terça-feira, 11 de abril de 2023

Livro 3/2023


O Infinito num Junco, de Irene Valejo

Daqueles livros que vêm ter connosco nas alturas certas.
A primeira pessoa que o recomendou foi uma senhora de um grupo que recebi na grande exposição temporária deste ano letivo no Museu onde mais colaboro - Faraós Superstars. Foi a primeira visita que fiz a adultos, um grupo cultural de seniores, e no final uma senhora pergunta-me se já o li - disse que não, nem nunca tinha ouvido falar. Apontei o nome do livro e da autora por pura educação, pois achei o título muito pouco sugestivo - mandei pelo whatsapp para o marido, que é como faço quando quero tomar notas (entretanto percebi que posso mandar mensagens whatsapp para mim mesma, adiante). Pensei que se tratasse daqueles romances históricos sem grande base científica, uma xaropada de cordel de que a senhora tinha gostado muito...
Meses depois uma colega que está a fazer um mestrado na área do livro e da leitura, voltou a referi-lo, e o quanto tinha gostado - fiquei logo com vontade de o ler. Pouco depois foi a minha irmã a referir o assunto, e percebi que tinha mesmo de o ler.
Passado uns tempos tive de fazer tempo numa ida ao banco, e entrei numa livraria - já se sabe que é um erro. Lá estava ele, mesmo à minha espera.

Vale de facto muito, muito a pena.
É uma adaptação para divulgação, de uma tese de doutoramento - que é como quem diz, é um livro com uma base científica sólida, mas escrito de forma cativante.
O tempo que o demorei a ler não tem nada a ver com o quanto eu gostei - que gostei mesmo muito! E ainda bem que o comprei (é uma raridade nos dias que correm), porque será com certeza consultado no futuro.
É um livro sobre a História do livro e da leitura, principalmente na Antiguidade (Mesopotâmia, Egito, Grécia e Roma, principalmente).
Uma maravilha que reúne duas das minhas paixões - História e livros - mas bem escrito mesmo para quem não seja apaixonado por ambos com a mesma intensidade. A autora escreve a História fazendo sempre pontes com o presente - que é a minha forma de trabalhar, todos os dias!

Dei 5 estrelas e recomendo.

Das asas

 ... que os mais velhos vão ganhando, aos poucos (e aos muitos também!).

De andarmos a refilar com o mais velho que largue a playstation e o telemóvel, passamos agora a vida a perguntar onde anda, e com quem - já que em casa, não pára muito. Na primeira oportunidade enfia-se na camioneta e vai passar dias ao Alentejo onde tem um primo da sua idade, e um grupo de amigos que já perguntam por ele.

A do meio está agora nas Guias - uma oportunidade de fazer amigas fora da escola, e de fazer atividades divertidas ao fim de semana - e hoje partiu para o seu primeiro acampamento.

Que bom que é vê-los a ser pessoas independentes, ver como se relacionam com os outros, como são uma parte nossa mas são seres inteiros, que vivem (muito) para além de nós.

(até agora, zero nostalgia de quando eram pequeninos)

sexta-feira, 7 de abril de 2023

12 anos ontem

 ... da minha primeira menina, da minha do meio, recheio da minha sanduiche mais que perfeita.

O melhor imprevisto da minha vida.

quarta-feira, 5 de abril de 2023

Quando chegas a Abril...

 ... e te apercebes que desde início do ano tiveste apenas 1 fim de semana de folga, sábado e domingo de seguida (logo em Janeiro, bem entendido).

Ando a trabalhar demais, claramente.