quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Ora então quem percebe deste assunto, que me esclareça

Este buraco que agora ficou dentro do meu peito, eu preencho com o quê?

4 comentários:

carolina disse...

Minha querida, é um buraco que fica. Podemos enchê.lo de memórias boas, podemos tentar inventar a roda, mas, para mim, o melhor tem sido olhá.lo com muita gratidão e com as memórias. As ocupações, o exercício físico, etc, ajudam a aprendermos a olhar o buraco de outro forma. Não há receita universal, infelizmente, é irmos experimentando.
Ainda é cedo, querida, para olhares o buraco sem dor... Um dia de cada vez.
Um abraço grande

Cartuxa disse...

Ui, então também estás assim?...Caraças, pah. Ainda por cima, cenas que me deram imenso conforto nos primeiros dias, já pouco me dizem. Estarei a ficar mais egoísta, não sei. Continuo à espera que o estúpido do tempo me ajude. Mas se for a ver bem, não sei por que esperar que tal entidade opere um milagre. O melhor mesmo, o que me ajuda, é pensar de cada vez que estou feita piegas, na vontade que a mãe deve ter de vir Lá de Cima e me dar um raspanete. Ala Maria, pra frente é que é o caminho!!

mãe de 3 disse...

Pois, não há nada que ocupe esse lugar, não é?... E estou como a Cartuxa, há coisas que já não me confortam nada. No início, sentava-me à mesa com todos e pensava que era bom, há que tempos que não nos sentávamos à mesa todos. Porque também o nosso tempo foi ocupado com ela, até ao final. Vamos combinar não lhe chamar vazio, não lhe chamar buraco. Continua a ser o lugar dela, não pode ser preenchido por mais ninguém, está cheio dela.

Cartuxa disse...

Concordo plenamente. Ela está connosco, apenas não a vemos com os olhos...