovens inconscientes que hoje sao quase adultos e formam uma familia linda, que eu adoro do fundo do coraçao.

Work from home?

Resumo ao fim de dois dias de trabalho a partir de casa: estou podre!
Primeiro de tudo tenho de estar pronta às 8h da manha [um à parte, a partir de agora estou a escrever num computador com teclado internacional - muito chique eu sei - ou seja sem cedilhas tiles e afins, e por enquanto ainda nao sei os atalhos todos, acabo de descobrir este à, mas hoje já nao dá para mais...] Adiante, às 8 da matina dizia eu, já cá estou a responder a perguntas em espanhol - ainda nem o meu cerebro acordou a essa hora...
O stress que se sente no escritório, o estar quase sem levantar da mesa, o ficar horas sem ir à casa de banho por estar sem tempo, tudo isso se mantém... ah e tal, e trabalhar a partir de casa ficas sem stress e tal e coiso, yeh right!
E depois chego ao fim do dia e nao posso dizer "só me apetece ir para casa!!!"
Valha-me o tempo (e dinheiro) que se poupa por nao andar metida nos transportes.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Pesadelo Tanaka*

Esqueci-me da minha máquina fotográfica em Amsterdam!

(*amiga, este é especial para ti - era ou não era um pesadelo se fosses tu?!)

Home office

(um à parte em relação ao título: tantas mas tantas vezes disse eu esta expressão e nunca pensei que um dia se iria adequar a mim)

A vida dá muitas voltas. Muitas mesmo.
E passados três meses de ter vindo embora da Holanda cá estou eu a fazer o mesmo trabalho de antes, mas desta vez a partir de casa.
Nunca tinha pensado sobre o assunto. Não faço ideia se vou reagir bem ou não, se me vou adaptar ou se vai ser difícil. Sei que foi uma oportunidade que me surgiu e que era impossível dizer não.
Conseguir trazer o emprego da Holanda para Portugal é um privilégio, e uma sorte.
Sorte é uma palavra que tenho repetido nestes últimos dias. Eu tenho, e muita.
Só quando cheguei a Amsterdam é que me apercebi da quantidade de gente envolvida neste projecto. Da quantidade de gente que trabalhou para que isto fosse possível. Um grupo enorme de gente a fazer com que o meu posto de trabalho funcione, para que eu possa ter o meu emprego.
Para que eu possa fazer um trabalho que já conheço e que não me custa, sem ter sequer que sair de casa, e sem ver o meu salário reduzido.
É ou não um privilégio?!

Hoje foi o meu primeiro dia. Depois de passado o stress de comprovar que tudo funciona lá me sentei à secretária a atender os telefones.
As primeiras três chamadas foram estranhas. Senti-me ridícula a falar sozinha e em espanhol. Depois passou e correu tudo bem.
Já percebi que alguns dos meus projectos não devem acontecer... já me mentalizei que muito dificilmente vou poder limpar, estender ou dobrar roupa no horário laboral, simplesmente porque o volume de trabalho não permite. Também já percebi que em principio não corro o perigo de ficar em pijama até ás 16h, porque não consigo trabalhar sem tomar banho antes - parece que nem me sai a voz. Também já percebi que é muito confortável ter a nossa própria casa de banho no escritório. E que se por um lado não vou poder ter doces em casa, por outro vou poder ter todo o cuidado com a alimentação que eu quiser. E que posso lavar os dentes depois do almoço!
Já percebi que há muitas vantagens, apesar dos pontos fracos, e que ao pesar tudo na balança as coisas boas pesam mais.

Se há uns meses atrás me dissessem que eu hoje estaria a trabalhar como estou eu não acreditava.
Mas sei que houve uma data de acontecimentos que contribuíram para que assim fosse - desde o despedimento de um chefe ao facto de nós termos encontrado a casa certa no timing certo.
Era porque tinha de ser.

Então, seja.

domingo, 13 de julho de 2008

Amsterdam: o regresso

Como sabem, a vontade de ir não era muita.
Muitas pessoas me disseram "Que parva, eu também queria ir!", mas esquecem-se que para mim ir a Amsterdam não é ir ali a Paris nem Londres, não é uma viagem de férias, não vou conhecer uma cidade nova nem descobrir nada. Para mim voltar lá era, no fundo, um regressar "à terra", aquela que se abandonou em busca de novos desafios, ou seja é quase como aquela sensação do regresso à casa dos pais ou à escola primária.
Quando o avião aterrou chovia desalmadamente. Chuva e vento - a combinação perfeita. Que deprimente, pensei, que faço eu aqui, que ainda ontem fui embora?!
Meti-me no comboio e depois no tram para ir o De Pijp.
Tinha parado de chover. Quando dei por mim estava dentro do tram com um sorriso nos lábios sem notar.
Estava em casa...
Adoro aquela cidade. É minha. Conheço-lhe os cantos e recantos, os cheiros e os sons. Decidi sair uma paragem antes para poder passar na Museumplein, um dos meus locais preferidos, e confirmei que ali estou em casa.
Na 2ª deu-se o verdadeiro encontro com o passado.
Começou com a ida para a estação na minha bicicleta (que saudades que eu tinha! Só me apercebi quando a vi, preta e linda com os mesmos cadeados!).
Seguiu-se o encontro com o escritório...Quando me vim embora sabia que tão cedo não iria voltar, mas que um dia concerteza voltaria a Amsterdam. Ora, a Hoofddorp pensei eu que nunca mais voltava.
Para quem não conhece, Hoofddorp é uma cidade minúscula com um pólo empresarial junto à estação, onde se encontram os escritórios onde trabalhei quase dois anos. Ali não se passa nada, não há um café, um restaurante, um sítio para comer qualquer coisa, nada! Não havia nenhuma razão aparente para um dia lá voltar.
De repente, depois de uma despedida para sempre, dou por mim a fazer o trajecto que conheço como a palma da mão desde a corrida para não apanhar chuva ao cuidado para não pisar os caracóis.
Estava bastante ansiosa, devo dizer. E foi muito estranho entrar no escritório e dizer a frase que repeti dias e dias a fio: "Hi guys!", como se nada se tivesse passado.
Claro que foi bom reencontrar as pessoas. Muito bom mesmo. Mas nesse dia não pude deixar de me sentir frustrada por estar ali outra vez. Há 3 meses toda eu era sonhos e certezas, e queria ir embora e fazer aquilo que gosto, e depois acabo por dar por mim lá, e acreditem, apesar das diferenças, parecia que nunca dali tinha saído. Nas conversas ao telefone as palavras saíam sem dar por ela, e nos programas cheguei a trabalhar por instinto, parecia que as minhas mãos trabalhavam sozinhas sem eu ter de pensar em que teclas tocar para aceder a este ou aquele atalho.
Foi muito estranho... a máquina do café, as chaves de acesso às portas, o som dos passos na alcatifa, a sala do almoço, as gargalhadas, a chuva lá fora na paisagem... tudo estranhamente familiar. Muito familiar.

Fartei-me de refilar com a chuva, senti-me claramente a dar um passo atrás, mas valeu muito a pena ter ido.

Ao fim de 3 dias já me tinha conformado com o meu regresso ao passado e já me sentia mesmo mesmo em casa. Sei que de certa forma aquele também é o meu lugar, e senti que o meu espaço ainda se encontra vazio lá.
Não foi Amsterdam a abandonar-me, fui eu que a abandonei, que vim embora, que a quis ver pelas costas.
Fico contente por ter de lá voltar mais vezes - de certa forma reconciliei-me com Amsterdam.
Com a minha Amsterdam.

sábado, 12 de julho de 2008

Back from Amsterdam

Já estou de volta, a casa e à blogoesfera.
Uma semana cheia, e uma nova fase que começa. Alguma expectativa e ansiedade, mas no geral uma sensação positiva para este novo projecto. Vamos ver como corre.

Se há coisa de que não me posso queixar é de ter uma vida monótona! Parece que estou sempre, on and on, a começar de novo...

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Back in Amsterdam

É oficial. Na próxima semana estarei de regresso a Amsterdam - não se assustem os mais assustadiços, que desta vez não é definitivo, nem a longo prazo.
Desta vez é apenas por 1 semana, e garanto que escolhi os voos de modo a ficar lá o menor tempo possível.
Vai ser um semi-regresso, já que vou mesmo voltar para 1 semana de trabalho no sítio de sempre (em Hoofdoorp, essa bela localidade).
Por mim tinha ficado mais tempo sem lá ir. Bastante mais, devo dizer. Nem estou com muita vontade de ir, pois tal como muita gente tem perguntado (e eu, respondido) não estou ainda com saudades de Amsterdam.
E vai ser estranho voltar lá sem o Tê. E sem casa. E sem a minha bicicleta.
Vai ser aquele regresso a casa que corresponde ao regresso à casa dos pais (acho que já fiz esta analogia noutro post no passado) - é um regresso a algo familiar mas onde já não pertenço.
Vou rever os posts Things I'll Miss para fazer uma lista e matar saudades (que não tenho, como já disse, mas pronto).

quarta-feira, 2 de julho de 2008

A cegonha pode ir de férias...

Ontem nasceu o último bebé da geração de 2008.
Diz que é bem gordinho, que não parece um recém-nascido, e que deixou pai e mãe mais do que babados com o primeiro rebento.
Todas as atenções da família se viram agora para o novo elemento, pois o último bebé da família tem já 12 anos!

E assim se encerra mais um ciclo de nascimentos. Parece que ainda ontem escrevi este post e já cá estão todos fora (e não foram só 4 mas sim 6) e a crescer em beleza como se quer.
Neste momento, que eu saiba, não há mais grávidas no meu circulo mais próximo de conhecimentos. Não sei até quando...
É caso para perguntar, quem é a senhora que se segue?

terça-feira, 1 de julho de 2008

Contrato

E pela primeira vez na minha vida assinei um contrato de trabalho em Portugal. É preciso ter 30 anos, emigrar para a Holanda, regressar da Holanda, ser contactada pela empresa onde trabalhei na Holanda, para conseguir ter um simples contrato de trabalho.

(Até aqui, como bem sabeis, a coisa resolveu-se com recibos verdes.)

É o país que temos.