quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Ter 14 anos

É um desafio.

É uma descoberta de quem somos, afinal tão diferentes do que pensávamos ser.
É uma chatice.
É hilariante.
É aprisionante.
É libertador.

Dos meus 14 recordo a paixão pelas bandas do momento, as discussões com os pais, a sensação de sufoco constante e de incompreensão, a montanha russa de emoções.

Tenho um filho com 14 feitos há pouco mais de 1 mês, e nesse mês já houve um pouco de tudo - sem gravidade, é certo - faltas de TPC, negativas em testes, e-mails sobre comportamento (vários!) dentro e fora das aulas, portas batidas, gritos.

Eu sei que ele nunca teve 14 anos, mas eu também nunca tive um filho de 14!
(e sim, já conversámos sobre isso!)

Vou tentando ter o frigorífico cheio, a roupa lavada, e a paciência em dia, para ver se sobrevivemos incólumes.
Aguardemos.


3 comentários:

Tella disse...

Estou contigo nessa coisa estranha de ter um filho meio perdido, meio à deriva, sem saber para onde quer ir ou fazer.
Eu, que já tive um filho a passar pelos 14 anos sem dar uma só única dor de cabeça, estou de rastos com este segundo! Mas enfim, desde que ele nasceu quê digo que ele veio ao mundo para virar o meu mundo ao contrário.

Temos de fazer uns encontros de desabafos e estratégias!

Mary QA disse...

Voto nisso, Tella!
Não estamos sozinhas!

Cartuxa disse...

Ouvi esta semana a expressão " inquilino negacionista" para adolescente. Pareceu-me bem! Deixamos de ter aquela criança fofa e passamos a ter um inquilino que nega à partida tudo, tudo, tudo o que dizemos, pensamos, fazemos.