Fomos a um arraial aqui perto, com alguns amigos.
Passámos o tempo, claro, atrás dos miúdos. O mais velho quis levar a bicicleta (a sua nova paixão), a mais nova cheia de sono, toma lá isto, veste o casaco, corre atrás, passa a miúda que eu quero comer caldo verde, toma lá o rapaz que quer fazer xixi, etc.
Encontrei uma querida amiga, ex-colega de escola que é também cunhada da minha irmã, sentada à mesa com o marido e uns amigos, pratos de caracóis e imperiais em cima da mesa, no maior relax.
Ora, esta minha amiga tem, nem mais nem menos, do que 4 filhos (de 9, 7, 5 e 1 ano).
Perguntei por eles, se teriam ficado com os avós, uma vez que os via ali tão relaxados.
Que não, respondeu ela, os miúdos andam por aí.
O truque? Uns tomam conta dos outros.
E lá andavam os 4, cada um para seu lado e a mais nova na cadeirinha de mão em mão, e eles limitam-se a controlar de vez em quando e a fazer a chamada.
De facto, se não for assim, os pais não fazem mesmo mais nada.
Eu e o Tê temos muito que aprender. Nestas coisas da parentalidade ainda somos mesmo tenrinhos.
10 comentários:
Isso de deixar crianças à solta assim não é para mim, ainda por cima num arraial onde costuma haver montes de gente... Em quaiquer 2 minutos pode aparecer um maluquinho e raptar algum, os outros nem tinham tempo de dizer "ai".
Sim, eu concordo que não é para todos, se bem que o arraial era num sítio pacífico e familiar, e eu sei que estes pais são super cuidadosos e estavam em cima do acontecimento o tempo todo. Só que conseguem controlar os miúdos e ao mesmo tempo sentar-se à mesa com os amigos a aproveitar o momento, em vez de andarem feitos galinhas atrás deles todo o tempo. Quando eu for crescida tb quero ser assim!
ahah, o melhor é vir o 3º, era a conclusão? e nao sou de boatos!
Sim, também acho P, os mai'velhos já têm idade para tomar conta do 3º! Ora, tenho a dizer, do alto da minha experiência de mãe de 3, uns pré e uns pós Maddie que isso de se ser pais relax ou se tem ou não se tem. Não há nada a fazer, por mais que os mais velhos tomem conta do mais novo e que o arraial seja familiar, ou tens dentro de ti essa mãe relax ou não tens. Eu não tenho. Ponto. Mas às vezes finjo que tenho, porque o meu marido é pai relax e está-me sempre a dar na cabeça para eu descontraír. Resultado: momentos descontraídos seguidos de gritos agudos e culpados de aflição pelos filhos, e até mesmo figuras tristes como mergulhos vestida para dentro da piscina onde a criança esbraceja, mas está só a nadar debaixo de água, na boa.
Pois olha (des)exagerada, a propósito do teu marido relax, bem me lembro que a primeira coisa que fiz no dia em que soube da Maddie foi telefonar ao teu marido e dizer-lhe :«Afinal quem tinha razão?!» Infelizmente, era eu a também exagerada que nunca os perde de vista ou se os perde, porque já não têm idade para ser controlados, fica a roer-se até que cheguem sãos e salvos. O mundo não está para cenas relax, já basta o que acontece sem que possamos fazer algo, quanto mais acontecer por nosso desleixo! Mary, daqui a MUITO POUCO tempo estarás na restinga com o Ti a beber cocktails que nenhum deles quer saber, cada qual com sua vida. Aproveita e deixa viva a galinha que há em ti (indiscutivelmente de família...)
Exagerada: tive esta conversa com a best friend da Cartuxa e ela disse o mesmo: ou se tem ou não se tem, podes ter 10 filhos que se não és relax, não és relax e nunca vais ser. E tb me deu uma outra dica, que vai merecer post à parte porque é uma coisa que já me tinha lembrado, em relação a uma coisa que as mães acham que não vão ser e depois chega-se à hora e são! Fica o mistério, qualquer dia faço o post.
relax QB, galinha QB
Muito bem dito!
"figuras tristes como mergulhos vestida para dentro da piscina onde a criança esbraceja, mas está só a nadar debaixo de água, na boa.
"
Candidata a frase do ano 2012 neste blog, só de imaginar soltei uma gargalhada que os coleguitas do lado olharam tipo é parvo!
Ah, P. essa cena foi para lá de épica!
Resta acrescentar que a piscina dava pelo joelho, e a minha querida mana não se atirou à água de forma, digamos, graciosa... estava toda a piscina em total silencio, a afilhada a brincar dentro de água, ela absorvida num livro. De repente quando olha vê a afilhada "sem se mexer" dentro de água. Não tem mais nada se não mandar o livro ao ar e correr/atirar-se para a mini piscina a esbracejar, espernear e aos berros histéricos, espalhando água em todas as direcções, para depois chegar lá e a afilhada levantar a cabeça e perguntar - o que foi mãe?
Ai, eu ainda choro a rir a lembrar-me disto...
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