Depois de baralhar e dar de novo, de voltar à casa de partida (sem receber 2000 escudos!), e de, isso sim, bater a tudo quanto é porta, eis que desde a semana passada a minha vida profissional deu mais uma volta de 180 graus e me vejo, pela primeira vez, com um contrato permanente no serviço educativo daquele que é um dos palácios mais lindos de Portugal e arredores: o Palácio da Ajuda.
Nem me perguntem como foi que aconteceu, mas a verdade é que foi uma conjugação de circunstâncias que mais parece um movimento de constelações: várias portas que não se abriram (já disse que bati em muitas?), outras que eu depois de muito ponderar decidi não bater, um contrato que acaba numa sexta-feira 13, uma pessoa que faz 50 anos e decide mudar de vida deixando um lugar vago na sua saída, e um diretor que não tem medo de arriscar, tudo na mesma semana.
Comecei no dia 4 de novembro, que será uma data que não irei esquecer.
Até agora uma sensação de enamoramento com todos os cantos e recantos do palácio, uma colega que parece estar no mesmo comprimento de onda, e um sentimento de pertença como nunca senti. Pelo caminho há tanto por fazer (tanto!), para que possa concretizar aquilo para que fui chamada.
E como disse o diretor quando me ligou a dar a notícia: " as coisas boas também acontecem".
E não é que é verdade?