E chega também a época de balanços.
Onde é que falhei redondamente este ano?
Pois que foi ao nível da leitura
Fiquei a 50% do objetivo, que praticamente tenho atingido nos últimos anos.
Li muito pouco este ano, e principalmente abandonei muita coisa ao fim de poucas páginas. Deixei de contabilizar e de tentar gerir e resolvi deixar fluir.
Vamos ver se 2025 trazem melhorias neste aspecto.
quarta-feira, 4 de dezembro de 2024
Chega o fim do ano
Balanço após o 1º mês
A sensação de pertença, de enamoramento com cada recanto, e de estar no sítio certo, mantém-se.
A certeza de que tenho ali uma missão, também.
A leveza com que vou trabalhar, não tem descrição.
Que sorte que tenho!
domingo, 10 de novembro de 2024
Novo ciclo iniciado
Depois de baralhar e dar de novo, de voltar à casa de partida (sem receber 2000 escudos!), e de, isso sim, bater a tudo quanto é porta, eis que desde a semana passada a minha vida profissional deu mais uma volta de 180 graus e me vejo, pela primeira vez, com um contrato permanente no serviço educativo daquele que é um dos palácios mais lindos de Portugal e arredores: o Palácio da Ajuda.
Nem me perguntem como foi que aconteceu, mas a verdade é que foi uma conjugação de circunstâncias que mais parece um movimento de constelações: várias portas que não se abriram (já disse que bati em muitas?), outras que eu depois de muito ponderar decidi não bater, um contrato que acaba numa sexta-feira 13, uma pessoa que faz 50 anos e decide mudar de vida deixando um lugar vago na sua saída, e um diretor que não tem medo de arriscar, tudo na mesma semana.
Comecei no dia 4 de novembro, que será uma data que não irei esquecer.
Até agora uma sensação de enamoramento com todos os cantos e recantos do palácio, uma colega que parece estar no mesmo comprimento de onda, e um sentimento de pertença como nunca senti. Pelo caminho há tanto por fazer (tanto!), para que possa concretizar aquilo para que fui chamada.
E como disse o diretor quando me ligou a dar a notícia: " as coisas boas também acontecem".
E não é que é verdade?
sábado, 14 de setembro de 2024
Baralhar e dar de novo
Contrato acabado, e estou de regresso ao ponto de partida.
Foi um ano intenso, foi muito o que aprendi e o que fiz pela primeira vez.
Saio contente com a minha prestação, e com a certeza de que a partir daqui seria ainda melhor. Por agora não será, no futuro logo se vê.
No entretanto, vários projetos e planos foram sendo feitos, e uma profunda transformação na forma como vejo o meu trabalho.
Se isso se vai ver e concretizar, não sei dizer, mas que tenho uma ideia muito mais clara do que quero e para onde gostaria de ir, isso é verdade.
Boa rentrée a todos.
quinta-feira, 16 de maio de 2024
Mary chega ao século XXI
E em 2024 descobre o mundo dos podcasts.
Pena é que vão rivalizar no tempo de leitura, que este ano me parece que vai ficar para trás.
Tudo fases, como com as crianças, que eu cá ainda não cresci tudo.
sexta-feira, 3 de maio de 2024
Horizonte
No comboio, de manhã e de tarde, obrigo-me a parar o que estou a ler e olhar para o mar e depois rio, quando possível.
Uma tentativa quas ridícula de incluir um bocadinho mais de natureza no meu dia a dia - eu que já trabalhei na serra de Sintra, com direito a caminhadas diárias pelo meio do bosque, que me fazem tanta falta!
É o vale tudo, a bem da saúde mental!
quarta-feira, 1 de maio de 2024
Pela hora da morte
Durante a pandemia, na altura de desconfinamento e recolher obrigatório, muitas vezes passávamos no supermercado antes de almoço e trazíamos bifes para os 5.
Bifes de vaca, coisa que não comemos muitas vezes, mas de que gostamos muito, e é fácil de fazer.
Recordo que na pandemia perdi o trabalho, pelo que vivemos bastante mais apertados naqueles dois anos.
Hoje fomos ao supermercado antes de almoço e resolvi trazer bifes, já que há muito tempo que não comemos carne de vaca cá em casa.
Fiquei em choque com o preço. E não trouxe.
Recordo que estou este ano com ordenado fixo, subsídio de almoço e tudo o que tenho direito. Ainda assim, não dá para bifes de vaca.
E eu acho que isto é prova do estado a que chegámos: ganho mais, mas tenho menos dinheiro.
Surreal.
domingo, 28 de abril de 2024
E assim de repente
Sou a mãe de meia idade às compras com dois adolescentes.
Ela a ver tops curtinhos e calças de ganga largas, ele a ver calções rasgados e t-shirts fixes, e eu a dar uma vista de olhos a uma camisa de linho (de velha, claro!).
Chegados a casa, e sou a mãe de uma menina que já lê tudo sozinha, e já não quer aquele último reduto da primeira infância que é a leitura de uma história todas as noites (agora quer ler sozinha, e em voz baixa!).
Onde é que foi o tempo, mesmo?
Foi bonita a festa, pá
25 de abril e fomos, pela 1ª vez, descer a avenida, em família.
Nunca o tínhamos feito, acho uma pena, mas sinceramente nunca senti que fosse tão importante ir como este ano. Nunca senti a nossa democracia tão em risco como agora.~
E foi bonito.
Gente de todas as idades, cores, formas e feitios, com e sem cartazes, com e sem filiação partidária, mas de cravo na mão ou no cabelo.
O 25 de abril é mesmo de todos.
Sempre.
domingo, 21 de abril de 2024
A meio da idade
Volta não volta surge a oportunidade de ir a uma esplanada na praia com música ao vivo.
Dependendo da banda, o público vai mudando, com mais ou menos idade.
Ontem ao fim do dia fomos ver uma banda tributo aos U2, e claro, a maioria era malta da nossa idade e um pouco mais velhos - quarentas e muitos, cinquentas.
Foi bonito.
Foi bonito ver tanta gente da mesma faixa etária. Olhar em volta e reconhecer os mesmos sinais: cabelos brancos, rugas no pescoço, olhar semi cerrado a afastar o telemóvel… e uma energia do caraças, as letras todas de cor, tudo aos saltos no meio da “pista”.
E eu, que neste momento tenho muito contacto com gente mais nova - vintes e muitos, trintas, e a diferença que se nota! - fiquei nostálgica mas ao mesmo tempo agradecida e orgulhosa da minha geração.
Já não somos miúdos, que não somos, mas caramba, ainda não crescemos tudo! Aos vintes é fácil ter amigos, sair e divertir. Aos quarentas e muitos, não, mas ali estávamos nós. Em cada ruga há uma história, já passamos por muito: há divórcios, há pais doentes ou que ja morreram, sonhos que não se concretizaram, filhos que não se teve (e não se vai ter), filhos crescidos que já não nos ligam nenhuma, carreiras profissionais promissoras que não saíram do sonho, desilusões várias, que isto de viver é difícil!
Ainda assim, aqui estamos para as curvas, com muito mais repertório que a miudagem que nos olhava meio de lado, encostados ao balcão.
Soubessem eles o que os espera…
sábado, 13 de abril de 2024
6 meses de contrato
… e apenas 5 pela frente.
A sensação que tenho é que podia mesmo ficar…
Infelizmente, essa não é uma possibilidade.
Começa a ser altura de começar a pensar no que vou fazer a seguir…
terça-feira, 9 de abril de 2024
Dores de crescimento
No seguimento do post anterior temos assistido a várias transformações no nosso mais velho.
O menino que este blog viu nascer, coisa boa da sua mãe, está hoje em pleno na adolescência, a questionar tudo e a descobrir quem é, e a lidar com uma mudança de auto imagem.
Vamos ver como lida com esta pressão.
Sobre isto do futebol nas camadas jovens
Ui, tanto que se lhe diga…Mas não vos vou maçar com muito.
Mundo competitivo este, hã?
Miúdos arruaceiros, treinadores enervados e pais que só mesmo ao estalo - e sim, tudo isto na nossa equipa, nem estou a falar dos adversários.
Ao domingo de manhã, ao que parece, é para soltar a azia da semana…
Ai vida.
domingo, 7 de abril de 2024
Das saudades
Essas malditas que se manifestam, às vezes, de forma tão surpreendente.
De um dia para o outro senti a falta de ler jornais em papel. Desde sempre que em casa dos meus pais havia todos os jornais possíveis. Semanários e diários, ao meu pai não escapava nenhum, a que se juntavam as revistas da atualidade (Visão e Sábado!), pelo que os lanches de fim de semana incluíam sempre uma vista de olhos pelos jornais e revistas, e também suplementos culturais.
Leio o jornal (um só) todos os dias - no telemóvel, praticamente só as letras gordas. São notícias principalmente, é uma outra coluna de opinião.
Comecei a sentir a falta do papel, das entrevistas com artistas, das reportagens, coisas para ler com um café na esplanada, ou pelo menos no sofá depois de jantar.
E com isso senti uma enorme falta do meu pai.
Aquela presença constante, sentado depois do almoço de fim de semana, a fumar e a por a leitura em dia.
Que saudades, caramba…. De tudo, incluindo esta presença constante de papel.
Tenho comprado um jornal por semana, atenuar a falta.
E não é que quase sinto o cheiro a fumo de cachimbo?
E de repente…
… uma vontade súbita de escrever, e eu sem perceber porquê!
Foram precisos dois dias para se fazer luz!
O momento de escrever posts no computador quando me sentava ao computador acabou, porque agora estou horas fio sentada ao computador.
Aplicação descarregada e partir de hoje modernizo-me e passo a escrever a partir do telemóvel. Não sei bem se posso falar em modernizar quando se trata de um blog, mas isso é matéria para outro post…
A blogosfera pode respirar outra vez.
A Mary voltou.
quinta-feira, 14 de março de 2024
Livro 2/2024
Desbloquear
E recomeçar por onde se ficou.
Regresso aqui mas não sei faço os posts em atraso...
Trabalhar ao computador tira-me a vontade de estar ao computador, mas não de escrever nem de andar por aqui.
Por agora regresso na medida do que me apetece.
A blogoesfera não morreu, pelo menos aqui!
quinta-feira, 25 de janeiro de 2024
Não fui embora
Só não me tenho conseguido organizar para vir aqui...
O trabalho a tempo inteiro sentada à secretária faz com que a vontade de vir ao computador se esvaia...
Mas tenho muitas saudades de escrever, e em breve regresso.
Fica a promessa.