sábado, 15 de março de 2008

Rotterdam


E hoje foi dia de despedir da Naty e família, e também de despedir de Rotterdam.

A sensação de voltar a Rotterdam foi um pouco a mesma que se tem quando se regressa à escola uns anos depois. É um sítio familiar, tudo permanece igual (mas nós mudámos), sentimo-nos como em casa, aquela foi a nossa casa, mas já não pertencemos ali.
A Mary que eu fui ali não é a que sou agora.

Foi estranhamente familiar repetir a rotina típica do sábado, dar uma volta pela feira, espreitar as flores, comer uma "turkse pizza", comer uma stroopwaffel, dar uma volta pelas lojas. Passei à porta de casa, estive na estação de tram que costumava usar, esperei pelo comboio no mesmo local que fez parte da minha rotina meses a fio.

É uma cidade diferente de todas as outras na Holanda, e é diferente de todas as cidades onde já vivi.

Fui peculiarmente feliz em Rotterdam.
Ao mesmo tempo que fui feliz, não gostaria de voltar atrás no tempo até essa época.

Não sei o que o futuro me reserva (e pela boca morre o peixe) mas no que depender de mim nunca mais voltarei a viver em Rotterdam.

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