sexta-feira, 8 de julho de 2011

Excursão

O meu mais velho foi hoje na sua primeira excursão/passeio de final de ano com a escolinha, a uma quinta pedagógica.
Quando soube deste passeio, há umas semanas atrás, obviamente decidi logo que ele não ia.
Para quê? Nunca se vai lembrar, é perfeitamente escusado, para o ano há outra vez e ele desfruta melhor, não há necessidade de estar a ir numa camioneta, em grupo, ai credo que ainda me perdem o menino (lagarto, lagarto).
O pai, claro, disse logo que ele ia adorar, e que eu estava a ser, claro, galinha demais.
A verdade é que há 1 mês fomos visitar a minha irmã ao Alentejo, num fim de semana. Como estavam em mudanças, o meu cunhado esteve ausente praticamente todo o tempo, mas lá arranjou um tempinho para mostrar ao sobrinho a quinta onde trabalha. Mostrou-lhe alguns animais, andou com ele de tractor, e deixou-o guiar o jipe lá na herdade.
Ele adorou, claro.
No total, passou umas 2 horas com o tio, mas foi o suficiente para passar as 3 semanas seguintes a perguntar por ele todo o santo dia (agora continua a perguntar, mas já não todos os dias). Ou seja, não se esqueceu, e foi uma experiência que o marcou.
A directora e a educadora lá me explicaram que a quinta é pequena, fica aqui perto, só recebe 1 escola de cada vez, eles entram na quinta no autocarro e fecham logo o portão, que vão todos os meninos, que andam com coelhinhos e patinhos na mão, blá, blá blá... isso mais o comentário da minha irmã com um ar desaprovador "mas tu vais privar o teu filho de uma experiência destas só porque tens medo???", lá me convenceram.
Deixei-o na escola, vestido com o equipamento, como todos os dias, e vim embora sem me agarrar a ele aos gritos, sem soltar nenhuma lágrima, sem fazer nenhuma cena que o envergonhasse. Ponto para mim.
Mas pedi o telemóvel à educadora, e já lhe liguei depois do almoço.
Ela disse que esteve feliz toda a manhã, com os cães, patos e coelhos, e que estavam a dormir a sesta numa salinha que têm para o efeito.
Tudo bem, portanto.
Eu sei, eu sei, que é suposto darmos asas às nossas crias, e não prende-las debaixo da nossa asa, mas é mais forte que eu.
Estou aqui numa angustia, mortinha por o ir buscar outra vez.
E agora sim, sei o que é ser mãe.
Porque isto é só o começo. A partir daqui é sempre a descer.
Começa com a excursão fofinha à quinta pedagógica e antes de nada está a ir de viagem de finalistas para Ibiza, a fazer um inter-rail, a passar fins de semana em casa de amigos que não conheço, a dar saltos em queda livre ou bungee jumping, a sair à noite como se não houvesse amanhã.
E esta angústia, é basicamente o que me resta. É bom que me vá habituando...

Ainda falta muito para as 17h??

5 comentários:

carolina disse...

Voltou contente? Fala muito do passeio?

Mary disse...

Amou, claro.
E ainda fez uma mega birra quando o fui buscar porque queria ficar na escola...

Emília - Dracaena disse...

Como eu a entendo... este deixa-los ir sem estarmos com o olho em cima, é terrível. Custo muito mesmo.

Raquel Ribeiro disse...

;) é mesmo assim!!! coração nas mãos e eles a voar!
Eles adoram!!!

Anónimo disse...

Há pocu tempo tive de deixar que a minha filha de 2 anos e meio fosse de autocarro até ao auditório onde seria a festinha de final de anos para o ensaio geral. Claro que com um argumento destes não tive coragem de não autorizar e a educadora assegurou-me que o autocarro está preparado com cadeirinhas próprias para crianças, e que antes do almoço já estariam na creche novemente.
Também fiquei a vê-la entrar e a sentar-se no autocarro com uma carinha de felicidade que parecia que ia fazer uma viagem à Lua.
Mas por mais que eu tentasse encontrar, não conseguia ver o raio das cadeirinhas que a educadora tanto me tinha assegurado e não resisti em questionar-lhe... afinal as cadeiras estavam lá mas não se vêem porque têm apenas a parte de baixo (próprias para este tipo de veículos). É claro que também telefonei logo à hora de almoço para saber se já tinham chegado porque só me ocorria imagens de acidentes, o autocarro capotado, etc....