segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Ainda sobre o Natal

Acho que já aqui fiz um post muito parecido com este, mas a sensação repete-se.
Eu gosto do Natal. Gosto mesmo muito. Mas gosto da noite e do dia de Natal. Ali a partir do dia 23, em que começamos a fazer rabanadas.
Por mim as decorações eram feitas nesse dia.
Este Natal arrastado desde o S. Martinho cansa-me. Olho para as lojas e ia jurar que estavam assim todas decoradas desde o ano passado. Tudo o que é demais perde a piada.
Infelizmente, quer queiramos quer não o Natal é consumista. E entre a black friday e os brinquedos todos a 50% eu juro que perco o restinho da minha paciência.
Costumo fazer as compras (para as crianças principalmente, mas são muitas) logo no início da época, para depois poder usufruir - aquela coisa de "ficar despachada", agora atentem na estupidez deste termo, ficar despachada, despachar as compras, zás trás pás está feito. É estúpido. É um stress, e é a antítese do espírito de Natal.
Depois há cada vez mais solicitações, as famosas aldeias do Natal que pululam, pelo menos aqui na zona. Pais natais gigantes, rodas ainda mais gigantes, árvores deslumbrantes, pistas de gelo, duendes, até renas ensopadas em alcatifa verde, há de tudo para supostamente criar uma magia que, deixem que vos diga, desaparece ofuscada por tantas luzes a piscar!
Menos, senhores, menos!

Este ano ainda não tive coragem para dar o grito da revolta e acabar de vez com este disparate.
Já fizemos a árvore, já fomos à aldeia de Natal gratuita, mas ainda não fiz uma única compra de Natal.
Não estou a stressar porque tenho mais em que pensar, mas pergunto-me quando é que isto dá a volta e voltamos todos à simplicidade dos Natais de antigamente.
(acho mesmo que já estivemos mais longe)

2 comentários:

Tella disse...

Concordo com tudo o que escreveste e acho que muita gente concorda contigo. Cabe a todos nós dizer não às compras doidas, às idas aos parques de Natal, à loucura que tudo tem de estar lindo e perfeito, aos vestidos e laços vermelhos, às camisolas vermelhas, ao pai natal em cada canto, credo!
Confesso que embora veja isso tudo que apontaste, estou muito longe desse Natal, felizmente.
Antigamente, não gostava do Natal. Agora gosto porque vivemos o nosso Natal entre nós e só nós. Ontem, até jantamos de luz de velas e com gorro de natal na cabeça!
Nunca houve prendas em casa. Mas como no ano passado, o meu mais velho teve um ataque de choro porque não tinha recebido uma única prenda (e caiu-me a ficha que nem 8 nem 80), este ano terão cada um uma prenda e só.
O Natal do antigamente está dentro de ti Mary. A sério. Faz como eu: vive numa bolha, que ajuda! :)
(Beijinhos)

Mary QA disse...

É tentador, mas numa família como a minha, a bolha não funciona.
E eu tenho tantas boas recordações dos meus natais de infância (do Natal em si mesmo, lá está, não dos dias antes, que desses lembro-me de ver sempre a minha mãe em stress, e é coisa que não quero que os meus filhos sintam), natais cheios de gente, cheios de presentes para abrir (coisas pequeninas, atenção, mas muitas porque somos muitos!), cheios de animação!
Sou incapaz de não oferecer nada aos meus sobrinhos, mesmo aos maiores de idade!(mas já ofereço coisas feitas por mim). Para as crianças também não sou capaz. E entre sobrinhos pequenos e afilhados, somos uma pequena multidão!
Pronto, sou um pai Natal disfarçado, admito!!! (ho ho ho)