Alguns pontos altos, sem ordem de importancia:
- o ano começou com os meus últimos meses de licença. Comecei o ano com um bebé pequenino, acabo com um rapazola cheio de caracóis, que faz gracinhas e começa a dar os primeiros passos. Dizem que o 1o ano de vida de um bebé é o mais importante, eu confirmo que é uma viagem alucinante. O fim da amamentação, os dentes, as gracinhas, a entrada para a escola, os novos alimentos, as doenças, tudo vivido pela primeira vez, tem um impacto muito especial na nossa vida. E ve-lo a fazer graças quando sabe que tem assistencia, a voar para os braços das pessoas que conhece bem, a descobrir como funciona um brinquedo, a saltar de alegria agarrado às grades da cama quando o vamos buscar de manhã, a olhar para mim com cara de asneira, a fugir pela nossa cama fora todo nu depois do banho... são apenas pequenas coisas, mas fazem o meu dia
- comecei a trabalhar em part-time, o que me permite organizar a vida de outra maneira, e dedicar-me um pouco mais (e a partir de agora, mais) àquilo que gosto mesmo de fazer
- a minha mãe passou pela pior fase da sua vida, pelo menos de que eu tenha memória, mas agarrou o touro pelos cornos e fez das fraquezas forças para não só fazer frente à doença, mas por arrasto, resolver uma série de coisas que estavam mal na sua vida. Passou (passámos todos) um mau (péssimo) bocado, mas ultrapassado o cabo das tormentas, acabou por correr tudo o melhor possível.
- em Março nasceu o meu primeiro sobrinho por afinidade, o tal que é sobrinho por todos os lados, filho de dois melhores amigos que são também cunhados. Um sobrinho fantástico, cheio de personalidade e meigo como só ele (mas de um meigo-brutinho, mesmo de rapazola), que me faz a maior festa, dá saltinhos quando me ve, dá-me abraços e encosta a cabeça no meu ombro, e é um grande amigo do primo (apesar das caroladas que apanha de vez em quando...). Uma alegria imensa.
- uma surpresa para todos foi a nova gravidez com que este ano nos brindou. Tão inesperada e arrebatadora, que nem tenho palavras. Nas primeiras semanas demorei a digerir a notícia, mas ao fim de tres meses já não me imaginava mãe de apenas um bebé. E é uma alegria e um privilégio poder outra vez ouvir um coração a bater pela primeira vez, sentir os primeiros movimentos, ter novamente um bebé na barriga. Diz que um é pouco e dois é bom, eu confirmo: dois é óptimo! E eu sei que a parte mais trabalhosa ainda aí vem, mas há lá coisa melhor do que embalar um bebé e sentir outro a mexer na barriga? Por muito pouco prático e cansativo que seja ter duas gravidezes de seguida (que é), há prazeres que são irrepetíveis...
- este ano trouxe também a alegria de vir a ter mais um sobrinho, e de estar grávida ao mesmo tempo do que a minha irmã mais velha.
- realizaram-se dois casamentos de pessoas importantes. O primo mais novo, eterna criança, que vai também ser pai ao mesmo tempo que nós (se bem que ele bem pode casar, comprar casa, ter filhos, para mim há-de estar eternamente de calçoes a brincar em casa da nossa avó ao sábado à tarde); e dois grandes amigos que ao fim de anos de namoro e vida comum e dois filhos, resolveram dar o nó num dia super emocionante. Foram dois dias inesquecíveis e só tenho pena é que tenham passado tão rápido...
- na categoria batizados também foi um ano cheio: começou com o do baby Tanaka, que foi um dia muito especial para nós, não só por sermos convidados a partilhar esse dia com a família e amigos mais chegados, mas também porque a festa ocorreu em casa de uma grande amiga de infancia da minha mãe, de quem sempre ouvi falar com muito carinho e saudade, e que pude finalmente conhecer. Seguiu-se o batizado do meu filho, que apesar de todo o trabalho e logistica envolvidos, valeu bem a pena - foi um dia fantástico, com a maior parte das pessoas importantes para nós e vai para sempre ficar na nossa memória. Por último fui finalmente madrinha da minha afilhada, que antes de o ser já o era, mas foi um momento muito importante para mim se-lo oficialmente.
- comprámos, finalmente, a nossa 1a casa! E ao fim de anos a viver sempre em casas de outrem sabe bem pensar que esta é mesmo nossa, que podemos fazer o que quisermos, que podemos investir em melhora-la, podemos finalmente assentar arraiais.
Acho que não posso pedir mais.
Mandem vir 2011, que cá estamos para o receber!