What's in a name?
A questão dos nomes dos filhos é afinal muito mais complexa do que me parecia há uns anos atrás.
O nosso nome é a nossa identidade, diz muito daquilo que somos.
Simpatizamos com um nome porque o associamos a uma pessoa, detestamos outro porque odiamos quem o tem.
De repente, temos o papel de escolher o nome de uma pessoa.
Toda a vida os nossos filhos vão viver sob o peso da nossa escolha.
Vão repeti-lo ao longo da vida, escreve-lo vezes sem fim.
Uma responsabilidade, portanto.
Eu gosto muito do meu nome, o que faz com que a responsabilidade seja acrescida.
Acho um pesadelo viver a vida toda com um nome que se detesta. Ou a vida toda a explicar o seu próprio nome, e a dizer como se escreve.
O nome da nossa filha veio ter connosco há muito tempo, muito antes sequer de ter engravidado da 1a vez.
Li-o numa mailing list de crianças e chamou-me a atenção. Comentei com o Te, que gostou, e o assunto ficou por ali.
Tal como o nome de rapaz (que o Te não queria por), eu também já tinha um nome de rapariga escolhido há muito tempo.
Quando engravidei da outra vez, ainda antes de saber o sexo, perguntei ao Te se podia ser esse o nome, caso fosse uma menina. A resposta dele foi "então não ia ser Ema?". Confesso que já nem me lembrava, e não pensei que ele se lembrasse.
Durante os primeiros meses da outra gravidez fizemos listas de nomes, discutimos o assunto, tirámos à sorte, comparámos compatibilidades - tudo com nomes de rapazes.
O de rapariga, apesar de nunca termos dito a ninguém, estava escolhido.
Falámos com muita gente sobre o assunto, e a verdade é que nunca o nome foi mencionado por nós, nem sugerido por ninguém.
Desta vez a conversa não surgiu tantas vezes, porque lá está, antes de saber o sexo nem vale a pena estar a adivinhar. Assim como assim, o de rapariga estava escolhido, e o de rapaz estava tão longe de escolhido que nem valia a pena falar no assunto. Se fosse rapaz aliás, seria um problema, porque foram tantos os nomes referidos da outra vez, que ia sempre soar a 2a escolha...
Quando saímos da eco na semana passada, eu ainda abordei o assunto mas o Te disse que precisava digerir o facto de ser menina primeiro, que falariamos no nome depois.
Foram dois ou tres dias a consolidar a ideia cá em casa, e no domingo fizemos a divulgação oficial.
Sinceramente, prefiro anunciar o nome quando já temos a certeza, quando é definitivo.
Se damos várias hipóteses, tipo "estamos a pensar em Joana, ou Maria ou Beatriz" logo chovem os bitaites que não ajudam nada e só criam mais confusão: "ai Joana não, que era uma ranhosa da minha turma, Beatriz é feio e Maria é o nome da cadela da minha avó!" .
Assim, quando anunciamos oficialmente o nome, a malta apenas diz "gosto ou não gosto", ou faz comentários tipo "é diferente/não estava nada à espera" para não dizer que não gosta, mas guarda para si o facto de achar que é nome de tartaruga, ou de ter conhecido uma assassina em série com o mesmo nome.
Não tendo nada a ver, Ema segue exactamente os mesmo critérios que o nome do nosso baby grande: é suficientemente normal para não ter de o repetir 3 vezes nem explicar como se escreve, é suficientemente diferente para não haver 5 com o mesmo nome na turma, e não tem diminutivos óbvios (aliás, acho que não tem diminutivo, que não dá para ser um nome mais pequeno!).
Para nós, é perfeito!
3 comentários:
e a prima mais nova também, porque tem uma grande amiga na escola, que é inglesa, com esse nome. Ela na segunda-feira já contou a toda a gente na escola que ia ter uma prima chamada Ema.
Eu não sei se gosto. É um nome que nunca pensei... só sabia da existência de uma tia vossa, porque sempre ouvi. nunca conheci outra.. mas como todos os nomes, vou ficar a gostar quando a conhecer.
Prefiro Francisco!
Muito bem! Eu ainda ando às voltas para escolher o nome do meu rapaz! E está dificil.
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