segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Regresso ao cinema (ou Baby Girl Santos meets Iñarritu)
1 ano e 4 meses depois de termos ido ao cinema pela última vez (sim, a última vez que fomos foi ver este filme), na 6a feira foi dia de regressar ao cinema - não há razão nenhuma para não irmos, mas nunca se proporciona, da mesma maneira que ainda nunca fomos jantar fora os dois desde que o baby nasceu há mais de 15 meses (mais uma coisa a rectificar até Abril).
Fomos ver este filme.
Gostei muito. Muito mesmo.
Este realizador tem o dom de tocar em certos pontos aos quais eu sou especialmente sensível. E o incrível é que eu vou crescendo, calculo que ele também, os filmes vão evoluindo, mas em cada um há sempre uma cena, um pormenor que se calhar até passa despercebido a muita gente, que me deixa completamente arrepiada.
Há muito tempo que não chorava assim numa sala de cinema (bom, há que dar o desconto devido às hormonas da gravidez...).
O filme, de uma maneira geral, conta a história de um pai. E é incrível como, de facto, a nossa vida muda ao sermos pais.
Não, não estou a falar de acordar a meio da noite, de ter de mudar fraldas, de levar e buscar à escola. Falo da maneira como o nosso centro de gravidade se altera, de como o nosso mundo passa a girar em torno a algo exterior a nós, de como passamos a encarar a vida de modo diferente, de como dia após dia temos de aprender a gerir o medo de os perder, ou de que eles nos percam a nós.
Não sei como iria ver este filme se não fosse mãe, mas acredito que seja um soco no estomago para toda a gente.
E tiro o chapéu, faço uma vénia e atribuo o meu ócar pessoal de melhor actor ao Javier Bardem. Muito do filme se deve também ao trabalho extraordinário deste actor.
Brutal.
Foi sem dúvida um óptimo regresso ao cinema.
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