Da última vez lá estava este, cujo nome do livro e da autora eram super familiares. Procurei e não encontrei nenhuma referência, não sei de onde tinha ouvido falar neste livro e nesta autora (que é muito conhecida, mas de quem nunca tinha lido nada).
É um livro muito enternecedor, que não pode ser mais fiel ao título - o tema geral são aquelas palavras, frases e histórias que fazem parte de uma família, e que todos nós temos também.
São palavras, frases e histórias que permitiriam à autora reconhecer os irmãos no meio de uma multidão e às escuras - aquelas frases-chave que só que viveu naquela casa pode saber, reconhecer e interpretar.
À medida que vai contando esses episódios e memórias, vai desfiando a história da sua família na Itália fascista do séc. XX.
Dá a sensação de estarmos sentados à mesa com uma tia-avó que é uma excelente contadora de histórias, e só queremos ouvir mais uma, e mais uma e mais uma.
Ao mesmo tempo recordamos o nosso próprio léxico familiar, aquelas expressões que de tão repetidas me permitiriam também reconhecer as minhas irmãs e pais onde quer que fosse: "estar triste no tapete"; "xixi na mão e deita fora"; "beber a sopa à tio Paulo"; "chapeleira da avó Branca" e por aí fora.
Dei 4 estrelas, que são 4,5, e recomendo.
(só dou 5 estrelas quando o livro me agarra tanto que não o consigo largar!)
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