quarta-feira, 26 de março de 2008

Sobre o stress

O Tê e eu stressamos sempre em diferido.
Na mesma situação, nas mesmas circunstâncias ele stressa por uma coisa, eu pela outra. Ele perde o sono por A, eu tenho insónias por B.

Ele stressa com a mudança física. Encaixotar as coisas, pôr as coisas no lixo, ter sacos e sacos espalhados pelo chão.
Eu stresso com a chegada. Chegar a Portugal e não ter nada (leia-se trabalho e casa minha, que o resto tenho sim senhor). Stressa-me a incógnita.

Quando chegámos ele stressou com as coisas. Com o carro, com as 1000 malas e sacos e saquinhos.
Eu stressei mais com a falta de trabalho e de casa.

Eu acho que ele stressa com coisas pequenas.
Ele acha que eu stresso sempre por avanço e que me preocupo mais com o futuro que com o presente.

Por um lado é bom. Se stressássemos ao mesmo tempo a coisa podia não correr bem. Quando um stressa tem sempre o apoio do outro.
Por outro lado é mau. Nunca compreendemos inteiramente o que o outro está a sentir. Quando um stressa o outro acaba sempre por não dar verdadeira importância à coisa.

É assim uma espécie de equilíbrio desequilibrado!
Mas até agora não tem funcionado mal...

3 comentários:

Isabel disse...

Amigos... nada de stresses, vai tudo correr bem. Bjs aos dois.

Anónimo disse...

Isso é mesmo típico de homem/mulher... Eles stressam mais com coisas palpaveis, materiais, em que tropeçam... nós stressamos com a parte emocional, a incógnita nunca com o que está à nossa frente. Pelo menos eu acho que é assim...

Anónimo disse...

Connosco também é assim... e ainda bem! Seria o caos se stressássemos simultaneamente. Não tento procurar razões para o stress dele e agradeço que ele não avalie o meu..! stress é stress e pode ser ridículo...o que nos leva por vezes a stressar!